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terça-feira, 30 de abril de 2002

Estou afim de desabafar. O problema todo é: por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? Sei que existe o contrário, ou seja, mulheres que fazem sexo e homens que fazem amor, mas, fodam-se as exceções, quero generalizar. Ou melhor, foda-se todo mundo, que é disso que o mundo precisa, de amor. Ahá, é aí que está o xis da questão. Eu falei foda-se e logo em seguida usei amor como sinônimo.

Homens não fazem isso, eles separam sexo de amor. Como se o primeiro fosse uma coisa suja, gostosa, mas pervertida. Já o amor seria um sentimento sublime, raro de se alcançar, reservado a mulheres especiais, muito corretas, recatadas, puras, castas, virgens!!! Quer dizer, sexo é com puta, amor só com donzela. Será que estou correta? Mas para a mulher, quanto mais o sexo for sujo, sacana, sem-vergonha, gostoso, isso é o quê? Amor. Sei lá, pra mim é amor.

Talvez tenha uma certa dificuldade com conceitos abstratos, preciso da coisa encarnada, saca? Por este raciocínio, alguns diriam: ah, mas então vc deve escolher bem a pessoa que vai trepar, tem que ser alguém que vc ama. Não, necessariamente. Primeiro porque não acredito no Amor, o Grande Amor, a Outra Metade, essas coisas piegas (adoro essa palavra) de romances de banca de jornal. O que existe é afinidade, interesse, amizade, admiração, tesão e riso. Tudo isso, para mim, é igual a amor.

Claro, porque meu amante tem que ser muito engraçado, para mim é fundamental. Não um palhaço, claro. Valorizo o senso de humor, as tiradas inteligentes, a espirituosidade, o tempo certo da comédia, sabe? Deve ser genético, afinal, minha mãe me confessou que casou com meu pai porque "ele era tão engraçado"... Ok, mas voltando ao assunto, do que estava falando mesmo? Ah, sim, o amor... E então, por que dificultar uma coisa tão boa de sentir, de curtir, a gente cria muita expectativa e o que rola é frustração. Ah, esse não serve, não gostei, etc e tal.

Bom, e você pode tentar várias vezes, não precisa deixar de transar se não for amor de verdade. Era nesse ponto que queria chegar e fiquei dando voltas, voltas... Mas é isso, mulher também faz sexo por sexo, mas duvido que faça mais de uma vez com a mesma pessoa se não estiver amando. Bom, eu pelo menos não vou só atrás de um pau, mas de todo o conjunto. Do seu entorno e do seu interior. Não estou falando da uretra, obviamente. Se eu quisesse apenas uma sensação física, não gastaria tanto tempo com homens de verdade, afinal, sou uma mulher moderna e tenho meu próprio vibrador.

Sei lá, talvez eu esteja errada, seja uma romântica idiota, e não devesse confundir as coisas. Deveria aprender a separar, sexo de amor. Pra falar a verdade, acho que não estou afim, assim é mais gostoso. E também, não quero convencer ninguém de nada, nem homens nem mulheres. As pessoas são diferentes mesmo, os sentimentos são diferentes. É legal simular um mergulho dentro do outro e tentar pensar como ele pensa. É uma brincadeira divertida. Você poderia amar as pessoas que ele ama, mesmo que não fosse você. Imagina que legal, todo mundo se amando.

Bem, segundo a minha lógica ía ser uma suruba geral. Mas, não, não, sou a favor da monogamia em primeiro lugar. Não sou ciumenta, mas não gosto de transar com mais de um ao mesmo tempo. Confunde tudo, não dá certo. Porque tem um tempo certo, né? Começa assim, meio acanhado, vai crescendo, a intimidade aumentando... Não dá para fazer com duas pessoas, ou três.. Minha natureza taurina me leva à fidelidade. Quase sempre.

Bom, é a minha preferência, mas claro que dependendo das circunstâncias, tudo pode acontecer. Não vou ser hipócrita, estou falando de uma situação ideal. Se rolar carência, vou ter que buscar um novo afeto. Agora, também não penso em nada, não me interessa o que o cara faz quando não está comigo. Não sou possessiva, nem ciumenta. Só uso o ciúme como combustível para o sexo, uma pitada, tipo pimenta-do-reino. Bom, não sei o que me deu que eu tô falando pra caralho, deixa eu encerrar logo este post, que deste tamanho ninguém vai ler essa merda toda mesmo.

quinta-feira, 25 de abril de 2002

Doido, coitado
Mas outro dia no ônibus lembrei de um namorado q tive qndo tinha uns 18 anos. Reavaliei e descobri q tb era palhaço.
Ele me tratava bem, gostava de mim, era carinhoso e até quis casar. O problema é q era muito ciumento. Doentiamente.
Achava q eu o traía com todos, o tempo todo, meus amigos, amigos dele, até com mulheres.
A gente saía bastante, viajava, bebia, fumava e se divertia muito. Mas acabei me enchendo do ciúme dele e deixei de gostar do bruto.

Qndo terminei claro q ele não aceitou.
Primeiro começou a dizer q a culpa era da minha mãe! Q ela não gostava dele e tinha feito a minha cabeça.
E adivinhem qual a solução q ele propôs?
Q a gente se casasse, sumisse e nunca mais eu falasse com a minha mãe!
Ela pode ser mala, mas vamos ser justos. A bruta nunca se meteu em relacionamento nenhum meu. Sempre ficava com pena dos meus namorados qndo eu terminava com ele.
E o problema não era minha mãe, era ele. Eu não queria mais nem namorar, qnto mais casar e fugir. Eu, hein!
Palhaçada antiga
Pois é...como já disse aqui...não sei se é melhor ou pior, não tenho sofrido palhaçada. Mas tb não tenho beiijado ninguém na boca.
Só q como nosso circo não pode ficar abandonado e o espetáculo tem q continuar vou apelar pra palhaçadas pré-blog.

Acho q já comentei aqui q meus namorados até o ano passado não eram palhaços. Fiquei muito tempo fora do mercado e quando voltei tudo tinha mudado. A princípio pensei q eu q tinha me desacostumado, mas depois vi q era palhaçada mesmo.

sexta-feira, 19 de abril de 2002

Família de palhaços
Pois é...parece q o negócio é genético...
Lembram do Palhaço Bonitinho q inspirou esse blog e sumiu?
Sábado passado encontrei com o irmão mais novo dele na Loud!

Sempre achei um menino muito simpático e gente boa. Fiquei conversando um pouco com ele.
– Tô doidão e preciso de água. Tô morrendo de sede.
– Eu tô sóbria e quero outra cerveja.
– Vamos no ali nobar comigo comprar água.
Compramos nossas bebidas e sentamos num banco. Ficamos lá num papinho superficial divertidinho. Tudo normal. Percebi q ele tava sentado muito junto de mim, mais do q eu acharia agradável, mas não levei a mal. De repente o malandro olha pra mim e manda:
– Eu vou ficar com vc?
– Não.
– Então vamos sair daqui. Eu tava aqui pq pensei q ia ficar com vc.
Voltamos pra pista. Ainda fiquei conversando um pouco com os outros amigos deles depois voltei pra perto dos meus amigos.

Não sei. Posso ser muito careta, mas não beijo o irmão mais novo do meu ex-namoradinho 3 meses depois q terminamos. Aliás, mesmo q não fosse irmão não beijaria ele pq é muito menino. É novinho e tem cara de novinho. Sei lá...nunca olhei pra ele como alguém beijável.
Achei palhaçada.

sexta-feira, 12 de abril de 2002

Quando vc sai com uma pessoa que vc se sente bem, tem atração, o sexo é bom, vc se considera apaixonada, certo? portanto vc passa a pensar nessa pessoa com alguma frequência e deseja estar com ela mais vezes. Mas por que, com os homens, não acontece assim? quer dizer, ou vc gosta ou não. tudo bem, eu respeito que o cara não goste e suma depois. poderia acontecer comigo. se eu não gostei, não vou procurar de novo. então, por que ainda assim, eles procuram, fazem tudo igual, e depois te ignoram? daí procuram de novo daqui a alguns dias e fazem tudo de novo. não sei, respeito, só não consigo entender. porque, comigo funciona de outra forma. ou eu não gosto ou gosto muito.

quinta-feira, 11 de abril de 2002

Cara de palhaço, pinta de palhaço...
Depois de presenciar a última palhaçada Narinha me comprou um presente muito apropriado: um nariz de palhaço!
Isso mesmo, um daquelas bolotas vermelhas q enfeitam o nariz dos palhaços.
Muuuito útil. Terei sempre na bolsa. Ao primeiro sinal de palhaçada eu saco do apetrecho, encaixo no nariz do bruto e digo 'agora pode continuar falando, palhaço!'
Se bem q do jeito q sou sortuda é melhor eu comprar logo uma caixa de narizes....

segunda-feira, 8 de abril de 2002

Palhaçada das boas!
Quarta-feira soltando a Marcele na Matriz.
Depois do show tamos dançando e um carinha lindo de morrer (com certeza o mais bonito do recinto) ri pra mim e vem dançar na minha frente.
Eu e Narinha já tinhamos manjado o bruto desde q ele chegou. Um pitéu daqueles não passa despercebido.
Trocamos sorrisos, dissemos nossos nome e ficamos dançando juntos. Depois de um tempinho ele me abraçou e dançamos juntinhos mais algumas músicas. Aí ele começa a dar pinta de palhaço.
– Vamos embora daqui.
– Como assim?
– Vamos embora, ficar juntos.
– Não vou sair daqui com alguém q nem conheço e q nunca beijei na boca.
Ele riu e me beijou. Ok.
Ficamos dançando e trocando beijos por mais um tempinho. De repente o malandro inadvertidamente come meu brinco esquerdo e fala algo no meu ouvido. Não consegui entender e perguntei o q ele tinha dito.
– Vou comer seu cu devagar.
– O q?
– Vou comer seu cu devagar.
– Ah, não vai não.
Larguei o bruto, dei 2 passos pro lado e fui dançar com o Guilherme e a Narinha.

Vem cá, ele realmente achou q eu ia gostar de ouvir isso?
Isso não é coisa q se anuncie assim, depois de 3 ou 4 beijos na boca. O malandro era tão lindo e beijava tão gostoso q tinha condição de comer até meu buraco do nariz, mas com dessa foi pra casa tocar punheta.
É palhaço ou não é?
Demissão
O Tudo Palhaço teve a primeira baixa. Acabo de tirar a Isabella da lista ao lado. Somos 6 agora.
Em 4 meses a bruta não escreveu 1 linhazinha e foi exonerada do cargo. E olha q sei de cada história dela...
A garotona tem medo q a família leia e sua reputação vá por água abaixo.
Filha, blogueiro só tem q zelar pela reputação de blogueiro. Compromisso com a informação!
Votem! Votem!
A enquete nova tá no ar há 1 semana e só 30 pessoas votaram!
Todas as opções são basedas em experiências das Donas do Circo.

terça-feira, 2 de abril de 2002

Palhaço topetinho
Cenário: sexta passada na Matriz. 5h30 da manhã.
Guilherme e Marigato disseram q iam embora pq precisavam passar no Cervantes pra abater a Larica. Tava rolando o especial Ben Jor e eu decidi ficar mais um pouco sambando sozinha. Tô eu lá de olho fechado, ouvindo a música e dançando felizinha no meu canto e alguém me cutuca.
Abro os olhos e tem um malandro da minha altura, topetinho ridículo, camisa justinha preta e calça de nylon (ou tactel, sei lá) vermelha, cheia de zíperes, bolsos e cadarços.
– Vc está totalmente fora do ritmo!
Olhei pra cara dele, não disse nada, fechei os olhos de novo e continuei dançando. O bruto me cutucou de novo.
– Vc não sabe sambar!
Encarei ele, mas não falei nada. Pensei em muitas pérolas como 'Vai encher teu cu de rola, ô Carlinhos de Jesus. Vai chupar um cocô e não me enche. Vai tomar no olho do seu cu enquanto eu sambo fora do ritmo. Vai dar 1/2 hora de bunda, pq 10 minutos pra vc não bastam', mas preferi não dizer nada. Saí pra ver se ainda alcaçava os meninos no bar, afinal Marigato ainda podia dar alguma alteração no Cervantes e ia ser divertido.
Não contente, enquanto eu pagava minha conta com Guilherme ao meu lado o malandro do topetinho voltou.
– Pôxa vc é mal educada. Virou as costas pra mim na pista.
Virei as costas de novo. Olhei pro Gulherme e caímos na gargalhada.

Vamos analisar a situação:
Não é proibido sambar fora do ritmo. Ele não me conhece, não ia pagar minha conta, portanto não tem o direito de se ofender com minha desenvoltura na pista.
Eu tava sozinha, de olhos fechados, num canto meio escuro da pista, meio bebada e meio chapada a fim de ouvir a música e dançar da maneira q eu quisesse. Não queria papo, não queria conhecer ninguém, não queria nada. Já tinha tudo q queria no mundo naquele momento, mas o malandro se achou no direito de vir me pentelhar com aquela conversa.
Nenhum homem supostamente heterossexual sai por ai de calça vermelha impunemente. Com um topetinho daqueles então, nem pensar. Será q ele tá precisando de grana e queria me oferecer aulas de samba ou era uma tática muito inteligente, q ele levou horas planejando, pra 'chegar' em mim?
Em qq hipótese ele era um tremendo dum palhaço.