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terça-feira, 17 de fevereiro de 2004

Palhaço Kawasaki ou
O pior não é o homem ser palhaço, é ele querer usar a gente como picadeiro

Essa foi uma amiga q me mandou por mail. Lembro qndo ela comentou sobre esse bruto com quem tava saindo, mas o final da história eu ainda não conhecia e choquei. Êita palhaço!

Estava à toa na vida e resolvi "experimentar" um colega de trabalho com quem já trocava olhares e meias-palavras há alguns meses. O cidadão parecia ser um sonho de consumo: alto, forte, moreno, com uma barba charmosa, uma voz idem, pilotando uma Kawasaki, um andar provocante, bom filho, bom profissional, tudo beleza.
Resultado: convencido que nem ele só... Tudo bem, tb não sou modesta.

Até que se saiu bem no test drive, sabe como é, novidade sempre agrada e ter aquele tipão ao meu lado fazia bem à vaidade. Mas já no início deu umas mancadas dignas de nota, que fizeram com que caísse uns três pontos no meu ranking. Primeiro, fez aquela pose idiota de "conhecedor de vinhos", até me ensinou a mover o copo para liberar odores e sabores, mas errou tudo na hora de pedir a bebida ao garçom. Simplesmente pediu um vinho acreditando que fosse tinto e veio um branco no lugar. Ou seja, não sabe nem o vocabulário básico da coisa e fica tirando onda. Segundo, de vez em quando escorregava numas grosserias, umas piadinhas baixas, uns trocadilhos de beira de campo de futebol. Eu, elegantemente, fingia não notar nada, para não atingir o ego ou as partes baixas do rapaz.

Ok, o tempo foi passando e nós ficamos nos freqüentando, tudo beeem de vez em quando, nada firme, nada fixo, nada freqüente. Almoços agradáveis, presente de aniversário burocrático, cama variando de 7 a 8.5, nada espetacular.

Eis que o cidadão resolve entrar de férias. Direito dele, claro, eu não tenho nada com isso. Viaje com quem quiser, para onde quiser. Mas, naquela pose de lord dele, resolveu que tinha que vir se despedir de mim. Tá bem, então. Encontro marcado para cerca de uma hora depois. Palhaçada número um: jacaré apareceu? Nem ele. Palhaçada número dois: retornou as mensagens deixadas no tel, ligou no dia seguinte para pelo menos dar uma desculpa qq? Nadica...

Férias regulamentares, 30 dias depois toca o telefone. Identifiquei o número e atendi, boba que sou. Esperava um longo e convincente pedido de desculpas, acompanhada de alguma gentileza, ainda que hipócrita. Palhaçada culminante: nenhum pedido de desculpas, explicações mais do que esfarrapadas e ... pede meu carro emprestado!!!!!!!!

Mínima moralia extraída da coisa: quem vê Kawasaki não vê coração e a vingança é um prato que se saboreia frio...

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