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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Eu, leitora e empresária circense

Eu andava negligente com os espetáculos enviados pelas leitoras, confesso que em parte por preguiça/falta de tempo e em parte pelos relatos recebidos serem muito extensos ou mal escritos. Mas, para deleite da platéria, eis que hoje encontro depositada na caixa postal circense a pérola abaixo, enviada pela leitora J.P.



Estava na aula do cursinho de inglês e o professor, que tá na faixa dos 27 anos, mandou a turma se dividir em grupos pra fazer uma atividade. Cada um dos quatro grupos sorteou um papel com uma pergunta. A idéia era que discutíssemos entre nós e depois abríssemos o debate para a sala toda. Tava indo tudo muito bem, até que o terceiro grupo colocou em voga a sua pergunta: "Por que as mulheres vivem mais que os homens?"

Foi a deixa pros palhaços começarem o show. No meu grupo, um logo soltou essa: "Porque os homens trabalham mais, ué!" Não contente repetiu mais alto: "Porque os homens trabalham mais que as mulheres!". Eu, que sofro da síndrome da "vergonha alheia" fiquei com dó do moço.

Para minha surpresa, a ainda coisa ficou pior. Num aluno de outro grupo falou: "Professor, fala aí a sua teoria que você tava explicando pra gente!". Aí o professor: "Não, não, falem as opiniões de vocês primeiro". Eu já pensando "Ih, lá vem merda!". Quando eu menos espero, ele solta essa: "Tá, vou falar a minha teoria: é que as mulheres lavam roupa, lavam louça, lavam o chão, dão banho nas crianças... aí, como estão sempre lavando as mãos, ficam mais livres de bactérias e coisas do tipo! E as (bactérias) que sobrevivem morrem quando elas cozinham, por causa do calor." (...)

As mulheres, que são maioria na sala, fizeram TODAS cara de "cala a boca, imbecil!". E os homens deram aquela risadinha de cumplicidade cafajeste, ao que o professor prontamente emendou: "É brincadeira, hein meninas! hehehe".

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