Eu, leitora e empresária circense
Por que será que ainda há alguns palhaços com essa história de que homem não tem amiga? Eu tenho ótimos amigos-irmãos, palhacinhos queridos com quem converso por horas, pra quem conto meus segredos e que amo como irmãos. Beijar na boca seria quase repugnante. Eles são bonitos? Nem sei. São tão amigos que não faz a menor diferença. Eles não são palhaços? Claro que são, mas os números nos quais são especializados não incluem "se fazer de amigo pra ver se come mais gente".
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Há alguns meses comecei a conversar mais com um amigo da área que trabalho (publicidade) via MSN e orkut. Nos conhecemos pessoalmente faz muito tempo, mas os dias estavam meio corridos e papeamos online mesmo. Bonitão, charmoso, com seus 40 e poucos anos, mas nada além de um bom papo. Da minha parte nunca houve interesse e, até domingo passado, acreditava que da dele também não. Além disso, ele morre de amores por uma amiga em comum. Conversávamos sempre sobre família, amigos, mercado e rolos que cada um teve, além de dar muita risada.
No último domingo, ele com problemas com um ente querido, estava meio borocoxô. Deixei um recadinho no Orkut dizendo pra ele sair e espairecer um pouco e desejei um bom domingo. Logo em seguida veio a resposta com o convite para irmos num boteco
tomar um chopp. Aceitei, pq não queria ouvir a musiquinha do Fantástico.
Cheguei no lugar e hora marcada, a fim de um bom papo e uma cervejinha gelada. Na mesa estava o palhaço e um amigo que o encontrou por ali. Nos cumprimentamos, conheci o amigo (interessantíssimo) e o papo rolou solto. Troquei telefone com o amigo do palhaço e ele foi embora, me deixando com o meu amigo. Nessa hora eu percebi o que é uma pessoa insistente.
- Me dá um beijo, to louco pra te beijar! (miando de bêbado)
- Fulano, não vai rolar, somos amigos e não to afim. (eu, totalmente sóbria)
- Eu não tenho amiga mulher. Isso é coisa de viado.
- Bom, então vou ser a primeira.
- Só um beijo vai. Não seja chata.
- NÃO VAI ROLAR! (eu já de saco cheio e querendo ir embora).
- Você não precisa me dar, hoje. Mas um beijo eu quero.
No fim das contas ele me levou até o carro, tentou me agarrar de novo, entrou dentro do meu carro e, percebendo que eu não cederia, foi "marchando" pro carro dele.
Enfim, sou mais uma leitora e empresária circense.
Leitora A.R.
Curitiba - Paraná
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
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