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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Eu, Leitora e empresária circense

Ano retrasado conheci um palhacinho que parecia ser um verdadeiro lord. Rico, lindo, inteligente, viajou pelo mundo todo. Não bastasse, depois descobri também que tinha "a pegada". "Nossa", pensei, "estou sonhando!". Isso depois de ter terminado um namoro bem meia boca de três anos. Conheci na night, beijei por lá mesmo e, no fim, fomos pro meu apartamento. Na verdade, foram todos os meus amigos para um after. O palhacinho ficou amigo de todos, super simpático e gentil. Adormeci no sofá, ele me colocou na cama e foi embora. No outro dia ligou e conversamos por horas. Nos encontramos durante a semana e, até aí, tudo bem. Conversávamos pelo MSN... até que um dia, depois de um "silêncio" profundo ele solta:

- Você gosta de arte renascentista?
- Como?

Fiquei meio sem saber o que pensar. Por que ele acha que eu vou gostar de conversar sobre arte renascentista pelo MSN? Queria se mostrar culto ou me testar. Quase morri com essa, mas tudo bem.

Passada uma semana, ele começa a namorar uma outra menina que conheceu uns dias depois do nosso último encontro. Por mim, até aí tudo bem. Já que não me apego facilmente.

Passadas mais algumas semanas, ele me liga dizendo que precisa me ver, porque eu sou especial (?), tenho uma "personalidade incrível" (?) (lembrando que me viu apenas DUAS vezes), que eu era linda, inteligente, uma mulher perfeita e blá blá blá. Identifiquei o gênero PALHAÇO nele. Fiquei esperta. Disse que o namoro estava por um fio, que precisava tomar uma decisão e para isso queria me ver. Eu, logicamente, disse não. Conheço muito bem essa do "namoro estar esfriando".

Passado um tempo, ele realmente largou da coitada e já engatou outro namoro. No Orkut dele eram declarações lindas de amor a ela. Até achei que ele tinha se regenerado. Eis que num belo dia, ele retorna das profundezas com a mesma ladainha da outra namorada. Novamente, neguei qualquer reaproximação.

Passado um tempo o encontrei numa boate, sozinho e ele:

- Nossa, muito bom te ver. Que saudade!

Sem comentários. Mas fui educada, conversei e tudo mais. Quando chego em casa, ele me liga cinco vezes. Na última, eu atendo. Quase indo dormir já ele vem com a mesma história. Que precisava me ver, falar comigo. Mas dessa vez estava me esperando na portaria do meu prédio. Meu Deus, que saco! Não desci, falei que não queria ser a outra jamais e que ele já perdera toda a moral comigo. Ainda disse que se ele faz isso com a namorada dele, que é linda e gente boa, ele faria o mesmo comigo e com qualquer outra. Por conta disso, jamais teria confiança. O rapaz ficou quietinho. Nunca mais apareceu. Enfim, um completo palhaço!


Domadora L.D.

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