IX - Pailhaço ciumento

Fui morar em Brasília com o pai do meu filho, como meu pai morava lá e tinha muitos amigos era mais fácil para arrumar um emprego. Depois de 2 anos me separei e comecei um romance com um amigo (que também era conhecido de papai). Que rufem os tambores que o espetáculo vai começar, papai-palhaço resolveu fazer o número do Pai Enciumado.

Decidimos não contar para ninguém até termos certeza do que queríamos, mesmo porque tenho um filho pequeno que ainda não estava acostumado com a separação. Marquei com o palhacinho em estágio probatório em um barzinho e estavamos no maior Love quando meu telefone toca. Adevinha quem era? Meu pailhaço! Atendi e ele pediu para eu olhar para trás: isso mesmo, ele estava no mesmo barzinho, bem atrás de mim.

Na hora eu não sabia onde enfiar a cara, para piorar ficou me dando bronca pelo telefone. Óbvio que meu palhacinho gatinho percebeu. Meu Pailhaço ainda ficou com raivinha, dizendo que meu gatinho não prestava. Não prestava até estar com a filha dele, pois antes era gente boa. Humpf. Pai é tudo Palhaço!

D.X.

Senhoras e senhores, respeitável público, o bruto não se furtou a causar um constrangimento desnecessário! Não, ele não podia deixar pra falar com a moça em casa. Precisava armar um espetáculo, uma cena, causar. Palhaço exibido e ciumento, espetáculo totalmente sem graça.