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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Menage?

Anos e anos nessa indústria vital e vejam o que me acontece...

Aniversário de uma querida amiga e lá vou - lá vou eu! - para um dos muitos bares existentes nesse Rio de Janeiro. E a gente senta e a gente bebe e a gente fala besteira e a gente ri. E a gente bebe e a gente bebe e come alguma coisa "in between" e aproveita para beber mais um tiquinho. E assim o tempo vai passando.

Minha amiga - para ustedes B. - exagerou na dose e já tombava pelos cantos. Pedimos água com gás, coca light e ela lá naquele venta não venta horrível.

Eis que em algum momento da noite, B. em luta cruel contra o sono, encostou a cabeça no meu ombro. Não chorou. Mas ficou lá, cabecinha encostada no melhor estilo "vou dar um vomitão a qualquer momento".

Eis que, diante de tal cena, um Palhacinho - literalmente "inho" porque o bruto era minúsculo - sentado algumas mesas adiante, vislumbra a cena, olha para mim e faz um gesto com a mão. Quando dei por mim, vi que o tal fazia com o mão o número 3.

Ok. Parem o mundo que eu quero descer. Aquele cotoco de amarrar jegue tava me chamando para um menage? Eu, o cotoco e B., praticamente a encarnação de Amy Winehouse, fazendo um tórrido sexo a três? Era isso mesmo que ele estava insinuando com aquele sorriso de canto de boca e olhar de galã de Chiquititas?

Afastei minha amiga, que pobre, colocou os bracinhos na mesa e tombou. Levantei, fui ao banheiro, fiz xixi, lavei o rosto e voltei. Sim, Narinha, foi um momento ruim da sua existência. Mas talvez a cerveja tivesse com drogas alucinógenas ou eu, de fato, tinha exagerado. Eu estava convicta que voltaria para o mesmo lugar - a singela mesa de bar do mais singelo aniversário - e o mundo entraria nos eixos. Dias com 24h, semanas com segundas, terças, quartas, quintas e sextas, anos com 365 dias etc, etc e etc.

Voltei, sentei, pedi uma coca. Um suspiro depois, recuperada daquele "horror", passei os olhos em volta e dei de cara de novo com o pigmeu dos infernos, que ainda insistia na porra do 3, agora com "cara de tesão", como diria Mendonça.

Minha vontade?
Levantar e dizer a ele quantas vezes vezes 3 ele ia dar meia hora de ânus aquela noite. Mas eu, moça fina e educada, pedi a conta.

Só dormi a base de sedativos.

1 comentários:

Anônimo disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKK
Pigmeu dos infernos foi ótima!!! E eu gargalhando baixo para não acordar os vizinhos.