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domingo, 30 de novembro de 2003

Palhaço Ciumento
Há muitos anos eu namorava um palhaço quase psicótico. Em 1 ano e meio de namoro ele aprontou muitas. Na época eu era muito nova e não soube lidar bem com a situação.

Nos conhecíamos desde pirralhos, eramos do mesmo círculo de amiguinhos adolescentes, freqüentávamos as mesmas festinhas e ele estudava no mesmo colégio q vários amigos meus. Era tido como um cara "engraçado", mas não como maluco. Já tínhamos trocado uns beijinhos no escurinho do cinema lá pelos 12 ou 13 anos. Depois passou um tempo, fomos pra faculdade....cada um tinha novos amigos e talz. Um dia nos reencontramos, saímos e começamos a namorar. O primeiro ano foi bem legal, apesar de muito ciumento, nos divertíamos muito juntos. Só depois ele se revelou um psicopata.

Alguns dos acontecimentos eu só vou contar no meu livro de memórias, mas vou revirar o meu baú de lembranças desagradáveis pra divertir vcs em alguns posts daqui pra frente. Vou começar uma bem levinha, quase inofensiva. Depois parto pras mais brabas.

Eu namorava com o palhaço já há algum tempo. Viajamos pra serra, pro sítio de um amigo DELE. Foi um grupo grande, com uns 3 casais e alguns solteiros, além da família dona da casa. Típica viagem de jovens.

Tudo muito divertido, rimos, jogamos e brincamos o dia todo. A noite resolvemos jogar Imagem&Ação, meninos contra meninas. Deu briga como sempre pq era superadestrada nesse jogo e ele não admitia perder, principalmente qndo a derrota era proporcionada pela própria namorada. Já tava meio bebado, fez vergonha e o jogo acabou. Foi todo mundo dormir meio sem graça. Primeiro espetáculo da noite.

No quarto, eu meio puta mas fazer o q? Vamos dormir. Ele até ensaiou tentar transar mas avisei q não tava a fim. Dormimos. Sempre levanto no meio da madrugada pra fazer xixi ou beber água. Ele sabia disso, afinal já tínhamos dormido juntos váárias vezes. Levantei depois de algum tempo, fui ao banheiro e depois beber água. Na cozinha tavam o dono da casa e a namorada fazendo chocolate quente e insistiram pra eu ficar e tomar uma caneca com eles. Aceitei e foi legal, me distraí, desestressei e voltei pro quarto já com um soninho gostoso.

Humpf! Quem me dera ter podido chapar de sono. O palhaço tava acordado me esperando e deu mó show, o 2º espetáculo da noite (ou será o 3º? afinal ter tentado transar depois da 1ª performance tb foi palhaçada). Afirmava, quase gritando, q eu tinha esperado ele dormir e saído do quarto pq eu tinha combinado de transar com o dono da casa na cozinha! Cara, vai se ciumento assim na putaqopariu!
O anfitrião era amigo dele e não meu. Em momento algum durante o dia eu tinha ficado sozinha com o cara. Ele tava com a namorada, com quem eu me dava muito bem, apesar de serem amigos dele, saíamos juntos com freqüência e eram um casal simpático. Sem contar q os pais e irmãos mais novos do garoto tb tavam na casa! E pra completar, confesso q o rapaz era super gente boa, abrindo sempre o ap no Rio pra festas e nos convidando pra sua casa na serra, mas em momento algum me interessaria por ele. Acho q mesmo q não tivesse namorado e conhecesse ele em outra situação nunca ia rolar pq o rapaz simplesmente pq não fazia meu tipo.
O mundo é realmente muito estranho e homem é tudo palhaço!

quarta-feira, 26 de novembro de 2003

"Não sei ser assim, sempre confiável"
A pérola acima acho foi proferida por um palhaço semana passada. Lembram do bruto q teve um rolo com minha amiga Maria, a noviça rebelde, por anos sem atar nem desatar? Aquele q disse q queria mesmo era q ela arrumasse um namorado pra ele ser o amante? Pois é, o próprio.

O caso é q cansada da indecisão do mancebo, ela saiu fora e botou a fila pra andar. Ele, claro, depois de um tempinho apareceu todo meloso, se disse arrependidíssimo, confessou ter descoberto q ela era a mulher da vida dele, q a amava e q ia provar isso. Humpf! E eu sou uma empada com azeitona, diria AnaPaula.

O pandego disse q queria tentar de novo, q valia a pena, disse q ia agradá-la, mimá-la pra mostrar q a amava. Chamou até a moça pra passarem 2 semanas em Paris recuperando o tempo perdido. Ela achou desnecessário e me disse q desconfiava q o prazo de validade dele tinha vencido, mas como não doía, ia sair com o bruto pra ver qual era....

Tão os 2 nessa, ele dizendo "eu te amo e vou provar isso", ela respondendo "já não sei se faz diferença". Ela avisa q tem 2 festas pra ir no fim de semana, uma na sexta outra no sábado. O princeso diz q está velho (acabou de completar 30 anos) e não tem disposição pra 2 festas seguidas. Maria, a noviça rebelde, avisa q vai de qq jeito e ele imediatamente volta atrás "Então eu vou com vc pra te acompanhar, quero estar perto de vc". Então tá, né?

Sexta-feira à noite. Jacaré aapreceu pra ir a festa com Maria? Nem o palhaço.
Ela, q é noviça mas não é boba, apesar de puta da vida, foi pra festa e tentou se divertir. Até conheceu um simpático e jovem aprendiz de circo.

Sábado. Jacaré liga pra pedir desculpas, dar uma desculpa esfarrapada, dizer qq coisa ou pelo perguntar se pode cumprir o compromisso daquela noite? Nem ele. Ela, noviça rebelde, mas escolada, trata de levar o aprendiz de circo pra festa, já q o palhaço com doutorado nas artes circenses não deu pinta mesmo.

Na segunda ela liga pra ele pra perguntar se tava vivo e ouve a pérola das pérolas circenses: "é q eu não sei ser assim, sempre confiável. Mas eu te amo e vou te provar isso".

Detalhe sórdido
No domingo, eu q não sabia de nada ainda, tinha encontrado o palhaço no cinema, de mãos dadas com outra.

terça-feira, 25 de novembro de 2003

Palhaço hidrofóbico
Tava eu à beira da piscina, tostando as celulites ao sol, na aprazível companhia de um palhacinho bonitinho. Resolvo entrar na água e chamo o bruto, mas ele diz q não vai me acompanhar. Ok, azar o dele, q derreta: a água estava uma delícia e aproveito o mergulho. Depois estamos tomando uma cervejota à sombra e aviso:
– Na próxima vez vc vai entrar na piscina comigo.
– Ah, é? Pq vc está mandando?
– Não palhaço, pq gosto da sua companhia.
– Prefiro não entrar. Não fico bem na água.
– Não fica bem na água?! Pq?
– Sou um rapaz q se preocupa com os recursos hidrominerais.
– Entendi. Então enquanto eu entro na água vc vai dar meia hora de bunda!


Problemas no sistema de comentários
O Falou&Disse teve problemas com o servidor e alguns blogs, entre eles o HTP, ficaram sem comentários.
Super Fábio tá resolvendo o problema e logo tudo voltará ao normal. Talvez alguns comentários tenham se perdido, sorry.
Mas como o espetáculo não pode parar lá vai mais uma palhaçada!

sexta-feira, 21 de novembro de 2003

Palhaço soberbo
Uma época eu tava saindo com um rapaz bem criado, de família respeitável, sobrenome que freqüenta colunas sociais. Bonito de doer, corpo perfeito, sempre vestido com bom gosto, inteligente, divertido, culto, viajado. Morava sozinho num endereço valorizado e sabia aproveitar as boas coisas da vida. O palhacinho q era o chamamos de um herdeiro. Apesar de ter terminado a faculdade não trabalhava: vivia de uma "mesada" q mamãe dava. Dizia q ainda tava se "preparando" para trabalhar, bom, isso não é problema meu nem me incomodava, afinal eu não pretendia casar com ele.

Um dia encontro o bruto chateado. Pergunto q houve e ele diz q brigou com a mamãe provedora. Não perguntei o motivo, mas consolei a criança, q tava todo putinho/revoltadinho e dizia q não ia ligar pra mamãezinha nunca mais. Ok. Passam os dias e ele não faz as pazes com a genitora. Saímos um dia e ele tá meio estressado. Vamos almoçar e pegar um cinema depois. No caminho o princeso vai dirigindo e resmungando q o dinheiro tá acabando, q tá quase sem grana no banco, q já passou a data mas a mãe não deposiitou a mesadinha. Fica falando q as contas vão vencer e talz...

Querendo ajudar pergunto se ele não tem uma "reserva", uma poupança...tudo bem, é coisa de pobre, q nem eu. Ele me olhou como se eu tivesse falando um absurdo e deu outra resmungada dizendo q não dava pra guardar dinheiro com o q a mão de vaca da mãe dava pra ele.

Sugiro outras alternativas, pergunto pq não ele pede uma grana aos avós, afinal pra q servem os avós se não pra estragar os netos? "Eles deram razão pra minha mãe". Hum....então tá...q merda tu deve ter feito, hein?, pensei com meus botões, q eu mesma comprei, afinal eu trabalho, hehehe.

Tento outra opção, "e não rola pedir um empréstimo pro seu pai?" Ele me olha com cara de orgulho ferido e diz q nunca pediu dinheiro ao pai. Então tá, meu filho, então se quiser pode pegar um rango lá em casa, obviamente pensei mas não falei.

Bom, chegamos no restaurante de um amigo, almoçamos alegremente com o assunto da miséria eminente esquecido. Quase na hora do filme ele pede a conta. Não era um restaurante barato. Como o bruto tava chorando pitangas, qndo a conta chegou olhei o montante e peguei minha carteira. Ia pagar minha conta ou até, dependendo da receptividade dele, dizer q eu pagava o almoço. Pronto! O princeso deu um chilique. "Guarda agora o dinheiro! Tá querendo me humilhar publicamente? Tá pensando o q? Q eu não tenho dinheiro pra pagar o aplmoço?!".

Ui! então tá filho! Porra, o garotão veio resmungando q tá na merda o caminho todo (tá certo q a merda dele deve ser a minha bonança) e qndo quero dividir a despesa dá chilique?
Eu só quis ser justa, ser legal, dividir ou pagar a porra da conta. Não quis humilhar ninguém, oras!
Tipo, qndo a gente ia a boates onde cada um tem a sua cartela, cada um pagava sua despesa, mas em restaurantes ou outros lugares onde a conta vem junta ele sempre tomou a iniciativa de pagar.

segunda-feira, 17 de novembro de 2003

Palhaço "era bom demais pra ser verdade"
Tava saindo com um palhacinho há uns 3 meses. Nunca tínhamos combinado se estávamos namorando, mas não fazia diferença. Saíamos qndo queríamos e podíamos, o q era praticamente dia sim, dia não. Eu dormia na casa dele umas 2 ou 3 vezes por semana. Ele me ligava todos os dias, várias vezes. Quando eu acordava e ligava o celular sempre tinha um recado dele na caixa postal dizendo q eu era linda, q tava com saudade e blábláblá.

Mesmo qndo ele tinha q ficar trabalhando dávamos um jeito de nos ver, mesmo q rápido, e depois ele ficava me ligando enquanto trabalhava, pra dizer q tava sentindo minha falta. Lembro de uma Loud q fui com a AnaPaula e AdrianaBilate e ele ficou em casa trabalhando. Ele nunca tinha ido a essa festa e queria conhecer, me ligou várias vezes ao longo da noite dizendo q queria estar lá comigo. No caminho tínhamos ido comentando se fulano ou beltrano estariam lá. Falei q não ia ficar com ninguém, pq embora não tivesse nenhum compromisso com ele não tinha vontade de ficar com outros caras e não ia beijar por beijar enquanto queria estar com outra pessoa e a Ana disse q esse era o único compromisso q importava: vc querer estar com determinada pessoa.

O preâmbulo...
Távamos nessa...eu já conhecia os amigos dele, ele os meus. Nos víamos sempre, mas sem cobranças: eu tava me apegando ao palhaço q parecia ser meu número. Ia tudo bem até q chegou um feriado. Na semana anterior ele me perguntou q eu ia fazer e respondi q ainda não sabia. Resolvemos não viajar e aproveitar pra ficar mais tempo juntos.

No início da semana ele me liga e informa uma mudança de planos: vai viajar com os amigos, os meninos chamaram e talz. Marcamos de nos ver na quarta ou quinta. No dia q íamos nos ver o bruto liga antes desmarcando. Tá fazendo a mala pq a viagem foi antecipada. Diz q me liga domingo ou segunda qndo chegar pra gente matar a saudade. Então tá, boa viagem.

Segunda toca o tel: era ele contando q a viagem foi uma péssima. (praga de puta Deus escuta) Ele tinha comido alguma coisa estragada logo no primeiro dia e passou o resto do feriado vomitando no quarto da pousada enquanto os amigos se esbaldavam na praia. Diz q se arrependeu de ter viajado, q se devia ter ficado no Rio comigo (isso era óbvio, oras!). Combinamos nos ver no dia seguinte.

Saímos para jantar e depois vamos direto pra casa dele. Humpf! O princeso passa mal do estômago a madrugada toda. Fico acordada com ele quase a noite todaperguntando se quer ir a um médico, se quer algum remédio, enquanto o fresquinho choraminga e resmunga. De manhã ele, não sem razão, mal humorado, me deixa em casa e vai trabalhar.

Outro dia vamos ao cinema. Ele está diferente, frio, distante. Depois do filme comemos algo e vamos embora. Normalmente eu dormiria na casa dele, mas ele vai direto pra minha casa e me desova dizendo q tem q acordar cedo e não está muito bem. Hum..tudo bem, só q antes isso não era empecilho.

O espetáculo!
No dia seguinte o palhaço liga pedindo desculpas, dizendo q não anda bem do estômago e sei lá o q. Diz q quer me ver e tá com saudade. No sábado ia ter Loud e como ele queria conhecer combinamos ir juntos. Ele tinha um jantar de família (ele sempre tinha muitos jantares de família) e marca de passar pra me pegar direto, por volta de meia-noite. Compro os ingressos antecipados. No sábado me arrumo toda e ligo pra confirmar por volta de 23h30. Pela primeira vez desde q nos conhecemos o celular dele dá fora de área. Ok, termino de me arrumar e sento no sofá pra esperar. Meia-noite, ele não chega. Qndo dá 0h30 eu ligo e deixo um recado na caixa postal. À 1h deixo um na secretária eletrônica da casa dele. Estou preocupada, afinal ele pode ter sofrido um acidente. Como sempre nesses casos, passamos da preocupação à raiva, e às 2h da manhã chamo um táxi e vou sozinha pra Loud, muito puta.

Grand Finale
No dia seguinte acordo ainda meio bêbada e chateada por volta de meio dia. Tô na dúvida se ligo pra ele ou se ligo o foda-se e vou pra praia. Ligo pra AnaPaula. Ela me aconselha a ligar pra ele e dizer tudo q estou sentido, tudo q penso, mas pra ligar logo, naquela hora, não esperar a raiva passar.
O bruto atende e na maior cara de pau diz q tava cansado e foi pra casa dormir. E não podia ter ligado pra avisar? Custava tanto assim ligar e dizer “não vou”? Pra completar o palhaço ainda fala com a maior cara de pau de mundo e uma vozinha doce “desculpe, estraguei sua noite de sábado, né?”.
– Estragou, estragou sim! Mas pq podia pelo menos ter ligado pra dizer q não ia. Agora, claro q náo fiquei em casa, te esperei até às 2h, e ainda esperei muito! Chamei um táxi e fui sozinha.
– Vc foi sozinha?
– Claro, oras! Achou q eu ia ficar em casa chorando? Agora, vc é um moleque, um palhaço, um covarde. Ninguém é obrigado a fazer nada q não queira fazer. Primeiro não devia ter combinado se não tava a fim, mas se combinou tinha q ter aviso q não ia mais. Vc não tem compromisso nenhum comigo. Nosso único compromisso é o q a gente combinar, mas aí tem q cumprir.
– Acho q vc tá fazendo uma tempestade num copo d’àgua. Não é motivo pra isso.
– Ah! Vc acha isso pq é um moleque, um escroto. Esquece meu nome e meu telefone, não me procura nunca mais!


Ele não ligou de novo.
Doeu, mas foi bom ter ligado na hora. Se tivesse ido pra praia teria esfriado e ia acabar deixando pra lá. Se não gostasse dele não teria me importado, mas tava envolvida, então não podia permitir aquele comportamento ou ia sofrer mais depois. Ainda chorei por muuuuitos meses, mas nunca procurei ele de novo.
Dói mas passa, sempre passa. Hj em dia lembro e é apenas mais um espetáculo circense pra rir.

sábado, 8 de novembro de 2003

HTP é TOP 5 do IBest!
Já votou hoje? É só clicar aqui.

Enquanto estou ocupada estudando pro mestrado meus leitores podem se divertir lendo os arquivos e fazendo campanha. Divulguem o HTP para seus amigos e inimigos!
Semana q vem estarei de volta com muitas palhaçadas inéditas.