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sábado, 29 de março de 2003

Palhaço de infância
Foi meu pseudo-namorado de infância (pseudo porque eu não reconheci o romance. Ele é que se dizia meu namorado). Um belo dia, apareceu na minha casa para saber como eu estava. Deixou telefone e endereço (com CEP!) e marcamos de sair, já que seus 1,70 de altura, pele morena e coxas grossas me convenceram a dar uma chance ao rapaz.

Uma amiga produziu uma festa e eu o convidei para ir comigo. Ele não apareceu na festa.

Dias depois ele volta dizendo que a namorada não o liberou pra ir. Pera lá! Então, o palhaço tinha namorada??? Das duas, uma: ou ele não pretendia me beijar na boca ou ele ia sair comigo sem me avisar que tinha namorada! Qualquer opção seria ruim, pois, se ele não pretendia me beijar na boca, porque me procurou depois de tanto tampo? E mais: se pretendia me beijar na boca, porque não me avisou logo que estava namorando? Não sou hipócrita de dizer que o namoro seria impedimento para uns beijinhos, mas eu deveria estar avisada existência da namorada, ora bolas!

sexta-feira, 28 de março de 2003

Palhaço Empadinha

O encontro foi casual. Encontram-se na rua. Ele pediu desculpas por não ter ido ao enterro do marido dela. Eram amigos, mas na ocasião ele estava viajando a trabalho. "Uma pena, uma pena .. ele era tão moço", repetia.

Conversaram amenidades. Ele queria se desculpar, se redimir pelo sumiço numa hora tão dura para ela. Convidou-a para almoçar, quem sabe um jantar. "Não se incomode. Qualquer dia desses passe lá em casa para tomar um café. Sei o quanto você gostava dele", disse a moça querendo ser gentil. Foi um convite pró-forma. Aquela coisa tipicamente carioca de convidar sabendo que a pessoa nunca vai aparecer na sua casa.

Mas ele apareceu. Dias depois, lá estava o bruto diante da porta. Levou bombons. Ao entrar, mais uma vez desculpou-se por não ter podido ir ao enterro do amigo. Já acomodado no sofá, perguntou como ela estava, se precisava de alguma coisa. Ela falou da solidão, da dor da perda e disse que entendia os motivos dele. Afinal, a morte foi repentina, a doença muito rápida.

Conversaram por uma hora.

- Seu filho vai demorar? - ele perguntou depois de alguns segundos daquele silêncio constrangedor. De fato, ela não sabia. Respondeu que o menino, na verdade já um homem, não parava em casa.

- Esses cachinhos do seu cabelo são naturais?, nova pergunta inusitada, dessa vez acompanhada por uma aproximação física e uma passada de mão no cabelo dela.

Ora bolas. Os cachinhos sempre estiveram lá. Ele já estava careca de saber que o cabelo dela era daquele jeito. Afinal, o malandro era amigo do marido dela há anos! "Que diabos de pergunta é essa?", ela pensou já procurando um novo lugar no sofá, bem longe do bruto.

- Já que seu filho vai demorar, bem que a gente podia dar uma deitadinha ... - sugeriu o palhaço.

Proposta inusitada, certo? Mais inusitado ainda foi o que ela entendeu. Surdez, velhice ou nervosismo, ela não sabe. Apenas entendeu que o homem queria comer uma empadinha.

- Aaahhh ... se você tivesse me dito antes, eu tinha me preparado melhor - disse em tom de culpa, desculpa, já pensando onde poderia ter encomendado as empadinhas.

- Não precisa ser tão formal. É só uma deitadinha ... - respondeu o bruto, ainda sem perceber a confusão.

- Poxa .. é que eu não sabia que horas você ia passar, por isso nem pensei em alguma coisa assim mais pro salgado ... eu podia ter passado na Casa da Empada, encomendado algumas ... - ela ainda justificou.

- Casa da empada?!?! - perguntou ele assustado.

- É. Você não quer uma empadinha? - ela rebateu agora sem entender a reação dele.

- Não, não - disse ele rindo - Quero dar uma dei-ta-di-nha com você, coisa rápida.

Quando ela se deu conta, estava enchendo o homem de bolsadas. "Ponha-se daqui pra fora seu tarado filho da puta!", gritava ela já abrindo a porta. Tentando se defender, ele ainda levou a caixa de bombom na cabeça.

Dias depois, ela recebe em casa um enorme buquê de rosas do bruto. Com uma tesoura, cortou o cartão em picadinhos e devolveu as rosas, também picadinhas.

PS: Tem novidade no Dicionário Palhaço!

quarta-feira, 26 de março de 2003

Palhaço produtor
O cara está produzindo um show e minha empresa foi convidada de honra. No dia do espetáculo, ele liga pra falar comigo. Como não pude atendê-lo porque estava em outra ligação, telefono imediatamente após pro número que ele deixou:

– Por favor, o Palhaço Produtor.
– Aqui não tem ninguém com esse nome. (me responde uma voz sonolenta)
– Desculpa. Foi engano...

Quando ia desligar, ele me chama:

– Espera! Na verdade, você ligou para a Funerária Só Falta...

Desliguei antes que o palhaço terminasse a frase e pensei: “vou teclar com mais atenção porque liguei pro número errado”.

A mesma voz me atende. Quando vou desligar, ele grita:

– Ana Paula! Ana Paula! É o Palhaço Produtor! (e ri)

Muito mais seca que o habitual e sem acreditar na palhaçada do cara, ainda pergunto, para me certificar:

– Foi você quem atendeu o telefone antes?
– Foi. (ele ri, assinando sua carteira como palhaço profissional)

Inacreditável! O cara nunca me viu, só falou comigo umas duas ou três vezes por telefone e só tratou de assunto de trabalho. Como ele pode achar que uma brincadeira dessas seria engraçada??? Que tipo de público ele pensa que sou???

terça-feira, 25 de março de 2003

Por que eles fazem isso?
Esta é a pergunta que não quer calar. Lendo o último post da Ana Paula, lembrei da conversa que tive há pouco tempo com uma amiga:
Ela: - Estou saindo de novo com o Rogério, aquele do pau enorme.
Eu: - Um q tinha sumido?
Ela: - Ele mesmo, apareceu de novo. Nos encontramos no Skol Rio.
Eu me lembrava da história. O palhaço levou minha amiga para dormir em casa, apresentou à mãe, ao pai, ao cachorro, ao gato e ao papagaio e depois tomou chá de sumiço.
Ela: - Pois, é, mas ele é só pra comer. Não quero mais nada dele. Só não entendo uma coisa: ele me liga umas três vezes na semana, até eu concordar em sair com ele. Depois some de novo. Depois reaparece e me liga direto. Por que ele liga tanto? Eu só quero dar para ele também...
Só para contextualizar: o palhaço tem trinta anos e até hoje só teve uma namorada. Foi chifrado e ficou traumatizado. Minha amiga acha q o mau comportamento do rapaz é porque ele ainda gosta da moça. Como ela me perguntou, eu tive que responder. Meu diagnóstico é que o bruto tá afim de marcar o terreno, mas não quer configurar um compromisso. Por isso ele liga para garantir a comidinha, e depois dá um sumiço básico para não se comprometer. Parece óbvio mas eu mesma demorei para entender isso. Foi Roberta Carvalho, aliás, quem me esclareceu. O ponto que ainda ficou obscuro para mim e para minha amiga é o seguinte: se eles só querem sexo, por que são tão carinhosos, solícitos e atenciosos? Nós, quando não estamos muito afim, não demonstramos tanta afetividade. Ou a gente gosta e quer ficar com a pessoa, ou então cagamos e andamos. Pra gente não existe o meio termo, mas acho q para os homens, sim. E aí, o que vcs acham da questão?

segunda-feira, 24 de março de 2003



O Oscar já passou, mas as estatuetas palhacinhos ainda estão em votação. Nossos palhaços, sempre renovando suas palhaçadas, ainda estão sendo julgados, analisados e avaliados pelo nosso (severo) corpo de jurados. Bush parece ser o papa-Oscar e corre sozinho na liderança de melhor Palhaço do Ano. A votação continua via e-mail ou comentários. Por enquanto a situação é a seguinte:

Melhor Palhaço
George W. Bush, pelo conjunto da obra (60%)
Os chorões da CPI do Propinoduto, pela cara de pau (-)
Dhomini, pelo conjunto da obra durante o BBB 3 (40%)

Melhor Palhaço Coadjuvante
Tony Blair, por embarcar na onda do Bush (90%)
Barrichelo, por achar que pode competir com Schumacher (5%)
Fernandinho Beira Mar, o governo paralelo do estado do RJ (5%)

Palhaço Revelação
Giba, por fumar maconha e esquecer do antidoping (-)
Silveirinha, por roubar U$ 30 milhões e dizer que não sabe onde está o dinheiro (100%)
Coronel Braz, por cantar e alegar ser surdo para se aposentar (-)

Palhaço caseiro
O bruto que terminou com namorada por achar que ela era lésbica (80%)
O bruto que sumiu depois do reveillon e deixou a namorada mandar recados mal criados para a Ana (20%)
O bruto que botou a mão dentro da minha calça na festa de reveillon (-)

Ah! E temos uma nova categoria: Palhaço Vacilão
O palhaço de carnaval que faz piada infame com a fantasia
O palhaço do seu irmão/namorado que não vota na gente por pirraça
Todos os palhaços

Ih, eu já vi este filme...
O número já é batido: sumiço do palhaço. Mas é o tipo da coisa que justamente por "acontecer nas melhores famílas", merece ser comentado sempre para ver se os palhaços tomam vergonha na cara e ensaiam outros espetáculos. O relato é de uma amiga.

Um rapaz me conheceu. Correu atrás do meu telefone e alugou algumas amigas tecendo altos elogios a minha pessoa, espalhando que estava interessado em mim e quanto nós combinávamos. (não vou negar que tb achei isso).
Passou a me ligar TODOS os dias e dizia que eu era “o rosto que faltava nos seus sonhos”.(logo pra mim, que sempre sonhei demais...).

Insistiu em conhecer minha família e, em tom de confidência, revelava-me que queria constituir família e que minha mãe fosse sua amiga e não sogra. Falava com ela quase todo dia também.

Médico, me deu (sem eu pedir) um jaleco com seu nome bordado, fotos (uma de bebê, uma ainda adolescente e uma na formatura ao lado de sua família), emprestadas para eu mostrar à minha mãe, além de 3 livros tb emprestados. Tudo isso no mesmo dia em que ele me levou para conhecer sua mãe - que sofreu um AVE e está apenas consciente, totalmente dependente do Homecare (ou seja, quase à beira da morte).

Ao me apresentar perguntou à mãe se ela tinha gostado de mim e enquanto ela, com muita dificuldade, mexia positivamente a cabeça ele afirmava, carinhosamente, me abraçando: “Ela é pra casar, não é mãe?” (Imaginem a cena...). Também me apresentou a avó, me levou ao seu sítio, apê, etc e tal.
Ah, e me deixava um pouco na mão. Alegando cansaço e stress deixava de sair comigo e – pasmem! – tb, com certeza, não saía de casa. (não, ele não ia pra gandaia). O sexo, diga-se de passagem, muito bom para ambos.

Ele me mandava e-mails apaixonados e vivia fazendo declarações. Conquistou os amigos em comum e todos começavam a jurar que estava se iniciando uma linda história de amor. (até porque eu sonhava com isso tb né...) Tanto é que quando ele sumiu, eles ficaram mais surpresos e preocupados que eu mesma... (hoje acho até um pouco engraçado).

É... A pior palhaçada, a mais inconseqüente, a mais gratuita: sumiço total. Não, não, a mãe dele não morreu (e antes que achem que pode ter sido o pai, ele já faleceu). Não, nem e-mail ele me mandou. Não respondeu nem mesmo as mensagens preocupadas das amigas em comum. E tudo começou quando num sábado à noite e domingo de manhã liguei para seus 3 telefones (todos com bina) e ele não me retornou como nunca havia ocorrido. (Humpf...Tb nunca mais tentei encontrá-lo). Isso porque na sexta anterior, mais linda, apreciada e cheia de “disposição” do que nunca, euzinha, sua namorada (ainda era?) estava livre pela noite (livre=sem a presença dele, sem ao menos um telefonema, sem nada).Não havíamos discutido e a última vez que nos falamos eu nem imaginava que não iria mais se repetir.

Um dia desses minha mãe falou pra eu mandar as coisas dele pelo correio. E ainda gastar dinheiro com o palhaço? Nânãninãnão!

Fiquei magoada. Palhaçada.


Cada vez que eu sei de um "espetáculo" destes, eu penso: Por que os homens insistem em fazer este tipo de palhaçada? O que será que vai na mente deles? Acho que eles não fazem idéia do quanto isso nos magoa. Não é possível!

domingo, 23 de março de 2003

Palhaço brigão
Era um quase-PA, mas era uma coisa na encolha. Nosso amigos em comum não sabiam de nada (nós combinamos que eles não precisavam saber e eu, pelo menos, não contei pra ninguém). Uma vez, marcamos um chope com estes amigos.

O palhaço chegou bem tarde, mas compareceu. Qual era minha intenção? Dar uns beijos na boca do bruto no final da noite e quiçá ir a casa dele! Humpf... O artista arrumou uma briga com uma amiga nossa, o clima ficou pesado na mesa e resolvemos sair todos na mesma hora.

Já na rua, de ânimo acalmado, ele ofereceu carona pra brigona. Não entendi muito bem porque, já que o caminho para a casa dele não passava nem perto da casa dela, mas, enfim, o cara devia querer se redimir da briga.

Como não adiantava eu pegar carona até a casa da brigona e ele não falou em me levar em casa, vim de ônibus.

Quando já estava de banho tomado pra ir dormir, o telefone toca. Era o palhaço lamentando não ter ficado comigo e propondo ir me buscar para passarmos a noite juntos.

Nem pensar! Eu estava ao lado dele, perto da casa dele e o palhaço não me chamou para ir lá! Sequer me ofereceu carona! Quando eu já estava no recesso de meu lar, ele queria que eu fosse pra casa dele? Ah, não, meu camarada... Devia ter tido mais culhão de se prontificar a me levar em casa e não ter pensado tanto no que os outros iam achar da oferta. Dormi na vontade, mas também fiz o palhaço amargar mais uma noite de punheta.

sábado, 22 de março de 2003

Mais uma de um ex-chefe palhaço
Todo chefe é tarado pela estagiária. Nos meus tempos de estagiária, tive um chefe que além de tarado, era abusado. No seu último dia de trabalho, ele me “ameaçou”:

– Duvida que eu te dê um beijo na boca?
– Tenho certeza de que você não vai fazer isso...
De volta ao circo
Fãs, leitores, companheiras de circo e palhaços em geral: depois de um longo e tenebroso verão, venho dar as caras novamente. Imagino que muitos de vocês devem estar se perguntando: por onde andará Vanessa Teixeira? Não vou me alongar muito nos detalhes que me afastaram deste esplendoroso circo durante este período, apesar de que, em nenhum momento, deixei de acompanhar a saga de minhas três atuantes companheiras. Ao invés disto, para ir esquentando e recuperar logo a velha forma, vou relatar uma recente palhaçada que me ocorreu durante as férias.

Nossa viagem começou na quinta-feira, véspera de Carnaval. Eu e meu palhaço oficial (o número 1, o melhor de todos, aquele por quem eu coloco o nariz vermelho e armo o picadeiro) partimos para uns dias de sombra e água fresca em Visconde de Mauá. Alguns dias depois estávamos em São Paulo, e maldita foi a hora em que resolvi revelar logo os filmes que tínhamos batido em Mauá. Fomos agraciados com dois passaportes para o Hopi Hari, um parque de diversões nos arredores da cidade. Claro que não podia ser boa coisa e eu nem liguei para aquele "brinde". Na hora, quase não percebi um estranho brilho nos olhos do meu palhacinho. Sim, ele pretendia usufruir dos tais passaportes, afinal, como diz a sabedoria popular, de graça até injeção na testa. Bem, mas ainda restava uma esperança: talvez não houvesse tempo de encaixar a ida ao tal parque no programa da viagem que havíamos traçado. Doce ilusão, os amigos teceram longos elogios ao parque, e o que era apenas um vago desejo transformou-se em uma obsessão: no domingo de manhã, antes de voltarmos para o Rio de Janeiro, iríamos dar uma passadinha do Hopi Hari, afinal ele estava bem ali, pertinho de Campinhas, onde fizemos nossa última estada.

Sou da época do Tivoli Park. Lembro que gostava daquilo quando era criança. Meu pais me levaram ao Play Center há cerca de vinte anos. Tenho lembranças prazeirosas daquela viagem. Portanto, pode até ser divertido, quem sabe não revivo algumas das alegrias da infância - pensei. Estava enganada. Seria retardada se brincasse de boneca até hoje com intuito de recordar "as doces alegrias da infância"... O mesmo se deu no parque. Na minha ignorância em assuntos de parques de diversão em São Paulo, achei que um lugar como aquele estaria vazio às dez horas da manhã de um domingo de Carnaval. Quando chegamos lá, o mundo já se concentrava no estacionamento. Foi o meu primeiro choque. Muitos outros viriam a seguir.

O primeiro brinquedo que avistamos era uma torre de 70 metros, que a pessoa sentava com as pernas e os braços para fora, se prendia com um colete, fazia cara de idiota, dava tchauzinho e subia. Quando chegava lá em cima, descia numa velocidade que fazia todos saírem com o cabelo em pé e o coração na boca. Por esta sensação, meu palhacinho ficou 40 minutos na fila. Apesar da insistência dele, não concordei em acompanhá-lo na aventura. Depois disso, fomos para a fila da Montanha Russa. O atrativo era o seguinte: a quarta maior montanha russa de madeira do mundo!! Não tinha entendido o detalhe da madeira, e resolvi não perguntar. Provavelmente, o fato dela ser feita de madeira, deve dar um ar rústico ao brinquedo. A fila era gigantesca, mas não dava para perceber de cara. Deve haver um setor nestes parques formados por estrategistas especializados em esconder filas quilométricas. Ficamos enfileirados em currais ao som de mantras esotéricos. Sim, há caixas de som espalhadas pela fila com músicas do Homem de Bem enquanto aguardamos para sermos sacudidos a 105 km/h. A técnica deve ter sido copiada de Auschwitz. Finalmente chegou a minha vez. Entendi, finalmente, porque o fato do brinquedo ser feito de madeira era tão exaltado. A sensação de dar de cara com um estrado de madeira só não é real porque não acontece. Depois de quase três minutos de "pura adrenalina" (uhúúú!!!) tenho certeza de que meu fígado e meus pulmões já não estavam no mesmo lugar. O mais incrível é que até então eu ainda estava de bom humor!!! Três horas já haviam se passado, e eu só tinha andado em um brinquedo q me deixou meio enjoada, mas mesmo assim eu ainda conseguia manter a calma.

Meu palhacinho estava que nem pinto no lixo e queria me arrastar para todos os brinquedos. As únicas coisas q me atraíam eram os jogos de azar. Perdi duas fichas e não ganhei nada. Finalmente saí da pescaria com uma bolinha na mão. Mas o palhacinho queria brincar, queria "fortes emoções". Então, eu mesma sugeri o Viking, um barcão, que vai de um lado para o outro. Não tinha fila e eu tinha uma vaga lembrança de ter me divertido naquilo quando era criança. Sentamos perto da proa. Quando o barco subiu, eu vi a morte de perto. Desta vez, meu órgãos não apenas haviam saído do lugar, como eu os estava quase expelindo. O palhaço que operava o brinquedo perguntou se os outros palhaços queriam mais. Eu estava verde e acho q não tinha forças para responder. Também achei q era só brincadeira, e q não fazia parte das normas de segurança do parque ligar novamente o brinquedo. Mas ele ligou. Meus nervos se crisparam, sim eu estava presa a um instrumento de tortura medieval. Chorava e rezava ao mesmo tempo. O barco foi novamente diminuindo a velocidade. Já era o bom humor, já era a calma, já era a namoradinha boazinha que faz de tudo para agradar seu palhacinho querido. A fúria tomou conta do meu ser. Levantei e berrava com o alto-falante (afinal, não sabia em que direção o palhaço do maquinista estava):
- Pare esta merda, seu filho da puta!!! Eu quero vomitar!!!
Todos olhando para mim, e eu mandando deus e o mundo para a puta que pariu. O palhaço do meu namorado não parava de rir. Pra mim a brincadeira tinha acabado:
- Não ando mais em nenhum brinquedo, nunca mais venho a um parque de diversão!!! Ficamos horas em filas para sermos sacudidos até vomitar!!! Isso devia se chamar Vômito's Park!!! Pague para entrar e reze para sair!!! É por isso que deram a entrada para a gente, era uma cilada!!! - não parei de gritar até estar sã e salva dentro do carro a caminho do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 21 de março de 2003

Em tempos de Oscar ...

Seria injusto não homenagear os palhacinhos que fazem nossa existência ser tão agradável (nem sempre) e divertida. Como sou uma pessoas democrática por natureza, todos poderão opinar, sugerir candidatos e categorias, e votar. Pode ser por e-mail ou nos comentários.

As categorias:

Melhor Palhaço
George W. Bush, pelo conjunto da obra
Os chorões da CPI do Propinoduto, pela cara de pau
Dhomini, pelo conjunto da obra durante o BBB 3

Melhor Palhaço Coadjuvante
Tony Blair, por embarcar na onda do Bush
Barrichelo, por achar que pode competir com Schumacher
Fernandinho Beira Mar, o governo paralelo do estado do RJ

Palhaço Revelação
Giba, por fumar maconha e esquecer do antidoping
Silveirinha, por roubar U$ 30 milhões e dizer que não sabe onde está o dinheiro
Coronel Braz, por cantar e alegar ser surdo para se aposentar

Palhaço caseiro
O bruto que terminou com namorada por achar que ela era lésbica
O bruto que sumiu depois do reveillon e deixou a namorada mandar recados mal criados para a Ana
O bruto que botou a mão dentro da minha calça na festa de reveillon

terça-feira, 18 de março de 2003



Enquanto isso no ICQ ...

ELE - Hummm te quero .. estou sozinho no escritório e cheio de desejos. me faz companhia?
EU - Que tipo de desejos?
ELE - Os desejos que mais lhe agradarem. no momento meus desejos são os mais quentes possíveis
gosta de homem fogoso?


Fogoso? Que diabos é isso? Essa nem minha avó usa mais, Zé Cafona ... Tá certo. Vou dar uma chance pro rapaz.

EU - Quem não gosta ...
ELE - Humm que bom. Sou muito foguete mesmo. será que me aguentaria?
tá certo que pela idade parece ser bem mais experiente que eu ;-)


Ok. Ele me chama de velha e se autodenomina um foguete. Nossa, não vejo a hora de tomar um chicabon com ele ...

EU - Tá me chamando de velha?
ELE - rs .. Claro que não .. tenho 30 tb ... humm sabe, prove que gosta de atitudes ousadas me provoque, me diga com detalhes como vc é penso que é uma carioca bem bronzeada e definida. tem um tempo pra mim agora?
EU - Agora tenho
ELE - humm assim me deixa empolgado


Ai, ela tá empolgada! Que fogosa!

ELE - Me adicione na sua lista para eu visualizar vc quando acessar
EU - Isso vc vai ter que fazer por merecer
ELE - Humm lhe garanto satisfação total Narinha
EU - E como pode garantir isso?
ELE - Pode se descrever com detalhes pra mim? ou melhor, tem foto para trocarmos?
EU - Não tenho foto
ELE - Então me diz como vc é, com detalhes, pois é disso que gosto
EU - Que tipo de detalhe vc quer saber?
ELE - Sou moreno, tenho 1,77m, 70kg, cabelos pretos curtos, olhos castanhos e muito fogoso e vc? quero saber das medidas e também desse bumbum, dos seios, e partes dessse corpo mais agradam os homens.


"e partes desse corpo que ais agradam aos homens .. "
Tipo assim, tirando seios, cintura, quadril e "bumbum" que mais posso medir que agrade tanto aos homens???

ELE - Vai dizer?

Não querido, não vou .. Esse é o Palhaço Fita Métrica, aquele que tá mais preocupado em te medir do que te comer.

Aproveitando a oportunidade: beijos a todos que me escreveram elogiando o blog (Roberta e André) e pedindo o Dicionário Palhaço. Para ler, basta clicar.
Ex-chefe, o palhaço com autoridade
Saí do marketing de um site de vendas para cair em uma empresa com uma política administrativa completamente anacrônica e ambiente conservador.

Tudo era controlado: do ponto ao email (tive que assinar um termo de compromisso de só usar o email para assuntos de trabalho).

Vindo de uma empresa de internet, com horários flexíveis e livre acesso a sites de toda espécie, levei um choque. Nem tanto pelo horário que, mesmo sem cobrança, sou cumpridora, mas pela censura velada ao uso da web.

Um dia, em uma reunião de equipe, meu então chefe veio com um caô de cortar custos e disse que tínhamos que “economizar a internet”.

Ai, minha nossa senhora dos pentelhos compridos! Se o cara queria que eu maneirasse no uso da internet, era só falar. Agora, vir com esse papo brabo de economia foi foda. Ele devia pelo menos ter se informado que lá o acesso não era discado e que o uso ou não da rede não implicava no aumento da tarifa paga pelo ponto de internet.

quinta-feira, 13 de março de 2003

MOR-RAM!!!

Se joga, palhaçada!!!

Este blog que vos fala é TOP3 no Prêmio IBest. É mole?

Né não. E como rapadura é doce, mas não é mole, precisamos de mais um votinho de vocês.

Please ...

Clica aqui no link e faça as donas do circo felizes.

A todos que votaram nas etapas anteriores, meus mais sinceros desejos de felicidade eterna. Vocês moram no meu coração ...

quarta-feira, 12 de março de 2003

Palhaço Comentarista
Aquele q faz comentários ora elogiosos, ora ofensivos, ora debochados. Não contente em mudar de opinião constantemente, ele tb alterna a identidade, a cada comentário assina um 'nome' diferente. Claro q gerenciando os comentários pela página do Falou&Disse eu percebo tudo por causa dos IPs.

quinta-feira, 6 de março de 2003

Mais uma palhaçada de carnaval
É, os chifres, quem diria, renderam posts...

Fui pro Bola com meu tradicional chifre de diaba de látex, adereço que me acompanha há pelo menos três carnavais. No meio da confusão, ouço uma voz masculina dizer:

– A diabinha precisa de uma dietinha...

Palhaço! Deve ser mais um daqueles anormais que preferem as sílfides. Não gostou da minha exuberância, não olha, pô! O comentário foi puro despeito porque, antes de soltar esta pérola de insensibilidade, o malandro ficou mexendo comigo e eu não me dei ao trabalho de me virar para ver quem me chamava.

Não preciso nem dizer que desejo do fundo meu coração que o pau dele gangrene, né? E volto a avisar aos incautos que teimam em me provocar: praga da puta, Deus escuta.
Palhaço ICQ
Outro dia abri meu Icq e tinha a piscou a seguinte mensagem:

[offline] EU QUERO SEXO!!!
(21) 8841-19**
129284449/Marcinho


Então o Marcinho acha q é só avisar q quer sexo q vai conseguir? E acha q eu vou telefonar?
Na hora tava conversando com um amigo meu e encaminhei a msg pra ele. 'Diz pra ele q eu tb quero, oras! quem não quer. Q novidade...'. Por isso me ufano dos meus amigos.
Palhaçada Rapidinha de Carnaval
Távamos nos esbaldando no Cordão do Bola Preta sábado de manhã. Eu e Ana Paula tínhamos ido com 'chifres' de látex vermelho. No meio da multidão passa um palhaço e diz no meu ouvido 'adorei o chifrinho da diabinha, agora quero ver o rabo'. Ah, claro! pq ele não disse antes!

Vem cá, é só pra exercer seu talento de palhaço ou ele achou q eu ia gostar de ouvir isso? Será q ele pensou q eu ia parar pra conversar com ele? Ficar lisonjeada ou excitada? O mundo é tão estranho....