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quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Novela do palhaço sumido

Lembram do palhaço sumido que ficou me ligando à cobrar? Né que me ligou ontem de novo? Dessa vez telefonou pro meu trabalho. É o mal de palhaço apresentado por amiga: tem informações demais a seu respeito, até onde você trabalha.

Primeiro ligou num momento que eu tava enrolada de trabalho. Minha amiga N. atendeu e avisou "ela não vai poder atender agora, está ocupada, quer deixar recado?". O palhaço manda "mas ela tá ocupada mesmo? eu só queria dar uma palavrinha com ela". Como assim, Pedro Bó? Nem sabia quem era, mas se não era minha mãe morrendo, avisei que não ia atender e pedi pra anotar o recado.

Quase no fim do expediente liga ele de novo. Dessa vez eu mesma atendi. "Roberta? Oi, é Fulano".
– Sou eu, fala.
– Desculpe ter ligado a cobrar aquele dia. Percebi que vc não atende, né?

Olha! ele é sagaz!
– É.
– Então, quer vir aqui pra casa hoje?
– Não. Não rola não.

Silêncio.
– Por quê?
Ai, minha nossa senhora dos pentelhos grandes, essa pergunta não existe.
– Porque não rola mais, pra mim já foi.
Ele gargalha! O palhaço ri do próprio espetáculo.

– Já foi? Então tá, você que sabe. Mas por quê?
– Ahhhhh, me encheu. Olha, você que perguntou, por isso vou falar. Sou sincera e prefiro deixar as coisas claras. Você sumiu duas vezes e isso me aborreceu. Você não tem compromisso nenhum comigo, o único compromisso que você tem é o que combinar comigo.
– Então, se não temos compromisso por que você tá cobrando isso?
– Justamente por que o único compromisso que você tinha comigo era o que tínhamos combinado. Combinou de sair tem que aparecer ou ligar desmarcando. Liga e diz "não vou porque vou cortar a unha do pé" ou "Não vou porque não quero mais" ou simplesmente "Não vai rolar". Eu não ia questionar. Agora sumir não, sumir é palhaçada e papel de moleque, não de homem.

Silêncio. Eu e essa minha mania de educadora de palhaços....
– Então tá, mas podemos sentar pra tomar uma cerveja como amigos?
– A gente se encontra por aí.
– E tomamos uma cerveja como amigos? Amizade colorida?

Uau, que termo demodé, hein? Palhaço fora de moda.
– Não, nada colorido. Amigos sem benefícios nem privilégios.
– Ah, a gente ainda vai se encontrar pela noite da Lapa e eu vou tentar reverter essa situação.
– Tenta a sorte.

Desliguei.

Vou evitar a Lapa por uns tempos, a última coisa que pretendo é encontrar o bruto, mas parece que ainda vai haver mais capítulos nessa novela.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Eu, leitora e empresária circense

É isso aí, respeitável público, hoje inauguramos a seção com relatos das leitoras. O espetáculo narrado abaixo é um clássico, um clássico não precisava. O palhaço precisava mentir? Precisava enganar? Eles já não tavam tendo um caso independente do namoro dele? Por que eles fazem isso? Porque são tudo palhaço!

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O clássico do palhaço comprometido


Conheci o Palhaço por intermédio de um amigo. Começamos a sair e logo o negócio pegou fogo. Pra mim era só sexo mesmo, até porque ele namorava. Até aí já é uma grande palhaçada, mas eu não tava me importando, afinal... era só sexo mesmo.

Depois de conversar, descobrimos que tínhamos algumas coisas em comum. Papo vai, papo vem e o relacionamento começou a ir além de sexo, mas não quis me envolver pois ele namorava há cinco anos com uma amiga das irmãs dele. Comecei a me afastar um pouco.

Mas o bruto me procurava, me ligava, achava incrível tudo o que eu fazia pra ele, dizia que eu era a mulher mais incrível do mundo, que o relacionamento dele tava uma merda e que já tinha terminado com ela, disse que falava de mim pra mãe dele. Viajamos juntos e ele disse que eu era a mulher da vida dele. Clássicos circenses!

Ele insistia que estávamos juntos, mesmo com minha neura com a ex-namorada. Me levava pra vários lugares, ligava sempre e reclamando quando eu não ligava, me enchia de elogios. O circo tava armado.

Num dia 2 de novembro, Dia de Finados, o palhaço me pediu em namoro. Fiquei muito feliz, tava começando mesmo a gostar dele. Como o território estava mesmo livre me joguei na relação. Tolinha.

No dia seguinte, na casa de uma amiga, entrei no Orkut pra mostrar as fotos das irmãs dele e da ex-namorada, de pirraça mesmo. Eis que no scrapbook da ex tinha um recado *dele* dizendo exatamente isso:
"E aí, magrela!
Vi as fotos do seu namorado...Bonito ele, né...rs
Independente do que aconteça daqui pra frente, vc é, e sempre será, minha vida.
Já que não deixa eu ter Orkut, eu escrevo do seu, mesmo.
TE AMO...não tem jeito...rs
Palhaço"


Palhaçada enviada pela leitora M.S.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Palhaço desmemoriado, para não dizer retardado

O carinha tá dando em cima de uma amiga minha há algum tempo e eu mesma já presenciei o assédio. Ele até dá um caldo e é estiloso, mas ela tá meio em dúvida. Ele é estiloso, estilo esquisito, sabe? Pois é. O trelelé tá rolando há um tempão, mas o palhaço parece ser meio ruim de jogo também.

Outro dia chamou a moça pra dar "uma volta de moto" e já convidou até pra conhecer a casa dele, mas quando ela fala "vamos marcar aquele passeio de moto" o bruto pipoca.

Hoje ela pediu o endereço eletrônico do moço, pois queria convidá-lo pra sua festa de aniversário. De posse do e-mail, enviou imediatamente a mensagem-convite. Daqui a pouco chega a resposta e, ansiosa, ela corre pra ler. "Desculpe, mas quem é você?".

Pois é, amigos, o palhaço é tão retardado que em cinco minutos tinha esquecido o nome da moça e que ela ia convidá-lo para sua festa.

A atitude acabou precipitando a decisão da moça de realmente não aceitar o assédio. Segundo ela, ficou constatado que o produto realmente não está em condições de consumo humano.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Além de "tudo palhaço"
Homem é tudo maluco também. Uma amiga acabou de ligar pra contar a última do namorado. Assim que ela autorizar eu posto, mas que é tudo maluco, é.
Palhaço do contra

Essa aconteceu com uma amiga minha, mas na verdade já ouvi relato semelhante de várias outras mulheres. Esse espetáculo tá batido e já foi apresentado aqui no HTP mais de uma vez por outras donas do circo. Como dizem por aí, se não sabe brincar não desce pro play.

Depois de muita paquera, umas ficadas e saídas, foram pro motel. Lá pelo meio da noite o bruto começou "quero comer sua bundinha". A moça, que não é muito adepta da modalidade, disse que não queria. "Mas por que?", "Mas você não gosta", "Mas vou te fazer gostar". Ai, que saco. Não quero e pronto, pensou ela. Ele insistiu, pentelhou mas ficou por isso mesmo.

Como no final da contas o saldo era favorável, marcaram de sair de novo no fim de semana seguinte. Ela pensou bem e concluiu que, apesar da insistência chata, ele era doce, educado, gentil e quase pirocudo. Nessa semana de intervalo, relembrando os momentos de prestação de serviços mútuos de diversão adulta, ela pensou que fofo daquele jeito de repente ia rever sua decisão. Pensando melhor, ela concluiu que tava a fim de uma sessão de sexo anal. Chegaram no motel e, mal começaram, ele "hoje eu vou comer sua bundinha".

– Vai é? Eu quero.
– Ah, hoje você quer?
– Quero.
– Só que hoje eu não estou inspirado.
– Vai me fazer pedir?
– Nem que você implore.

Como dizem lá em casa, o mundo é estranho e homem é tudo palhaço.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Palhaço com problema na rebinboca da parafuseta

O cara era ex-candidato a peguete. Tinham se comido uma vez e marcado a partida de volta, mas demorou muito e o lance venceu o prazo de validade. Para piorar, além de sem tempo, o palhaço era dado a lamúrias. Viva resmungando que tava sem dinheiro, endividado, com problemas no trabalho, dormindo mal, com dor "nas vista", "nas costa", enfim todo podre, produto inadequado ao consumo humano, principalmente ao consumo de uma das luxuosas Donas do Circo. Não adiantou a moça dizer que "pois é, todo mundo tem problemas", "pois é, um dia a gente paga essas dívidas" ou "pois é, cada um com suas tragédias". Ele seguiu choramingando... Tava até ficando engraçado, rendia assunto pra rir na mesa de bar qual era a desgraça da vez na vida do bruto. Até que, num arroubo de falta de jeito e de loção, aliados a excesso de talento circense, o bruto quis fazer graça e foi grosso:

– Na verdade as minhas "vistas" estão vencidas. Tenho de ir correndo num oftalmo. E tenho de fazer o check up tb. Tenho de ver se o motor tá bem, calibrar os pneus, fazer a retífica e tal. Para trocar o óleo posso marcar contigo, né?

Peraí, trocar o óleo? E eu lá sou mecânica ou coisa que o valha? Vai trocar o óleo com a borracheira da tua mãe, palhaço!

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Novela dos palhaços sumidos
Né que os dois realmente reapareceram hoje?

O palhaço sumido e falecido ligou à cobrar pro meu celular. Uma vez durante a tarde e outra depois das 22h, quando eu tava indo pra casa. Não atendi e desliguei o celular.

Quando cheguei em casa e liguei o aparelho de novo tinha uma mensagem de texto. O wanna be palhaço que tinha ido viajar mandou outro torpedo. "E aí, srta? Qual vai ser a boa do fds? Bjo". Well, o cara fica de contatinho, manda um torpedo por semana há três semanas e nem sequer me vem com um convite concreto? Respondi "Não sei ainda, sugestões?". Ele não respondeu. Acho que esse foi o último capítulo de ambas as novelas e não vai ter remake.

Como sempre digo, o mundo é estranho e homem é tudo palhaço.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Novidade no circo!

A leitora Angela postou na comunidade do HTP no Orkut, as Donas do Circo deliberaram e a sugestão foi aprovada. A partir da semana que vem passaremos a postar histórias enviadas pelas leitoras todas as quartas na seção "Eu, leitora e empresária circense".

Ao enviar os relatos, por favor, caprichem na redação e nada de escrever tudo em caixa alta, hein meninas. Também indiquem como querem ser indentificadas. O primeiro nome, um apelido, um nome falso, as iniciais, as inicias invertidas...cada uma escolhe sua identificação circense.

A seção da leitoras era uma reivindicação antiga da audiência e um sonho eterno da Direção do Circo, mas sempre faltou tempo pra viabilizar. A idéia era fazer um seção separada mesmo, um link na home para uma página com vários relatos de palhaçadas. Quem sabe com o também sonhado novo layout, né? Enquanto isso vamos nos divertindo com os posts semanais.

Já tenho mais de 100 e-mails com palhaçadas, mas nem tudo dá pra aproveitar. Podem continuar enviando para tudopalhaco@gmail.com. Essa semana não terei tempo de escolher uma história boa e dar uma guaribada no texto, então aguardem a estréia no dia 29 de novembro!

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Dos palhaços sumidos namoradoiros

Essa não chegou a ser uma palhaçada ainda, foi digamos assim, o trailler de um espetáculo circense. Mas que promete....promete.

Fiquei com um brutinho há umas duas semanas. Eis que na última sexta ele me manda um torpedo "tô indo viajar, semana que vem a gente se fala". Ué, e eu com isso se ele vai viajar? Não perguntei nada!

Como ele foi fofo no dia que ficamos, e o mundo é estranho mesmo, não levei a mal o, digamos assim, hiato na nossa comunicação. Respondi um lacônico "ok".

Mostrei pra Ana Paula que deu uma gargalhada. "Ele tá namorando com você!". Agora é moda, é? Além do palhaço que sumiu e voltou se achando namorado esse aí também?

Será que ele vai ligar também? Será que vai dizer que aconteceram um monte de coisas ruins e ele precisou de um tempo sozinho? Aguardem desfecho.
Número do desaparecimento: reinventando clássicos

Essa tá fresquinha, aconteceu hoje. Tô eu no meu trabalho, escrevendo aquelas matérias maravilhosas de todos os dias, provavelmente uma com a qual iria ganhar um Prêmio Esso, e eis que toca meu celular. Adivinhem quem era? Um palhaço falecido, quase um morto vivo!

Eu tava saído com esse palhacinho que parecia legal. Educadinho, gentil, divertido e outras cositas más. Ele me ligava sempre, me chamava pra sair várias vezes na semana, demonstrava disponibilidade e interesse. Saímos algumas e na última dormimos juntos, embora já tivessemos transado outras vezes, digamos que essa foi mais proveitosa. Quando nos despedimos, combinamos nos ver de novo em três dias, pois até lá tanto eu quanto ele estávamos enrolados de afazeres e compromissos. O trato era nos encontrarmos de tarde, almoçarmos, irmos ao cinema, tomar um chope e dormir juntos de novo, passar bastante tempo juntos. "Então amanhã eu te ligo pra saber como você está e combinarmos a hora pra eu te pegar", disse o palhaço quando deu tchau. Jacaré ligou? Nem ele. Mais uma edição do manjado número do desaparecimento.

Como sou uma dona de circo experiente, já assisti espetáculos de todas as modalidades, já aprendi que quando eles não ligam, não aparecem, somem não estão doentes, não foram atropelados nem seqüestrados. Simplesmente não estão a fim, mas não têm coragem nem boa educação suficientes pra ligar dizendo que o combinado não vai rolar.

Confesso que, no dia combinado, fiquei meio decepcionada e senti falta dele, mas vida que segue. Dois dias depois já nem lembrava. Quando alguma amiga perguntava "e fulano? Sumiu?" eu respondia "Yemanjá levou de oferenda".

Pois é. O malandro passou um óleo de peroba na cara e ligou "Roberta, é Fulano".

– Eu sei.
– Pô, foi mal ter sumido. Nesses dias aconteceram muitas coisas ruins na minha vida.
– É, é? Que coisa chata.
– Perdi meu emprego e fui mal na prova.
– Você já tinha perdido seu emprego quando nos conhecemos.
– Pois é, juntou tudo. Você tá chateada comigo?
– Não, eu te entendo. Mas acho que você fo mal educado. A prova você ia fazer de manhã e íamos nos ver à tarde. Você não sabia que ia se sair mal e já tinha sumido.
– Não, é que quando acontecem essas coisas eu fico mal...
– Não precisa se explicar ou dar satisfações. Agora, o que combinar tem que cumprir ou telefonar dizendo "hoje vou cortar a unha do pé, não vai dar pra te ver". Sumir é palhaçada e falta de educação.
– Pô, você me perdoa? Estou com saudade, tenho sentido sua falta.
– Perdoar eu perdôo, mas continuo achando que você agiu mal.
– Você não sentiu minha falta?
– No dia senti, mas depois entreguei como oferenda.
– Poxa, me botou na lista dos falecidos?
– Isso, morreu.
– Eu quero te ver, vamos nos ver amanhã?


Ah, palhaço!

– Amanhã não dá, essa semana estou enrolada.
– Enrolada? Você tá namorando outro? É isso que você tá me dizendo? Conheceu outro e está envolvida! –
disse o palhaço ensaiando um piti. Agora vejam vocês, desde quando eu tava namorando ele pra agora estar 'namorando outro'? Posso com isso?

– Não, não estou namorando com ninguém nem estive há muito tempo. Eu já te disse que não namoro. Estou enrolada com compromissos profissionais. Eu trabalho – Tóin!
– Entendi. E na quinta?
– Não sei. Me liga pra ver se vou poder.
– Eu vou ligar, vou ligar. Não vou sumir de novo não.


Duvido que ele ligue, mas vamos ver. Uma amiga que sempre deu força pra eu sair com ele defendeu de novo. "Avisa ele que você só quer o corpinho, não quer namorar e não tá interessada no que acontece com ele, que não quer saber de explicações e chorumelas. Mas continua pegando!". Na hora pensei "é, não tô fazendo nada mesmo...". Depois fiquei pensando no caso e, apesar daqueles olhos azuis cor-de-ardósia-como-os-do-Chico Buarque, não senti a menor vontade de ver ele de novo.

Aguardem próximos capítulos da novela do Palhaço Hell Raiser!

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

O circo tá bombando
Hoje tem matéria sobre o HTP no caderno Link do Estadão.

domingo, 19 de novembro de 2006

Palhaço mangá

Tô eu dançando e um palhaço me aborda. Começamos aquele papinho básico "Qual seu nome? Você vem sempre aqui?" quando ele dispara "Você é oriental?". Gargalhei. Sou sim neném, linda, loura e japonesa. Ele não entendeu e ficou me olhando com cara de pastel. Mandei circular.

Deu sorte o palhaço, ando generosa e bem humorada. Em outros tempos teria dito "Oriental é a cabeça do meu pau" ou "Sou sim. Se você for um bom menino te mostro minha xoxota invertida".

Mais tarde o bruto voltou e disse algo como "E aí japinha linda, ainda sozinha?". Antes só do que mal acompanhada. Cada maluco que me aparece.



Em tempo: Ana Paula disse que eu deveria ter dito "sou sim, meu olho de trás é puxadinho". Tem coisas que só Ana Paula faz por você.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Palhaço brasileiro: não desiste nunca

Lembram do artista circense que inovou e apresentou um espetáculo inédito? Me chamou pra ir pra casa dele e quando eu disse sim me trocou por uma loura? Pois é. Acaba de me manar um torpedo "E aí menina, vai fazer o que no findi?". É um palhaço, mas me ufano da insistência dele. Deve ter tomado toco da lôra.

Apesar de já ter programa para o fim de semana, resolvi lançar uma enquete e deixar meus leitores decidirem a resposta que o bruto vai receber (ou não). Na opinião de vocês eu...

1)"Chupar cocô pra ver disco voador".
2)"Dar muito pra outro mais gostoso que você"
3)"Sair com você"
4)NRA: Ignoro e não respondo.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Palhaço bandido

– Você é rock'n roll. Não adianta fingir que é samba, porque eu sei que você é do rock.
– É, é? e por que você tem essa certeza?
– Nem adianta, você tem cara, tem rosto, se veste rock'n roll. Eu também sou rock'n roll e por isso te reconheci.

Ah, tá. Que bom que ele explicou, né? Bom, eu tava de calça jeans, bata branca, all star preto e uma bolsa preta com flores coloridas bordadas. Sei lá se isso é se vestir rock'n roll.

– Assim que eu te olhei pensei "aquela é uma mulher bandida".
– Bandida?! Eu não era rock'n roll?!
– É, nem adianta negar, tu é bandida que eu sei.
– Como assim bandida?
– Você sabe.... Eu também sou bandido, por isso que a gente combina.
– Combina?
– Claro que combina, foi por isso que eu cheguei em você, porque vi que éramos iguais.

É, bem, tipo assim... se sou bandida não sei, mas sei que não combino com um palhaço que quer me dizer quem eu sou. Principalmente porque ele não decidiu se eu sou rock'n roll ou bandida. Vazei.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Filial circense

Vocês já entraram pra comuidade do HTP no Orkut? Tão esperando o que?

Fica em http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=13209176

Estão todos convidados.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

O porquê do Homem é Tudo Palhaço

Agora eu me senti importante: vejam o link.

Vem cá ... Eu preciso responder porque?

Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!

Então vou me entrevistar.
Visualizem a cena.

Narinha, porque Homem é Tudo Palhaço?

Olha .. porque eles criam blogs agressivos chamando de putas quatro moças que apenas relatam aqui suas histórias verídicas.

É verdade que vocês tentam ridicularizar os homems, chamando-os de palhaço, como compensação pelo desprezo que esses sentem por vagabundas, mulheres fáceis das quais se servem meramente para um divertimentos lascivos e satisfação do apetite sexual?

Não! Ridicularizamos os palhaços e não os homens por terem um comportamento ridículo. Além do mais, o divertimento lascivo é de ambas as partes. Os que fazem sexo solitário não entendem isso.

Esse blog tem atraído como leitoras outras putas e putinhas (escancaradas, discretas ou mesmo com aparência de anjo) que se identificam com aquela vida de vagabunda que as quatro levam?

É possível que putas e putinhas leiam nosso blog. Mas somos democráticas e aceitamos todo os tipos de leitores.

Essas leitoras e contribuintes vêem naqueles relatos um certo conforto para a decepção e o vazio e solidão ao qual esse estilo de vida inexoravelmente conduz?

Não. Acho que é pra rir mesmo.

E o que você do blog Homem é Tudo Palhaço?, uma crítica ao HTP por tudo quanto ele tem de viciado e moralmente reprovável?

Acho uma palhaçada.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Não contente com o espetáculo o bruto continuou tentando reverter a situação e levar a eleição de virada. Quando cheguei em casa da outra boate tinha um torpedo dele: "Um beijo bem estalado!".

Respondi "Palhaço". Cara de pau pouca é bobagem e ele mandou outra mensagem "Ok, que tal a gente selar a paz? Um chope com muitos beijos e a gente se acerta...". Caralhos! Pelo menos podemos dizer que ele também é brasileiro e não desiste nunca. Encerrei a conversa com algo como "Paz selada, vida que segue. A gente se esbarra por aí".
Palhaço Lula - Não troque o certo pelo duvidoso!

Ficamos lá nos divertindo, beijando, dançando, rindo... A noite já tava meio no fim, a casa tava esvaziando e ele me chamou pra ir embora, pra ir pra casa dele. Bom, como era figurinha repetida já conheço o cafofo da criança e é até no caminho pra minha casa. Vambôra.

Fui me despedir das minhas amigas e né que enquanto isso ele se arrumou com uma loura? Quando virei pra trás pra pegar ele pela mão e ir embora o bruto tava no maior papo animado com uma loura, magra, alta, de cabelão e certamente mais nova que eu. Tá, tudo bem, ela era mais nova, mais alta, mais magra e loura, mas mesmo assim é falta de educação.

Fiquei meio sem ação, mas também não quis bancar a louca. Parei na frente dele, mas olhando em outra direção e esperei. Nada, continuou no biscate com a loura aguada e me ignorou. Bom, beleza, cada um com suas escolhas e não vou me dar ao desfrute de ficar aqui esperando. Fui conversar com o DJ, que é meu amigo, e cuja cabine fica perto da porta. "Tu não ia rebocar o bruto?". É achei que ia.

Nisso, o palhaço começou a dançar com a lôra, depois ficaram conversando e parece que trocaram telefones. Minhas amigas, de quem eu tinha me despedido dizendo "vou embora com ele", não entenderam nada e ficavam fazendo sinais de "que porra é essa?". Eu dava de ombros, afinal sei lá que porra é essa. Aliás, sei sim. É palhaçada.

Tô lá conversando com meu amigo e combinando de irmos emendarmos em outra boate depois quando vejo a lôra passar em direção ao caixa. Pagou a conta e vazou. Olhei e o bruto tava plantado no mesmo lugar. Rárárá. Resolvi tripudiar e mandar um torpedo pra ele. Tô escrevendo e ouço a voz do palhaço do meu lado "tá mandando mensagem pro namoradinho?". "Não, pra você. Já enviei, pode ler", em vez de olhar o celular ele tentou reverter o jogo.

– Pôxa, você é mal educada mesmo, hein? sumiu e eu fiquei te esperando.
– Não, não sou mal educada não. Mal educado é você. Fui despedir das minhas amigas, amigas que não vejo sempre, uma delas faz aniversário hoje e você sabia. Quando voltei pra gente ir embora você tava com uma loura. Você me trocou por ela e me chama de mal educada.
– Aquele bichinho de goiaba! Imagina, eu não queria nada com ela. Você ficou com ciúme? Achou que eu tava dando em cima dela?!
– Não querido, não fiquei com ciúme. Se você queria ou não queria alguma coisa com ela é problema seu, não me interessa, não é da minha conta. O que me interessa é que você foi mal educado e grosseiro comigo. Você me convidou pra sua casa e enquanto fui dar tchau pra minha amiga você tava de biscate com outra mulher e me ignorou. Mal educado e palhaço é você. Exijo poucas coisas de um homem, uma delas é ser tratada com educação.
– Tá, tudo bem, você tá certa, sou obrigado a admitir. Desculpe.
– Então vê se aprende a ser mais educado com as mulheres.
– Tá. Então, vamos embora?
– Não vou embora com você. Ia do verbo não vou mais.
– Por quê?
– Jura que você não sabe?
– Tá, então tá, você que sabe. Eu errei mesmo, mas não fica com raiva de mim.
– Ok, tchau.

É amigos, o palhaço quis trocar o certo pelo duvidoso e foi pra casa sozinho tocar punheta. Eu fui pra outra boate e conheci um palhacinho super fofo, educado, gentil e até mais alto e bonito que ele. Rá!

sábado, 11 de novembro de 2006

Palhaço ogro

O casal tava no maior amasso na casa do rapaz. A moça achou que tinha se dado bem, pegou um morenaço belzebu, todo tchutchuco, o genrinho que mamãe pediu a Deus. É hoje!

Tão lá sentados na cama, beija aqui, beija ali, se apertam, se amassam, lambe a boca um do outro, chupa o pescoço. Tá esquentando! Ela senta em cima do rapaz e faz que vai tirar a blusa, ele toma a dianteira e puxa a peça fora. Olha para o busto da moça e com semblante ávido estende as mãos. Ela acha que ele vai acariciar seu colo, seus seios. Vupt! Nem deu tempo de dizer "Nããão!". O bruto rasgou o sutiã dela.

Peraí, meu bem, tu sabe quanto custa um sutiã? Tá pensando que eu uso qualquer sutiã? Que comprei na liquidação? Não era um sutiã de ir trabalhar, era um sutiã de sábado à noite! Tudo isso passou pela cabeça, mas ela não disse nada. Ficou olhando pra ele com cara de "como assim?". Olhou pro próprio corpo: claro que ele não tinha conseguido rasgar a base da peça, onde tem o elástico. Tava lá ela com cara de pastel, sentada em cima de um malandro com cara de mais pastel ainda, com um sutiã rasgado no corpo, os bojos meio abertos e um elástico na base dos seios. Ele realmente achou que ela ia gostar disso? Então devia pelo menos ter aprendido a rasgar direito, porra!

– Como é que eu vou embora agora?
– Eu te empresto uma camisa minha, eu te empresto tudo que você quiser, te dou tudo que é meu.

Porra, eu não quero uma camisa sua! Quero um sutiã, aliás, queria o meu sutiã! Ou você pretende rasgar minha blusa também?

Como ela é uma moça perseverante, brasileira que não desiste nunca, tirou a porra do sutiã rasgado e jogou no chão. Vambôra continuar a função, afinal o bruto tava bem animadinho, palhacinho querendo mostrar eficiência. Beija aqui, amassa ali, vira pra cá, vir pra lá, a moça pede "bota a camisinha". Ele se faz de surdo e tenta dar prosseguimento aos trabalhos, digamos assim, desnudo.
– Não, sem camisinha não – avisa ela, decidida.
– Eu quero gozar em você – manda o palhaço.
Jura, Pedro Bó? Você vai gozar em mim, mas dentro da camisinha.
Ele ri, desconversa, vira cá, vira lá. Nananinão, palhacinho. Puxa a moça pra cá, puxa pra lá, beija, aperta, morde, amassa e..... pega no sono! Sim, respeitável público, dileta audiência, o malandro diz que vai fazer, vai acontecer, vai fuder muito, vai comer todinha e.... dorme!

A moça, resignada, olhou a cena patética do palhaço pelado roncando. Fazer o que? Esperar o bruto acordar pra recomeçar a lenga-lenga da camisinha? Obrigada, eu passo, vou pra casa dormir. Levantou e foi embora antes que tivesse gente demais na rua pra ver que ela tava sem sutiã. Claro, catou a peça rasgada - afinal não ia deixar pra ele mostrar de troféu pros amigos - e se mandou sem deixar bilhete. Ah, deixou a porta da casa dele aberta, à guisa de castigo pra aprender que é grosseria dormir na presença de uma mulher maravilhosa. Tomara que acorde com o saco latejando.

Uma amiga disse que ela deveria ter tirado R$ 50 da carteira do palhaço e deixado no lugar um bilhete avisando que tinha levado a quantia como indenização pela peça rasgada. Sei lá, melhor deixar pra lá. Afinal, se fosse pedir ressarcimento do prejuízo ia ter que ser compensada também pelas manchas roxas nos braços, ombros e nuca ganhas em vão.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Palhaço sem autocrítica

– Meu pau é grande e cabeçudo?
– Não.
Silêncio.

Putaquiupariu, certas perguntas não se fazem, né?

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Palhaço internacional

Homem é tudo palhaço, não importa idade, nível de escolaridade, saúde bancária, localização geográfica, beleza, cor da pele, altura....tudo palhaço. Provando isso, uma internacional:

A moça de passagem comprada para o dia seguinte. Ia visitar o palhaço namorado que tava morando em outro país. Ele diz que estava com outra e que era pra ela não ir. Tipo assim, não dava pra ter avisado antes?

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Palhaço Pangaré

Tô combinando um chope com um leitor de priscas eras pra nos conhecermos. A gente troca e-mails todos os dias e talz e nunca sai o chope. Ele resmungou que já me passou o telefone várias vezes, que eu nunca liguei e que não tem o meu. Passei o cel, o de casa e do trabalho perguntando "tá felizinho agora, babe?". O palhaço indócil, ligou na mesma hora pro número do meu trabalho. Eu não estava na sala e minha vizinha de baia atendeu.

– Tem pangaré aí?
– Não – respondeu a moça decidida.
– Obrigado - Desligou o palhaço.

Não contente, a criança ligou para o meu celular. Eu já tava de volta e atendi. Repetiu a saudação tão inteligente criada em um arroubo de criatividade: "Tem pangaré aí?" ou coisa que o valha. Ficou tagarelando e acho que pretendia abafar o caso. Só contou quando ouviu a voz da minha vizinha de baia avisando que uma moça havia ligado me procurando. Não era o recado do pangaré, esse ela não tinha posto na minha conta.

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Palhaço Espeleólogo

Outro dia eu e Ana Paula fomos na festa de aniversário de um amigo nosso. Havia mais homens que mulheres no local, o que já era um bom presságio. Falamos com os amigos e conhecidos, pegamos cervejotas e ficamos batendo papo em um canto esperando a música melhorar pra dançarmos.

A festa foi enchendo e ouvi um "oi, dá licença" educado atrás de mim. No lugar de tocar no meu braço, como normalmente todo mundo faz, o rapaz passou a mão na minha nuca. Dei um passo pro lado e olhei. Ui! Era um tchutchuquinho! Todo branquinho, cabelo castanho claro, um pouco mais alto que eu, todo bem acabadinho, traje normal pra ocasião. Exatamente um desses que ando precisando lá em casa! Vem cá, neném! Volta aqui! Quem disse que você pode alisar minha nuca assim impunemente? O babe já tinha passado rumo ao bar. Ainda era cedo e resolvi deixar a festa e o palhacinho seguirem.

Mais tarde, muitas músicas e cervejas depois, estou parada perto do bar conversando com outros amigos e o mesmo gatinho passa de novo. Quer dizer, ele ia entrar no bar, mas quando me viu parou e sorriu. Ai, que lindinho! Sorri de volta e ele veio falar comigo.

– Qual seu nome?
– Roberta, e o seu?
– Não importa meu nome, tudo que importa hoje é você.
– Hmmm, me diz seu nominho -
já passando a legenda "Craudicrei" na minha cabeça.
– Bom, não faz diferença se meu nome é Fulano, Beltrano ou Cicrano, que é meu nome realmente. Meu nome hoje é "A Roberta é linda".

Bom, a tentativa de ser galante não foi de todo mau e o nominho dele não era Craudicrei.

– Hmmm...entendi. Bonito nome. E você é amigo de qual dos aniversariantes?
– De nenhum.
– Ué, como você veio parar nessa festa?
– Vim aqui pra te conhecer. Você é linda e eu precisava te conhecer.
– Ah, tá! Entendi.
– Isso, não conheço ninguém aqui além de você e é tudo que eu preciso. Só vim aqui pra te conhecer porque você é linda.


Nisso uma amiga minha passa e cochicha no meu ouvido "não pega não que ele é retardado". Ah, uma coisinha daquelas não precisa saber muito mais do que assinar o nominho. E, pros meus padrões, ele estava mostrando uma vasta cultura.

Já que távamos nos entendendo tão bem chegamos pra um canto pra conversar melhor. Olha, esse menino sabe conversar, sabe? Que léxico! Todo lindinho, todo bom e bom palestrante! Quanto mais conversávamos, mais ele mostrava que tinha lido o meu manual inteirinho.

Ficamos lá no nosso canto, gastando nosso palavreado, quando ele me pergunta minha idade. "35", respondi.
– Puxa, então isso quer dizer que vou ficar oito anos viúvo?
– Hein?
– Você é oito anos mais velha que eu. É provável que você morra oito anos antes de mim. Como vamos nos casar e viver a vida toda juntos você vai me deixar sozinho. Ah, não, não vou sobreviver.


Menos, babe. Beija que você faz melhor. Continuamos nosso diálogo tão eloqüente. Papo vai, papo vem e sei lá por qual motivo ou graça, távamos rindo juntos. Então eis que, de repente, sem mais nem menos ele veio com a mão na direção do meu rosto e... tentou enfiar o dedo no meu nariz! Sim, respeitável público, ele tentou enfiar o dedo indicador da mão direita no buraco direito do meu nariz. Eu dei um tapa na mão do bruto. Ele riu e tentou mais duas vezes. "Pára, porra!". Ele parou e ficou rindo. Ainda queria continuar parolando, mas o assunto mixou. Alguém merece?