Eu, leitora e empresária circense

Palhaço Cristão

Bom, esses dias, entrei no metrô de SP e atrás de mim duas mulheres começaram conversar sobre um palhaço. Tive até que parar a musica que eu estava ouvindo porque essa não deu nem pra acreditar. Segue a história:

- Nossa, finalmente saí com o Fulano.
- Sério? Conta aí como foi.
- Ah, até foi bom. A gente foi no motel, mas ele fez uma coisa que eu nem acreditei...
- Fez vc pagar a conta?
- Antes fosse isso. Acontece que a gente tava lá, tudo lindo e maravilhoso. Até que o Fulano disse que ia gozar. Logo depois de gozar, ele parou tudo, ajoelhou e disse: "Me perdoa meu Deus por esse pecado".

Nem eu aguentei e comecei rir na cara da menina que tava contando. Empresária circense, na verdade, ela nem se importou e disse que eu podia rir, porque nem ela acreditava que isso aconteceu mesmo.

Leitora F.

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Palhaço Cavalheiro

Dona de picadeiro cheio e muito feliz com a solterice, um candidato a palhacinho gerente manda currículo. Após análise do perfil, resolvi conferir a atuação circense do moço.

Saídas aqui, saídas ali... o palhacinho sempre insistia para pagar a conta. Apesar de ser uma mocinha monetariamente resolvida, sempre achei melhor rachar a conta. Mas como o cavalheirismo era tamanho, acabava deixando pra lá e comprava alguns presentinhos para não ficar com peso na consciência de ter abusado de um coitado trabalhador de circo.

Mas com o tempo a dedicação do palhacinho para com meu empreendimento circense já não era mais a mesma, então resolvi dar férias permanentes ao bruto. Passei a não atender mais celular, ignorar e-mails, etc.

Por ironia do destino, algumas semanas depois, acabo trombando com a criaturinha na faculdade. - Oi, tudo bem? Quanto tempo! Está sumida!
- Bem, e você? Sumida mesmo, nossa, essa monografia está me consumindo!

Rufem os tambores!

- Ah, sério? Será que só isso mesmo ou tem que pagar para sair com você?
- Sair com você estava ficando muito chato. E se eu fosse esse tipo de mocinha, com certeza você não teria como pagar!

Leitora U.

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Palhaço Confuso

Eu, jovem empresária circense já namorava há quase dois anos, mas as coisas iam muito mal. Só brigávamos e ameaçávamos terminar mas nunca ninguém tinha coragem de fazê-lo. Uma amiga do casal estava ajudando na mediação da crise - eu sei, sacanagem meter a amiga nisso, mas... é que chegamos a um ponto de não conseguirmos conversar direito e ela era muito amiga das partes. Bom, acontece.

Pois bem,o palhacinho contava muitas coisas para a minha amiga que não tinha coragem de contar pra mim, meio que esperando mesmo que ela me falasse. Ah,os sinais! Isso não é coisa de homem que se preze, né?!Luz no picadeiro, agora começa a grande palhaçada!

Uma bela tarde, por volta das 14h minha amiga liga arrasada: Fulana,tenho ma coisa pra te falar, o Palhaço falou comigo pelo MSN e disse que decidiu terminar. Falou com alguns amigos dele que disseram que era o melhor.

Acontece que meu ex-palhaço mora em uma academia militar, num regime de internato e usou isso como desculpa para não me ligar (celular, orelhão, skype...) e falar ele mesmo comigo. Jogou o trabalho-bomba nas mãos da amiga e disse que no fim-de-semana daria um jeito de me ligar. Ah, tá. Era uma segunda-feira.

Pensa que acabou?

Eu já tinha terminado de chorar, juntar tudo dele numa caixa pra mandar pro inferno e tava entrando na fase "tenho que superar" quando o telefone toca novamente. Claro, não era ele. A amiga novamente: Falei com o palhaço de novo. Ele disse que conversou com outros amigos e estes disseram que era bobeira acabar com você, que é uma menina tão boa, gosta tanto dele. Aí ele disse que não quer mais acabar.

Liguei pro catiço que confirmou a história toda dos amigos e não soube explicar como é que manda um recado desses por terceiros. Confesso que desta vez voltei (eu era uma jovem empresária), mas não demorei a desistir dele.

Leitora S.F.