Dicionário, é isso aí
Caro povo brasileiro,
em homenagem ao sexto aniversário deste blog, reedito, com orgulho e prazer, o mundialmente famoso Dicionário Palhaço.
Divirtam-se!!!
Palhaço alto-falante - É o palhaço que gosta de se gabar. Seu prazer é falar em alto e bom som que "já pegou fulana, comeu sicrana ...". Quanto mais gente por perto para ouvir o quanto ele é bom, melhor. No geral, ele só come (ou comeu) metade das mulheres que ele diz ter comido/está comendo.
Palhaço Auto-Estima - Esse eu até admiro. Porque muitas vezes o bruto é feio, tem barriga, cara de nerd, corpo caído, enfim, sex-appeal zero. Mas é capaz de olhar para você e mandar na lata: "olha.. você tá meio gordinha, né?" ou "olha... que tal pegar um sol.. você tá meio pálida". É uma variação do Palhaço Pinóquio.
Palhaço Biba - Ele quer ser bicha, mas não assume. Tem muita curiosidade, no entanto, tem medo. É muito amigo do seu namorado e fica falando mal de você por aí. É o pior tipo: bicha enrustida e ciumenta.
Palhaço Cagão - Ele é covarde. Tem medo da mãe, da namorada, da irmã, da mulher. Prefere fazer uma palhaça a tentar consertar uma. Sempre acha que vai ganhar uma bronca. Depois de uma boa palhaçada se esconde. Ver também Palhaço Pique-Esconde.
Palhaço Cristão - Ele sente culpa, muuuuita culpa. É capaz de trair a namorada, mas repete incessantemente que não se sente bem fazendo aquilo. Quer largar a mulher, mas não abre mão do trio propriedade-religião-família. É uma variação do Palhaço Cagão.
Palhaço Discovery Channel - É uma versão mais sofisticada do Palhaço Rádio Relógio. Ele não puxa papos bizarros, mas procura sempre uma explicação "científica" para tudo. Algo do tipo.. "Vi num documentário que os esquimós comem gordura para... blá, blá, blá". São chatos mesmo.
Palhaço Eleitoral - Esse só promete.. "Vamos casar...", "Vamos ter filhos...". Não preciso dizer que tudo fica somente na promessa. Geralmente eles fogem na hora que o bicho pega.
Palhaço Fantasminha - Ele some. Desaparece. Evapora. Você está na boite, dá uma distraída e ele... some. Tipinho sem classificação.
Palhaço Flanelinha - Ao invés de transar contigo decentemente, fica repetindo.. "faz isso, faz aquilo, põe a perna aqui, põe o braço aqui... ". É preciso paciência.
Palhaço Franklin Martins - É o palhaço metido a saber e comentar de tudo. "Homem não gosta de mulher tatuada" ... "Homem não gosta de mulher que bebe..". É metido a ser a pedra filosofal da masculinidade. Sabe de tudo, mas não come mulher nenhuma. Pode ser uma variação do Palhaço Rádio-Relógio.
Palhaço Glenn Close - Tipo perigoso. Depois que você termina com ele, o bruto transforma sua vida num inferno. Faz ameaças, liga pra sua casa de cinco em cinco minutos, tem crises de ciúme.. todos lembram de "Atração Fatal", certo?
Palhaço IBGE - É um palhaço muito comum em salas de bate-papo e ICQ. Suas três primeiras perguntas invariavelmente são: "De onde você tecla?".. "Como você é?"... "Você tem foto?"...
Palhaço INSS - Ele conta as palhaçadas por "tempo de serviço". Geralmente são os palhaços mais velhos, que se gabam de serem mais experientes, e portanto, mais vividos e mais palhaços que os outros.
Palhaço Janete Clair – Esse é um tipo único na dramaturgia brasileira. Ele olha para você, te azara e logo depois no primeiro beijo já quer casar, ter filhos, comprar uma casa no campo e enche-la de labradores. Quer sair do bar ou boite direto pro banco para abrir uma conta conjunta. Mas cuidado: esse tipo de palhaço muda depois de uma noite de sono. Contra-indicado para meninas de coração fraco.
Palhaço Milhagem - É um aprendiz de palhaço. Apaixonado, dedicado, mas sempre palhaço. Afinal, homem que é homem é palhaço. Ele acha que relacionamento é como programa de milhagem: para cada dia de bom comportamento, recebe um vale-palhaçada. São bonzinhos, portanto merecem crédito.
Palhaço de Monte Cristo - Ele faz a palhaçada, deixa aquele rastro inacreditável e some. Dias, semanas, meses e até anos depois, reaparece. As vezes com um novo visual, outras gabando-se por estar "disponível" mais uma vez. Na linha.. "ó.. se quiser, o bonitão tá aqui..". A volta dos que não foram perde, né? Mais um tipinho sem classificação.
Palhaço Nelson Rodrigues - São dois tipos: tem aquele palhaço que te chama para sair e te convida para "tomar um chicabon" ou que usa termos como motoca, decalque, serelepe, etc; e tem aquele palhaço saído diretamente das páginas de a "Vida como ela é..." Ele preserva as intituições familiares: casa com a namoradinha do segundo grau, cumpre suas obrigações como marido, tem uma amante, é funcionário público e acha que sexo com prazer só com puta. Sair para se divertir com a mulher, nem pensar.
Palhaço Pachecão - Esse palhaço te troca sem culpa, sem remorso e sem arrependimento pelo time de futebol. Em época de Copa do Mundo então... que inferno! Ele esquece da sua existência e concentra suas todas as suas forças em 22 palhaços correndo atrás de uma bola.
Palhaço Perfil do Consumidor - É um palhaço sem muito o que conversar. No geral, ele acaba de te conhecer e começa com um questionário pseudo-intelectual do tipo: "Qual seu escritor preferido?".. "E o sue Beatle preferido?".. "E o seu filme?.. " Recomenda-se estar de porre para aturar palhaços assim.
Palhaço Pinóquio - Esse palhaço, por razões que desconhecemos, não pode mentir. Ou não consegue. Ele é suuuuper sincero, suuuuper verdadeiro a níveis que beiram a joselitice. Algo na linha... "olha, eu fiquei com você, você é legal, mas eu tenho que ir pra casa porque tenho uma filha pequena". Sem comentários!
Palhaço Pique Esconde – Ele marca de sair com você e... não aparece! Ele te liga chamando para almoçar e... não aparece! E é claro, sempre desliga o telefone depois do sumiço. Aí ele conta até 100, mil ou cinco mil e como você – óbvio – não o encontra, ele surge, com a maior cara de pau do mundo dizendo “ih ... esqueci”.
Palhaço Rádio Relógio - Ele sai contigo e puxa os papos mais bizarros possíveis.. algo do tipo.. "Você sabia que uma mosca come 1450 vezes por dia?".. A intenção, acho eu, é de impressionar. No geral, o tiro sai pela culatra. É conhecido também como Palhaço Discovery Channel.
Palhaço Repetitivo - Esse é o famoso "tira o som e deixa só a imagem". Quanto mais tempo calado melhor. Tem a péssima mania de cantar mulheres com a mesma cantada e ainda pior, mulheres que se conhecem. Além de repetitivo é burro.
Palhaço Reprodutor - Ele só quer te comer para fins reprodutivos. Quer encher o mundo de palhaços e acha que seu sistema reprodutor merece tal missão.
Palhaço Sem Loção - Ele vê Robertinha na rua ou na boite já vai pedindo para entrar aqui no blog. Ah tá, né? Tá pensando que a vida é fácil? Vai ralar e fazer uma palhaçada!
Palhaço Sexo Oral - Promete que vai te comer em pé, deitada e de quatro, narra orgasmos incríveis, diz ser um amante sensacional mas tudo fica por isso mesmo. Muito papo e nada de coito. É uma variação do Palhaço Eleitoral.
Palhaço Mestre-Cuca Sua arte é te cozinhar.. ele te deixa em banho-maria, coloca molho, refoga, assa, frita, mas comer que é bom.. nada!
Palhaço PSDB - Tal e qual o partido, ele está sempre em cima do mundo.. não sabe se quer, não sabe se não quer, quando quer diz que não, quando não quer diz que sim.. não sabe se casa ou se compra uma bicicleta.. resumindo: um chato.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
É hoje! É festa!
Pra ninguém dizer que não foi porque não sabia onde era e blábláblá...whiskas sachê..., aí vai o serviço de novo.
Serviço
Quarta-feira, 30 de janeiro
A partir das 19h
Bar da Ladeira. Rua Evaristo da Veiga 149, Lapa. (21) 2224-9828.
Couvert R$ 10,00.
http://matrizonline.oi.com.br/bardaladeira
A casa abre às 18h, pretendo chegar por volta de 19h, então se você vai direto do trabalho... vai na fé que estarei lá. É só chegar e subir a escadinha. O 2º andar é do HTP.
Ó, fica ao lado do Semente, na ladeira (Bar da Ladeira...), em frente aos Arcos...
Pra ninguém dizer que não foi porque não sabia onde era e blábláblá...whiskas sachê..., aí vai o serviço de novo.
Serviço
Quarta-feira, 30 de janeiro
A partir das 19h
Bar da Ladeira. Rua Evaristo da Veiga 149, Lapa. (21) 2224-9828.
Couvert R$ 10,00.
http://matrizonline.oi.com.br/bardaladeira
A casa abre às 18h, pretendo chegar por volta de 19h, então se você vai direto do trabalho... vai na fé que estarei lá. É só chegar e subir a escadinha. O 2º andar é do HTP.
Ó, fica ao lado do Semente, na ladeira (Bar da Ladeira...), em frente aos Arcos...
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Palhaço Contatinho
Estava eu no teatro, quando lá pelas 21h meu celular vibra loucamente. Era um número desconhecido. Como era dia de semana e eu estava esperando a ligação de um vendedor (não, não é vendedor de vibrador. Simplesmente não vem ao caso o que eu queria comprar), pensei que pudesse ser ele (apesar do horário) e retornei a ligação no intervalo do espetáculo.
Do outro lado, atendeu um homem. Pude ouvir ao fundo uma gritaria, uma bagunça de rua cheia, como em um barzinho.
– Aqui é Ana Paula. Ligaram pra mim deste número. Quem está falando?
– Ana Paula? Ana Paula da onde?
– Olha, se você me ligou, devia saber.
O palhaço não sabia de onde eu era e mal me ouvia. Roberta ficou me sacaneando: “Dá esse celular pra qualquer um...” Nem.
O sinal tocou e eu voltei pro meu espetáculo (teatral e não circense). Mais ligações do mesmo número no meu celular e quando eu estava no táxi já voltando pra casa, ele ainda insistia. Por fim, resolvi atender. Agora ele não estava mais em um lugar tão movimentado.
– Quem fala?, perguntei.
– Ana?
– Sim.
– Ana, aqui é o Palhaço Contatinho. É que eu achei seu telefone na minha agenda e queria lembrar de onde te conheço.
Este deveria ganhar o Prêmio Palhaço Contatinho do Ano porque ele não só liga pra mulher pra fazer “contato” depois de muito tempo, como tem a cara de pau de ligar pra mulher que ele nem sequer lembra quem é! Três vivas pra ele porque ele merece!
Estava eu no teatro, quando lá pelas 21h meu celular vibra loucamente. Era um número desconhecido. Como era dia de semana e eu estava esperando a ligação de um vendedor (não, não é vendedor de vibrador. Simplesmente não vem ao caso o que eu queria comprar), pensei que pudesse ser ele (apesar do horário) e retornei a ligação no intervalo do espetáculo.
Do outro lado, atendeu um homem. Pude ouvir ao fundo uma gritaria, uma bagunça de rua cheia, como em um barzinho.
– Aqui é Ana Paula. Ligaram pra mim deste número. Quem está falando?
– Ana Paula? Ana Paula da onde?
– Olha, se você me ligou, devia saber.
O palhaço não sabia de onde eu era e mal me ouvia. Roberta ficou me sacaneando: “Dá esse celular pra qualquer um...” Nem.
O sinal tocou e eu voltei pro meu espetáculo (teatral e não circense). Mais ligações do mesmo número no meu celular e quando eu estava no táxi já voltando pra casa, ele ainda insistia. Por fim, resolvi atender. Agora ele não estava mais em um lugar tão movimentado.
– Quem fala?, perguntei.
– Ana?
– Sim.
– Ana, aqui é o Palhaço Contatinho. É que eu achei seu telefone na minha agenda e queria lembrar de onde te conheço.
Este deveria ganhar o Prêmio Palhaço Contatinho do Ano porque ele não só liga pra mulher pra fazer “contato” depois de muito tempo, como tem a cara de pau de ligar pra mulher que ele nem sequer lembra quem é! Três vivas pra ele porque ele merece!
Repercussão
Amanhã essa hora estarei a caminho do Bar da Ladeira pra iniciar os festejos do aniversário de seis anos do HTP, mas a festa já tá bombando. Bem que pedi pra espalharem a notícia: Meu amigo, leitor e bom palhacinho Nelson Vasconcellos postou sobre a festa no seu blog.
É festa! É farra! Espero vocês lá amanhã.
Amanhã essa hora estarei a caminho do Bar da Ladeira pra iniciar os festejos do aniversário de seis anos do HTP, mas a festa já tá bombando. Bem que pedi pra espalharem a notícia: Meu amigo, leitor e bom palhacinho Nelson Vasconcellos postou sobre a festa no seu blog.
É festa! É farra! Espero vocês lá amanhã.
Já deu sua votadinha hoje?
E aí, queridos? Já deram sua votadinha hoje? Sabem como é, as Donas do Circo querem ir pra Ilha de Caras, querem mostrar fotos de suas calcinhas de pom-pom em sites de fofocas sobre celebridades, querem que vocês entrem pra nossa comunidade no Orkut, querem que vocês prestigiem a festa de seis anos do HTP amanhã e, principalmente, querem ganhar o Prêmio Ibest Blog na categoria humor!
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Palhaço magoado
Dia desses um conhecido meu foi me levar em casa e passou o trajeto todo se lamuriando de sua vida conjugal. Em passado recente, ele teve um caso que acabou em bafão. A mulher dele, ao saber que estava havia sido traída, deixou de falar com ele. Justo, né? Pra ele não.
Por circunstâncias práticas, resolveram continuar coabitando, porém o filho pequeno passou pro quarto dela e o infiel pro quarto do menino. Na verdade, ele ficou porque o apartamento está no nome dela (palavras do próprio, logo se estivesse no nome dele acho que teria expulsado a família) e ele não tem dinheiro pra se mudar agora, pois o rompimento-bafão do caso extraconjugal o deixou falido. Até aí eu já sabia, mas achei que ele ia continur encostado no quarto do menino. Só que, nesse dia, ele estava disposto a se mudar mesmo não tendo um puto no bolso.
Segundo ele, não interessava ficar lá, afinal, ela não deixava que ele a tocasse! Vejam vocês que absurdo. Não cozinhava, não lavava, nem passava pra ele! Pior ainda, passava os fins de semana fora! Mas que coisa, né? Que mulher vil!
Agora vejam vocês, a ex-esposa foi generosa de não ter posto o bruto na rua com a roupa do corpo e ele queria o que? Achou que ia ter empregada e mulherzinha?
E ele, indignado com a situação, ainda proferiu a pérola máxima "estou muito magoado, Roberta. Ela não está sendo companheira comigo". Ah, tá. E quando você estava viajando por aí com a outra, de carro novo, gastando a poupança do casal, você tava sendo companheirão, né? Companheiro de circo de todos os outros palhaços.
Dia desses um conhecido meu foi me levar em casa e passou o trajeto todo se lamuriando de sua vida conjugal. Em passado recente, ele teve um caso que acabou em bafão. A mulher dele, ao saber que estava havia sido traída, deixou de falar com ele. Justo, né? Pra ele não.
Por circunstâncias práticas, resolveram continuar coabitando, porém o filho pequeno passou pro quarto dela e o infiel pro quarto do menino. Na verdade, ele ficou porque o apartamento está no nome dela (palavras do próprio, logo se estivesse no nome dele acho que teria expulsado a família) e ele não tem dinheiro pra se mudar agora, pois o rompimento-bafão do caso extraconjugal o deixou falido. Até aí eu já sabia, mas achei que ele ia continur encostado no quarto do menino. Só que, nesse dia, ele estava disposto a se mudar mesmo não tendo um puto no bolso.
Segundo ele, não interessava ficar lá, afinal, ela não deixava que ele a tocasse! Vejam vocês que absurdo. Não cozinhava, não lavava, nem passava pra ele! Pior ainda, passava os fins de semana fora! Mas que coisa, né? Que mulher vil!
Agora vejam vocês, a ex-esposa foi generosa de não ter posto o bruto na rua com a roupa do corpo e ele queria o que? Achou que ia ter empregada e mulherzinha?
E ele, indignado com a situação, ainda proferiu a pérola máxima "estou muito magoado, Roberta. Ela não está sendo companheira comigo". Ah, tá. E quando você estava viajando por aí com a outra, de carro novo, gastando a poupança do casal, você tava sendo companheirão, né? Companheiro de circo de todos os outros palhaços.
Tá chegando!
Faltam três dias pro aniversário de seis anos do HTP.
Quarta-feira, 19h, Bar da Ladeira. Vejo vocês lá.
Faltam três dias pro aniversário de seis anos do HTP.
Quarta-feira, 19h, Bar da Ladeira. Vejo vocês lá.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
A saga do Palhaço equilibrista
Uma grande amiga minha e fã contumaz do HTP teve um rolo com um equilibrista de primeira, esse deve equilibrar uns dez pratos de cada vez. Moça descolada, ela sabe de quem está contratando serviços cirsenses free lancer e se diverte.
Sabe como é, como eu sempre digo, picadeiro vazio nem pensar. O palhaço pode até ser equilibrista, mas se for divertido e gostoso, tá valendo o ingresso pro espetáculo. Chatos são os que pensam que os pratos não percebem que estão sendo rodados. Esses dão um enjôo...
Divirtam-se com o relato da moça.
*****************
Conheci o cara na boate onde trabalhava (juro que eu não dançava em cima do queijo, ou coisa do gênero!). Ele pediu meu telefone em meio a uma confusão, criada aparentemente pela moçoila que o acompanhava na saída. Depois de muita insistência do rapaz, dei o meu número. Ele era bem interessante. Baixinho, mas com cara de homem, sabe? Além de ousado, cara-de-pau. Gosto disso!
Algumas semanas depois, ele me liga e convida pra almoçar no dia seguinte, pois voltaria de São Paulo. No dia seguinte.. Jacaré ligou? Nem ele.
Mais umas semaninhas e eis que ele reaparece na boate.
Ele: Pô perdi o meu telefone...
Eu: Eu também.
Ele: É mesmo!
Eu: É!
Quando ele estava saindo, com mais uma mocinha colocada, me pediu o telefone de novo e eu dei. Como disse anteriormente, gostei do moço.
Mais umas semanas e ele liga numa quinta-feira chuvosa, muito chuvosa! Dizendo que estava em São Paulo, mas que já estava voltando e queria me ver. Respondi que tava atrasada pro trabalho e a gente se falava depois. Ele ligou na semana seguinte, mas ficamos uns dois meses nessa e não saímos. Depois disso, ficamos mais uns dois meses sem nos falar.
De repente, eis que o equilibrista ressurgiu das cinzas e ligou inadvertidamente numa terça à noitinha me convidando pra sair. Ah, não! Tudo bem que sou despojada, não ligo pra estar linda 24h por dia, mas nesse dia eu tava mega largada, não estava munida do meu perfume francês e não tava inspirada. Marcamos pro dia seguinte e ele me ligaria. Só ligou tarde, quando eu já tava indo pra casa. Disse que iria viajar no dia seguinte bem cedo, mas que voltaria na sexta e blá, blá, blá, whiskas sachê... Na sexta, me mandou uma mensagem dizendo que chegaria 0h30 e dependendo de onde eu estivesse, iria me encontrar, blá, blá, blá...
Fui pra Lapa encontrar um amigo. Ficamos bebendo, chegou outro amigo, e finalmente, o fofo deu sinal de vida. Mandou um SMS perguntando onde eu tava. Respondi e, coincidentemente, estávamos na mesma rua, mas em botecos diferentes. Fui encontrar o bofe (o boteco dele era mais interessante que o meu). Dançamos muito, beijamos muito, tudo muito... Muito bom. Uma semana depois nos falamos. Nada de mais.
Ele: Vamos marcar de se ver...
Eu: Vamos...
Saímos na semana seguinte. Foi óooooooootimo! Divertido, cheiroso e muito gostosinho. Rimos muito e tratei logo de falar pra ele do HTP. Ele se animou e na mesma hora conectou o celular pra ler as palhaçadas execradas. Adorou! Incrível, como ele se identificou logo de cara!
No dia seguinte, o artista liga às 2h30 da madruga: Te acordei?
Eu: Só um pouquinho.
Ainda tonta de sono, tentando me localizar, fiquei ouvindo ele dizer que passou o dia pensando em mim, que eu era incrível, maravilhosa, que ele estava apavorado comigo, que não pode se apaixonar, blá, blá, blá... E que ele tinha que entrar pro HTP porque havia protelado em me ligar o dia todo, mesmo estando com muita vontade de falar comigo.
Tudo bem, algumas partes, poderiam até ser caôzinhos, mas até que não foi tão mau assim, ouvir tantas vezes que sou incrível... Mesmo sendo às 2h30 da manhã. Eu ia até aliviá-lo, não ia mandá-lo pro circo, mas ele pediu com tanto jeitinho, que eu não poderia recusar. E aqui está: o equilibrista exibido sob os holofotes.
Na sexta-feira da mesma semana, liguei pra ele. Combinamos de nos falar mais tarde e nos vermos, ele ligaria. Jacaré ligou? Pois é. Lá pelas tantas, ainda tava no trabalho, liguei. Uma barulhada infernal.
Eu: Onde vc está?
Ele: Tô aqui com a galera do trabalho, blá, blá, blá...
Eu: Me diz onde vc está que eu vou pra aí agora te dar uns beijos!
Ele: Pô, não faz isso, não, eu não posso!
Eu: Fala logo, onde vc está! Vou pegar um táxi e vou até aí, te dou um beijo e saio fora.
Ele: O que eu mais queria era estar com vc, acredite! Mas eu não posso! Vou viajar amanhã cedo, blá, blá, blá...
Eu: Então tá maneiro.
Ele: Pô, não amarga, não...
Eu: Claro que não, tá tranqüilo!
Depois disso, nos falamos algumas vezes por tel, ou e-mail, mas não nos vimos mais. Essa semana ele me escreveu dizendo que havia perdido o telefone. "Perde telefone à beça, hein!". Sabe o q ele respondeu?
Ele: Putz! Não lembrava que já tinha dado essa desculpa... Homem é tudo palhaço mesmo!
Meia noite e bláu, pipoca um SMS: Tá acordada? Só que quando eu liguei de volta o tel dele tava na caixa postal.
No dia seguinte, liguei de novo, afinal precisava dar uma zoada! Disse a ele que o seu número no espetáculo circense era o do palhaço equilibrista, que fica girando os pratos, tentando não deixá-los cair, e sempre querendo equilibrar mais um. Ele riu, mas não assumiu de cara. Disse que não é bem assim... nã,nã,nã... Mas no dia seguinte me mandou um e-mail, me convidando pra sair, no campo assunto vinha: "O palhacinho equilibrista ataca novamente".
Assumido total!!! É por isso que eu gosto dele! Pego ele fácil! Quando o palhaço é assumido, fica mais divertido de levar. Ele nem fica chateado quando eu chamo ele de Bozo.
Uma grande amiga minha e fã contumaz do HTP teve um rolo com um equilibrista de primeira, esse deve equilibrar uns dez pratos de cada vez. Moça descolada, ela sabe de quem está contratando serviços cirsenses free lancer e se diverte.
Sabe como é, como eu sempre digo, picadeiro vazio nem pensar. O palhaço pode até ser equilibrista, mas se for divertido e gostoso, tá valendo o ingresso pro espetáculo. Chatos são os que pensam que os pratos não percebem que estão sendo rodados. Esses dão um enjôo...
Divirtam-se com o relato da moça.
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Conheci o cara na boate onde trabalhava (juro que eu não dançava em cima do queijo, ou coisa do gênero!). Ele pediu meu telefone em meio a uma confusão, criada aparentemente pela moçoila que o acompanhava na saída. Depois de muita insistência do rapaz, dei o meu número. Ele era bem interessante. Baixinho, mas com cara de homem, sabe? Além de ousado, cara-de-pau. Gosto disso!
Algumas semanas depois, ele me liga e convida pra almoçar no dia seguinte, pois voltaria de São Paulo. No dia seguinte.. Jacaré ligou? Nem ele.
Mais umas semaninhas e eis que ele reaparece na boate.
Ele: Pô perdi o meu telefone...
Eu: Eu também.
Ele: É mesmo!
Eu: É!
Quando ele estava saindo, com mais uma mocinha colocada, me pediu o telefone de novo e eu dei. Como disse anteriormente, gostei do moço.
Mais umas semanas e ele liga numa quinta-feira chuvosa, muito chuvosa! Dizendo que estava em São Paulo, mas que já estava voltando e queria me ver. Respondi que tava atrasada pro trabalho e a gente se falava depois. Ele ligou na semana seguinte, mas ficamos uns dois meses nessa e não saímos. Depois disso, ficamos mais uns dois meses sem nos falar.
De repente, eis que o equilibrista ressurgiu das cinzas e ligou inadvertidamente numa terça à noitinha me convidando pra sair. Ah, não! Tudo bem que sou despojada, não ligo pra estar linda 24h por dia, mas nesse dia eu tava mega largada, não estava munida do meu perfume francês e não tava inspirada. Marcamos pro dia seguinte e ele me ligaria. Só ligou tarde, quando eu já tava indo pra casa. Disse que iria viajar no dia seguinte bem cedo, mas que voltaria na sexta e blá, blá, blá, whiskas sachê... Na sexta, me mandou uma mensagem dizendo que chegaria 0h30 e dependendo de onde eu estivesse, iria me encontrar, blá, blá, blá...
Fui pra Lapa encontrar um amigo. Ficamos bebendo, chegou outro amigo, e finalmente, o fofo deu sinal de vida. Mandou um SMS perguntando onde eu tava. Respondi e, coincidentemente, estávamos na mesma rua, mas em botecos diferentes. Fui encontrar o bofe (o boteco dele era mais interessante que o meu). Dançamos muito, beijamos muito, tudo muito... Muito bom. Uma semana depois nos falamos. Nada de mais.
Ele: Vamos marcar de se ver...
Eu: Vamos...
Saímos na semana seguinte. Foi óooooooootimo! Divertido, cheiroso e muito gostosinho. Rimos muito e tratei logo de falar pra ele do HTP. Ele se animou e na mesma hora conectou o celular pra ler as palhaçadas execradas. Adorou! Incrível, como ele se identificou logo de cara!
No dia seguinte, o artista liga às 2h30 da madruga: Te acordei?
Eu: Só um pouquinho.
Ainda tonta de sono, tentando me localizar, fiquei ouvindo ele dizer que passou o dia pensando em mim, que eu era incrível, maravilhosa, que ele estava apavorado comigo, que não pode se apaixonar, blá, blá, blá... E que ele tinha que entrar pro HTP porque havia protelado em me ligar o dia todo, mesmo estando com muita vontade de falar comigo.
Tudo bem, algumas partes, poderiam até ser caôzinhos, mas até que não foi tão mau assim, ouvir tantas vezes que sou incrível... Mesmo sendo às 2h30 da manhã. Eu ia até aliviá-lo, não ia mandá-lo pro circo, mas ele pediu com tanto jeitinho, que eu não poderia recusar. E aqui está: o equilibrista exibido sob os holofotes.
Na sexta-feira da mesma semana, liguei pra ele. Combinamos de nos falar mais tarde e nos vermos, ele ligaria. Jacaré ligou? Pois é. Lá pelas tantas, ainda tava no trabalho, liguei. Uma barulhada infernal.
Eu: Onde vc está?
Ele: Tô aqui com a galera do trabalho, blá, blá, blá...
Eu: Me diz onde vc está que eu vou pra aí agora te dar uns beijos!
Ele: Pô, não faz isso, não, eu não posso!
Eu: Fala logo, onde vc está! Vou pegar um táxi e vou até aí, te dou um beijo e saio fora.
Ele: O que eu mais queria era estar com vc, acredite! Mas eu não posso! Vou viajar amanhã cedo, blá, blá, blá...
Eu: Então tá maneiro.
Ele: Pô, não amarga, não...
Eu: Claro que não, tá tranqüilo!
Depois disso, nos falamos algumas vezes por tel, ou e-mail, mas não nos vimos mais. Essa semana ele me escreveu dizendo que havia perdido o telefone. "Perde telefone à beça, hein!". Sabe o q ele respondeu?
Ele: Putz! Não lembrava que já tinha dado essa desculpa... Homem é tudo palhaço mesmo!
Meia noite e bláu, pipoca um SMS: Tá acordada? Só que quando eu liguei de volta o tel dele tava na caixa postal.
No dia seguinte, liguei de novo, afinal precisava dar uma zoada! Disse a ele que o seu número no espetáculo circense era o do palhaço equilibrista, que fica girando os pratos, tentando não deixá-los cair, e sempre querendo equilibrar mais um. Ele riu, mas não assumiu de cara. Disse que não é bem assim... nã,nã,nã... Mas no dia seguinte me mandou um e-mail, me convidando pra sair, no campo assunto vinha: "O palhacinho equilibrista ataca novamente".
Assumido total!!! É por isso que eu gosto dele! Pego ele fácil! Quando o palhaço é assumido, fica mais divertido de levar. Ele nem fica chateado quando eu chamo ele de Bozo.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Eu, leitora e empresária circense
Nossa leitora C.M. foi vítima do clássico Número do Desaparecimento, sem dúvida, o de maior audiência nos circos do mundo. Como todas já sabemos, os espetáculos são poucos, mas eles variam o cenário, o figurino, a coreografia. Às vezes, pra parecerem originais, os artistas circenses combinam mais de um número no mesmo espetáculo, mostrando versatilidade no palco, sabem como é. Nesse episódio, creio que ele fez também o do "Palhaço com medo de envolvimento", talvez com pitadas do "Palhaço traumatizado pela ex-mulher barbada". Sem dúvida, trata-se de um equilibrista não muito hábil. Na verdade, um número manjado.
Ah, notem que o artista em questão era profissional de carreira, com muitos empregos na carteira de trabalho. Mais uma vez está provado que não importa a idade, homem é tudo palhaço.
Que rufem os tambores e se abram as cortinas, o espetáculo vai começar.
Eu havia terminado um namoro havia um tempo e comecei a me relacionar com outro cara, oito anos mais velho. Saíamos há quase dois meses e, de repente, o palhaço sumiu, desapareceu. Três semanas depois ele reaparece com a cara mais lavada do mundo, como se nada tivesse acontecido, e querendo que eu o cumprimentasse com um beijinho... idiota. Depois de alguns minutos perplexa com tamanha cara de peroba do artista resolvi esclarecer algumas dúvidas.
Eu: Querido por onde você andou?
Palhaço: Estive entre tantos compromissos...
Eu: Jura? Conhece “telefone”?
Palhaço: Ai amor, não deu tempo, tive que fazer extra no serviço, tive semanas de regimental na faculdade, meu padrasto está muito doente e ainda estou ajudando um amigo para os exames, ele não pode ficar de DP não é?
Eu: Claaaro, e ele te paga quanto por aula?
Palhaço: Nada, somos muito amigos, tenho que ajudar, sempre ajudo.
Eu: Mas não entendi ainda o motivo de você não ter me ligado.
Palhaço: Não tive tempo e além de tudo não tenho o número do seu celular.
Fiquei INDIGNADA com tal informação, posso ser pacífica mas não me chame de retardada, por acaso tenho LOSER escrito na testa? Soltei bela, calma e com o mesmo charme e postura que havia mantido até então:
Eu: Não tem mesmo o número? Que absurdo.
Palhaço: Pra você ver.
Eu: Sabe o que é mais engraçado? É que na última vez que saímos passei a noite toda com você e no dia seguinte recebi uma ligação sua NO MEU CELULAR dizendo que estava com saudades e queria me ver, ainda fez o convite descabido “vem aqui em casa, estou sozinho”.
Palhaço: Nossa...
Eu: E eu achando que estava lidando com alguém experiente!
Depois dessa amigas, prefiro não passar realmente o número do celular. Assim a desculpa fica mais convincente e o palhacinho não se compromete tanto.
Nossa leitora C.M. foi vítima do clássico Número do Desaparecimento, sem dúvida, o de maior audiência nos circos do mundo. Como todas já sabemos, os espetáculos são poucos, mas eles variam o cenário, o figurino, a coreografia. Às vezes, pra parecerem originais, os artistas circenses combinam mais de um número no mesmo espetáculo, mostrando versatilidade no palco, sabem como é. Nesse episódio, creio que ele fez também o do "Palhaço com medo de envolvimento", talvez com pitadas do "Palhaço traumatizado pela ex-mulher barbada". Sem dúvida, trata-se de um equilibrista não muito hábil. Na verdade, um número manjado.
Ah, notem que o artista em questão era profissional de carreira, com muitos empregos na carteira de trabalho. Mais uma vez está provado que não importa a idade, homem é tudo palhaço.
Que rufem os tambores e se abram as cortinas, o espetáculo vai começar.
Eu havia terminado um namoro havia um tempo e comecei a me relacionar com outro cara, oito anos mais velho. Saíamos há quase dois meses e, de repente, o palhaço sumiu, desapareceu. Três semanas depois ele reaparece com a cara mais lavada do mundo, como se nada tivesse acontecido, e querendo que eu o cumprimentasse com um beijinho... idiota. Depois de alguns minutos perplexa com tamanha cara de peroba do artista resolvi esclarecer algumas dúvidas.
Eu: Querido por onde você andou?
Palhaço: Estive entre tantos compromissos...
Eu: Jura? Conhece “telefone”?
Palhaço: Ai amor, não deu tempo, tive que fazer extra no serviço, tive semanas de regimental na faculdade, meu padrasto está muito doente e ainda estou ajudando um amigo para os exames, ele não pode ficar de DP não é?
Eu: Claaaro, e ele te paga quanto por aula?
Palhaço: Nada, somos muito amigos, tenho que ajudar, sempre ajudo.
Eu: Mas não entendi ainda o motivo de você não ter me ligado.
Palhaço: Não tive tempo e além de tudo não tenho o número do seu celular.
Fiquei INDIGNADA com tal informação, posso ser pacífica mas não me chame de retardada, por acaso tenho LOSER escrito na testa? Soltei bela, calma e com o mesmo charme e postura que havia mantido até então:
Eu: Não tem mesmo o número? Que absurdo.
Palhaço: Pra você ver.
Eu: Sabe o que é mais engraçado? É que na última vez que saímos passei a noite toda com você e no dia seguinte recebi uma ligação sua NO MEU CELULAR dizendo que estava com saudades e queria me ver, ainda fez o convite descabido “vem aqui em casa, estou sozinho”.
Palhaço: Nossa...
Eu: E eu achando que estava lidando com alguém experiente!
Depois dessa amigas, prefiro não passar realmente o número do celular. Assim a desculpa fica mais convincente e o palhacinho não se compromete tanto.
Festa estranha com gente esquisita e eu não to legal...
Já nossa leitora A.M. foi dar pinta na pista e se deparou com pândego clássico, com talentos de equilibrista também. Até que dava pra rir da performance do artista.
*************************
Eu quietinha, com meu trago na mão, chupando de canudinho, fazendo meu passinho-embaladinho-rítmico-curto, típico de início de noite – nada de movimentos bruscos, nada de pilares nem queijinhos, nada de chão-chão-chão-chão-chão-chão. Nada... moça séria... e a galera chegando...as gatas pardas (sim, pq à noite todaaaaasss as gatas são pardas), as gatos de topete, os de pulseirinha neon, os de golinha alta, os de golinha baixa, enfim, o povo que, assim como eu, sai da toca à noite pra ver no que dá a vida social. Queria só curtir um som, me alegrar regada a muito etílico, falar amenidades com os amigos e pronto. Seria isso e vapt... iria pra casa dormir, linda, leve, bêbada e feliz, assim que o Dj acabasse seu show.
Mas eis que um palhaço resolve exercer seu livre arbítrio na mesma pista que eu. O bruto chega chegando e fala de cantinho e de mansinho: "estou me sentindo meio deslocado, posso ficar aqui com vc?".
Eu: Poder pode (tá pagando ingresso, pode né???), mas estou acompanhada.
Ele (sem nem dar bola para o detalhe que eu mencionei): Tô me sentindo mal.
Eu: O que tu está sentindo?
Ele: Dor no peito.
Eu: Acho que é melhor então tu sair da festa e ir embora.
Ele: Não adianta. Essa dor é de angústia, de sofrimento mesmo. Briguei com a minha namorada... agora minha ex. E ela está aqui.
Eu: Então procura a mulher, amigo.
Ele: Acho melhor não.
Eu: Por que não? Tu fez merda?
Ele: Não, mas é que dor de amor se cura com outro amor, meu amor!
Durante a noite, visualizei o ser estranho que tentou me abduzir conversando com mais duas gatas pardas, individualmente, uma após a outra. Será que ele estava tentando curar a dor no peito? Fala sério!
Já nossa leitora A.M. foi dar pinta na pista e se deparou com pândego clássico, com talentos de equilibrista também. Até que dava pra rir da performance do artista.
*************************
Eu quietinha, com meu trago na mão, chupando de canudinho, fazendo meu passinho-embaladinho-rítmico-curto, típico de início de noite – nada de movimentos bruscos, nada de pilares nem queijinhos, nada de chão-chão-chão-chão-chão-chão. Nada... moça séria... e a galera chegando...as gatas pardas (sim, pq à noite todaaaaasss as gatas são pardas), as gatos de topete, os de pulseirinha neon, os de golinha alta, os de golinha baixa, enfim, o povo que, assim como eu, sai da toca à noite pra ver no que dá a vida social. Queria só curtir um som, me alegrar regada a muito etílico, falar amenidades com os amigos e pronto. Seria isso e vapt... iria pra casa dormir, linda, leve, bêbada e feliz, assim que o Dj acabasse seu show.
Mas eis que um palhaço resolve exercer seu livre arbítrio na mesma pista que eu. O bruto chega chegando e fala de cantinho e de mansinho: "estou me sentindo meio deslocado, posso ficar aqui com vc?".
Eu: Poder pode (tá pagando ingresso, pode né???), mas estou acompanhada.
Ele (sem nem dar bola para o detalhe que eu mencionei): Tô me sentindo mal.
Eu: O que tu está sentindo?
Ele: Dor no peito.
Eu: Acho que é melhor então tu sair da festa e ir embora.
Ele: Não adianta. Essa dor é de angústia, de sofrimento mesmo. Briguei com a minha namorada... agora minha ex. E ela está aqui.
Eu: Então procura a mulher, amigo.
Ele: Acho melhor não.
Eu: Por que não? Tu fez merda?
Ele: Não, mas é que dor de amor se cura com outro amor, meu amor!
Durante a noite, visualizei o ser estranho que tentou me abduzir conversando com mais duas gatas pardas, individualmente, uma após a outra. Será que ele estava tentando curar a dor no peito? Fala sério!
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Palhaço Equilibrista
O circo ganhou mais um tipo de palhaço para engordar suas fileiras de personagens: o Palhaço Equilibrista.
Palhacinho querido amigo do blog confessava numa mesa de bar suas peripécias para dar conta das oito mulheres (sim, você não leu errado: OITO mulheres) com quem ele saía na época e usou uma figura que ilustra bem como os homens que têm várias mulheres lidam com todas elas. Com vocês, a explicação do palhaço:
– É como um equilibrista com seus pratinhos em cima das varetas: uma hora ele vai lá, roda um com mais força; depois, ele vai pra outro; mais tarde, roda o terceiro; por fim, volta pro primeiro... E assim vai: rodando um pouco um, depois outro, nenhum pratinho cai e todos ficam lá, rodando.
Ahhhhhhhh, tá. Entendi.
Teve mais:
– Aí, quando acaba pintando uma namorada, o cara vai lá, pega os pratinhos e guarda, bem guardadinhos, junto com as varetas. Mas tem que guardar com cuidado mesmo pra eles não quebrarem. Se o namoro acabar, o cara vai lá e arma tudo de novo.
E é assim: a namorada é sempre de fora do espetáculo. Uma Mulher-Pratinho não vira A Namorada. Uma vez Pratinho, sempre Pratinho.
Muito esclarecedor, não, meninas?
O circo ganhou mais um tipo de palhaço para engordar suas fileiras de personagens: o Palhaço Equilibrista.
Palhacinho querido amigo do blog confessava numa mesa de bar suas peripécias para dar conta das oito mulheres (sim, você não leu errado: OITO mulheres) com quem ele saía na época e usou uma figura que ilustra bem como os homens que têm várias mulheres lidam com todas elas. Com vocês, a explicação do palhaço:
– É como um equilibrista com seus pratinhos em cima das varetas: uma hora ele vai lá, roda um com mais força; depois, ele vai pra outro; mais tarde, roda o terceiro; por fim, volta pro primeiro... E assim vai: rodando um pouco um, depois outro, nenhum pratinho cai e todos ficam lá, rodando.
Ahhhhhhhh, tá. Entendi.
Teve mais:
– Aí, quando acaba pintando uma namorada, o cara vai lá, pega os pratinhos e guarda, bem guardadinhos, junto com as varetas. Mas tem que guardar com cuidado mesmo pra eles não quebrarem. Se o namoro acabar, o cara vai lá e arma tudo de novo.
E é assim: a namorada é sempre de fora do espetáculo. Uma Mulher-Pratinho não vira A Namorada. Uma vez Pratinho, sempre Pratinho.
Muito esclarecedor, não, meninas?
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Votem no circo!
Eis que hoje abri o MSN e havia um recadinho do palhacinho-amigo Zander. Ele havia sido indicado ao Prêmio Ibest na categoria Variedades e pedia votos.
Fui lá votar e adivinhem o que descobri? O HTP foi indicado na
categoria Humor desde o dia 20/12 e eu não sabia de nada!!!
Ai-ai-ai. Lá vamos nós recomeçar a campanha rumo à Ilha de Caras...
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Pré-convocação para o aniversário de 6 anos do HTP
Pois é amiguinhos, no dia 30 de janeiro de 2002 criei o blog Homem é tudo palhaço. Como não canso de contar, já tinha o meu blog pessoal desde novembro de 2001 e ele tava me fazendo muito feliz. Estava relativamente recém-separada e chocada com as peripécias circenses dos rapazes. Então, depois de uma conversa na praia com minha amiga Isabelouca fiquei matutando e acabei criando o HTP. Convidei todas as minhas melhores amigas na época. Se não me engano, foram 12 convites. Sete aceitaram, seis escreveram (nos primórdios há posts de Marcela Beaklini e Lilian Sapucahy). Lá se vão seis anos: acabamos ficando quatro Donas do Circo.
Mas por que essa lenga-lenga rememorativa? Porque no próximo dia 30 nosso amado cirquinho completa seis aninhos de vida! Vamos comemorar! TODOS os leitores estão convidados/convocados. Os que já estiveram sob os holofotes do circo, os que me amam, os que me odeiam, os que são meus fãs, os que querem ser Roberta Carvalho, os que querem ser meus amigos, até os que acham que sou uma puta chinfrim/baranga mal amada/lésbica raivosa. Quero nem saber se o pato é macho, quero mais ovo e quero comemorar!!!
***************************
É Festa!!!
Vai ser de novo no Bar da Ladeira, já que a do OMEE em novembro foi uma delícia. Só que, dessa vez, reservei o segundo piso. Na do OMEE a varanda do primeiro andar ficou pequena e com certeza a do HTP vai bombar mais ainda. O papo tava tão bom que mal vimos o show. Mas, como gosto de serviço completo, mando abaixo a programação.
Podem espalhar a notícia e vejo vocês lá, vai ser o fervo!
*****************************
QUARTAS DE CHORINHO. O convidado do projeto Quartas de Chorinho é o grupo Pisando em Brasas. Formado há dois anos, o grupo apresenta um repertório variado com canções de compositores consagrados e novatos, de várias cidades brasileiras. O show também apresenta um pouco da história do Choro e de grandes nomes como Pixinguinha e Jacob do Bandolim. O Pisando em Brasas é formado por Alexandre Bittencourt (flautas e sax), Rafael dos Santos (cavaquinho), Henrique Martins (violão) e Jade Perrone (percussão).
Bar da Ladeira (200 lugares). Rua Evaristo da Veiga 149, Lapa. Telefone (21) 2224-9828. Quarta (30), 21h. Abertura da casa às 18h. R$ 10.
http://matrizonline.oi.com.br/bardaladeira
Pois é amiguinhos, no dia 30 de janeiro de 2002 criei o blog Homem é tudo palhaço. Como não canso de contar, já tinha o meu blog pessoal desde novembro de 2001 e ele tava me fazendo muito feliz. Estava relativamente recém-separada e chocada com as peripécias circenses dos rapazes. Então, depois de uma conversa na praia com minha amiga Isabelouca fiquei matutando e acabei criando o HTP. Convidei todas as minhas melhores amigas na época. Se não me engano, foram 12 convites. Sete aceitaram, seis escreveram (nos primórdios há posts de Marcela Beaklini e Lilian Sapucahy). Lá se vão seis anos: acabamos ficando quatro Donas do Circo.
Mas por que essa lenga-lenga rememorativa? Porque no próximo dia 30 nosso amado cirquinho completa seis aninhos de vida! Vamos comemorar! TODOS os leitores estão convidados/convocados. Os que já estiveram sob os holofotes do circo, os que me amam, os que me odeiam, os que são meus fãs, os que querem ser Roberta Carvalho, os que querem ser meus amigos, até os que acham que sou uma puta chinfrim/baranga mal amada/lésbica raivosa. Quero nem saber se o pato é macho, quero mais ovo e quero comemorar!!!
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É Festa!!!
Vai ser de novo no Bar da Ladeira, já que a do OMEE em novembro foi uma delícia. Só que, dessa vez, reservei o segundo piso. Na do OMEE a varanda do primeiro andar ficou pequena e com certeza a do HTP vai bombar mais ainda. O papo tava tão bom que mal vimos o show. Mas, como gosto de serviço completo, mando abaixo a programação.
Podem espalhar a notícia e vejo vocês lá, vai ser o fervo!
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QUARTAS DE CHORINHO. O convidado do projeto Quartas de Chorinho é o grupo Pisando em Brasas. Formado há dois anos, o grupo apresenta um repertório variado com canções de compositores consagrados e novatos, de várias cidades brasileiras. O show também apresenta um pouco da história do Choro e de grandes nomes como Pixinguinha e Jacob do Bandolim. O Pisando em Brasas é formado por Alexandre Bittencourt (flautas e sax), Rafael dos Santos (cavaquinho), Henrique Martins (violão) e Jade Perrone (percussão).
Bar da Ladeira (200 lugares). Rua Evaristo da Veiga 149, Lapa. Telefone (21) 2224-9828. Quarta (30), 21h. Abertura da casa às 18h. R$ 10.
http://matrizonline.oi.com.br/bardaladeira
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Palhaços do Metrô
Eles já estavam no erro porque estavam no vagão feminino. Pra completar o espetáculo estavam conversando sobre sexo aos berros. Eram dois palhaços de 20 e poucos anos, marombados, com camisetinhas de ombros desnudos e pentelhada axilar exposta para meu fastio já às 8h30 manhã. Depois de um contar pro outro suas (imaginárias, garanto) aventuras sexuais com várias mulheres numa festa, completou:
– Mas eu saí de lá com uma de 30. Cara, mulher de 30 é bom porque dá em qualquer. Essa me deu no carro.
Tem alguma coisa errada nesta observação do rapazote. Quem gosta de dar em carro são as meninas mais novas, com mais hormônios pululantes e incontroláveis. As mulheres de 30, apesar de geralmente mais desinibidas porque mais experientes, principalmente quando estão com um palhaço recém-saído dos cueiros, preferem dar no conforto de uma cama acolchoada e forrada com um lençol de seda. Será que nosso artista circense estava mentindo??? Será? Será?
Também há outra hipótese. Ele de fato saiu com uma mulher de 30 que lhe deu no carro, mas deve ter sido no carro DELA e só pra ELA não perder a oportunidade de se aproveitar daquele corpão e do vigor da juventude dele, sem correr o risco de ter que pagar o motel porque o bruto estava sem grana* e ainda ter que acordar com um palhaço do lado.
* Vai ver a bolsa do estágio não saiu. HAHAHA
Eles já estavam no erro porque estavam no vagão feminino. Pra completar o espetáculo estavam conversando sobre sexo aos berros. Eram dois palhaços de 20 e poucos anos, marombados, com camisetinhas de ombros desnudos e pentelhada axilar exposta para meu fastio já às 8h30 manhã. Depois de um contar pro outro suas (imaginárias, garanto) aventuras sexuais com várias mulheres numa festa, completou:
– Mas eu saí de lá com uma de 30. Cara, mulher de 30 é bom porque dá em qualquer. Essa me deu no carro.
Tem alguma coisa errada nesta observação do rapazote. Quem gosta de dar em carro são as meninas mais novas, com mais hormônios pululantes e incontroláveis. As mulheres de 30, apesar de geralmente mais desinibidas porque mais experientes, principalmente quando estão com um palhaço recém-saído dos cueiros, preferem dar no conforto de uma cama acolchoada e forrada com um lençol de seda. Será que nosso artista circense estava mentindo??? Será? Será?
Também há outra hipótese. Ele de fato saiu com uma mulher de 30 que lhe deu no carro, mas deve ter sido no carro DELA e só pra ELA não perder a oportunidade de se aproveitar daquele corpão e do vigor da juventude dele, sem correr o risco de ter que pagar o motel porque o bruto estava sem grana* e ainda ter que acordar com um palhaço do lado.
* Vai ver a bolsa do estágio não saiu. HAHAHA
domingo, 6 de janeiro de 2008
Podres de famosas
O HTP saiu na Revista de Domingo do JB de hoje (página 18). O mote era o recém criado blog da minha amiga Rozane Monteiro, mas fomos citadas também.
O HTP saiu na Revista de Domingo do JB de hoje (página 18). O mote era o recém criado blog da minha amiga Rozane Monteiro, mas fomos citadas também.
sábado, 5 de janeiro de 2008
Contagem regressiva
Passada a ressaca de reveillon, antes de chegar o carnaval temos outra comemoração importante: o aniversário do HTP!
Sim, dia 30 de janeiro de 2008 completamos seis aninhos de pura travessura e é claro que vamos comemorar. Esse ano ainda teremos outro motivo para celebrar: ate o fim de janeiro já devo ter fechado a parceria com o portal. Outra, até o fim do ano estarão prontos o livro e a peça do HTP. Sem falar que um layout novinho e cheio de novidades já tá no forno. 2008 vai ser o ano do circo bombar!
Todos os leitores estão convidados, uma semana antes da data do evento informo o lugar, mas deve ser em algum cafofo pela Lapa. Adianto que já estou cuidando dos preparativos.
É festa!
Passada a ressaca de reveillon, antes de chegar o carnaval temos outra comemoração importante: o aniversário do HTP!
Sim, dia 30 de janeiro de 2008 completamos seis aninhos de pura travessura e é claro que vamos comemorar. Esse ano ainda teremos outro motivo para celebrar: ate o fim de janeiro já devo ter fechado a parceria com o portal. Outra, até o fim do ano estarão prontos o livro e a peça do HTP. Sem falar que um layout novinho e cheio de novidades já tá no forno. 2008 vai ser o ano do circo bombar!
Todos os leitores estão convidados, uma semana antes da data do evento informo o lugar, mas deve ser em algum cafofo pela Lapa. Adianto que já estou cuidando dos preparativos.
É festa!
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