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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Eu, leitora e empresária circense

Eis que depois de um namoro de três anos, fiquei solteira. Solteira alucinada, andei conhecendo alguns picadeiros por aí. Até que o rolo foi ficando mais sério com um palhacinho. Uma palhacinho bem gatinho, diga-se de passagem. Tudo bem, pegação daqui e dali, cineminha, barzinho, dorme lá em casa, etc. Daí que enjoei do mancebo por alguns motivos. Um deles é o fato de que o rapaz tinha, digamos, um excesso de auto-amor. Sabe, um culto exagerado à auto-imagem. Resumindo: o cara se achava.

Ok, um mês sem vê-lo, sem falar com ele, sem encontrá-lo. Eis que tenho um sonho com o palhaço. Sonhei que estava grávida dele - medo. O rapaz, que deve ter alguma espécie de poder sensitivo, me liga no dia seguinte:

- Olá, gatinha! Como vc tá? Tá sumida, hein?
- Tô bem, trabalhando pra caramba... sonhei com você ontem!
- É mesmo? Bom?
- Não, sonhei que tava grávida de você.
- Um filho nosso seria lindo...
- Será?
- É claro, com um pai gatão desses.

Nessa hora, digo que estou entrando em uma reunião, a gente se fala, beijos.


Leitora F.L.

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