Eu, leitora e empresária circense
A leitora nos manda mais um exemplo de espetáculo clássico. Esse palhaços não têm imaginação mesmo. Ainda bem ques omos mulheres de senso de humor. ;)
Vocês sabem que a empresa é um dos ambientes preferidos para os palhaços se manifestarem, né? Pois meu amigo de nariz vermelho, que irei chamar aqui carinhosamente de chumbinho, trabalha na mesma empresa que eu há seis anos, sendo que os últimos três estamos em cidades diferentes.
Há algum tempo, num sábado à noite, um amigo em comum (amigo mesmo) me liga quando ia pra balada. “Tava com saudades, tomando todas, etc”. Chumbinho estava junto, e eis que pega o telefone e começa a dizer aquelas coisas MANJADÉRRIMAS, tipo: por que vc tá sozinha em casa sábado à noite, isso é um desperdício, se eu tivesse aí eu ia isso e ia aquilo... Aimeudeus, santa originalidade. Meio entediada, entre bocejos, entrei na brincadeira pra não deixar o moço sem graça... nooooooossa, é mesmo? uau! No dia seguinte, ainda no espírito da brincadeira, deixei um scrap pro chumbinho. Algo tipo: e suas promessas? Essa foi apenas o prólogo do espetáculo.
Passa o tempo, passam os meses, na verdade, passam seis meses e vou à cidade do Chumbinho fazer um trabalho. Estou na empresa, fantasiada de moça séria, profissional, papel que faço questão de desempenhar muito bem, e o palhaço liga para o meu departamento. Quando atendo, ele menciona o motivo da ligação e desliga. Não acabou: 30 segundos depois liga novamente. Aí começa o número principal:
- Oi, não me esqueci das minhas promessas, hein?
- Que promessas? (confesso que fiquei surpresa com a cara de pau... e me fiz de sonsa)
- A promessa que te fiz, não lembra?
- Sinceramente não.
- Você até deixou um scrap dizendo que ia me cobrar... (gente, ele deve ter anotado meu nome na lista de lanchinhos em potencial, e eu pensando "não creio que tô ouvindo isso!")
- Olha, realmente minha memória não tá muito boa porque não me lembro.
- Nossa, então vc tá precisando de ferro, porque ferro é bom pra memória.
Gente, confesso que nessa hora fiquei ligeiramente sem ação e demorei algo em torno de 10 segundos pra achar uma resposta, mas ela veio.
- Ou talvez eu não queira me lembrar. Tem coisas que é melhor a gente esquecer.
Chumbinho nem quis tréplica. Guardou seus números no saco (que nem deve ser tão grande porque a gente sabe que quando precisa de anúncio é porque a coisa não é tão boa), e desligou.
Desde este dia Chumbinho não mencionou mais a intenção de se apresentar no meu picadeiro, e só me cumprimenta profissionalmente...
Mas, fala sério... é cada uma que a gente ouve!!
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