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sexta-feira, 28 de abril de 2006

Confesso: não tenho vergonha na cara
Minha amiga que contou a história disse que se fosse com ela teria esfregado os pulsos no asfalto pra cortar. Acho que eu choraria na hora, chegaria em casa me achando a última das mulheres, tomaria o banho do estuprado (no cantinho do box, chorando e murmurando repetidamente "a sujeira não quer sair, a sujeira não quer sair") e iria dormir chorando e com vergonha do mundo. Mas no dia seguinte, passado o efeito da cachaça e à luz do sol, ligaria pra todo mundo contando e ainda postaria aqui.

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