Palhaço ex-marido
Dizer que ex-marido é tudo palhaço seria redundância, afinal, se é homem, é palhaço. Sem falar que se as palhaçadas do bruto fossem do tipo "tolerável", ele seria atual e não ex. Ex-maridos são uma categoria de palhaços à parte.
Amiga minha, mulher bonita, inteligente, culta, bem sucedida e bem resolvida, separou-se recentemente. O palhaço ex-marido fez quase todos os clássicos e, ao ser posto pra fora de casa, resolveu fazer o número do ofendido. Diz que a ex não pensou na família e foi egoísta ao demití-lo. Tadinho, não sabe que traição em público dá justa causa em qualquer circo.
Ainda assim, pelo bem do fiho em comum, minha amiga tenta manter um relacionamento amigável com o palhaço. Outro dia foram almoçar para resolver questões comezinhas das sobras de tudo que chamam lar. Claro, artista circense com carteirinha do sindicato, ele mal esperou aquela a quem um dia ele jurou amor eterno sentar pra começar o espetáculo.
Ex-marido - Nossa, como você engordou!
Nova solteira na praça - Você acha?
Ex-marido - Acho.
Nova solteira na praça - Meu braço tá muito grande, né?
Ex-marido - Não sei. Homem não olha pra braço. Homem olha pra bunda e a sua sorte é que sua bunda ainda vale a pena.
Que gentil, né? É exatamente assim que ele vai reconquistar a ex-mulher a quem ele diz ainda amar.
**********
Esse episódio lembrou a minha separação. Meu ex-marido, ao ser catapultado, também fez o número do ofendido injustiçado, apesar de infiel pego em flagrante. De tanto choramingar me convenceu a ir vê-lo. Chego eu no apartamento que dividíamos até quinze dias antes e encontro o bruto deitado de cueca na cama. Cabelo ensebado, cara de quem não toma banho há uma semana. A casa imunda e bagunçada. Sem nem levantar da cama, o palhaço me escrutinou com o olhar e disparou com expressão de desprezo. "Você tá horrível! Tá magra, abatida. Tá horrível". Eu, que tinha virado a noite trabalhando e fui lá ver se o palhaço não tinha tomado chumbinho-mata-e-seca-o-rato, rodei nos calcanhares e fui embora. Tranquei a porta e joguei a chave por debaixo, pra nunca mais cair na esparrela de entrar naquele muquifo.
Jogo baixo, ele começou a ligar pra minha mãe. A velha, a quem ele chamava de nomes nada simpáticos, ficou com dó e me encheu até eu ir "conversar" com ele uma última vez. Chegamos no restaurante e ele sorridente "quando posso ir buscar suas coisas?".
– Não vou voltar.
– Ué? não vai voltar? Então que você tá fazendo aqui?
- Você pediu pra conversar, estou aqui pra conversar amigavelmente.
- Não quero ser seu amigo, quero que volte pra casa.
- Não vou voltar. Acabou, se conforma.
- Se não vai voltar nem precisava ter vindo. Se aceitou conversar eu achei que queria voltar.
Piada das piadas, me chamou de vil por por não querer voltar com ele. Vil? Vil? Vil de cu é rola, meu amigo!
Pois é, eu ainda desperdicei uma folga no trabalho pra ouvir essas sandices, mas aprendi a lição. Claro, depois disso ele encheu o saco, chorou, ligou 5 mil vezes no meio da madrugada, me xingou, mandou cartas risíveis, me agarrou. Pentelhou por oito meses até finalmente sumir para sempre.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Eu, leitora e empresária circense
Eu andava negligente com os espetáculos enviados pelas leitoras, confesso que em parte por preguiça/falta de tempo e em parte pelos relatos recebidos serem muito extensos ou mal escritos. Mas, para deleite da platéria, eis que hoje encontro depositada na caixa postal circense a pérola abaixo, enviada pela leitora J.P.
Estava na aula do cursinho de inglês e o professor, que tá na faixa dos 27 anos, mandou a turma se dividir em grupos pra fazer uma atividade. Cada um dos quatro grupos sorteou um papel com uma pergunta. A idéia era que discutíssemos entre nós e depois abríssemos o debate para a sala toda. Tava indo tudo muito bem, até que o terceiro grupo colocou em voga a sua pergunta: "Por que as mulheres vivem mais que os homens?"
Foi a deixa pros palhaços começarem o show. No meu grupo, um logo soltou essa: "Porque os homens trabalham mais, ué!" Não contente repetiu mais alto: "Porque os homens trabalham mais que as mulheres!". Eu, que sofro da síndrome da "vergonha alheia" fiquei com dó do moço.
Para minha surpresa, a ainda coisa ficou pior. Num aluno de outro grupo falou: "Professor, fala aí a sua teoria que você tava explicando pra gente!". Aí o professor: "Não, não, falem as opiniões de vocês primeiro". Eu já pensando "Ih, lá vem merda!". Quando eu menos espero, ele solta essa: "Tá, vou falar a minha teoria: é que as mulheres lavam roupa, lavam louça, lavam o chão, dão banho nas crianças... aí, como estão sempre lavando as mãos, ficam mais livres de bactérias e coisas do tipo! E as (bactérias) que sobrevivem morrem quando elas cozinham, por causa do calor." (...)
As mulheres, que são maioria na sala, fizeram TODAS cara de "cala a boca, imbecil!". E os homens deram aquela risadinha de cumplicidade cafajeste, ao que o professor prontamente emendou: "É brincadeira, hein meninas! hehehe".
Eu andava negligente com os espetáculos enviados pelas leitoras, confesso que em parte por preguiça/falta de tempo e em parte pelos relatos recebidos serem muito extensos ou mal escritos. Mas, para deleite da platéria, eis que hoje encontro depositada na caixa postal circense a pérola abaixo, enviada pela leitora J.P.
Estava na aula do cursinho de inglês e o professor, que tá na faixa dos 27 anos, mandou a turma se dividir em grupos pra fazer uma atividade. Cada um dos quatro grupos sorteou um papel com uma pergunta. A idéia era que discutíssemos entre nós e depois abríssemos o debate para a sala toda. Tava indo tudo muito bem, até que o terceiro grupo colocou em voga a sua pergunta: "Por que as mulheres vivem mais que os homens?"
Foi a deixa pros palhaços começarem o show. No meu grupo, um logo soltou essa: "Porque os homens trabalham mais, ué!" Não contente repetiu mais alto: "Porque os homens trabalham mais que as mulheres!". Eu, que sofro da síndrome da "vergonha alheia" fiquei com dó do moço.
Para minha surpresa, a ainda coisa ficou pior. Num aluno de outro grupo falou: "Professor, fala aí a sua teoria que você tava explicando pra gente!". Aí o professor: "Não, não, falem as opiniões de vocês primeiro". Eu já pensando "Ih, lá vem merda!". Quando eu menos espero, ele solta essa: "Tá, vou falar a minha teoria: é que as mulheres lavam roupa, lavam louça, lavam o chão, dão banho nas crianças... aí, como estão sempre lavando as mãos, ficam mais livres de bactérias e coisas do tipo! E as (bactérias) que sobrevivem morrem quando elas cozinham, por causa do calor." (...)
As mulheres, que são maioria na sala, fizeram TODAS cara de "cala a boca, imbecil!". E os homens deram aquela risadinha de cumplicidade cafajeste, ao que o professor prontamente emendou: "É brincadeira, hein meninas! hehehe".
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
A nova do Palhaço do Pau Salgado
O bruto veio se gabar de sua última conquista sexual. Aquele blábláblá de fiz e aconteci de sempre. Argumentei que, na minha opinião, não tinha tinha sido uma aquisição de vulto pra coleção de troféus dele. Afinal, se a moça é até bonita, digamos com generosidade, é bem vulgarzinha. Isso sem entrar no méritos intelectuais da pobre.
- Tá falando isso porque não viu aquilo ali na cama: é um demônio. Olha, ela tem talento: nasceu pra fuder. Não tem medo de pica não...
Eu, que não tinha perguntado nada, muito menos quero ver a demonha na cama, quase fiquei com dó do palhaço amigo. Suas próprias declarações nos levam a crer que, antes da demonha em questão, ele andava pegando mulher com medo de pica, se é que isso existe. No entanto, minha reflexão foi interrompida antes que eu me solidarize precocemente.
- Fode muito, mas também só serve pra isso. Fora da cama dá vontade de dar um tiro na cara.
Pois é, dileta audiência. O palhaço se deixou ver todo sorridente de mãozinha dada com a demonha. Passeou pela Lapa, foi ao samba, bebeu na Taberna. Agora, não bastasse contar as estripulias que aprontou no picadeiro da moça, ainda diz que naquele circo, só apresenta um espetáculo.
Como eu sempre digo, homem é tudo palhaço...
O bruto veio se gabar de sua última conquista sexual. Aquele blábláblá de fiz e aconteci de sempre. Argumentei que, na minha opinião, não tinha tinha sido uma aquisição de vulto pra coleção de troféus dele. Afinal, se a moça é até bonita, digamos com generosidade, é bem vulgarzinha. Isso sem entrar no méritos intelectuais da pobre.
- Tá falando isso porque não viu aquilo ali na cama: é um demônio. Olha, ela tem talento: nasceu pra fuder. Não tem medo de pica não...
Eu, que não tinha perguntado nada, muito menos quero ver a demonha na cama, quase fiquei com dó do palhaço amigo. Suas próprias declarações nos levam a crer que, antes da demonha em questão, ele andava pegando mulher com medo de pica, se é que isso existe. No entanto, minha reflexão foi interrompida antes que eu me solidarize precocemente.
- Fode muito, mas também só serve pra isso. Fora da cama dá vontade de dar um tiro na cara.
Pois é, dileta audiência. O palhaço se deixou ver todo sorridente de mãozinha dada com a demonha. Passeou pela Lapa, foi ao samba, bebeu na Taberna. Agora, não bastasse contar as estripulias que aprontou no picadeiro da moça, ainda diz que naquele circo, só apresenta um espetáculo.
Como eu sempre digo, homem é tudo palhaço...
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Palhaços silvestres
Amiga Lucy me acordou com sonora reclamação. Justo. Fez ela uma teoria incrível sobre os Palhaços Silvestres e eu, como pude?, dei apenas uma nota de pé de página no post anterior. Feio isso.
Faço agora a correção do post acima ou abaixo (não lembro) sobre algumas considerações a respeito do comportamento palhaço, lembrando sempre que a regra número 1 é: Homem não pode dormir. Portanto, mantenha o seu palhacinho acordado o máximo de tempo possível. Em caso de declaração de amor, dê a ele toneladas de guaraná em pó para que ao repousar ele súbito não esqueça que há minutos te amava com muita intensidade.
Atenção: Regra número 2
E com a palavra, Lucy.
Os homens são como animais silvestres. Não selvagens, porque transitam entre as pessoas, mas assustados como bichinhos desconfiados. Vou dar um exemplo: sabe aqueles esquilinhos do Jardim Botânico? Fofinhos, bonitinhos, mas não querem chegar perto. Tem q ter paciência e muito cuidado. A gente vai se aproximando, mostrando uma comidinha, pegando confiança... tudo com calma... silencio... sendo bem compreensiva! Você estica o braço com a noz na mão, mantendo o bicho sempre ali pertinho da noz, quase que hipnotizado, mas sem fazer movimentos bruscos. Se fizer, eles saem correndo e não voltam mais...
Sacaram? Eu é que entendi errado e acabei simplificando este pensamento tão verdadeiro.
Enquanto esperava Lucy enviar por e-mail esta complexa teoria, ouvi das moças que habitam minha área de trabalho, pérolas como:
Homem é como tapete. De vez em quanto tem que dar uma sacudida!
Sentiram o drama?
Ah! Regra número 3
Cuidado com as almas gêmeas instantâneas que esbarramos na noite. São quase palhaços Miojo. Bota água fervendo em cima e eles viram um macarrão ótimo, maravilhoso. Satisfaz ali, naquela meia hora, mas depois você fica com fome. Enquanto eles estão na pista, olhando no olho, dizendo que você é a alma gêmea deles, é a hora de colocar a água fervendo e saborear o prato. Depois eles dormem e a panela fica vazia.
Lembrem disso.
Amiga Lucy me acordou com sonora reclamação. Justo. Fez ela uma teoria incrível sobre os Palhaços Silvestres e eu, como pude?, dei apenas uma nota de pé de página no post anterior. Feio isso.
Faço agora a correção do post acima ou abaixo (não lembro) sobre algumas considerações a respeito do comportamento palhaço, lembrando sempre que a regra número 1 é: Homem não pode dormir. Portanto, mantenha o seu palhacinho acordado o máximo de tempo possível. Em caso de declaração de amor, dê a ele toneladas de guaraná em pó para que ao repousar ele súbito não esqueça que há minutos te amava com muita intensidade.
Atenção: Regra número 2
E com a palavra, Lucy.
Os homens são como animais silvestres. Não selvagens, porque transitam entre as pessoas, mas assustados como bichinhos desconfiados. Vou dar um exemplo: sabe aqueles esquilinhos do Jardim Botânico? Fofinhos, bonitinhos, mas não querem chegar perto. Tem q ter paciência e muito cuidado. A gente vai se aproximando, mostrando uma comidinha, pegando confiança... tudo com calma... silencio... sendo bem compreensiva! Você estica o braço com a noz na mão, mantendo o bicho sempre ali pertinho da noz, quase que hipnotizado, mas sem fazer movimentos bruscos. Se fizer, eles saem correndo e não voltam mais...
Sacaram? Eu é que entendi errado e acabei simplificando este pensamento tão verdadeiro.
Enquanto esperava Lucy enviar por e-mail esta complexa teoria, ouvi das moças que habitam minha área de trabalho, pérolas como:
Homem é como tapete. De vez em quanto tem que dar uma sacudida!
Sentiram o drama?
Ah! Regra número 3
Cuidado com as almas gêmeas instantâneas que esbarramos na noite. São quase palhaços Miojo. Bota água fervendo em cima e eles viram um macarrão ótimo, maravilhoso. Satisfaz ali, naquela meia hora, mas depois você fica com fome. Enquanto eles estão na pista, olhando no olho, dizendo que você é a alma gêmea deles, é a hora de colocar a água fervendo e saborear o prato. Depois eles dormem e a panela fica vazia.
Lembrem disso.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Filosofias palhaças
O que fazem duas Fernandas e uma Lucy?
Filosofam sobre a espécie masculina palhaça. Certa feita, minhas estimadas amigas, 2 Fernandas e uma Lucy, passaram à tarde a filosofar sobre palhaçadas muitas. Dali saíram pérolas que precisava dividir com vocês.
Vamos começar com a primeira grande questão levantada. Teoria comprovada e testada por todas nós. Atire a primeira pedra quem não concorda.
Regra 1: "Palhaços não podem dormir."
Não podem. Não devem. Devia ser proibido por lei. Depois de uma noite de sono, nossos príncipes voltam ao brejo como os piores sapos das piores histórias infantis.
Acompanhem o relato.
Reencontrei um palhaço ficante depois de um longo período sem ve-lo. Foi legal. Chegamos quase a namorar, sabe? Fomos tomar uns chopes e lá pelas tantas, com fartas doses etílicas na cabeça, vira-se ele e diz: "Você é a mulher da minha vida, eu nunca devia ter te deixado, você é tudo pra mim, quero ficar com você pra sempre". Que meigo, que fofo, beijo pra lá, beijo pra cá .. Fui dormir a mulher da vida dele, com promessas de amor eterno, verdadeiro. Disse-me ele - antes de me deixar em casa - que queria fazer amor comigo. Cafona, mas poético. Aí ele dormiu e , aparentemente, fudeu! Acordei, liguei e ouvi dele o seguinte: "olha .. não lembro muito bem o que falei, esquece o que aconteceu, eu estava um pouco alto, nem sei muito bem o que eu disse...". E desligou e ficamos por isso mesmo. Claro que não levei a sério nada que ele disse, mas ele falou com tanta sinceridade que por um momento achei que a gente podia engatar algo minimamente sério" .
Isso é que é ressaca moral ... tá certo que não se deve confiar em palhaços sóbrios quanto mais em palhaços alcoolizados. Mas precisa tudo isso? Precisa dizer que "a mulher da minha vida", que "quero fazer amor"? Cafooooona ... de quiiiiiinta!
E pra que prometer? Simplesmente pega, beija, come direitinho, faz carinho depois, dorme abraçadinho, acorda, toma banho e vai embora antes dela acordar ou simplesmente diz que a noite foi ótima, que ela é linda e que quem sabe a gente se esbarra. Mas sempre sorrindo, meigo. Pra que esse tom dramático, esse sentimento tooooodo, essa paixão avassaladora. Como assim não lembra? Bebeu álcool na bomba do posto de gasolina?
Tá certo também que o amor é eterno enquanto dura, mas ninguém aqui é Vinicius de Moraes, né?
Eis que 2 Fernandas e uma Lucy chegaram a brilhante conclusão que o problema masculino reside no sono. Talvez sejam naquelas oito horas de repouso que eles se vestem de palhaço e vão dar show nos picadeiros da vida. Talvez eles se dão conta de que "iihhhh .. fui legal" ou "ihhhhh .. fui bacana e ela vai se apaixonar". Melhor é ser frouxo e não admitir o que fez, né?
Outra conclusão a que elas chegaram é a de que Palhaços são como esquilos. Você estica o braço com a noz na mão, mantendo o bicho sempre ali pertinho da noz, quase que hipnotizado, mas sem fazer movimentos bruscos. Se fizer, eles saem correndo e não voltam mais...
Neste eterno picadeiro lotado temos que apenar rir das travessuras de nossos meninos. E na categoria meninos, conto agora as aventuras do Palhaço Pique-Esconde.
Pique-esconde é um mocinho recatado de boa família que vinha saindo com X há alguns dias. Eis que após noites tórridas de sexo caliente, Pique resolve bancar o fino e chama X para jantar. X topa na hora, acha fofo e Pique-Esconde diz que vai ligar mais tarde para acertar os detalhes.
Você ligou? Você aí .. ligou? E você, ligou?
Não? Nem ele.
X, mulher bem resolvida, mandou torpedo, achou estranho, num esquentô a cabeça e foi dormir. Pique, sabe-se lá Deus, apareceu dois dias depois justificando-se. Disse que tinha trabalhado até tarde. E para surpreender, chamou X para novo jantar. O esquema (pasmem!) se repetiu e na hora H, quem ligou? Todo mundo menos o Palhaço Pique-Esconde que voltou a sumir!
Bom, né? Então X, mulher bem humorada e resolvida para caraleo (porque eu a essa altura já tinha mandado o cara pra casa do cacete) ouviu as considerações de Pique. Aceitou novo blá, blá, blá, sobre trabalho e mandou que ele lesse este blog para aprender a se comportar.
O que fazem duas Fernandas e uma Lucy?
Filosofam sobre a espécie masculina palhaça. Certa feita, minhas estimadas amigas, 2 Fernandas e uma Lucy, passaram à tarde a filosofar sobre palhaçadas muitas. Dali saíram pérolas que precisava dividir com vocês.
Vamos começar com a primeira grande questão levantada. Teoria comprovada e testada por todas nós. Atire a primeira pedra quem não concorda.
Regra 1: "Palhaços não podem dormir."
Não podem. Não devem. Devia ser proibido por lei. Depois de uma noite de sono, nossos príncipes voltam ao brejo como os piores sapos das piores histórias infantis.
Acompanhem o relato.
Reencontrei um palhaço ficante depois de um longo período sem ve-lo. Foi legal. Chegamos quase a namorar, sabe? Fomos tomar uns chopes e lá pelas tantas, com fartas doses etílicas na cabeça, vira-se ele e diz: "Você é a mulher da minha vida, eu nunca devia ter te deixado, você é tudo pra mim, quero ficar com você pra sempre". Que meigo, que fofo, beijo pra lá, beijo pra cá .. Fui dormir a mulher da vida dele, com promessas de amor eterno, verdadeiro. Disse-me ele - antes de me deixar em casa - que queria fazer amor comigo. Cafona, mas poético. Aí ele dormiu e , aparentemente, fudeu! Acordei, liguei e ouvi dele o seguinte: "olha .. não lembro muito bem o que falei, esquece o que aconteceu, eu estava um pouco alto, nem sei muito bem o que eu disse...". E desligou e ficamos por isso mesmo. Claro que não levei a sério nada que ele disse, mas ele falou com tanta sinceridade que por um momento achei que a gente podia engatar algo minimamente sério" .
Isso é que é ressaca moral ... tá certo que não se deve confiar em palhaços sóbrios quanto mais em palhaços alcoolizados. Mas precisa tudo isso? Precisa dizer que "a mulher da minha vida", que "quero fazer amor"? Cafooooona ... de quiiiiiinta!
E pra que prometer? Simplesmente pega, beija, come direitinho, faz carinho depois, dorme abraçadinho, acorda, toma banho e vai embora antes dela acordar ou simplesmente diz que a noite foi ótima, que ela é linda e que quem sabe a gente se esbarra. Mas sempre sorrindo, meigo. Pra que esse tom dramático, esse sentimento tooooodo, essa paixão avassaladora. Como assim não lembra? Bebeu álcool na bomba do posto de gasolina?
Tá certo também que o amor é eterno enquanto dura, mas ninguém aqui é Vinicius de Moraes, né?
Eis que 2 Fernandas e uma Lucy chegaram a brilhante conclusão que o problema masculino reside no sono. Talvez sejam naquelas oito horas de repouso que eles se vestem de palhaço e vão dar show nos picadeiros da vida. Talvez eles se dão conta de que "iihhhh .. fui legal" ou "ihhhhh .. fui bacana e ela vai se apaixonar". Melhor é ser frouxo e não admitir o que fez, né?
Outra conclusão a que elas chegaram é a de que Palhaços são como esquilos. Você estica o braço com a noz na mão, mantendo o bicho sempre ali pertinho da noz, quase que hipnotizado, mas sem fazer movimentos bruscos. Se fizer, eles saem correndo e não voltam mais...
Neste eterno picadeiro lotado temos que apenar rir das travessuras de nossos meninos. E na categoria meninos, conto agora as aventuras do Palhaço Pique-Esconde.
Pique-esconde é um mocinho recatado de boa família que vinha saindo com X há alguns dias. Eis que após noites tórridas de sexo caliente, Pique resolve bancar o fino e chama X para jantar. X topa na hora, acha fofo e Pique-Esconde diz que vai ligar mais tarde para acertar os detalhes.
Você ligou? Você aí .. ligou? E você, ligou?
Não? Nem ele.
X, mulher bem resolvida, mandou torpedo, achou estranho, num esquentô a cabeça e foi dormir. Pique, sabe-se lá Deus, apareceu dois dias depois justificando-se. Disse que tinha trabalhado até tarde. E para surpreender, chamou X para novo jantar. O esquema (pasmem!) se repetiu e na hora H, quem ligou? Todo mundo menos o Palhaço Pique-Esconde que voltou a sumir!
Bom, né? Então X, mulher bem humorada e resolvida para caraleo (porque eu a essa altura já tinha mandado o cara pra casa do cacete) ouviu as considerações de Pique. Aceitou novo blá, blá, blá, sobre trabalho e mandou que ele lesse este blog para aprender a se comportar.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Poooooodre de famosas
Segundo informaram na comunidade do HTP no Orkut, O Circo figura em 74 lugar na lista dos 500 melhores blogs de língua portuguesa do Technorati. A informação está no Leitura Constante.
Ai, ai. Que circo luxento!
Segundo informaram na comunidade do HTP no Orkut, O Circo figura em 74 lugar na lista dos 500 melhores blogs de língua portuguesa do Technorati. A informação está no Leitura Constante.
Ai, ai. Que circo luxento!
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Amigo Palhaço
Amigo meu, palhaço emérito, porém querido, veio se vangloriar de sua intensa vida sexual. Disse que tem tanta mulher nó pé dele que está cansado, não agüenta mais. Que mulher é bom, mas enche o saco. Que mulher é muito complicada (como se os homens não nos parecessem complicados também). Eu só olhando pra cara dele com expressão de desdém, até que vem a pérola máxima. Apontando para a genitália, mandou "tenho que ir a praia, vou tomar banho de mar pelado pra salgar meu pau, tá doce demais".
Gargalhei. Gargalhamos.
– É doce, mas achou no lixo, isso que dá.
Gargalhei sozinha. Rá!
Amigo meu, palhaço emérito, porém querido, veio se vangloriar de sua intensa vida sexual. Disse que tem tanta mulher nó pé dele que está cansado, não agüenta mais. Que mulher é bom, mas enche o saco. Que mulher é muito complicada (como se os homens não nos parecessem complicados também). Eu só olhando pra cara dele com expressão de desdém, até que vem a pérola máxima. Apontando para a genitália, mandou "tenho que ir a praia, vou tomar banho de mar pelado pra salgar meu pau, tá doce demais".
Gargalhei. Gargalhamos.
– É doce, mas achou no lixo, isso que dá.
Gargalhei sozinha. Rá!
Assinar:
Postagens (Atom)