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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Eu, leitora e empresária circense

III

Há dois anos o palhaço terminou comigo por eu não ser evangélica, depois de dois anos de namoro. Pois bem. Acordei hoje (sim, hoje, negócio de dois anos depois do desenlace romântico) com o telefone residencial tocando. Minha mãe foi atender e logo em seguida entrou no meu quarto:

- Você acredita que o Palhaço Cristão Cara de Pau deu nosso número de referência pra comprar coisa pra ele??? O pior ainda é que ele sabe o número e nunca ligou aqui pra saber como estamos. Nem por amizade!!!


Leitora T.M.

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Piada da Dona do Circo: espero que a ex-sogra tenha contado à loja sobre as dívidas dele com a Renner e o passado de ator pornô.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Então é Nataaaaaal!

Meninas e meninos: dei uma pausa criativa, agucei todos os sentidos e saí à campo para catar novas histórias para o HTP. Claro que não faltaram relatos vindos de todas as parte. E como é Natal, resolvi presentear vocês com uma sequencia incrível de palhaçadas durante a semana e, por fim, celebrando o fim de 2010, publicar uma releitura do Dicionário Palhaço, que anda precisando mesmo de uma atualizada.

Para abrir os trabalhos natalinos, começo com a história do Palhaço Papai.

Palhaço Papai pode ser pai separado ou não. Atenção, meninas. Não é porque o bruto chegou à paternidade, momento de grande mudança (ou não) na vida de um homem, que ele deixa de ser palhaço. Avisem às filhotas e "filhotos" que seus respecitovs genitores são e serão para sempre palhaços. É como versa o hino de um certo time brasileiro: uma vez palhaço, sempre palhaço.

Pois bem .. a empresária circense estava separada do palhaço há pouco tempo, mas seguindo a risca o combinado com o ex à época do desquite (vintage pacas, não?), deixava a filha dos dois sob os cuidados do bruto periodicamente. Certa feita, me contou, o papai em questão pegou a mocinha em casa (a mocinha deve ter uns cinco anos) e levou para passear, garantindo à empresária que entregaria a filhota como recebeu: banho tomado, cheirosinha, alimentada e bem vestida.

Na condição de "mãe de folga" a empresária circense foi passear, dar pinta no shopping, fazer unha etc e tais, sempre atenta ao horário de voltar para casa e receber a filha prontinha para dormir, devidamente exausta e arrumada.

Pontualmente no horário marcado, o bruto deixa a mocinha com um sorriso no rosto e aquela cara de dever cumprido. A menina por sua vez ria de orelha a orelha contando que tinha jogado bola, corrido nas pedras, ido ao parque, comido cachorro quente ... naquele ritmo frenética de criança agitada.

E não é que - para surpresa da empresária - ela estava de cabelinho molhado e roupinha trocada?

Como não achar fofo tamanha dedicação paterna? O palhaço, ela me contou, ficou enamorado da filha nos três primeiros meses. Paixão avassaladora. Mas depois a menina foi crescendo e ele adotando aquela postura de pai padrão. Amigos, não se ofendam pois sei que há pais dedicadíssimos no mundo, mas 90% dos homens delega às mães as tarefas mais complicadas da lida diária: banho, comida, troca de roupas etc.

O palhaço em questão não era exceção, mas sim regra.

No fundo, ela ficou feliz de saber que o ex estava tão dedicado à filha.

Mas felicidade dura pouco, né?
Foi só chegar em casa e dar um abraço mais prolongado na menina que a empresária sentiu um cheiro de cabelo suado misturado com cabelo molhado e tudo meio embolado atrás .. e viu também que o pé da filha não estava assim tão limpo, nem o pescoço.

- Pequena empresária .. você tomou banho?
- Tomei, mãe.
- Seu pai passou xampoo?
- Não.
- E sabonete?
- Também não.
- Você tomou banho sozinha?
- Tomei.
- Seu pai não te olhou?
- Não.
- Ele penteou seu cabelo?
- Não. Eu que fiz.

Ahãm ... o bruto ligou o chuveiro, botou a menina dentro e quando ela disse que tinha acabado, ele foi lá, secou o que tinha que secar e a vestiu. Simples assim. Daí que a empresária ficou pensando quantas vezes a menina dormiu sem escovar dentes e tomar banho decente na casa do pai.

Tsc, tsc, tsc .. menos mal, resignou-se. Pelo menos ele vê e dá atenção a filha. Dito isto, tocou a garota pro banheiro e deu um bom banho de bucha nela.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Inventário circense

Semana que vem estou de recessinho no trabalho e vou tentar redigir umas histórias novas pra espantar o mofo do cafofo. Na falta de espetáculos novos, andei vasculhando a memória por uns esquecidos. Além da já prometida Novela do Palhaço Pereba, tem a do Palhaço Firuleiro também. Fora um espetáculo que, de tão grandioso, pode ser dividido em vários posts, o do Palhaço Cheirador. Vou pensar em títulos melhores talvez e começar a escrever. Quem sabe em 2011 minha caravana circense se movimenta mais.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Em breve

A novela do Palhaço Pereba. Aguardem!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Palhaço analfabeto

Entre todos os números circenses que conheço - e que podem ser resumidos a "não precisava" - talvez o mais sem graça é o do Palhaço Analfabeto, aquele que você precisa desenhar pra ele entender que não vai mais sair com ele, que os espetáculos bobos dele não te fazem mais rir e que a fila para testes no circo anda sempre.

Olha o Chope dos Leitores no Uol!

Tá vendo? Quem faltou o encontro não saiu na foto, perdeu a chance de ficar famoso: Blogueiras vão além do virtual e promovem encontros presenciais com seus leitores

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Palhaço que faz

O mesmo palhacinho que nada fez durante o trajeto Barra – Méier do post anterior, resolveu se redimir dando um presente de aniversário para a pretendente. Convidou a colega de trabalho cupido para acompanhá-lo nas compras. Ele queria dar um vestido e junto um convite para jantar. Interessante, né? Até romântica a idéia.

Comprado o vestido, ele quis dar um sapato. “Para o presente ficar completo.” Ótimo, achou a colega de trabalho, espantada com a evolução do rapaz.

- Ah, agora vamos comprar uma calcinha!
- Calcinha?!?!? Calcinha, não. Você não tem intimidade com ela para isto. – a colega percebeu que ele não tinha evoluído tanto assim.

O cara não desistiu da calcinha. Queria levar uma fio dental de renda.

- Não! Leva pelo menos uma calcinha fofa ou neutra, só para deixar claro que é para o presente ficar “completo” e não que tem cunho sexual.

Ele acabou escolhendo uma calcinha maior, mas de renda.

Quando entregou os presentes, a menina foi abrindo um a um: vestido (legal), sapato (bacana)... calcinha (pra que?!?!) e ofendeu-se. Não precisou chegar nem no convite para jantar para negá-lo.

****

Pior que isto, quer dizer, nem sei o que é pior... foi o cara do meu trabalho que em um amigo oculto, no primeiro ano em que estava na equipe, diga-se de passagem, deu calcinhas fio dental para sua sorteada. Que tato, né? Aplausos para ele.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Palhaço "tô pensando"

Voltei!

Tava super, hiper, mega ocupada, mas voltei. Também estava um pouco sem histórias porque ando com pouca paciência para tudo e qualquer coisa. Portanto, um bruto que sorri torto (e isso existe) já leva um não carimbado no peito. Saco zero para palhaços.

Mas como meu nome é Nara Franco e não bagunça, sacudi a poeira e busquei histórias por aí. Assim como toda e qualquer vontade, recesso criativo é coisa que dá e passa. Por isso tô aqui com uma história "ótema". Já está no http://twitter.com/tudopalhaco, mas reproduzirei aqui porque sou legal.

A moça estava em casa, pós-trabalho, naquele cansaço que dá uma moleza bem Maria Bethânia. Estava ali como quem não quer nada, esticando as pernas, quando o palhacinho chega já bradando que está com fome. No que ela responde:

- Ué .. você não estava na sua mãe. Achei que você ia comer lá.

- Não. Achei que você ia cozinhar pra mim.

- Mas cheguei tarde, tô cansada .. além do mais você disse que ia na sua mãe e você sempre come quando vai lá.

- Mas hoje não comi. Achei que você ia cozinhar pra mim.

- Mas hoje não deu.

Pausa dramática. Ele olhou para aquele ponto fixo no nada que a gente aprende nas aulas de teatro .. respirou fundo, fez uma cara de neurocirurgião diante de um cérebo e disse:

- Olha .. e eu estava até pensando em casar com você.

U-hum. A vida é assim, sabe gente. Os palhaços não querem só comer. Querem comer a comidinha que você faz. Mesmo que você nunca faça ou que cozinhe mal. E como é isso: "eu estava até pensando em casar com você .. " Seria uma prova ou ameaça?

Palhaços cansam, não?

Chope dos leitores+aniversário OMEE

Fotos da saideira na Casa da Cachaça

Chope novembro

Relatório completo em O mundo é estranho.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Palhaço que não faz

Tem caras que são palhaços não pelo que fazem e sim, pelo que deixam de fazer. Veja só você que o artista estava a fim de uma de uma colega de trabalho há muito tempo. Já tinha investido uma vez, mas ela é adepta do “onde se ganha o pão, não se come a carne” e declinou a proposta. Mas como “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, um dia ela achou que poderia gostar de sair com o palhacinho e confidenciou isto à uma colega de trabalho que, claro, armou para que isto acontecesse, já que torcia pelos dois.

A colega em comum chegou no palhacinho:

- Fulana está bonita, né?
- É, mas ela não que nada comigo.
- Ah, tenta mais uma vez. Faz assim: ao invés de ir embora comigo, pede carona a ela.
- Legal. (O palhacinho acho uma idéia genial. Ele não teria pensado em coisa tão incrível.)

Na hora de voltar para casa, o palhacinho fez o combinado: pediu carona à pretendente. A colega, achando que tinha feito sua boa ação do dia, foi embora felizona, mas quando chegou em casa recebeu uma ligação do palhacinho.

- Ela me deixou em casa. E agora? O que eu faço?

É, moçada, o palhacinho teve o trajeto Barra da Tijuca – Méier para trabalhar a menina que estava facinha, facinha e nada. Faltou explicá-lo que ele deveria paquerá-la durante o trajeto. Com um destes, só desenhando para ver se ele entende.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Chope dos Leitores

Na próxima segunda-feira, dia 8 de novembro, o blog O mundo é estranho completa 9 aninhos de pura travessura. Claro que precisamos comemorar!

O balacobaco será no Boteco do Gomes (esquina da Rua do Riachuelo com Av. Gomes Feire). Devo chegar por volta de 19h. Como o mundo é estranho mesmo, levarei narizes de palhaço. Tragam câmeras.

Como não houve chope dos leitores mês passado e o próximo será só no dia 30 de janeiro, aniversário do HTP, acho bom vocês aparecerem!

Quem ficar com vergonha por ainda não nos conhecer pode me mandar um e-mail antes que envio um número de celular para contato. Vejo vocês lá!

Palhaço Lanterninha

Eu e umas amigas estávamos dando pinta na boate Borracharia, em Salvador, quando avistamos um palhacinho com uma minilanterna vasculhando o chão, que, registre-se, é de paralelepípedo, portanto, muito difícil de ser vasculhado, dada as irregularidades e reentrâncias.

Achamos que fosse algum hábito soteropolitano e continuamos a dançar, todas lindas, louras e afro-nipônicas. Até que o palhacinho se aproximou da nossa roda (ui!) e ficou iluminando o chão e nossos pés. Curiosa, fiquei olhando para o rosto dele com cara de ponto de interrogação. Ele esclareceu:

- Estou procurando minha aliança.

Não me segurei. Dei uma gargalhada e soltei um carioca “perdeu, playboy”. O palhacinho fez cara de desconsolado e partiu para outro canto da boate na sua saga em busca da aliança perdida. Este, além de palhaço, é muito esperto.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Palhaço Taxista

Peguei um taxi para ir da casa da minha mãe ao shopping Nova América para pegar o metrô. Quando entramos no estacionamento do shopping, o taxista me perguntou onde era para me deixar. Como eu sempre me perco quando estou dentro do Nova América, fora, então, nem se fala. Claro que eu não sabia dizer qual era a entrada mais perto do metrô e a primeira entrada que vi foi a das Lojas Americanas e disse:

- Ah, para ali mesmo que eu entro pelas Americanas.

Aí, o taxista bem palhaço, querendo ser engraçado:

- Vai comprar chocolate, né? – e sorriu olhando para mim no banco de trás.

Ai, que raiva! Só porque sou gorda e estou de TPM não significa que ia comprar chocolate na Americanas. Como se a vida se resumisse a chocolate para as mulheres! Por quem ele me toma com um comentário desses?!?!?! Palhaço!

(Sim, eu estou de TPM. Humpf!)

1322

Este é o post de número 1322. Enquanto não estamos com uma história boa pra contar vocês podem se distrair lendo os 1321 posts anteriores. ;-)