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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Espetáculo Nº 2

Deu xabu no segundo espetáculo de hoje. Sempre antes de publicar eu envio uma mensagem avisando à leitora. Acabei de receber a resposta da moça afirmando desconhecer o e-mail. Entendi nada. Enfim, não vou postar a história toda até o assunto se esclarecer, mas basicamente era outra na linha dos espatáculos proporcionados por desavenças financeiras, já que o assunto tá bombando.

O relato era imenso, na verdade eram dois relatos diferentes, mas o que me chamou minha atenção foi a moça contar que, entre outras atitudes circenses, o palhaço que sempre fazia questão de pagar a conta, vivia reclamando no MSN sobre mulheres que não dividem a conta. Esquizofrenia? Nãããão, palhaçada mesmo. Olha só a pérola do bruto:

"....tínhamos conversado no msn e ele tinha dito que detestava aquelas garotas que: 'na hora de pagar a conta fingiam procurar algo em uma bolsa minúscula, mas nunca saia nada lá de dentro'. Mas mesmo assim, insistia em pagar a conta".
Eu, leitora e empresária circense

Quarta-feira passada, como era carnaval e meu aniversário, não houve seção das leitoras. Para compensar hoje vamos ter rodada dupla!

A último relato que postei causou certa celuma. Quero lembra não nos responsabilizamos pela veracidade falta de noção das moças que enviam as histórias. Elas vão chegando e eu vou postando. Gosto de mostrar como as pessoas pensam de maneira diferente e acho legal causar uma polêmica de vez em quando de qualquer jeito. Ah, muitas vezes escolho a história a ser publicada simplesmente por estar bem escrita. Favor revisarem o texto e honrarem o nosso idioma. Aviso que não falo, não compreendo e, portanto, não estou apta a fazer versão de miguxês.

Outra coisa, palhacinhos e donas de circo, por favor leiam com atenção. É tão chato abrir os comentários e perceber que não entenderam a história, tiraram o foco da palhaçada pra falar de algum detalhe. Aqui, no meu circo, os holofotes iluminam o comportamento palhaço dos homens. Não adianta reclamar, quem não gostou que não volte, pois não devolvemos o ingresso.
Parece que as histórias envolvendo dívidas com palhaços dão pano para manga. Vamos a mais um espetáculo do gênero. Selecionei dois e-mails nessa linha, mas o outro ainda precisa ser editado, mais tarde eu posto.

Passei por uma situação parecida com a do post do dia 14/02 com o palhaço recém expulso do meu picadeiro... O carinha resolveu morar sozinho, pois não estava agüentando mais a "encheção de saco" da família, mesmo ganhando muito mal.
Vendo essa situação, tendo uma condição financeira mais tranqüila que a dele, nunca esquentei em pagar as coisas quando a gente saía e também nunca cobrei $0,01 por isso.

Há umas duas semanas entramos em uma loja, pois o palhacinho queria ver um boné e eu a moda feminina. Experimentei um shortinho lindo, só que naquele momento estava sem meu cartão. Ele, muito “prestativo”, ofereceu para parcelar no cartão de crédito dele e, assim que chegasse a fatura, ele me avisaria e eu pagaria. Recusei, não queria aceitar de jeito nenhum. Falei que não precisava, que mais tarde voltava com o meu cartão para comprar e tal, só que ele continuou insistindo. Me sentindo mal com tanta insistência, acabei concordando. Voltamos lindos e felizes para casa.

Na semana seguinte, durante uma briguinha boba de namorados, falei que se a gente continuasse a discutir não tinha porque continuar juntos. Foi quando ele soltou a pérola: "Por mim tudo bem, contanto que você não me deixe na merda e pague o meu cartão no dia 15...".

Muito puta, falei: "Se o problema todo for dinheiro, não seja por isso... Me passe o número da sua conta que na segunda-feira pago tudo que devo e não preciso nunca mais olhar para a sua cara". Ao invés dele amenizar a situação, tentar conversar e salvar no namoro, o bruto simplesmente perguntou: "Quanto você vai depositar?"
Nesse exato momento vi que o cara além de ser palhaço, é sem caráter. Você acha que jacaré continuou o namoro?! Nem eu, claro.

Mas para completar o espetáculo, ele que saiu da relação me devendo dinheiro! Não cobrei, porque não vou morrer por causa disso. Se fez de vítima o tempo todo, dizendo que virei inimiga dele, que o enganei, que menti...Fala sério! Ele errou feio comigo e ainda saí como vilã na história. Ok, jacaré, me aguarde que a lagoa há de secar.

Fiz questão de excluí-lo da minha vida, do meu Orkut e do meu MSN... Pode parecer meio infantil, mas não tinha porque continuar com a "amizade". Ele, palhaço, vive perguntando de mim para os outros, se referindo a mim como "maluca".

Semana passada devolveu as minhas coisas, deixou com a irmã dele e fui lá buscar. Não sei como ele conseguiu o tal milagre, mas me perguntou pelo MSN se já tinha pego minhas coisas, respondi que sim e agradeci. Então cai na besteira de falar com ele "Posso te pedir um favor?". Ele disse que sim.

– Não fique perguntando de mim pros outros... Se realmente te interessa saber como estou, você sabe como e onde me encontrar, não precisa envolver os outros nisso – pedi como quem fala com um colega.
– Alguém já te mandou ir à merda hoje? Desce do palco, garota!
– Estou falando com você com educação... Não te mando ir pra aquele lugar porque meus pais me deram educação. E não preciso descer do palco, porque o palhaço aqui não sou eu.

Silêncio...

Agora vocês me dizem: vale a pena bater boca com um palhaço desses?!


Espetáculo patrocinado pela leitora MM.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Rodada dupla de palhaçadas

Mas minha amiga HV também teve sua cota circense. Um palhaço esquisito recém conhecido tentou beijá-la. Ela disse que não tava a fim, tinham acabado de se conhecer e talz. Ele, num arroubo de sensibilidade, explicou "Pôxa, mas é que eu te achei do caralho!". Dona de circo escolada, ela não perdeu o rebolado e rebateu "Noooossa, ninguém nunca tinha me dito isso antes!".
Palhaço necrófilo

Tô eu num bar com amigos, quando chega um outro grupo de amigos. Ouço um amigo palhaço comentar com HV, amiga em comum, que estou bronzeada. Pelo tom da voz ele pareceu ter considerado atraente a tonalidade doirada que minha tez adquiriu após algumas sessões de tosta-celulites ao sol de Ipanema. HV, que também não é mole, cutucou o palhaço.

– Tu pegava a Roberta?
– Morria fácil!

Eu ouvi, mas fiz que não era comigo. Ela veio me zoar. "Roberta, fulano disse que tu tá bonita bronzeada e que te pegava, viu?". Fiz que "sei" balançando a cabeça. Foi a deixa para o espetáculo. O palhaço deu a volta na mesinha e se postou na minha frente.

– Sabe aquela coisa escrota de homem, passa uma mulher gostosa e um pergunta pro outro se ele pegava? Aí o cara responde "morria fáááácil". Pois é, Roberta, pra mim você é um defunto ambulante.
– Sou um defunto ambulante....
– É cara, morria fácil, mortinha.
Silêncio e riso contido.
– Ok, vou considerar um elogio.

O pior é que ele é meu amigo. Saímos sempre juntos pra encher a cara, eu freqüento a casa dele e o safado é até meu confidente, sabe dos meus rolos circenses. Sei que nem tava querendo me pegar ou era cantada, era uma genuína manifestação da natureza palhaça masculina. Espetáculo gratuito. Palhaço emérito, galinha e cafajeste, o bruto é daqueles que não perde a oportunidade de um galanteio muquirana. Como classificou uma outra amiga em comum, ele é uma boa bisca.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Palhaço Progressiva

Tamos num bloco diurno desses que assolaram o carnaval carioca e pergunto pra minha amiga se ela ia seguir o bonde pro próximo bloco. Ela faz um muxoxo e diz que não vai poder porque marcou de ir na casa do seu palhacinho privativo à tarde. Vendo a cara de entojo da pobre, fiz uma cara de cu solidária e compreensiva.

– Saco. Eu detesto ir pra lá. A roupa de cama é nojenta, as tolhas de banho puídas, mas fico com vergonha de levar tudo e ofender a mãe dele.

Porra, o cara mora com a mãe, num apartamento pequeno no subúrbio. Minha amiga mora sozinha numa casa confortável, em um bairro bem localizado. Sem falar que ela possui roupa de cama e banho impecáveis. Perguntei por que ele não vinha pra casa dela no lugar dela ir na dele. A moça desabafou.

– Porque o boneco fez escova progressiva e tem vergonha de sair na rua com o cabelo ensebado! Ele vai ficar três dias trancado em casa até poder lavar o cabelo!!!

Ah, tá. Tipo assim, eu não gosto de dar pitaco na vida dos outros, mas diante disso e de outros detalhes sórdidos que ela já me contou, perguntei se esse não era o momento adequado a ela repensar a validade do relacionamento.

– Já tô revendo, né Roberta, tô revendo!

Pelo menos isso.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

E essa coisa de terminar namoro por telefone?

Quem explica isso?

Freud? Darwin? Jesus? o Papa?

Outro dia esbarrei com uma amiga e vendo-a tão tristinha resolvi puxar papo e perguntar o que houve para feição tão abatida. Disse-me ela que o namorado a tinha despacho por telefone, recusando-se a colocar os pingos nos i pós-término. Ela ligava e ele .. nada de atender.

Feio isso, não?

Depois de um certo grau de convivência as pessoas merecem uma pequena porção de respeito, não acham? Se você se desloca para um estado para ter sexo com outra pessoa, não pode fazer o mesmo para terminar um relacionamento?

E é só uma ponte aérea!!!

Claro, diriam os mais palhaços, fazer sexo compensa muito mais que discutir a relação. Concordo. Mas essa é a diferença entre os seres normais e maduros e os infantis e ... palhaços!!

Tipo .. você namora, leva a menina pra sua casa, apresenta para papai e mamãe, faz compras no shopping, anda de mãozinha dada, cria até apelidos ridículos, tem noites tórridas de sexo, promove jantares românticos, faz tudo que um namorado tem ou deve fazer.

Mas quando dá a crise .. bem .. aí é só pegar o telefone e ligar. Simples assim.

ô palhaçada de quinta ..

Acho isso muito feio. Palhaço, mil vezes palhaço. E covarde. Por que soube começar, não soube? Soube cantar, mandar bilhetes, fazer proposta, comprar passagem. Mas e depois .. desaprendeu.

Palhaço covarde. Detesto.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Palhaço manicure

A menina foi dançar forró. Dançou, dançou, dançou até cansar. Resolveu que o lugar já tava na xepa e ia saindo quando um rapaz chamou ela pra dançar. Bom, o brutinho era bonitinho e ela não tava fazendo nada mesmo. Foi dançar toda feliz. Ele pegou na mão dela e perguntou, olhando pras unhas: "gabriela?". Ainda demorou uns instantes pra cair a ficha, afinal ela não se chamava Gabriela. Sim, amigos, era isso mesmo, ele queria saber a cor do esmalte. A moça desistiu e foi pra casa...

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Eu, leitora e empresária circense

Hoje é dia de espetáculo das leitoras, vamos lá.
Esse foi enviado por uma das mais antigas freqüentadoras/comentaristas em atividade e prova que homem é tudo palhaço, até na Noruega.

Divirta-se, meu respeitável público.


Conheci o fulano em questão através da internet, em um site para quem ouve rock/metal. Ele foi puxando conversa, perguntou se eu era solteira, respondi que sim. Marcamos de nos encontrarmos. Ao chegar no local, constatei que ele era apenas alguns centímetros maior do que eu. Não sou muito exigente para homens, só duas coisas são imprescindíveis: ser alto e, no máximo, 10 anos mais velho. Ele não era nenhum dos dois. Respirei fundo e pensei "tudo bem, altura é só um detalhe". Ok, conversamos, conversamos, conversamos...ainda não era tarde da noite, então o convidei para assistir um vídeo aqui em casa. O rapaz tentou se aproximar de mim o tempo inteiro, mas não abri espaço. Ele insistiu tanto que antes dele sair da minha casa, dei um estalinho nele. Pensei em dar uma chance para ele...antes não tivesse.

Marcamos de nos vermos na outra semana. Aí rolou o primeiro beijo...uma coisa meio "eww", mas como eu estava bêbada, relevei. A gente continuou a se encontrar e avançar um pouco "nos degraus"...Ah, mas sei lá, ele me irritava, imitava um cachorro chorando toda vez que eu não o deixava fazer alguma coisa (eu me sentia uma zoófila, sensação horrível), as costas dele eram peludas, enfim. Por outro lado ele era simpático, inteligente e tinha um bom gosto musical. Eu realmente acreditava que a química entre a gente iria surgir a qualquer momento.

A semente da palhaçada
Eu ia viajar para a casa da minha família hospedeira, para comemorar o natal, em Næs, cidade no sul da Noruega (estou aqui trabalhando de Au Pair). A família foi antes, de avião, e sobrou para a Isaura aqui ir de trem. A minha mala de estava muito pesada, pois eu ia para Fredrikstad para passar o ano novo com um amigo meu e tinha que levar os presentes para a família e o meu amigo. Então o rapaz se dispôs a me buscar em casa e levar na estação. Aceitei. No dia da minha viagem eu estava sem grana, então pedi para que ele comprasse para mim um livro e um esmalte. O avisei que iria pagar logo após o meu retorno, ele falou "tudo bem, não tem pressa". Ok. Passou natal, passou ano-novo e voltei para casa. Ele não me cobrou o dinheiro, não mencionei nada, mas não esqueci. Continuamos nos vendo, mas aí eu já estava ciente de que a tal "química" não iria surgir. Estava eu pensando em um jeito mais sincero de avisá-lo, porém não foi necessário, pois ele me deu um motivo perfeito.

Um Glenn Close
Em uma quarta-feira, depois de um dia inteirinho aturando crianças, tirei o resto do dia para fazer pipoca, assistir TV e descansar. Depois de um banho maravilhoso, estava me preparando para assistir a estréia de "Ugly Betty" na TVNorge...aí a campainha tocou.

Como não estava sozinha em casa, achei que fosse visita para uma das meninas que moram comigo, mas qual é a minha surpresa em ver o rapazinho, carne-e-osso, na minha frente? Nossa, fechei logo a cara. Não suporto visita surpresa, principalmente de gente que me conhece há pouco tempo! Tudo bem, ele veio entregar o CD que eu pedi para gravar, mas custava ligar antes? E o rapaz ainda ficou um tempinho na minha casa!

Não dei atenção a ele, logo o tonto se tocou e resolveu se retirar. Logo depois liguei para o rapaz, pedindo desculpas pelo meu comportamento, mas explicando que não me sentia confortável com visitas-surpresa. Pedi para ele aparecer aqui em casa em um outro dia. Ali eu já estava determinada a botar os pingos nos is. Quando ele apareceu, a primeira coisa feita por mim, foi sentar com ele e me abrir. Contei que eu não queria tê-lo como um namorado, que nem meus amigos apareciam do nada na porta da minha casa e isso me assustou, que eu só o queria como amigo, coisa e tal. Ele falou que não sabia que estava em um relacionamento (bem, menos mal), porém ele aceitava numa boa. Então fomos assistir TV. Tentei brincar com ele, mencionando o fato de querer raspar as costas dele. O bruto se empolgou todo e não é que ele tentou me beijar? Virei o rosto e estranhei a atitude. Alguns minutos depois, ele se levantou e avisou que iria embora. "Você faz o que você quiser, eu faço o que eu quero", ele me disse. "Então tá, eu apareço na tua casa depois" (estava assistindo o seriado Supernatural).

Depois que a série acabou, fui para a casa dele. Ele me recebe com uma cara de bunda mal-lavada. Perguntei o que estava de errado. Aí começou a ladainha de que "eu não fui específica, que ele não sabia onde estavam as coisas e blá, blá, blá". Uai, como assim? Deixei bem claro, não queria mais nada com ele. Então o bruto mencionou as costas dele e falou que "só faria isso se estivesse em um relacionamento". Então eu disse "está tudo bem, pois eu estava brincando". Fiz uma hora por lá e depois voltei para casa. Ainda tentei continuar a amizade, mas ele sempre me respondia de má-vontade, ou botava a famosa cara de cu mal lavado quando eu o visitava. Aí, desisti.

E a palhaçada brotou!
Tinha se passado quase uma semana desde a última vez que encontrei o palhaço quando recebi o seguinte torpedo: "você sabe que ainda me deve 180 kr". Fiquei um tanto quanto surpresa, pois o cara ganha pelo menos dez vezes mais do que eu e não precisa de uma quantia tão pequena. Faça as contas: eu, como au pair, ganho 3000 kr; enquanto ele ganha 30000 kr. Eu ainda estava com um livro e um DVD dele, mas o rapazinho só fez questão do dinheiro.

Mandei um recado, avisando que já pagava no próximo sábado. Ah, meu amigo, vá dar meia bunda de hora! Mandar torpedinho para cobrar 180 kr é palhaçada! É lógico, o dinheiro é dele e ele faz o que quiser com ele. O que foi escroto nessa situação foi a vingancinha... na cabecinha dele ficou assim: ah, você não quis dar para mim, então paga. Onde um cara com DOIS PCs precisa de tão dinheiro?

Contei para a minha host mom e ela riu, surpresa. Disse para eu mandar uma mensagem sarcástica para ele, mas deixei para lá. Ela perguntou se eu ia pagar, afirmei, pois para se livrar de louco, pago o triplo. No tal sábado encontrei com ele, paguei e fui embora.

Epílogo
Depois de dias sem ouvir dele, ele me mandou um e-mail me pedindo desculpas por ter agido feito palhaço, porém quis justificar o comportamento infantil com as "minhas decisões"! My ass, amiguinho. Vai para o blog mesmo assim!

O mais engraçado de tudo é que temos amigos em comum, mas só soube disso semana passada. Vi no livejournal dele a "versão" dele para o nosso rolo...patética, claro. Fica a lição: se não faz teu tipo, nem pense em dar moral.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Rapidinha

Tava eu atracada com um palhaço até fofo, quando o bruto pega no meu cabelo e solta a pérola "Seu cabelo é macio. Você falou que é pintado....". Ele pensou o que? Que eu usava peruca de canecalon?

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Palhaço O mundo é estranho

Sexta-feira dessas, roda de samba dessas, tô eu atracada com um palhaço. Não era grandes coisas de palhaço, mas no momento era o que havia. Minha amiga Glorinha tinha dado mais sorte e tava com um mais portentoso. Entre um samba e uma cervejota, um grande amigo meu liga avisando que ia passar lá pra me dar um beijo. Amigo querido e amado, uma biba tchutchuca linda. Claro que, assim que ele chegou eu e Glorinha largamos nossos palhacinhos e corremos pra nos pendurar no pescoço dele. Bêbadas, dissemos vários "eu te amo, saudade, meu amor, meu lindo, meu tchutchuco" pro meu amigo. Quando largamos ele e voltei o palhacinho que tava comigo deu uma risadinha de deboche. "Não é viado ele não, né? Hehehe". Ah, palhaço!

– É viado sim, ele é viado sim, mas nunca negou nem tem problema com isso. Quem tem problema em ser viado é você.
Silêncio.

Não sei toquei o coração do palhaço ou se a carapuça serviu, mas ele correu e abraçou meu amigo, como se amigo de infância fosse. Não largava. Meu amigo apavorado, me olhava por cima do ombro do palhaço como quem diz "Socorro, me salva! Ele nem é meu tipo!". Fui obrigada a intervir e meu amigo saiu correndo com medo do palhaço abraçador.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Mais uma de oferenda devolvida

Essa é antiga, eu tinha esquecido de postar. Foi da revolta de Ano Novo ainda, finzinho de dezembro...

Cheguei eu do trabalho uma quinta-feira, quase 11h da noite, fui tomar meu banhinho de saúde pra depois comer um breguete e (tentar) dormir. Quando saí do banheiro ouvi que o celular tava apitando. Alguém tinha mandado uma mensagem de texto. "Te vi hj atravessando a rua. Passei de carro ali pelo XXX. Vc tava de verde. E aí, tá a fim de fazer alguma coisa esse fds? Bj. Palhaço".

Sim, eu passei pelo local citado indo para o trabalho e trajava calça verde. Bom, eu nem reparei no carro do palhaço parado no engarrafamento. Era um palhacinho que até tinha seu valor, mas meio trololó. Lembram de um que ficava me mandando mensagens toda semana mas não aparecia? Pois é.

Respondi "Qual a boa de amanhã?", afinal não tava fazendo nada mesmo. Chega outra mensagem "Sexta e sábado não posso pois um amigo meu que mora fora vai chegar. Não vejo ele há muito tempo. Tem que ser hoje ou domingo". Ah, tá! Que bom que ele avisou! Então peraí que vou trocar de roupa correndo pra ir te encontrar. Vai chupar cocô pra ver disco voador, hein meu amigo.

Então o bruto me vê passando na rua, pensa "Até que ela não é ruim não, tô fazendo nada mesmo..." e me manda uma mensagem de contatinho. Até aí tudo bem, não é errado ser assim, agora achou o que? Que eu tava à disposição? Que ia sair correndo? Que é assim facilzinha? Ele diz quando e pronto? Como diria a sábia Nara Franco, quer cu e quer raspado!

E vem cá, não pode sair nem sábado nem domingo? Engraçado que eu conheci ele numa quinta também. Não, ele não tem namodada não, imagina....

Outro dia o vi na Lapa, eu tava passando à pé na Riachuelo e ele descendo de um táxi na porta do Democráticos. Até que ele é mais bonito do que eu lembrava, mas fingi que não vi.

Pelo menos ele nunca mais mandou torpedinho. Esse Yemanjá levou!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Eu, leitora e empresária circense

Essa foi enviada por uma leitora antiga. A moça, também otimista, diz que temdo que reclamar no momento, mas quer contar uma história que ouvi de uma amiga do trabalho. Como ela mesma diz, é quase inacreditável e, apesar de não ser um espetáculo clássico, vale o ingresso no circo. Respeitável público, hoje temos apresentamos:

O palhaço nojentinho

Essa menina de quem falo namorava um camarada há uns seis anos. Mas se encantou por outro, que é médico plantonista. O tal médico era, palavras dela, bonitão, gostoso, alto e fortão. Bem o tipo que pediu a Deus. Muito embora tivesse namorado, deu corda pro cara e saíram algumas vezes. Ela gostou do material, mas o "material" saía também com uma mulher casada (olha o rolo!!!!). Por um tempo eles ficaram assim, na safadeza, até que ela começou a se envolver, a pensar em desmanchar com o namorado em função do médico. Já ele se dizia dividido, não sabia se queria ficar com essa minha amiga ou com a casada... (!?!). E ela, já apaixonadinha, foi aceitando, afinal, também tinha namorado e ainda restava a dúvida cruel de trocar o namoro antigo por um incerto.

A menina desmanchou com o tal namorado e ele com a casada. Começaram a namorar. Aquela lua-de-mel e tudo o mais. Mão naquilo, aquilo na mão, pegação total todo dia e etc. Um amor só. Mas foi passando o tempo e ela percebeu que o cara não era muito chegado a beijo. Dava beijos curtos, quase selinhos, uma coisa quase pueril. Mas de resto continuava mão naquilo, aquilo na mão, aquilo na boca, se é que me faço entender. Atenção: a função está para começar.

Desconfiada, ela um dia resolveu apertar o cara. E tchan tchan tchan tchan, ele confessa que "NÃO GOSTA DE DAR BEIJO DE LÍNGUA!!!!". Abismada, ela pergunta "Como assim?" E ele diz que não se sente confortável quando o beijam dessa forma porque NÃO GOSTA DE LÍNGUA DENTRO DA BOCA!!! Ela insiste e ele repete, que não gosta que a mulher coloque a língua dentro da boca dele. No caso, não gostava quando ela o beijava assim também. Veja, ele não tem qualquer problema com o sexo oral. Mas regateia na hora de beijar! Sente nojinho.

Nunca ouvi falar de caso semelhante. Vocês já ouviram?


*************

Bom, na real, na real... eu já ouvi falar sim, pior, em testemunho do próprio palhaço que é meu amigo. Ao contrário desse palhaço do espetáculo narrado, ele gostava de beijar na boca, mas tinha nojinho quando a mulher enfiava a língua na boca dele. Dizia que dava nervoso ou coisa parecida.
A revolta das oferendas continua!

Não tô falando que o mar tá revolto e Yemanjá tá tacando tudo de volta?
Uma amiga minha escreveu hoje enviando um relato. Segundo ela, na condição de respeitável senhora casada, não presencia espetáculos circences, embora seja nossa leitora contumaz, no entando esse não quis deixar passar. Bom, generosa dona de picadeiro ela, pois palhaços com estabilidade no emprego também fazem espetáculos, mas tudo bem. Vamos ao relato, número clássico:

Estava eu no trabalho e conferindo meus emails, quando percebi que um amigo dos tempos de escola (e um peguete antiiiiiiiiiiiiiigo que só ele) estava on line no google talk. Fui ao casamento dele há coisa de uns dois anos (a mulher dele não me suporta, by the way), e sabia que ele teve um filhinho. Perguntei a ele como ele estava, como estava a família e tal, o que ele andava fazendo da vida, trabalho etc. Ele disse que estava bem, me mandou um vídeo do filho pelo mail, disse onde estava trabalhando mas não mencionou a mulher (que eu sei q ainda existe no páreo, até porque volta e meia ele me manda mails com fotos da família feliz). Lá pelas tantas ele perguntou como eu estava, onde eu estava trabalhando, como andava a minha família... e se eu estava casada.

Bom, ele já sabia que eu estava casada, aliás, desde antes do casamento dele. Mas pessoas se separam, né, vida que segue. Disse a ele que sim, estava casada, feliz e me preparando para me mudar. Eis que ele, do nada, vira e fala assim: ih, tenho q ir lá. tchau. E sai, sem explicação.

Fosse qualquer outra pessoa, eu não estranharia. Mas ele é... como direi... oferenda que sempre tenta voltar, e que só parou de tentar quando eu me arranjei a sério com outra pessoa. Achei um desaforo, cara, ele tá casado, com filho, teoricamente feliz, trabalha ao lado da mulher... como me faz um negócio desses? Fala sério! Palhaçada da grossa!!!!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

A nova revolta das oferendas

Não se é a proximidade dos festejos de Momo, com a promessa de pândegas, ou se sempre em vésperas de feriadão as oferendas ficam frenéticas e começam a voltar, afinal a última revolta tinha sido no pré-reveillon. Fato é que as oferendas tão que tão.

Sábado passado fui ao desfile o bloco Imprensa que eu gamo, digamos assim, o bloco dos coleguinhas. Ok, encontrei muitos conhecidos, mas felizmente não tinha só jornalista, então havia até bastante gatinhos. Tô eu lá, alegre e saltitante com minha amiga Glorinha, acompanhando bloco tava dando a volta no quarteirão. Vejo um ex-cálega de redação na minha frente, com um grupo. Moça educada que sou, disse "oie!" e abracei. Ele soltou um bordão cafajeste com o qual sempre me brinda. Fiz ouvidos moucos e segui o cortejo.

Hoje entro eu no MSN à cata de certa oferenda desejada, porém ainda não devolvida, quando pipoca a janelinha "tava soltinha no bloco sábado, hein?". Eu nem lembrava de ter adicionado a criatura. "Eu sou soltinha na vida, babe", alfinetei.

– É, tô sabendo.
– E vc, tava soltinho no bloco?
– Tava, até minha namorada chegar.

Ê palhaço! Eu o vi todo amoroso com a ingênua dona de picadeiro. O rapaz é a prova de que quem nasceu pro circo não perde o talento, inclusive já figurou nesse circo há alguns anos!

Nós já nos pegamos, mas isso foi em priscas eras, e nem pegamos bem pego, digamos assim. Na época, há uns 10 anos, depois de uns amassos, ele fez o clássico Número do Desaparecimento. Normal, vida que segue, continuamos quase-amigos.

Confesso que hoje em dia eu sinto quase uma vergonha alheia quando olho pra ele e lembro que já beijei. Sim, alheia porque não fui eu! Era outra pessoa! Puta que pariu!

Passou o tempo, cada um de nós casou, descasou, namorou, ficou solteiro, se enrolou de novo... Eis que ele, casadinho da silva, soube do meus blogs (jornalista é tudo safado e boquirroto - alguém mostrou pra ele. Olha que eram os primórdios do HTP). O bruto me mandou um e-mail perguntando se eu tinha ficado maluca. Não, neném, sempre fui doida, você que não notou. Mandou outro e-mail perguntando quando nós íamos passar umas "horas de prazer em um cinco estrelas". Não lembro exatamenteo texto mas era algo assim. Babe, doida é uma coisa, burra é outra. Ele insistiu. Ameacei encaminhar as mensagens pra mulher dele. "Você não faria isso". Esqueceu que eu sou doida? Sumiu por alguns anos, até a última ressaca cuspir velhas oferendas de volta.