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sexta-feira, 28 de abril de 2006

Do prazer de ouvir a conversa alheia
Eu e meus amigos adoramos ouvir a conversa dos outros. Ficar caladinhos no restaurante, na praia, apenas arregalando os olhos a cada absurdo narrado. Sabe como é, sou jornalista, fofoqueira por formação.

Eis que hoje uma amiga minha chega indócil com uma história pro HTP. Ela tava na praia se dedicando ao prazer descrito acima e ouviu uma pérola circense. Ao lado dela sentou um outro grupo de moças. Uma delas, a mais falante, que minha amiga descreveu como "uma Tati Quebra Barraco branca", contava suas aventuras e desventuras amorosas às gargalhadas. Bom, essa é das minhas, já que aconteceu por que não rir, né?

A moça contou que tinha saído pra dançar com umas amigas e ficou com um carinha. O negócio esquentou e foram pro estacionamento, dar um amasso no carro. Quando acabaram o cara perguntou onde ela queria que ele a deixasse.

– Bom, se você puder me levar em casa, moro na rua tal – parece que não era distante de onde eles estavam.
– Ah, claro. Só desce um instante pra eu tirar o carro e cima do meio-fio.

Bingo, né? No que ela saiu do carro e fechou a porta o cara ligou o motor, arrancou e se mandou. Palhaço? Claro, pra que ofereceu carona se não estava disposto a dar? Não é porque comeu no carro que precisa ser mal educado. Ela? Glamurosa! Conta na praia às gargalhadas! Quando eu crescer quero ter a auto-estima dessa moça.

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