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sábado, 24 de março de 2007

Palhaço Tártaro Mongol

Sempre me disseram que eu tenho voz de criança ao telefone. O Palhaço Leitor Pangaré, aliás, concorda. No meu aniversário, um outro leitor, palhacinho gentil, me ligou pra dar parabéns e disse que eu tinha voz de sereia. Então tá. Agora, voz escorregadia, seja lá o que isso for, foi a primeira vez que disseram que eu tenho.

Tô eu toda enrolada no trabalho quando toca o telefone.
– Comunicação.
– Roberta, essa tua voz escorregadia me deixa excitado. Você fica falando e eu fico imaginando a gente transando e você falando no meu ouvido com essa voz.
– Imagina, imagina mesmo, porque só na imaginação.

Era um amigo meu, que foi meu primeiro chefe depois de formada, querendo alguma coisa coisa boba, mas não ia perder a chance de ser pândego. Em outra ocasião eu atendi o telefone e ele disse alguma outra bobagem. Perguntei "Quem tá falando?"

– Teu homem.
– Humpf. Qual deles?
– O que te dá mais prazer.
– Fala Marcão!
Claro que ele não se chama Marcão e esbravejou "Mulher infiel!".

Recentemente ele pegou o hábito de espalhar que é meu marido. Só que de uns tempos pra cá tá cortejando minha amiga Glorinha. Diz que já que não honro nosso casamento vai me trocar por ela. Eu já disse que o libero do compromisso. Antes do carnaval nos encontramos na rua, eu e ela indo para o bloco da imprensa, ele saindo do plantão, todo suado. "Tô indo à pé pra casa porque não tenho dinheiro pra passagem". Puxa vida, era examente o que Glorinha ansiava ouvir de um pretendente.

Perseverante na falta de noção, ele ligou pra ela no fim de semana seguinte e chamou pra sair. Carnaval comendo solto na rua, dezenas de blocos. Chopinho? Praia? Bloco? Nããããao. Ele convidou a moça pra ir ao Maracanã assistir ao jogo do Botafogo. Novamente, era examente o que Glorinha queria ouvir. Eu, amiga generosa, já avisei que abro mão do pretender numa boa, que ela pode ficar com ele todinho pra ela.

Mas peraí, Roberta, por que Palhaço Tártaro Mongol? Não me pergunte por que, mas ele se auto-intitula "O Tártaro Mongol". Outrora ele se adjetivava como Manilha, em suposta alusão ao seu órgão sexual. Quando a gente trabalhava junto de vez em quando ele suspirava alto na redação. A gente olhava e perguntava "Que foi?".

– Não agüento mais carregar esse peso.
– Que peso?!
Ele fazia cara de resignação e apontava para o pau.

Tudo bem, ele é meu amigo e é mais maluco seqüelado do que outra coisa, mas que é um manancial de espetáculos circenses....é.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Dos palhaços flamenguistas

Uma amiga me mandou o texto abaixo, onde discorre sobre a relação entre talento circense e gosto por esportes/paixão por determinado clube. Na verdade ela tem um problema específico: é vítima contumaz de pahaços torcedores do Flamengo. Sim, o clube de futebol.

Eu acredito e defendo que homem é tudo palhaço, não importa time, credo, idade, posição geográfica, profissão. Tem pau é palhaço. Já minha amiga tem esperanças que apreciadores de esportes que prescindam do uso de bola tenham menor talento circense. Sabe-se lá, né? Deixa a moça procurar.



"Era um daqueles dias em que, sem motivo, o tico fala com teco, o B segue o A, fica fácil multiplicar de cabeça 4x9. E aí, sem querer, descobri: todos os homens que arrebentaram meu coração para valer eram flamengo.

Uma contabilidade simples, mas que nunca havia chamado a minha atenção. Até agora. Foram quatro esses escrotos: os dois primeiros entre os 15 e os 20 anos; o terceiro, lá pelos 20 e tantos, e o quarto, o mais devastador e, talvez, o mais sacana, já há alguns poucos anos.

E daí? E daí que sempre levei futebol a sério - tá, não a ponto de ver campeonato de segunda divisão da liga italiana, mas sei o que é segunda divisão; não a ponto de decorar quem fez o que no campeonato tal, mas sei o ano do gol de barriga do Renato Gaúcho. Sou Flamengo com muito orgulho (talvez atualmente, sem orgulho). Lembro onde estava quando Nunes fez o gol da vitória do mundial interclubes em 81 (o que revela minha longevidade); acordei cedo (pros meus padrões) para torcer sozinha em casa pelo Real Madrid na final do mesmo mundial contra o Vasco. Era realmente sério.

Sei a dor que senti quando o Pet resolveu trocar o Flamengo pelo Vasco depois de ter feito o gol de falta que garantiu ao rubro-negro o tricampeonato.

Achava que meu desinteresse recente por futebol era devido ao empobrecimento do futebol do Rio, dos clubes bangunçados, de um Flamengo sem comando, sem jogadores etc e tal. Mas não, era o meu subconsciente dando os sinais. Esses cretinos esvaziaram minha vontade rubro-negra.

Uma vez, numa conversa daquelas com terapeuta, ele me perguntava o que eu queria de um homem. Uma chatice, e ele sabia que eu não tinha resposta, mas a forçava. Cínica, disse então que deveria ser alto, louro, inteligente, divertido e Flamengo!!

Ha, ha! Achei que poderia errar em tudo, que ele poderia ser japonês, negro, baixo, médio, mal humorado, e, sabe-se lá, até meio burrinho. Mas jamais imaginaria que ser Flamengo era realmente o problema.

Na boa, a partir de agora vira pré-condição de azaração: ser Flamengo é tão proibitivo quanto ser mal-cheiroso ou ter algum desvio de caráter.

Quer saber, melhor mesmo é nem gostar de futebol. Talvez deva procurar alguém interessado em rugbi. Não, muito parecido. Snowboard. É isso, vou contar pro terapeuta: "O que espero de um homem? Que ela seja bom de snowboard!!!"

quarta-feira, 21 de março de 2007

Eu, leitora e empresária circense

Dileta audiência, hoje é dia de história das leitoras. Mais um clássico reinventado. Nesse o palhaço misturou o Número do Desaparecimento com o do Medo de Compromisso/Estou confuso, não sei o que quero. O resultando é o de sempre, mais um "Não Precisava", com grandiloquentes demonstrações de falta de noção, de tato e de educação. Clááááássico!


Palhaço que não cumpre promessas!

O palhação tava tentando me conquistar há dois meses. Sempre naquela insistência, ligava me convidando pra sair e eu sempre dando varada no bruto. Porém, entretanto, todavia, fui deixando me levar pelos "encantos" do ser e depois de muita conversa, resolvi dar uma chance ao cara. Tava tudo muito lindo, tudo muito bom, mas como sou mocinha de família, convidei o bruto pra um almocinho lá em casa, coisa pouca, apenas uma comidinha caseira e nada de entrevistas sobre o que ele faz da vida e etc e tal, até porque meu povo não tem disso. O ser inominável aceitou de bom grado o convite, disse que estaria lá no horário marcado. Resultado: esperei no horário combinado e nada, 15 minutinhos de tolerância e necas. Como a galera lá de casa já tava com o estômago revirando de fome, resolvi ligar pro palhaço e ouvi a seguinte explicação: "Olha só, não tou com vontade de aparecer aí!"

Como assim seu palhação? Você promete, fica me alugando mó tempão pra ficar comigo, faz minha avozinha fazer um banquetinho e não tem a consideração de ligar pra dizer que não vem? Espera eu ligar? Ah... vai se lascar!

Voltei pra mesa linda e loira e apenas disse que o sujeito sem predicado não viria. Ninguém tocou no assunto e nos empanturramos com o almoço. À noite o palhaço liga trocentas vezes no meu celular, mas como tava muito ocupada, não atendi. Sabe como é né queridas amigas donas de picadeiro, tava muito ocupada com um lindo moreno de olhos verdes! Porque mulher não trai, apenas se vinga dos espetáculos ridículos que os homens teimam em apresentar!


Espetáculo narrado pela srta. Isabelle.

terça-feira, 20 de março de 2007

Da utilidade de um Palhaço Ogro
ou da falta de noção dos homens

Essa foi protagonizada por uma amiga e leitora desse blog, também blogueira. Na verdade a moça já foi publicou no próprio cafofo, mas achou que merecia mais repercussão.

Bom, eu não chego a apreciar ogros, mas vamos combinar que realmente tem mais valor um "uga-buga" simpático e gostoso do que um palhaço chato que nem esse. Pior, nem era novinho. Como sempre digo, quanto mais velho mais palhaço.

Respeitável público, vamos ao espetáculo!

Campanha "Eu quero um ogro"

Mais uma da série: esta deveria ir para o Homem é Tudo Palhaço. E se duvidar vai mesmo. Vou mandar uma cópia do post pras minhas amigas do blog. Porque essa história é tão bizarra, mas tão bizarra, que precisa ganhar mundo. Voe, história.

Marquei eu um segundo encontro com um palhacinho que brotou em uma boate e eu peguei. Mais velho, 36 anos. Isso pra mim é um milagre, porque a minha vida praticamente é o Xou da Xuxa. Acho que eu deveria ser dona de creche e estou desperdiçando uma vocação.

Então, marquei com o sujeito. Íamos em uma drinkeria muito legal aqui perto, ambiente ótimo, descolado. Tudo combinado, ia encontrar com ele lá. Quando eu estava chegando, ele me liga dizendo que estava com fome, que queria comer comida, bla bla bla e que achava que nesse lugar (onde ele nunca foi) não tinha muita coisa pra comer(?). E me perguntou se eu me importava de ir ao shopping. Eu disse que não, né?
Fazer o quê? Ia bater o pé e depois ficar me sentindo culpada porque as comidas lá são caras? Porque não tem arroz com feijão? Deixei quieto e mudei os planos então.

Aí que sentamos eu e ele na praça de alimentação do shopping. Eu com zero fome e meio de má vontade, tratei de pedir logo um chopp pra achar a coisa toda menos anti-clímax. Eu ia precisar mesmo, já que o sujeito resolveu pedir um pratão de camarão com arroz e comer na minha frente. Tem coisa pior que comer no primeiro encontro? Se fosse querer ME comer eu podia até relevar, afinal, é homem, né? Mas não. É comer
comida. Prato de comida só se encara lá pelo quarto ou quinto encontro. No mínimo.

Enquanto ele batia o pratão e eu me entorpecia com o chopp, o sujeito começou a "puxar papo". Mas vocês pensam, pícaros sonhadores, que o rapaz falou de amenidades? Do trabalho, do trânsito que ele pegou pra chegar lá, de uma coisa qualquer que ele viu na TV? Nãaao, tolos! O carinha queria falar de política, religião... eu me senti batendo papo com algum professor de cursinho pré-vestibular. E dos chatos, porque eu tive vários legais que não falariam sobre tais coisas em um
encontro com uma menina.

Em dado momento da animada conversa, o sujeito pergunta:
- Você é jornalista, deve gostar de História, né?
Que divertido.
- Gosto sim.
- Que época da História você prefere?
Cacetes renascentistas! Qualquer época que não seja aqui, sentada,conversando
com você!
Falei o que me veio à cabeça:
- Idade Média.
Peste negra, sabe? Quando todos morriam em extrema agonia.
E ele:
- A Alta ou a Baixa?
Tá de sacanagem, né?! Corto meus pulsos já, agora ou imediatamente?
Mas não é só ísssio! Vocês pensam que terminou? Lá pelas tantas o cara
vira e fala:
- Ah... o seu cabelo é tão bonito... natural... tem uma cor linda...
Nossa, ele está me fazendo um elogio! É uma declaração meio gay, mas ainda assim um elogio, e agora eu quase gosto del...
- ... só que você está usando o SHAMPOO ERRADO.
Anh? Tá doida, bicha invejosa? Só porque você fez a sua escova progressiva? O meu pelo menos não é chapinha!
Ante ao meu olhar perplexo, ele (tentou) explicou:
- Está muito ressecado aí em cima....
E é por isso, amiguinhos, que eu decidi: quero um ogro. Porque aí quando eu falar "o que você acha do meu cabelo?" ele vai responder "UGA!". E quando eu falar de História, ele dirá: "BUGA!". E quando ele ouvir as palavras "ressecado" e "shampoo" na mesma frase vai arregalar muito os olhos ograis e exclamar, indignado: "UGA ... BUGA???". E assim eu serei muito mais feliz.

Só o que lamento de toda essa história é que tudo terminou e eu acabei não perguntando qual era o shampoo certo. Afinal, ao menos eu podia ter tido uma recomendação de beleza. Se bem que não. De repente a bicha é sem luz e ia me sugerir um shampoo que ia fazer meu cabelo cair. Todinho.

sábado, 17 de março de 2007

Palhaço marido

Segue um D.R. (discutir relação), de uma amiga minha e do marido... sem muitos comentários, mas como a própria reconheceu, não sabe quem é mais palhaço, ele ou ela que continua casada. Enfim....

Saímos outro dia para ter um DR clássico: o casamento estava uma merda.
Ele começou a reclamar que estava se sentindo magoado, que eu não me dava bem com sua filha, que não tinha suporte em casa. O adverti lembrando que quem era tratada como "nada" em casa, sempre que rolava algum estresse era eu. Ele retrucou dizendo que queria ser como eu, que esqueçe as coisas rápido. Eu disse que realmente eu era uma pessoa vingativa, mas que não ficava reamoendo mágoas para todo sempre, afinal, isso não fazia bem. E que ele deveria fazer o mesmo, relevar... Disse ainda que não estava numa fase muito legal, por isso mesmo, resolvi acatar certas coisas para não me estressar.

Seguiu-se um longo silêncio e veio o diálogo:

- (Ele) Você sempre faz as merdas, é por isso que no dia seguinte, pra você está tudo bem.
- (Eu) Ué, mas, pelo que eu me lembre, das duas últimas vezes em que nós terminamos, EU terminei com você por que quem fez merda foi você. Recapitulando: no dia 1º de Abril, você terminou comigo por telefone por que eu fiquei chateada que você já tinha chegado no prédio e não tinha me avisado e eu estava atrasada para ir trabalhar e você tinha se oferecido para me levar. Tentei contemporizar, mandei torpedos, te liguei e nada... Dois meses exatos depois disso, você liga para o meu trabalho aos prantos me pedindo perdão e querendo voltar, dizendo que ia casar comigo, que queria ser feliz... e a babaca voltou. E a última, no dia 9 de Dezembro... Eu disse para não sairmos por que você devia estar cansado. Ficamos em casa vendo TV, fiz filezinho ao molho madeira aperitivo, tomamos umas cervejostas... Você ficou com sono e foi dormir às 23h, e eu fiquei sozinha... Liguei para minha mãe e ficamos conversando... Lá pela uma da manhã, você acorda GRITANDO que eu estava falando alto ao telefone, querendo saber com quem eu falava, arrancou o telefone da minha mão para CONFERIR se era mesmo ela e ficou reclamando no quarto. Comecei a chorar, você me mendou parar de fazer drama e eu saí. Saí da sua vida. Precisava sair, não ia dar para ficar em casa. Sumi o FDS inteiro... O que você fez? Me mandou dúzias de e-mails dizendo que me amava, que queria falar comigo, me ligou trezentas vezes, ligou para a casa da minha mãe pedindo ajuda para me "recuperar"... Na Segunda, argumentou que tinha exagerado, que me amava e que não queria me perder, que eu era a mulher da sua vida... Pediu DESCULPAS por não ter REPARADO que eu havia montado a árvore de Natal na Sexta à tarde... Então, Babe, acho que você tem razão... Sou sempre eu quem faz as merdas.

Silêncio...

- (Ele) Mas, é você mesmo quem faz sempre as merdas... Em todas as vezes que nós brigamos você cita estas duas vezes em que você diz que eu terminei contigo... Você só sabe repetir isso...

- (Eu) Vem cá? Você é Deus, que não erra nunca? Ou é um Palhaço que se acha Deus?

- (Ele) Que nem o negócio do café. Você não faz nunca o café da manhã.
- (Eu) Como não faço? O café normalmente está pronto. As xícaras estão em cima da pia, já com leite e açúcar, esperando você sair do banho para tomarmos o café juntos...
- (Ele) É, mas não bota a mesa.

Depois dessa, mandei suspender o chopp por que a crise ia ser grave... Mas, enfim, vida que segue. Não preciso dizer que DESISTI de tentar conversar, né?!

quarta-feira, 14 de março de 2007

Eu, leitora e empresária circense

Querida audiência, hoje é dia de relato das leitoras. O de hoje foi protagonizado e oferecido pela leitora T.

Escolhi esse pois, além de curto e grosso, remete a um tema em voga na minha vida: o estranho mundo do MSN. Respitável público...


Palhaço Tarado de MSN

Estava no trabalho, super concentrada, de repente apareceu um convite para aceitar de uma nova solicitação de contato do msn. Até ai tudo bem, aceitei. Eis que o palhaço começou "Oi T!".

T diz: oi, quem é?

Palhaço diz: digamos um amigo, meu nome é XXX td bem c/ vc?

T diz: não, quem é vc? amigo da onde?

Palhaço diz: um amigo, peguei c/ uma colega sua seu MSN!!!!

T diz: q colega?

Palhaço diz: quero dizer q vc é muito linda!

T diz: (já irritada) q colega?

Palhaço diz: vou perguntar pra ela se posso falar o nome...

T diz: Desculpe-me, não quero ser grossa, mas não gosto desse tipo de coisa. Se vc se identificar podemos conversar. Caso contrário, eu te bloqueio, ok?

Palhaço diz: quero dizer q vc é muito sexy, e sua tatuagem na cintura é bem legal!

T diz: (já emputecida) q palhaçada é essa?

Palhaço diz: vamos fazer um SEXO bem gostoso, eu sei que VC gosta, vc é do tipo q ENGOLE???

T diz: (espumando) VAI SE FODER!!!


Estou indignada até agora. Me fala, se o cara queria sexo, custava ele ser um pouco mais educadinho?

T.P.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Palhaço Glen

Fiquei na dúvida se tinha contado essa história aqui. Se bloguei, vou repetir. Ando com saudades de dar pinta no HTP. Os palhaços andam tão quietinhos comigo ... Então ontem, nessa estiagem de histórias, eis que vem à tona o recente término de uma amiga minha, que passou pela situação de encarar um Palhaço Glen Close, desses que fazem cena quando levam um pé na bunda.

Troço chato, né? Saber terminar é uma arte. Cada um que pegue a sua dor e faça dela o que bem entender. Beba, dance, pule de pára-quedas, dê a volta o mundo numa bicicleta, mas não encha o saco da pessoa que te deu o fora. Um cena escandalosa eu permito. Acho até que faz parte senão fica até uma coisa muito fria. Fora isso .. vai beber, sair com os amigos, ouvir Chico Buarque até sair sangue do ouvido.

Lembrei agora de um ex-namorado que eu tive que logo após o término deu plantão na porta da minha casa munido de um bombom Sonho de Valsa e um pedido de casamento. É isso mesmo. Um Sonho de Valsa. E eu nem gosto de chocolate. Foi infeliz o moço. Porque teria que ter muuito Sonho de Valsa pra me fazer mudar de idéia.

Mas essa é outra história .. com a minha amiga em questão, o bruto palhacento deu plantão na porta do trabalho dela munido de uma tatuagem no braço como prova de amor. Gente, o que é prova de amor, hein? Troço cafona!

Outro adendo: tem palhaçada maior que o cara querer fazer sexo anal e pedir isso como "prova de amor"? Prova de amor, amigão, é você ficar com a pessoa quando esta está passando por uma dificuldade ou ser companheiro todos os dias. Não comer o fiofó de alguém. Sejam mais sinceros.

Então .. prova de amor é troço cafona. Eu acho. Compra flores. É sempre certo. O óbvio as vezes é mais que ululante. Mas o bruto palhaçudo, querendo ser original, fez uma tatuagem com o nome dela no braço. Ôôôô beleza ...

E ficou lá de plantão esperando ela sair só para mostrar a tatuagem. E disse que a amava, que queria voltar e que estava arrependido por te-la traído.

Ah é .. mamar na vaca ele não quer. Faz a cagada e acha que uma tatuagem vai limpar a barra. Quero ver agora a amante pegar o bruto com o braço devidamente emplacado.

Mas ele não desistiu. Ficou ligando, ligando, ligando. E depois disse que ia pular da ponte.

Pular da ponte???? Oscar de melhor ator dramático pro nosso palhacinho ..

Meninos, términos são assim .. doloridos. Esse lance de tatuagem não prova nada para ninguém. Poupem seus corpos e dinheiro. Acabou, acabou. Bebam ou tentem reconquistar suas ex com flores, pedidos sinceros de desculpa e atitudes maduras.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Palhaço Lobo Mau

Essa foi enviada por uma leitora amiga de priscas eras. Sensacional.

Creio ter atravessado o caminho do palhaço do ano: o mais colossal, o mais abissal, pelo conjunto da obra, o Palhaço Lobo Mau.

Estava eu num momento "Pela estrada afora, eu vou bem sozinha...", batendo perna no shopping, essa instituição feminina tão saudável. Procurava um óculos, mas, como diria você, não logrei êxito. Fiquei com fome e decidi entrar num restaurante (poupemos nomes) cuja culinária e decoração se inspiram num longínquo e isolado continente no meio do oceano. Como estava sozinha me colocaram numa mesa bem num cantinho, de frente para uma mega televisão, onde passava Liverpool e Barcelona pela Copa da Uefa. Beleza! Pedi uma coca e fiquei esperando o meu mega hamburguer com fritas.

Quando cheguei, notei que a mesa do lado (colada na verdade, as mesas nesse restaurante são muito juntas) havia um cara de uns 40 anos e duas meninas que, seguramente, não tinham mais de 18 anos. Eu poderia apostar que tinham 15, mas com corpo de mulheres feitas. Até aí morreu Neves.

Estou eu lá quietinha, vendo o jogo (muito bom por sinal!) e sinto o rosto queimar, o tal homem me encarava. Olho de rabo de olho pro sujeiro e, surpresa, ele fazia uma cara contrariada, como se não tivesse ficado satisfeito com a minha presença ali. Estranhei, mas caguei para o fato. Segui com o script de esperar pela comida.

Imaginei que fosse o pai de uma delas, desses caras que têm filhos muito cedo. Mas lêdo engano. Papo vai, papo vem, fica claro que o sujeito, semi-careca e vestido como garotão, estava ali fazendo um programa com a turminha da menina que é objeto de seu desejo. Sim, o quarentão levou as adolescentes para um programa. Vocês podem imaginar o nível do papo... Como não era da minha conta, apenas sorri.

Eis que chega à mesa um garoto de uns 15 anos no máximo, cheio de espinhas na cara, aprendiz de bobo da corte e punheteiro com certeza. As meninas fazem a festa e uma delas sai com ele, deixando o casal sozinho. Sobram cenas de batatinha frita na boca, mão boba e etc e tal. Detalhe: havia duas calderetas de cerveja sobre a mesa... Bem, todos sabemos que os adolescentes de hoje são mais rodados e espertos do que nós na mesma idade: já transam, bebem, vão para a farra e etc. Mas é assim mesmo? Infringindo a lei em público? Num restaurante cheio e dentro de um shopping?

O grupo volta a se reunir e a amiga que saíra começa a fazer troça da cara do garanhão. Diz para o adolescente que já alertou o Lobo Mau: "Fulano, você tem que se comportar direitinho com a fulana... Senão ó!", diz a moça virando o polegar para baixo. Em seguida, confidencia que a menina desejada já observava o Lobo Mau há muito tempo, quando este chegava ao trabalho, da janela da sala de aula.

Sim, sim, senhores. O garanhão semi-careca, vestido de garotão, é professor, da mesma escola onde as meninas estudam e estava entabulando um programinha, regado a cerveja, com a turminha da menina. E ainda precisava da aprovação da amiguinha para pegar a gatinha.

Não demorou para a gerente aparecer e perguntar "O senhor é o pai ou o responsável por elas?" (adoreeeeeeiii, colocou o sujeito de volta à faixa etária dele)

Ele responde que não.
Ela pergunta se as cervejas são todas dele e ele, PATÉTICO, diz que não, que uma das calderetas é da menina, mas que ela estava bebendo a mesma caldereta desde o início. Ou seja, ele alegava que ela tinha tomado só uma cervejinha...
A gerente pergunta à tchurminha se eles são maiores de idade e as meninas dizem que sim. A gerente pede a carteira de identidade e elas dizem que não levaram, porque não acharam necessário... "Ninguém nunca pediu. Sempre viemos aqui..."

A essa altura eu não estava mais vendo jogo nenhum. O melhor programa tinha se transferido para a mesa ao lado.

O adolescente punheteiro diz: "Tipo assim... eu sou maior de idade... Mas porque pareço menor tenho que provar?" isso gaguejando horrores e com imensos olhos arregalados...

A gerente didaticamente explica que não pode servir bebida alcoólica para menores de idade(dãaaa) e que, a partir daquele momento, apenas uma e só uma caldereta de cerveja seria servida à mesa de cada vez, visto que ninguém na mesa tinha carteira para provar nada.

E o que diz o palhaço garanhão??? " Vocês estão me constrangendo..."

A gerente vai embora e a menina começa a beber, da caldereta do cara. Ele sorri e continua a alisar a garota em pleno salão.

Esse daí vai ou não vai ganhar o prêmio "óleo de peroba" do ano????


Palhaçada patrocinada pela leitora amiga I.B.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Hoje é dia de relato das leitoras!

O palhaço em questão é simplesmente um amor de pessoa, divertido, extrovertido, simpático e bonitinho, enfim. Nos conhecemos há bastante tempo, ele já ficou com uma amiga minha ( e só fez merda), pode-se dizer que nós somos "conhecidos", amigos seria um exagero. Conversamos sempre pelos meios virtuais convencionais e eventualmente nos vemos pela cidade. No msn ele não cansa de me convidar para sair, chega a ser engraçado, todas as nossas conversas terminam em algum convite capcioso, mas como ele é todo metido a piadista e engraçadinho, eu nunca sei se é só onda com a minha cara ou se realmente está interessado. Ele convida para sair e sempre diz que vai ligar. Duas vezes eu esperei, não ligou, entendi o recado e entrei na brincadeira. É o número do "te ligo para marcarmos algo" , conhecido tanto de homens quanto de mulheres, no mundo inteiro, é o flerte esportivo.

Final de semana nos encontramos numa balada. Ele me dá um beijo no rosto e se afasta uns dois passos para analisar o restante do material, como se eu fosse um bife. Elogios, rasgação de seda, etc (elogios que eu não respondi, pq ele decaiu, acho que largou a academia), me senti desconfortável com a análise, achei a atitude ridícula e, educadamente, fui catar a minha turma. Óbvio que ele ficou com outra na festa, muito embora, de quando em quando ficasse me lançando olhares e sorrisinhos, só de manutenção sabe??? Até aí tá ótimo, tudo dentro do script previsto para o show.

Gran finale: um beijo de tchau que virou um abraço de urso, um clinch, na cara da lorinha baixinha que ele estava calorosamente engolindo dois segundos atrás.

E o que eu escuto?????????

- Tu TEM que ir lá em casa, tem que conhecer meu ap novo. Sério, a gente tem que pensar em ficar mais junto!!! Mesmo... (com voz jocosa e risadinhas maliciosas)

E a loirinha me olhando e sorrindo, totalmente alheia ao ridículo que ele estava fazendo ela passar.

Eu fiquei abobada, só consegui dar uma sonora gargalhada e responder com um:

- Mas tu é abusado, hein, Palhaço?

Então ele fica flertando comigo por puro esporte (de novo, digo que acho isso perfeitamente normal e aceitável para ambos os sexos), não chega em mim na festa e de brinde me agarra na saída, na frente da menina com quem está ficando, para reforçar o quanto ele tem testosterona para distribuir à todas as mulheres do recinto, inclusive eu????

Que nojo.

Muito palhaço, sem contar que ele é só bonitinho mesmo, nem vale o esforço.


Espetáculo gentilmente ceido pela dona de circo I.R.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Cláááássicos

O Número do Desaparecimento é realmente um clássico, sempre presente em picadeiros variados. Ao lado do Número do Construtor de Castelos (acompanhado ou não do espetáculo do Palhacinho Marcador de Território), o do Desaparecimento definitivamente é o mais popular.

Esse foi enviado por uma amiga de longa data, dona de circo emérita.

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Decididamente, minha vida se transformou num picadeiro!
Horror, horror, horror!
Vou ser breve...

Há alguns dias dei uns beijos num Gatinho q apareceu na minha vida. Surgiu do NADA... (mais um capítulo da série "Coisas bizarras que só acontecem comigo"). Ele veio me buscar em casa, almoçamos juntos, trocamos uns beijinhos e combinamos de nos encontrar de novo... Ah, tá...

Cadê Gatinho? Cadê? Cadê? Gatinho sumiu, desapareceu. Cheguei a mandar uns torpedinhos brincando – cheguei mesmo a pensar se ele era mágico ao invés de palhaço, tamanha a habilidade em fazer o número do desaparecimento... Enfim...
Ontem, dei de cara com quem? Com quem? Gatinho!

Veio com uma conversa de que se afastou de mim porque iria acabar se envolvendo e não queria me magoar... Ok, ok... Obrigada pela consideração... Mas porque não joga limpo e fala logo que não quer mais? Caralho! Esses homens...

Mas nããããããããããããããão! Ele só admitiu que não queria mais sair comigo porque a namoradinha ligou e ele não teve como disfarçar... Bizarro! Leia abaixo nosso diálogo...

- A gente precisa conversar.
- Fala...
- Vc deve estar me achando um idiota, escroto! Mas não é nada disso. Eu me afastei de você porque a gente iria se envolver, iria rolar sentimento. E eu ainda estou confuso, ainda estou com a fulana... Sei que fui um babaca, mas eu sumi pra te preservar... Você é uma garota legal, não poderia te sacanear. Se eu quisesse te usar, a gente continuaria saindo... Vc seria mais um troféu.
- De vocês, HOMENS, espero tudo. Inclusive palhaçadas como essa... Mas custava falar que não estava mais a fim? É o básico: só dizer que não quer mais... E tem mais: a gente não iria se envolver... Primeiro pq ainda não estou pronta para um novo relacionamento. Terminei um namoro há pouco tempo, foi desgastante, doloroso... E não quero farra com ninguém, pelo menos por enquanto. E segundo porque eu percebi que você ainda gostava da sua namorada. Então EU achei melhor nem insistir...
(Silêncio no carro...)

Quando eu tiver filho, vou ensiná-lo sempre a ser honesto e leal... E principalmente: a dizer a verdade, sempre!

O mundo é estranho... e os homens, palhaços!

quinta-feira, 1 de março de 2007

Palhacinho "ruim de cama"

Outro dia alguém abriu um tópico na comunidade do HTP no Orkut "E quando além de palhaço é ruim de cama?". Pois é.

Essa foi protagonizada por uma amiga minha, companheira de pista e de Lapa. A moça sempre emendou um namoro no outro e agora, depois de muitos anos, está solteira. Ainda não se acostumou a gerenciar o circo, mas tem futuro.

Cheguei a conhecer o palhacinho que ora ocupa nosso picadeiro e monopoliza os holofotes do nosso circo. Era realmente muito bonitinho, mas com cara de novinho até pros meus padrões. Encontrei a galera na Lapa e eles tavam conversando sobre escalada. Well, enquanto jornalista sedentária de 36 anos eu não tenho roupa pra esse tipo de ocasião. Como ele era o único gatinho do grupo e já tava de biscate com a minha amiga, vazei. Felizmente.

No dia seguinte encontro com a pobre e ela me dá o relatório da pista. "Amiga, muito ruim, ele tinha ejaculação precoce!". Pobre moça de pouca sorte.

Pensando bem, pouca sorte tenho eu: ela é azarada mesmo. Na noite seguinte apareceu outro gatinho e todas insistimos para que ela pegasse, pra apagar a má recordação da noite anterior.

Esse outro era tchutchuco também, mas mais velho, com cara de homem e parecia ser super fofo. Realmente esse não teve ejaculação precoce. Não teve ejaculação nenhuma, broxou. Mas isso é assunto para outro post. Vamos ao relato que ela me enviou hoje.

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Teve uma noite que encontrei um gatinho por aí... Ele era meio novinho, mas era bonitinho, um papo legal, dançava muito bem, tinha atitude pra chegar... Bem, esse foi o primeiro dia. Trocamos telefone, ele ficou me ligando freneticamente...

Finalmente chegou o outro final de semana e me aventurei novamente. Nos encontramos em um lugar muito caído, sabe um daqueles que para alguns está "bombando" e pra você está insuportavelmente cheio e o que é pior: de gente chata? Pois é. Um desses lugares. O pior é que pro gatinho o lugar tava "bombando", era um sinal e eu não percebi.

Saímos de lá e caímos na habitual Lapa. Conversa vai, conversa vem... Fomos para um motel – triste escolha. Preliminares bem fraquinhas, ejaculação precoce (com reincidências) e finalmente, porém não menos importante na escala de fracassos: totozinho pra sexo oral. Não! Queria ir embora dali de qualquer jeito!!!

Com dó do bruto, que até era fofo, perseverante e esforçado, fiquei. Fiquei mas muito sem graça. Não sei se foi o pior, apesar de toda essa desgraceira a intenção do menino, acreditem, era me impressionar. Acabei ficando. Dormi até de conchinha... Nossa, quem viu "O céu de Suely" na última cena me entende. Coisa de quem tá voltando pra noite agora, não saber ir pra cama sem ter carinho e tal... Carências à parte, finalmente amanheceu e consegui me desvincular do banho "juntinho". Ufa! Aí eu ia me matar!

Como bom senso é luxo para poucos, passaram os dias mas o pesadelo não: o palhacinho não parava de me ligar, de novo e de novo, mesmo depois de eu não atender... Até que de repente o bruto sumiu, pensei que a maré finalmente tinha levado a oferenda. Tola. Após um intervalo de tempo até significativo, eis que ele reaparece. Ligou para minha
casa. Papinho mole, disse para que eu ligar ele para fazermos algo. Babe, se eu quisesse fazer algo com você eu já teria ligado, né? Mas moça educada, respondi "Tá bom, qualquer coisa eu te ligo". Qualquer coisa, no caso, seria eu perder o juízo, né?

Para piorar o que já estava ruim ele ainda mandou o clássico "se é que não jogou fora o meu telefone...". Generosa, não querendo magoar a criança, peguei meu celular e falei: "lógico que não, não é esse aqui?" Quando procurei entre todos os Carlos que tenho na agenda do telefone esse era inconfundível. Vinha em letras garrafais para eu não esquecer, mesmo em momentos cavalares de carência: Carlos RUIM DE CAMA!!!! Ri sozinha e nem pude me explicar...
Sabedoria de HV

Antes uma oferenda devolvida que um ebó mal despachado.