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sábado, 8 de maio de 2004

Palhaço escondidinho
O casal ainda não pode ser chamado de “namorado”, mas já se vê com freqüência e sai por semanas seguidas. Nenhum dos dois têm compromisso com outras pessoas, mas o palhaço não quer que os amigos em comum saibam do “pseudo-namoro”. Quando andam nas ruas do bairro onde moram (e até mesmo fora dele), o cara faz questão de não dar a mão a quase-namorada. Evita até tocar-lhe para não se comprometer. A paranóia é tanta que outro dia no shopping, ao ver uma conhecida mais adiante, o palhaço largou a mão da amiga/ficante/namorada e se adiantou metros, se escondendo atrás de uma pilastra e deixando a menina no meio do corredor, sozinha, sem entender nada. Depois explicou:

– Olha ali a Fulana. Ela ia nos ver juntos.

Como se isso fosse um crime! Como se a amiga/ficante/namorada fosse uma criatura indigna de andar ao lado do lord ou fosse uma criminosa...

Uns hão de dizer: “mas dar a mão não quer dizer nada!”. Sim, mas também pode dizer tudo. Às vezes, é a diferença entre se sentir querida ou não. E além do mais, não querer namorar é uma coisa e se esconder porque será visto com alguém, é outra totalmente diferente. Palhaço!

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