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domingo, 29 de outubro de 2006

Palhaço sem hábitos higiênicos adequados

Se conheceram em uma boate e ficaram. O cara era bonito, sabia dançar, tinha um corpo sarado, roupinha descolada, beijava bem....aparentemente um fofo. Depois de uma noite de beijos e amassos foram para o apartamento dele. Assim que o bruto abriu a porta a moça se surpreendeu. A sala era uma bagunça que há muito tempo ela não via. Livros, cds, almofadas, lap top, prancha de surf, cuia de chimarrão, tudo jogado por cima da mesa, sofá. Parecia mais o quarto de um adolescente do que a sala de um homem de 30 anos. Enfim, vamos para o quarto e esqueçamos a ineficiência da diarista. Humpf.

Quando ele abriu a porta do cafofo ela realmente se assustou: além de uma mixórdia do mesmo calibre da sala, o quarto fedia a chulé. Não era para menos. Havia um armário, um sofá, uma mala eloooorme no chão, outra prancha de surf, um violão (!) e em volta da cama dezenas de pares de tênis e meias espalhados. Ele puxou ela pela mão pra dentro do cômodo e foi chutando os calçados para baixo da cama. A moça perseverou, afinal o cara era mó gostoso e entoou seu mantra "abstrai o chulé, se concentra no seu cheiro, você é cheirosa".

Começaram a se beijar e ela já tinha até esquecido o fedor quando ele, num ímpeto, puxou o edredon. Lençóis de percal? Rá? Colchão nu! Sim, o bruto dormia sobre o colchão e se cobria com um edredon da Casa&Vídeo. Como assim? Isso dá sarna! Bom, pelo menos ele pegou um pacote de camisinhas e colocou em cima da cama. Algum hábito higiênico o bruto tem.

Entoa o mantra "Abstrai que ele é mó gostoso, quando chegar em casa você toma banho e se esfrega com bucha vegetal. Abstrai", entoa e vambôra. Beijos, amassos, começam a tirar a roupa. O rapaz puxa calça jeans e cueca de uma vez só. Os dois se beijam e...peraí...que cheiro é esse. Sim, respeitável público, é isso mesmo. O pau do rapaz tava fedendo. A moça deu uma olhada de relance e a visão não foi animadora. Procura um mantra pra entoar mas não dá. Pau vencido não dá, né? Como disse outra amiga "não era aquele cheiro de marido que chegou do trabalho", era de quem não toma banho há muito tempo.

A moça disfarçou, disse que não tava se sentindo bem, que não-se-que-lá, enrolou e levantou. Quando foi catar seus pertences no chão deu uma olhada na camisa branca que ele tinha tirado e tava do lado avesso. É amigos, as costuras estavam imundas.

Há todo tipo de palhaçada, todo tipo de espetáculo, uns revoltantes, outros engraçados, alguns meio sem graça... a gente assiste a todos. Agora, vamos combinar, hábitos higiênicos adequados são imprescindíveis, né? A função está suspensa!

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Saudades do Dicionário Palhaço

Novidades no Dicionário Palhaço. Vim aqui adicionar novos verbetes e pedir aos céus que me ajudem na busca pelo arquivo original, que só o Divino sabe onde está. Mas enquanto o arquivo não vem, introduzo neste célebre picadeiros os ...

Palhaço Sujismundo
Para quem tem menos de 30 anos o Sujismundo não diz muita coisa. Mas ele marcou uma época por personificar o que vulgarmente chamamos de gente porca. O Palhaço Sujismundo é aquele bruto que é porquinho mesmo. E quando eu digo porquinho não é só no aspecto exterior. Porque ninguém em são consciência vai ficar com um cara fedendo ou de dente sujo. Por favor, né? Tô falando daquele gatinho, que você imagina passar noites tórridas de sexo, mas que vive num verdadeiro chiqueiro. Meia chulezenta, cueca com freada (é freada ou freiada?), cama sem lençol, toalha encardida, roupas pelo chão há dias ... quem merece? Esse contexto fora de uma República de universitários não dá, né? Quando falamos então de rapazez com mais de 30 ... tsc, tsc, tsc.


Palhaço Tablado
Puro teatro. Na boite é um fogo só. Dança sexy, insinuante, te agarra, te puxa. Em casa, abre a porta com o pé, puxa seu vestido, arranca seu sutiã até o ponto de deixa-lo inutilizado, te joga na cama e .... dorme. D-o-r-me. ZZZzzzzzzzzzz......

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Palhaço fraudulento

Sabe quando você pega um cara e ele bonitão, bem apanhado, tem pegada e atitude? Vocês tão lá nos amassos, a chapa esquentando e você já bendizendo os deuses pela boa sorte? Tudo indica que a noite vai acabar bem. Aí começa a decepção: em vez de continuar os amassos ou ir para um lugar com mais privacidade o bruto começa a dizer que vai te comer muito. Ahn. Vou te fuder muito, vou te esmerilhar, vou te dar um couro, vou te botar de quatro, vou fazer isso e aquilo. Ahn. Fazer que é bom nada, né? Babe, todas nós já sabemos que homem que fala que "vou te isso, vou te aquilo" num me nada. Dá vontade de lixar a unha enquanto o palhaço vai discorrendo seu rosário de promessas. Fala sério!

Pois é, amigos, outro dia né que me passaram o "conto do gostoso" de novo! Mas dona de circo escolada, quando vi que era número repetido peguei minha bolsa e vazei. Melhor dormir meu soninho de beleza, bem mais divertido.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Páginas da Vida ou HTP!!!

Mesmo quem acompanha de forma esporádica, como eu, o folhetim das 20h, sabe que nada nessa existência vai superar o depoimento daquela babá que ouviu uma música do Rei e acordou, como ela mesmo disse, "toda babada".

Tipo de informação completamente inútil .. até porque o que me interessa a vida sexual de uma babá babada??

Nada, claro. Mas .. eis que na sexta-feira, se não me engano, estava a assistir o folhetim e chegou aquele grande momento do depoimento peito aberto de todo dia ... sei que eu não devia postar aqui palhaçada transmitida quase em cadeia nacional, porque pode soar como plágio, mas foi uma palhaçada tão ridícula que ficou muito inevitável comentar.

Resumindo a história:

A menina namorava o cara há uns dois anos .. um dias eles saíram para jantar e o cara disse que estava sem cheque, perguntou para a menina se ela podia pagar no cartão que ele depositaria o dinheiro depois. A garota disse que tudo bem, pagou a conta no cartão e quando chegou perto do dia do vencimento da fatura, ligou para o cara e perguntou se ele tinha feito o depósito.

DETALHE: o tal cara era o namorado dela .. atenção ...

Pois bem .. o bruto ficou enrolando e depois de uns dias ligou para ela dizendo que tinha feito o depósito e que estava com o comprovante. A menina ficou tranquila até que recebeu um telefonema do banco dizendo que tinham feito um depósito na conta dela ...

Sendo que: o depósito, aquele que é feito no caixa eletrônico com um envelope, foi de fato feito, porém O ENVELOPE ESTAVA VAZIO!!!!!!

Então ... vazio.

Huuuumm .. você tá pensando .. "ah! tadinho .. ele esqueceu de botar o dinheiro" ...

Não, não. Ele mentiu. M-e-n-t-i-u. Tipo assim .. o cara namora a menina há exatos 730 dias, o equivalente a 17.520 horas. Nessas quinze mil horas ele não tirou dois minutinhos pra falar que não tinha grana ou para utilizar de toda intimidade que conquistou nos outros tantos muitos minutos passados juntos. Ainda assim o bruto não foi capaz de dizer que tá sem dinheiro, que não dá pra pagar, etc. Prefere fazer essa coisa inteligente de depositar um envelope vazio ...

Ai, ai, ai ... o que dizer???

sábado, 21 de outubro de 2006

Rapidinhas
O pior que são todas do mesmo artista circense. Que talento!

I
Eles estavam só ficando e num momento de declarações na cama ele pergunta: "vc é só minha?"
A ingênua: "sim. e vc é só meu?"
O puto: "Ah! Eu sou do mundo".

II
Já namorando: ele tinha que fazer uma viagem de um mês, mas tinha dois medos, de que ela o traísse ou de que ele ficasse carente lá e acabasse saindo com outra.

Vem cá, o que é medo de ficar carente? Se ele sabe que gosta dela não é só se segurar?

III
Eles viajaram juntos um fim de semana. ele ficou trêbado e ela teve que voltar pra pousada carregando o garoto. Quando chegou na porta da pousada o palhaço sentou no meio-fio e se negou a entrar, queria voltar pra cidade e beber mais (ai ai, palhaço pentelho). Ok, ela conseguiu que ele entrasse. Como dizem por aí, "niqui" entraram na pousada o bruto saiu correndo pro quarto, entrou e trancou a porta, deixando a garota do lado de fora (detalhe: essa pousada era a casa de uma família, que alugava os dois quartos sobressalentes). Mais de meia-noite ela teve que ficar batendo no quarto para entrar. Quando ele deixou disse que estava só brincando. Ela nem pôde quebrar o pau, por respeito aos donos da pousada e aos outros hópedes do outro quarto.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Palhaço portador de SFO (Síndrome do Fura Olho)

Minha amiga Alda Valéria contou o último espetáculo que assistiu. Ainda bem que Mario Victor não é meu amigo, ou lhe daria uma bela bronca.

Dia desses, Alda Valéria convidou seu amigo Mário Victor para assistir a um show de reggae, pois tinha dois convites. Lá pelas tantas, depois de muitas risadas e algumas cervejas, pintou um clima diferente, seguido de beijos calientes e amassos nada contidos. Depois do show, os amassos continuaram no carro e até o dia clarear, foi aquela seqüência de mão naquilo, aquilo na mão, boca aqui, acolá... Ui! A chapa esquentou.

Não fosse pelo pequeno detalhe de Mário Victor ser um grande amigo do ex de Alda Valéria, tudo estaria ótimo. É claro que para Alda Valéria estava tudo ótimo, afinal de contas para ela ex é ex e amigos também ficam. Mas lá no seu íntimo, algo lhe dizia que a cabecinha de Mário Victor não conseguiria processar tais informações. Afinal ele é homem né: palhacinho limitadinho...

Não deu outra! Os dias se passaram e nada do rapaz dar sinal de vida. Até que chegou o outro fim de semana e eles se reencontraram numa festa. Festa essa que ele quase desistiu de ir quando soube que Alda Valéria iria. Quanta infantilidade...

Mário Victor passou a noite inteira fugindo de Alda Valéria até que ela se aborreceu com a palhaçada e resolveu encostá-lo na parede, quer dizer, na pilastra. Foi aí que veio o choque: quando a moça tentou beijar Mario Victor o bruto entrou em pânico. Pediu por todos os santos para que ela não o agarrasse, tentou deixar claro que não iria rolar mais nada entre eles pois ele estava passando pelo doloroso processo da SFO (Síndrome do Fura Olho).

De nada adiantou Alda Valéria argumentar todas as coisas nas quais acredita, que ex bom é ex morto, que rei morto é rei posto, que tudo passa, até uva passa, que se ex fosse bom não era ex, essas coisas. Mário Victor estava irredutível, se sentindo um traidor, o pior dos homens por ter ficado com a ex de seu amigo. Repito EX! Ai, pára! Palhaçada tem limite!!!

Conclusão de Alda Valéria: ficar com amigo pode. Ficar com amigo que é amigo do ex, não pode. Minha conclusão: homem é tudo palhaço, até Mario Victor.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Trilha sonora do circo
A música do mês é uma composição da Vanessa da Mata gravado no CD “Essa boneca tem manual”. É um recadinho singelo àquele palhacinho por quem você até está apaixonada, mas já cansou dos seus números batidos: quando está contigo, ele te dá pouca atenção, pouco carinho, quase te trata mal, mas quando você diz que quer terminar ele chora copiosamente, pede perdão e diz que vai mudar. E muda. Por três minutos.

Não chore, homem
Vanessa da Mata

Você me dá muito pouco
E eu vou embora
O que você me deu
Vou jogar fora
O que presta pra mim
É afeição
Eu vou tentar ser bem mais competente
Na escolha da próxima paixão
Meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima
Próxima
Próxima

Eu quero alguém bem melhor
E mais bonito
Alguém que nem você eu não preciso
O resultado disso é solidão
Eu vou tentar ser bem mais competente
Na escolha da próxima paixão
Meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima
Próxima
Próxima

Não chore, homem...

Mas as coisas não são assim
Não é vovó?
São coisas que a gente não escolhe nunca
As coisas do coração
Não é vovó?
Elas são como são ou a gente muda?

Amanhã eu não quero confundir
Atração sexual com ilusões de amor puro

Não chore, homem...

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Espetáculo cafona

O amigo que sumiu em um ônibus também mostrou seu talento. Assim que chegou com C.R. e seu peguete bonitinho ele frisou que já nos conhecia de outra noite quando távamos em um grupo grande noutro bar. Eu não lembrava dele, mas tudo bem. Então já era quase amigo de infância. Tamos lá conversando coisas "normais" e ele manda sem mais nem menos "fulana é ciumenta".

– Hein? Quem é fulana?
– Minha namorada, você conhece. Ela tava comigo aquele dia.
– Ah, tá. Não sei se lembro dela, mas e eu com isso?


Então o malandro chega já dizendo que nos conhece, começa a bater papo e depois diz que a namorada é ciumenta? Quem perguntou alguma coisa? Ele achou que eu tava dando mole pra ele só porque tava conversando amenidades na madrugada da Lapa? E achou o que, que era onda dizer que tem namorada ciumenta? Alow!

Depois de ouvir um "isso é problema seu, não meu", ele se jogou em um ônibus de certa linha rumo à zona norte da cidade dizendo que "não podia perder esse". Como sentenciou Glorinha "dar trela pra pobre é uma merda".
Número principal da noite

Na dúvida do que fazer, fizemos o de sempre: cerveja na Lapa. Tamos lá as três tomando nossa cervejota na calçada do Arco-íris e ainda maldizento o fracasso da empreitada quando C.R. encontra um peguete. Ele é branquinho, mas sabe como é, guerra é guerra e ela se atraca com o bruto.

Ficamos eu e Glorinha, falado mal sei lá de quem e nos regozijando da boa sorte da companheira que não deu viagem em vão, quando um palhaço nos interrompe. "Vocês gostam de cinema". Opa! O circo chegou!

Respondemos em uníssono "Não!!!". O palhaço fez uma cara de incredulidade e deu um passinho à frente. "Vocês me dão licença. Meu nome é fulaninho". Ahn, quem perguntou alguma coisa? Ele prosseguiu, apesar das nossas caras de tédio. "Perguntei se vocês gostavam de cinema porque estou trabalhando no festival e, se vocês gostassem de cinema....".

Glorinha: Ah, você ia o que? Nos botar pra dentro de uma sessão?
Palhaço: É que eu trabalho com o credenciamento dos vips...
Eu: Meu bem, nós SOMOS vips. Se a gente quisesse ir você faria nossas credenciais. Não precisamos que ninguém nos arrume uma credencial.

Palhaço com cara de susto. "Vocês fazem o que?". Vai, vamos admirar pelo menos a cara de pau dele. Toma um toco bonito e continua. Êita apego ao picadeiro. "Somos jornalistas", respondemos. Bom, não que jornalista seja vip, mas ele era chato então valia qualquer coisa pra ele nos achar chatas também e ir embora. "As duas?", pergunta ele com o mesmo ar de quem não tá acreditando. Respondemos que sim e ele, sabe-se lá movido por quais substâncias entorpecentes, começou a falar em francês. Será que ele acha que todos os jornalistas falam francês? Será que ele é evangélico, baixou o espírito santo e está falando em línguas? O mundo é estranho.

- "Que isso, que isso, que palhaçada é essa?" - perguntei quase gargalhando, mas poupando o infeliz de ouvir "Tu é francês? Não, né? Eu sou francesa? Não. Estamos na França? Tamos na aula de fluência de francês? Não. Pois então esses seriam os únicos motivos desculpar você falar em francês com a gente, de resto é falta de educação e babaquice.

– É que eu morei em Milão... - começou o palhaço. Antes que eu tivesse chance de falar "E em Milão se fala francês?" Glorinha interrompeu aos risos "Era michê! Tu devia fazer um sucesso como michê em Milão com esse corpinho, hein?".

Nem asim o palhaço se emendou. Continuou querendo "fazer amizade", cortamos de vez (achamos) e viramos as costas. Eis que C.R. volta pra desculpar o sumiço e avisar que vai embora com o bonitinho branquinho. Vai filha, vai na fé de zambi e seja feliz. Junto ela trouxe um outro amigo-não-sei-das-quantas. O palhaço michê não gosta de dividir o palco: "ei, tô na fila pra conhecer as meninas". Como eu sempre digo, dignidade é luxo para poucos. Entabulamos um papo com o palhaço recém chegado, que desaparece em um ônibus, não sem antes fazer seu próprio número.

O michê aproveita para tentar outra aproximação, dessa vez acompanhado de um outro com pinta de psicopata que tava nos olhando desde que chegamos. Qual vai ser? Um rouba nossos pertences e o outro nos esquarteja?

Percebemos que não ia ter jeito, ele não ia largar do nosso pé. Dizemos que vamos dar uma volta e vazamos. Demos a colta no quarteirão achando que ele teria ido procurar nova audiência. Cena patética, quando passamos de novo do outro lado da rua o michê e o psicopata nos deram tchauzinho. Ninguém avisou que hoje o espetáculo era de terror!

Entramos em outro bar e sentamos. Deu uns minutos e quem cheega? Ele, o palhaço interminável, o michê mais chato do mundo, o carimbador de credenciais mais sem noção que já se teve notícia! Ao ver o bruto chegar avisei "segura a bolsa, Glorinha, segura que ele pode se aproveitar que tamos bêbadas e pegar". Mais uns foras que não me lembro e desistimos. Pedimos a conta e sumimos em um táxi.

Será que ele me reconheceu e queria era ficar famoso? Que outra explicação pode haver para comportamento tão sem noção? Que homem é tudo palhaço, o mundo é estranho e porquê é que coisa que não existe eu sei, mas esse extrapolou!
Noitada de palhaços

Outro dia minha amiga C.R. ligou chamando para uma festa black. É que ela tido sonhos eróticos com negões pirocudos durante o soninho de beleza da tarde e acordou na seca de pegar um afro-descendente que, digamos assim, fizesse jus à fama da etnia.

Bom, já vi esse filme e não acabou como esperávamos, mas vamos lá.

Ela passou pra me pegar e íamos resgatar ainda a terceira componente da gangue, que mora algumas ruas depois de mim. Paramos em um sinal e o carro ao nosso lado tinha quatro palhacinhos indo pra função. Uma loira e uma morena lindas tomando cerveja, claro que chamamos a atenção da trupe circense. Começaram a nos chamar, emitir uivos e grunhidos, fazer sinais e exibir dentes. Fizemos que não era conosco, afinal não somos dentistas nem psiquiatras. Finalmente o sinal abriu. Ao passar por nós os dois do lado do carona pregaram as línguas no vidro. Puxa vida, não teria sido mais prático lavar o vidro do que lamber? Bem, como o mundo é estranho ignoramos e seguimos. Foi o "abre" da noite.

Resgatada Glorinha, rumamos pra festa black. Nada de negões com pirocões indecentes disponíveis. Dançamos um pouco, bebemos um pouco, falamos muita bobagem e fomos embora. Pelo naipe do elenco o espetáculo ia ser fraco, nem ficamos pra conferir.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Palhaço indeciso
Mais uma narrada por uma amiga minha, colaboradora altamente produtiva desse circo.

Apresentei o casal e eles se deram super bem e namoraram por oito meses. Ele vivia amarradão pra apresentar pra ela a família dele e que as famílias se conhecessem, etc. Ela queria ir mais devagar, mas enfim... foi indo.

Até que, em determinado momento, ele cansou dela e pediu um tempo. Depois de uma semana ela ligou pra saber qual ia ser, afinal não ficaria "em tempo" a vida toda, termina ou não. Voltaram.

No intervalo de uns cinco dias ele ficou todo todo. Super apaixonadinho. No sábado, mandou um cartão pra ela dizendo que era a mulher da vida dele, etc. Na segunda terminou o namoro. Ela ficou desnorteada, completamente sem saber o que estava acontecendo, mas manteve a pose e nunca ligou pra ele. Acabou por isso mesmo.

Pra mim, até aí já teria palhaçada suficiente (por ter mandado um cartão todo apaixonado num dia e terminado dois dias depois. Mentir pra quê?), mas palhaço que se preze também faz número de mágica e sempre traz um novo truque na manga. Depois mais ou menos um ano, ela já namorando outro amigo meu (que eu também apresentei), o bruto sabendo do namoro, encontra com ela no MSN e fala que quer voltar. É mole?

O que aconteceu foi que ele sentiu falta da vida de solteiro, terminou, curtiu todas e depois, quando ela já estava com outro, quis voltar, crente crente que ela terminaria com o novo namoro pra ficar com ele. Senta e espera filho, mas só levanta quando ela voltar.