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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Pooooodres de famosas

Soube que o HTP foi citado no programa do Leão Lobo ontem. Ele teria comentado que leu o blog, gostou e que homem é tudo palhaço mesmo. Alguém aí por acaso gravou? Alguém aí coloca no Youtube, por favor?
Eu, Leitora

A leitora L.R., de BH, já é quase uma correspondente mineira. Depois do palhaço-leilão, ou palhaço-grisalho, publicada em junho, ela nos conta que passou por outra que provocou aquele sentimento: "essa merece ir pro HTP!". Segundo a moça, trata-se de uma clara demonstração do quanto é injusto a palavra "fofoca" ter gênero feminino.

Vamos ao espetáculo do Palhaço Pentelho ou Palhaço Dona Fifi

Trabalhei em certa empresa, no interior mineiro. Meu chefe era P. Digamos que era P de Pentelho – e de Palhaço, claro. Era um sujeito inseguro e muito arrogante (combinação previsível). Pentelho menosprezou minha escolha quando aceitei um convite da matriz da empresa, localizada na capital - minha cidade. Foi, aliás, na matriz que fiz estágio e consegui a vaga no interior após a formatura. Quando percebeu meu destaque na nova função, Pentelho passou a alardear que eu havia saído da unidade "dele", um nato descobridor de talentos! Eu, que tinha contato mínimo com a figura, passei a evitar ainda mais.

Já de volta a BH, namorei o Palhaço Fulano, colega de profissão que trabalhava naquela mesma empresa, no interior mineiro, e aqui é apenas coadjuvante do espetáculo. Fulano tinha pelo chefe Pentelho verdadeira ojeriza, tanto que se mandou dali rapidinho. 1 ano e 9 meses depois de terminar o namoro, eu mal tinha notícias de Fulano. Sabia um ou outro passo da vida profissional, mas nada da vida pessoal dele. Até que Pentelho resolveu fazer grande aparição, travestido de "Dona Fifi" (Explico: ao menos em Minas, chamamos de "Dona Fifi" toda pessoa fofoqueira, que vigia da janela a vida dos outros e dá notícias de tudo).

Por uma amiga desesperada, fiz contato com Dona Fifi, que até então era apenas Pentelho. Essa amiga começaria a trabalhar na tal empresa, aquela mesma, no interior mineiro, assim que voltasse de uma viagem à Europa. O telefone não funcionava e, ao me encontrar online no gmail, mandou: "liga pro Pentelho, pelamordedeus, preciso saber se está tudo certo, porque se não estiver fico por aqui mais uns dias". Respondi: "Você não tem o MSN dele? Entra lá, quem sabe você encontra a figura". Até hoje não sei se ela foi sincera ou esperta: "esse computador aqui não tem MSN! E o cara é chato pra caramba, vive bloqueado na minha lista!". Sei, sei... fiz o interurbano de casa, minha gente! Em dia de folga!

- Oi, Pentelho, tudo bem? Aqui é L.
- L.! E então, como está BH? Já implantaram, afinal, o novo sistema tecnológico xyzw?
- Tudo bem, Pentelho, obrigada. Os equipamentos serão instalados na semana que vem.
- Ah, então finalmente vocês vão alcançar o nosso nível de aprimoramento tecnológico?
- ...
- Nós já usamos o novo sistema tecnológico xyzw desde o ano passado.
- Que ótimo. Pentelho, veja bem, minha amiga desesperada precisa confirmar umas coisas. Ela chega ao Brasil na próxima segunda. Tudo certo?
- Tudo confirmado, L. Ela vai ao RH, depois segue pro treinamento.
- Que bom, Pentelho. Obrigada, tch...
- L., o Fulano é pai!!!
(Atordoada, enquanto respondia pausadamente, fiz as contas... se Fulano, meu ex, é pai, fez o bebê há pelo menos nove meses... há dez meses, ele esteve em BH tentando reatar o namoro comigo...)
- É mesmo?! Nossa, que bom pra ele. Adora criança, sempre quis ser pai.
- Pois é, L.! Foi a Sicrana quem me contou.
- Ah...
Em tom de extrema preocupação, dona Fifi solta nova pérola:
- Mas, L.... você e o Fulano não estão mais juntos, né????

Tive que rir, minha gente! Com bom humor, respondi que não e desliguei o telefone. Só depois, explodi de raiva! Fiquei chocada com a notícia, sim, mas concluí que o absurdo maior foi a indelicadeza de Dona Fifi! Será que ele imaginou que estava me dando a notícia de que meu namorado engravidou alguém? O imaginário popular mineiro devia criar um personagem masculino para fazer companhia à figura de Dona Fifi nas janelas da vida: o Palhaço Pentelho!

sábado, 20 de setembro de 2008

O Palhaço Malito

Semana passada estive doente, com uma gastroenterite virótica braba. Fiz um post curto no meu blog pessoal. Assim, de desabafar, pois eu estava entediadíssima em casa, serviria para avisar meus amigos e leitores que não esperassem respostas para e-mails nem atualizações, pois eu tava tão mal que nem ficar no computador conseguia.

Eis que, após minha convalescença, encontro em minha caixa postal um e-mail do Palhaço Malito. Uns dias antes esse espécime circense, de quem eu nunca tinha ouvido falar até então, tinha me enviado um e-mail quilométrico com uma crônica dele e um convite para visitar um blog famoso onde ele estava publicando suas pérolas interinamente. Confesso que, não bastasse a falta de tempo, pois recebo quilos desse tipo de e-mail e não dá pra ir a todos os sites indicados, o texto dele não era exatamente do tipo que me atrai. Não fui ao endereço indicado..

Vejamos bem: que eu sabia, o rapaz não me conhece pessoalmente, nunca me viu e não temos amigos em comum. O único vínculo entre nós, além da coincidência profissional, seria ele ler meus blogs. Diante deste quadro, manjem a mensagem que o caboclo teve a coragem de me enviar:

Date: Tue, 9 Sep 2008 18:33:10 -0300
From: Palhaço Malito
To: shaisha@hotmail.com
Subject: QUE PENA!

Espero, sinceramente que você não fique assadinha.

Se eu puder fazer alguma coisa, você já tem meu e-mail, já sabe que eu ocupei o blog do XXX em XXX, sob o titulo Blog do Malito, que o endreço do meu bog éhttp://XXX.blogspot.com e escrevo para XXX na coluna XXX da XXX.

Em sua exclusiva homenagem, postei hoje no meu blog a cronica , XXXX.

Lamento não poder fazer mais nada do que nada.

Coma maçã, banana e nada de caipirinha, vodca pura com gêlo, enfim estas bebidas menos leves.Estimo suas melhoras.

Externamente, pomadinha de Hipoglós nas partes assadinhas é ótimo.Palhaço.



Que pese ainda o bruto ser é jornalista atuante, atualmente com um blog e uma coluna em certo veículo, digamos, de grande acesso. Confirmando que homem é tudo palhaço e quase tudo sem noção, ele não teve o menor pudor em expor sua tosquice e nem ao menos se deu ao trabalho de fazer uma revisãozinha básica no texto. Claro, para garantir o brilho do espetáculo, não corrigi os erros no texto. Apenas substituí os nomes e endereços dos veículos citados por XXX, pois sou blogueira mas sou discreta. Além do que, tô aqui pra fazer piada, não para doar audiência a palhaços.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A vida como ela é

É comum aos Palhaços, digo, é comum aos seres da espécie masculina, acharem que tratar mulher mal é sinônimo de ter a mulher a seus pés. Se a recíproca não fosse absolutamente verdadeira - sim, conheço muitos (pencas deles!) Palhaços que babam quando pessimamente tratados - diria que estes pobres mortais dariam sempre com os burros n'água. 

Mas como para toda regra há uma exceção, caros Palhaços, optem sempre por tratar bem. Digo isto porque vosmicês quando não fazem merda na entrada, cagam na saída. Nós, moças, gostamos de ser bem tratadas. Gostamos de carinho e de atenção. 

Para aqueles raros Palhaços que assim tratam suas namoradas, esposas e amantes, um conselho: mantenham-se fiéis ao cavalheirismo e à gentileza, adjetivos tão fora de moda nos dias de hoje. 

Essa coisa de homem-ogro só combina com mulher-ogro. Sim! Elas existem.
Então, Palhaços, saibam separar o joio do trigo. Vejam que tipo de mulher você tem ou pretende ter e calibre o tratamento. Só não bata, ok? Porque aí já é demais. 

Falando em mulher-ogro e homem-ogro...

Ontem, durante o expediente, ao mirar a foto de uma "moça de família" trajando um minúsculo biquini do Flamengo (ui) em "coluna" de periódico popular cá do Rio de Janeiro, o faz-tudo da firma me solta a seguinte:

"Teve um segurança aqui do prédio que ficou doido por ela. Vendeu tudo que a mulher dele tinha (?) para dar boa vida pra essa moça aqui. Morreu assassinado". 

Fora o triste fim do Palhaço... Como assim vendeu tudo que a mulher dele tinha?
O bruto, para sustentar a paixão avassaladora por uma.. digamos.. "moça de família" deixa mulher e filhos na miséria?

Ou seja, além de se apaixonar por alguém que anda com o P.. de Vadia na testa o cara ainda deixou as crianças sem o leite???

O castigo veio rápido, rápido, não?
.. tsc, tsc, tsc...

Que descanse em paz o Palhaço Fantasminha ... mas foi desnecessário, né?

Nada contra paixões avassaladores por moças pouco recatadas. Mas ninguém casa de véspera, né? Assim como nem toda mulher gosta de dormir com o Shrek, nem toda Vadia tem coração de pedra. Mas bancar a luxúria as custas do sofrimento de mulher e filho eu já acho sacanagem. 

Faz assim ó: arruma os pano de bunda e parte. É a vida, né? Num precisa esculachar ...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Baseado em fatos reais - Palhaço Traveca

Manhã chuvosa no Rio de Janeiro, saí de casa correndo lá pelas 7h45 apenas com um iogurte de ameixa no estômago. Algumas horas depois, bateu uma fominha e corri na Casa do Biscoito do Largo do Machado para abastecer meu estoque de barras de cereais. Procura dali, procura daqui, achei tipos sortido, enchi a mão e fui ao caixa pagar.

Eis que no caixa presencio o seguinte diálogo:

Vendedora - Eu não entendo esse negócio de homem querer ser mulher..

Caixa - Nem eu! Isso é coisa de cidade grande porque lá no Ceará não tem esse negócio não. O cara não é homem e assim fica.

Vendedora - Isso não entra na minha cabeça ..

Caixa - Essas modas de cidade grande viram a cabeça das pessoas. Minha prima quase morreu quando o marido chegou na cidade de saia curta, silicone no peito, cabelão. O cara saiu de lá dizendo que vinha pro Rio ganhar dinheiro para sustentar a família e volta mulher!

Vendedora - E não avisou?

Caixa - Não!! A pobre quando viu parece que deu um derrame, quase morreu! Fez uma operação na cabeça, hoje ela tem até um lado mais fundo ... Menina, parou a cidade! Pra mim ele já saiu de lá com essa vontade. Mas tinha medo porque a cidade que minha prima mora é muito pequena. Veio pro Rio, cidade grande e aí deu no que deu..

Eu - Mas ele não avisou??

Caixa - Nadinha. Avisou que ia visitar a família e chegou lá mulher.

Depois de receber R$ 0,30 de troco tive que ir embora.

Até concordo com a moça do caixa: o bruto cabra devia ter um desejo incrível de sair do armário, mas devido a imposições sociais teve que aguentar o fogo no rabo e deixar para a cidade grande o privilégio de conhecer seu "eu-mulher". Mas não avisar a família eu já acho sacanagem. Melhor dizer que morreu, que não vai mais voltar, pedir divórcio e ser feliz. Chegar de surpresa de peito, cabelão, cílios postiços e salto alto, é golpe duro demais para a probre esposa.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Eu, leitora

Comprovando novamente que homem é tudo é palhaço desde a mais tenra idade, a jovem leitora P.C. confessou que do alto do seus 20 aninhos já passou por várias experiências circenses. Como ela disse "não é de se espantar, afinal eles estréiam cedo nos picadeiros da vida". Pois é, companheira de atividade empresarial. Mas então, eis que a moça resolveu contribuir para nosso repertório com mais uma do Palhaço Sem Noção (mais um que talvez merecesse a alcunha de mero idiota).

Estava eu com um palhacinho que freqüenta minha lona já há algum tempo. Estavamos no carro dele no estacionamento da faculdade naqueeela pegação, mão naquilo, aquilo na boc... enfim preliminares bombando... quando de repente toca o cel dele. Palhaço atende (preliminar do espetáculo, por que nem devia ter atendido).

- Oi cara... já saiu da aula? Beleza tô indo aí!! Falou!!

Olha pra mim com a maior cara lavada e diz "Olha, o T esta me chamando, vou lá, você desce aqui mesmo?"

Óbvio que desci ali mesmo, peguei um ônibus e fui embora sem nem dar tchau. Depois o palhaço ainda veio me perguntar o que havia acontecido que eu não lhe retornava as ligações nem os torpedos! Faça-me o favor, né? Esse aí jamais se apresenta no meu circo novamente!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Rodada dupla do Clássico Palhaço IBGE

Essa foi enviada por amiga-leitora-blogueira que avisou já ter publicado em seu próprio picadeiro, mas achava que valia ser compartilhada com mais gente. Realmente o rapaz é exemplo de obstinado palhaço IBGE. Tanto que me fez lembrar uma semelhante vivida por mim lá pelos idos lá pelos idos anos 80. Sim, já atuo no mercado empresarial circense circo há moitos anos (comprovando que homem sempre foi tudo palhaço).

Euzinha jovenzinha, adolescente dura, tava de madrugada sentada no meio-fio esperando um ônibus depois de um show no Maracanãzinho com mais duas cálegas. Tá certo que eu era jovem e cheia de energia, a qual eu já tinha gasto pulando no show que, se não me falha a memória, tinha sido de três bandas de rock brasil, sendo uma delas o Kid Abelha. O que importa é que àquela hora eu queria era um 434 pra ir casa tomar banhinho, comer o que tivesse sobrado na cozinha e ir dormir. Eis que um jovem palhacinho veio tentar fazer amizade. Eu já não tava muito a fim e ele tinha cara de chato, além de ser gorducho. Moça educada que sempre fui, desde a adolesncência, ciente de que a vida de jovens gorduchos não é fácil, dei semi-trela. Tipo, não custa falar meia dúzia de abobrinhas com esse gorducho até chegar o buzum, de repente até o tempo passa mais rápido conversando. Humpf. Não se pode dar confiança pra palhaço, eis que em plena madrugada, na presença de muitos outros jovens amigos, vizinhos ou quase, o bruto me solta a pérola "qual o seu currículo literário?". Cumêquié? Currículo literário na saída de um show de rock brasileiro, lá pelas tantas da madrugada, pra uma menina sentada no meio-fio de all star, cara borrada e cansada, toda suja? Fala sério, meu amigo. Fala muito sério! Naquela época eu era um pouco menos desbocada, mas currículo literário de cu é rola, meu amigo. Lembro que apesar de ler praticamente um livro por dia (ainda não existia internet) olhei pra ele com cara de nojo, levantei e fui sentar mais perto da minha amiga.

- Ele me perguntou qual o meu currículo literário.
- Ele é idiota?

Pois é. Devia ser idiota sim. Aliás, a máxima "ele é um idiota" explica quase tudo, quando não nos conformamos com "homem é tudo palhaço". Mas vamos ao espetáculo da Biessa, que hoje a função é dupla.

Daí que eu fui sem companhia numa festa de formatura e me lembrei como é ver as pessoas chegando em você nesses eventos de muito álcool e pegação diretamente proporcional.

Estou eu no bar suplicando pela minha quinta dose de tequila quando começo a 'fazer amizade' com uns mancebos que estavam sempre por ali no bar - afinal, amizade de bêbado só começa com cachaça. Um deles começou a fazer o típico questionário IBGE; aquele básico de sempre: onde mora, quantos anos tem, o que faz da vida, estudou aonde, gosta mais de caipivodka ou caipirinha...

Mas o que eu não esperava é que o rapaz fosse realmente fundo na pesquisa demográfica. O moçoilo quis saber em que faixa de renda eu me encontro. Exatamente, caros leitores: ele perguntou o quanto eu ganhava! E quando eu fiquei chocada com a pergunta ele ainda achou que eu estava sendo boba.

Fugi, correndo mais que maratonista queniano, antes que ele perguntasse coisas piores, como quando eu perdi a virgindade ou pra que partido eu voto.