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sexta-feira, 31 de dezembro de 2004

Para fechar o ano .... palhaçadas Made in Bahia

Minha estadia em Salvador rendeu algumas palhaçadas e observações pertinentes quanto ao comportamento dos palhaços soteropolitanos. Como vocês já devem saber, o picadeiro é grande e sempre cheio. Em qualquer lugar do Brasil e do mundo lá estão eles ... nosos queridos palhaços a fazer graça.

Sem mais delongas ... vamos às histórias:

1. O(s) palhaço(s) e o topless

O bruto já chegou na praia lançando olhares galantes para a bunda de uma mocinha que tomava sol de bruços. Tal e qual Tarcísio Meira em seus áureos tempos, o palhaços levantou a sobrancelha, mordeu o lábio e passou vagarosamente pela mocinha, admirando sem pudor a bunda da garota. Uma cena ridícula. Digna de novela mexicana. Não consigo entender esse comportamento masculino de olhar uma mulher como se visse uma "espécime" feminina pela primeira vez na vida. Nunca entendi mesmo. Porque por mais que eu ache um cara bonito, nunca vou passar devagarinho por ele, olhando sem pudor seu bilau. Isso é ridículo. E tipo assim ... que tipo de impressão ele acha que isso causa numa mulher? Não seria mais legal puxar uma conversa, comprar pra ela uma água de coco ou simplesmente olhar de maneira discreta?

Claro que não.

Pois bem ... o palhaço deu uma voltinha pela beira d'água, puxou um banquinho e sentou próximo onde eu estava. Não dava muito bem pra escutar o que ele dizia, mas dava pra analisar o comportamento galã de novela dele. Estava divertidíssimo.

Obs: praia na Bahia tem banquinho.

Continuando: cerveja vai, cerveja vem, cerveja vai e cerveja vem. Vi que atrás dele, uma garota de no máximo 19 anos, tirou o sutiã do biquini e ficou segurando o seio com as mãos. Bizarro é pouco. Ela não saía da cadeira e o cara que estava com ela, um baixinho com seus 50 anos, estava na água, bebendo cerveja e olhando o tempo passar.

Obs: a praia em questão não tem ondas e uma faixa de areia de no máximo 50 metros de largura.

Ela ficou assim quase uma hora e, quando alertado pelo amigo, o bruto não perdeu tempo. Lançou o olhar, mas não se comoveu muito com a cena. Virou, viu, não achou nada demais e voltou a conversar.

Cansada de ficar segurando os peitos, a mocinha do topless, que pra feia tinha que melhorar, perdeu a vergonha e liberou os seios (bonitos por sinal). Continuou sentadinha na cadeira, ainda solitária, porque a essa altura eu já não via mais o baixinho coroa há algum tempo, mas agora com os peitos livres, leves e soltos ... nosso galã não tinha percebido a mudança até ir à água. Na volta, ao ver o topless de fato, mudou da água para o vinho. O homem ficou literalmente "maluco" e não sosssegou enquanto não sentou ao lado da garota. Olhava de cinco em cinco segundos, fazia comentários com o amigo e foi puxando o banquinho devagarinho até que em poucos segundos estava lá oferecendo uma cerveja, puxando papo, dizendo que a praia estava ótima, que o sol era lindo ...

E não só ele (pasmem!): os peitos agora livres causaram uma verdadeira comoção no picadeiro. Um chato que tocava violão tentando conquistar uma outra mocinha, largou tudo que estava fazendo, inclusive o objeto de sua conquista, e foi sentar ao lado da moça de peitos livres, onde --+.começou uma serenata digna do troféu abacaxi. Vendedores, crianças, adolescentes, até duas bichas se levantaram para ver.

Sei não ... fico pensando se os palhaços baianos não conheciam a prática ou estão muito pouco acostumados a ver peitos. Sei que vão chover críticas a minha observação, mas nada contra os baianos. No entanto, não dá pra entender como o simples fato de uma mulher passar horas segurando os peitos com as mãos não causar estranheza e o (outro) simples fato de ela ficar com os peitos livres torná-la quase uma "capivara" carioca, causando tamanha mobilização.

E o palhaço? O palhaço tava lá. Esqueceu até da bunda da mocinha que ele tanto cobiçou. E olha que essa tinha bunda, peito, barriga e rosto bonito. Preferiu o trubufu de peito de fora.

Vai entender ....

1 comentários:

Vânia Falcão disse...

Olha,eu que sou daqui de Salvador,confirmo que essa situção é totalmente verossímil em Salvador!E Narinha,vc tem toda razão,o povo aqui é extremamente provinciano,eu,soteropolitana da gema,confirmo!E os palhaços daqui rendem muuuuiiiita história!Sou fã do blog,parabéns!