Palhaço insolente
Ganhei uma sandália que me apertou o peito do pé a ponto de me fazer crer que meus dedos gangrenariam. Fui à loja trocá-la. O atendente me pareceu aborrecido com a troca. Pensei que tivesse sido porque ele estava perdendo a vez de venda, mas na hora de retirar outra sandália, vi que não. Ele é daqueles que veste a camisa da empresa e briga por cada centavo que não vai pro bolso do patrão.
Pra começo de conversa, ele mandou minha sandália para análise. Já tive que trocar sandálias desta loja porque elas me machucaram e nenhuma foi mandada pra análise...
Quase um mês depois, recebo a notícia de que a troca foi autorizada.
Quando chego na loja, quem é o vendedor da vez??? O mesmo que tinha me recebido antes. Ele amarrou a cara de novo quando viu que se tratava de uma troca e passou o caso à gerente. Ela me perguntou qual o modelo da sandália porque tinham autorizado a troca, mas não haviam passado a referência do modelo à loja. Disse que não tinha dela na loja, mas descrevi o modelo e ela me autorizou a escolher qualquer um da linha da sandália que me machucou.
O atendente se mostrou aborrecido e questionou-a sobre a decisão. Ele achava que sem saber o valor do produto que eu tinha deixado, a troca não poderia ser feita. Ele não foi tão palhaço a ponto de falar isso na minha frente, mas deu pra entender o que ele falou com a gerente baixinho e por meias palavras, quase em código.
Inconformado, ele passou a me atender mal: toda sandália que eu escolhia, ele dizia que não tinha meu número. Mas justo a sandália mais cara da tal linha estava exposta em número 36. Calcei e ficou linda. Disse que ia levá-la e ele ainda insistiu com a gerente:
- E, aí, Fulana? O que eu faço?
- Faz a troca, disse a gerente muito simpática e calma (eu já teria perdido a paciência com um funcionário tão insolente).
O palhaço ainda foi ao encontro dela argumentar mais uma vez. Ela se manteve irredutível:
- Faz a troca com diferença zero.
Ou seja, levei a mais cara (as outras custavam aproximadamente R$25,00 a menos) sem ter que pagar um centavo. Se pudesse, ele matava a gerente e eu a estocadas de caneta. Devia ter perguntado se ele era dono da loja, mas certamente não é. É só um palhaço insolente que daqui a pouco perde o emprego e não sabe porque.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2006
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