Disputa de palhaços
Encaminhei para um grupo de colegas de trabalho uma denúncia que recebi na minha caixa de e-mail sobre a empresa. Trabalhamos em uma TV que integra uma rede de emissoras em todo o Brasil e o texto dizia que o quadro de um dos programas da empresa é fraudado. O quadro promove a restauração de carros velhos e, segundo o e-mail, um sujeito que participou dele recebeu outro veículo em troca do seu opala caindo aos pedaços.
Um dos palhaços que recebeu o e-mail se dignou a responder para todos: “O importante é que o cara recebeu um carro mais novo que o dele”.
Hipótese 1: O sujeito não entendeu que o que estava em jogo era a credibilidade da empresa em que ele trabalha;
Hipótese 2: Ele é apenas um palhaço cumprindo a função de fazer o público rir.
Depois da resposta, no mínimo, tosca, eis que outro palhaço resolve contribuir para a discussão com sua humilde opinião. Ele escreve: “Não. O importante é que prometeram restaurar o carro dele e, na verdade, compraram outro.”
Eu, satisfeita ao ter reavivada aquela esperança sempre latente de dona de circo, pensei: “É, esse é mesmo um cara legal. Tem valores.” UNF. E não é que só para me desmentir, ele manda uma mensagem logo em seguida, com a seguinte comparação: “É como você mandar a sua mulher velha para um SPA. Enquanto você espera que ela retorne mais calma, descansada e disposta, te voltam com uma loira novinha e turbinada. A princípio, parece bom. O problema é quando você a apresenta pros seus filhos e vira aquele chororô.”
Fala sério! Palhaço recordista. No mínimo, a mulher dele é hidramática.
P.F.
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