E segue o espetáculo...
Com a mesma carinha de "puxa vida, queria tanto ficar com você, mas se eu não for embora com meus amiguinhos o bicho papão vai me pegar", ele pediu meu telefone. Dei o número do celular.
– Mas quando eu ligar você vai atender?
– Não sou palhaça, se eu não tivesse intenção de atender não te dava meu número. Diria "precisa não, a gente se vê por aí".
Ele ri amarelo, não acreditando que eu diria aquilo, tadinho.
– Mas você vai atender, né?
– Babe, tenta a sorte, tá? Tenta a sorte!
Fala sério, se acha que não vou atender pra que pede o telefone?
Para azar dele, no dia seguinte acordei de bode e só liguei o celular às 18h. Havia duas ligações de um número que não conheço. Pode se que tenha sido ele, mas também pode ter sido engano. Se tivesse atendido, e ele não falasse muita merda, talvez tivesse marcado de tomar um chope. Mas pensando bem, pro meu gosto, 18h ainda é cedo pra combinar a noite. Vai ver que os amiguinhos não gostam que ele saia de casa tarde, o bicho papão pode pegar.
Narinha caiu na gargalhada quando eu contei. Disse que "tenta a sorte" foi muito cafajeste. Ok, talvez tenha sido, mas ele mereceu pra ficar mais esperto. Digamos que foi um "corretivo". É a vida.
quinta-feira, 13 de julho de 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário