A repercussão
Na segunda contei pra Vanessa como tinha sido a festa e que tinha encontrado o espeleólogo.
– Pô, minha filha também tem essa mania de ficar enfiando o dedo meu nariz quando
pego ela no colo.
– Porra, Vanessa, sua filha tem três anos, ele tinha 27 quando nos conhecemos...
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Mundo cruel
Fernanda vai direto pro céu. Ela é uma boa menina e dá atenção a qualquer um que chegue pra falar com ela na night. O cara pode usar pochete, ser vesgo, ter espinha, dente torto e cêce que Fernanda põe seu melhor sorriso, revira os olhinhos e explica pausadamente que não vai ficar com ele nem por um caralho de ouro cravejado de brilhantes. Tudo na maior delicadeza pra não magoar o rapaz.
Fernanda diz que faz isso porque tem pena dos caras. Ela acha que eles já têm a "obrigação" de chegar junto, então, manera no fora porque compreende como deve ser difícil estar na situação deles.
Eu quero que eles se foooooooooooodam! Que tomem muuuuuuuuuuuitos tocos! Se eles ficam com a parte chata do processo de conquista, eu não tenho nada com isso. Não fui eu que inventei essa "regra de conduta". Além do mais, pago muito mais caro por viver nesse mundo machista. Fazer a "dança do acasalamento" é muito mais simples que ter que aturar roçada indesejada no metrô cheio, ouvir baixaria de desconhecido na rua, ganhar menos e ralar mais, não poder abortar, apanhar de marido e pai, ser estuprada e quando vai à delegacia escutar: "mas o que você fez pra ele te bater?" ou "que roupa você estava usando?", como se a mulher sempre "desse motivo" pra apanhar ou ser estuprada. Levar toco é pouco.
Fernanda vai direto pro céu. Ela é uma boa menina e dá atenção a qualquer um que chegue pra falar com ela na night. O cara pode usar pochete, ser vesgo, ter espinha, dente torto e cêce que Fernanda põe seu melhor sorriso, revira os olhinhos e explica pausadamente que não vai ficar com ele nem por um caralho de ouro cravejado de brilhantes. Tudo na maior delicadeza pra não magoar o rapaz.
Fernanda diz que faz isso porque tem pena dos caras. Ela acha que eles já têm a "obrigação" de chegar junto, então, manera no fora porque compreende como deve ser difícil estar na situação deles.
Eu quero que eles se foooooooooooodam! Que tomem muuuuuuuuuuuitos tocos! Se eles ficam com a parte chata do processo de conquista, eu não tenho nada com isso. Não fui eu que inventei essa "regra de conduta". Além do mais, pago muito mais caro por viver nesse mundo machista. Fazer a "dança do acasalamento" é muito mais simples que ter que aturar roçada indesejada no metrô cheio, ouvir baixaria de desconhecido na rua, ganhar menos e ralar mais, não poder abortar, apanhar de marido e pai, ser estuprada e quando vai à delegacia escutar: "mas o que você fez pra ele te bater?" ou "que roupa você estava usando?", como se a mulher sempre "desse motivo" pra apanhar ou ser estuprada. Levar toco é pouco.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
A dura volta à função
Uma amiga recém-separada nos envia o relato de sua primeira incursão na pista.
Claro, não que ela não tivesse se aposentado como de Dona de Circo, afinal se o marido não fosse palhaço, hoje não seria ex. Ou melhor dizendo, se o ex-marido não fosse palhaço não era homem, mas enfim. Bem, sabe como é... a gente assina carteira de palhaço, dá estabilidade no emprego e acaba se acostumando com a falta de produtividade, com as atuações cada vez mais sem graça... é a vida. Depois quando abre processo seletivo pra ocupar o cargo de Palhaço Privativo ou, no mínimo, estrela da companhia circense esquece como alguns têm talento tão pífio.
Vamos ao relato da moça:
...Acabei de me separar e estou de volta à "vida fácil", tenho tido alguma dificuldade em me adaptar às palhaçadas. Sabe como é, os meninos estão sempre criando novos espetáculos e a gente se desatualiza. Mas achei que eu tinha que compartilhar isso com vcs...
Que saudade dos tempos em que os homens começavam uma cantada com o tradicional "oi, tudo bem?". Afinal, bom humor é um atributo muito louvável, mas pra quem efetivamente tem talento...
Bom, fiz a grand reentreé na vida de solteira numa badalada casa de samba. Eu já sabia que o esquema era um tanto ou quanto faroeste, mas duas "cantadas" foram especiais.
1 - O palhaço vem passando e segura no meu braço (já começou mal). Chega perto do ouvido e fala:
- UM, SETE!
O que será que ele esperava ouvir? Bingo?
2 - O palhaço faz aquela cara de babão e fala:
- Essa sua pintinha no canto da boca é um tesão.
- É câncer.
Uma amiga recém-separada nos envia o relato de sua primeira incursão na pista.
Claro, não que ela não tivesse se aposentado como de Dona de Circo, afinal se o marido não fosse palhaço, hoje não seria ex. Ou melhor dizendo, se o ex-marido não fosse palhaço não era homem, mas enfim. Bem, sabe como é... a gente assina carteira de palhaço, dá estabilidade no emprego e acaba se acostumando com a falta de produtividade, com as atuações cada vez mais sem graça... é a vida. Depois quando abre processo seletivo pra ocupar o cargo de Palhaço Privativo ou, no mínimo, estrela da companhia circense esquece como alguns têm talento tão pífio.
Vamos ao relato da moça:
...Acabei de me separar e estou de volta à "vida fácil", tenho tido alguma dificuldade em me adaptar às palhaçadas. Sabe como é, os meninos estão sempre criando novos espetáculos e a gente se desatualiza. Mas achei que eu tinha que compartilhar isso com vcs...
Que saudade dos tempos em que os homens começavam uma cantada com o tradicional "oi, tudo bem?". Afinal, bom humor é um atributo muito louvável, mas pra quem efetivamente tem talento...
Bom, fiz a grand reentreé na vida de solteira numa badalada casa de samba. Eu já sabia que o esquema era um tanto ou quanto faroeste, mas duas "cantadas" foram especiais.
1 - O palhaço vem passando e segura no meu braço (já começou mal). Chega perto do ouvido e fala:
- UM, SETE!
O que será que ele esperava ouvir? Bingo?
2 - O palhaço faz aquela cara de babão e fala:
- Essa sua pintinha no canto da boca é um tesão.
- É câncer.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Eu, leitora e empresária circense
Dos poucos posts que li até agora, vi que existem "algumas" histórias de palhaços pão duro. E isso me lembra meu marido, não sei por quê! hehehe... Então resolvi vir aqui contar uma das várias palhaçadas dele. Além de pão duro, é palhaço!
Somos "casados" há 3 meses. Como trabalhamos durante a semana, temos que deixar os afazeres domésticos (éca) para o final de semana. Dentre esses afazeres, um em especial é o tema dessa história: lavar roupa. Então eu decidi que lavaria roupa (tudo bem que é a máquina que lava, mas...) 1 vez por semana (no domingo). Chegou num determinado dia e ele (o futuro PA) me falou que era para lavarmos roupa somente de 15 em 15 dias (para economizar água e energia). Allllooowwww! Falei pra ele que se fosse assim, ficaríamos sem roupa pra usar. Tá... passou!
Final da semana retrasada fomos para a praia. Por esse motivo não pude lavar roupa neste findi. Ok. Por volta de quarta-feira da semana passada, ele está tomando banho e eu entro no banheiro:
Palhaço: Pô, to repetindo a cueca pela terceira vez.
Empresária circense: Uuuuuuiiiiii, que nojo!!! Mas por que isso?
Palhaço: Ué, tá tudo sujo, não tem mais nenhuma limpa!
Empresária circense: Tá vendo! Isso porque nós fomos pra praia e eu não lavei roupa nesse findi semana. E ainda por cima vc quer que eu lave roupa de 15 em 15 dias. Imagine!
Palhaço: Ah, mas as pequenas (roupas: calcinhas, cuecas) pode!
Empresária circense: Ué, como assim? Vai gastar água e energia do mesmo jeito. Prá lavar pouco ou muito, vou ter que ligar a máquina do mesmo jeito.
Palhaço (a pérola): Lava na mão!
Empresária circense: Hahahahahahahahahahah........... hahahahahahaha.... (rolando no chão do banheiro)..... hahahahahaha...
Empresária circense de novo: hahahahhhaha...... hahahahahahhahahah!
Empresária circense mais uma vez: Essa piada foi boa, agora conta outra!
ALOWWW NÉ!
Detalhe: Eu lavei as minhas calcinhas na mão no começo da semana! Ele que lavasse as cuecas dele tbém.... se quer na mão, que faça, oras! Colocar na máquina eu até coloco, mas lavar na mão.... ah, tá "bão"! Ele que vá procurar uma amélia.
A.d.P.
Dos poucos posts que li até agora, vi que existem "algumas" histórias de palhaços pão duro. E isso me lembra meu marido, não sei por quê! hehehe... Então resolvi vir aqui contar uma das várias palhaçadas dele. Além de pão duro, é palhaço!
Somos "casados" há 3 meses. Como trabalhamos durante a semana, temos que deixar os afazeres domésticos (éca) para o final de semana. Dentre esses afazeres, um em especial é o tema dessa história: lavar roupa. Então eu decidi que lavaria roupa (tudo bem que é a máquina que lava, mas...) 1 vez por semana (no domingo). Chegou num determinado dia e ele (o futuro PA) me falou que era para lavarmos roupa somente de 15 em 15 dias (para economizar água e energia). Allllooowwww! Falei pra ele que se fosse assim, ficaríamos sem roupa pra usar. Tá... passou!
Final da semana retrasada fomos para a praia. Por esse motivo não pude lavar roupa neste findi. Ok. Por volta de quarta-feira da semana passada, ele está tomando banho e eu entro no banheiro:
Palhaço: Pô, to repetindo a cueca pela terceira vez.
Empresária circense: Uuuuuuiiiiii, que nojo!!! Mas por que isso?
Palhaço: Ué, tá tudo sujo, não tem mais nenhuma limpa!
Empresária circense: Tá vendo! Isso porque nós fomos pra praia e eu não lavei roupa nesse findi semana. E ainda por cima vc quer que eu lave roupa de 15 em 15 dias. Imagine!
Palhaço: Ah, mas as pequenas (roupas: calcinhas, cuecas) pode!
Empresária circense: Ué, como assim? Vai gastar água e energia do mesmo jeito. Prá lavar pouco ou muito, vou ter que ligar a máquina do mesmo jeito.
Palhaço (a pérola): Lava na mão!
Empresária circense: Hahahahahahahahahahah........... hahahahahahaha.... (rolando no chão do banheiro)..... hahahahahaha...
Empresária circense de novo: hahahahhhaha...... hahahahahahhahahah!
Empresária circense mais uma vez: Essa piada foi boa, agora conta outra!
ALOWWW NÉ!
Detalhe: Eu lavei as minhas calcinhas na mão no começo da semana! Ele que lavasse as cuecas dele tbém.... se quer na mão, que faça, oras! Colocar na máquina eu até coloco, mas lavar na mão.... ah, tá "bão"! Ele que vá procurar uma amélia.
A.d.P.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Circo no Orkut
Nossa comunidade no Orkut tá bombando. Vai lá, convide os amigos, dê pitaco, responda às enquetes, cause polêmica...
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=13209176
Nossa comunidade no Orkut tá bombando. Vai lá, convide os amigos, dê pitaco, responda às enquetes, cause polêmica...
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=13209176
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Palhaço rabo-preso
Mais um casal que estava "se conhecendo". Sabe quando você conhece uma pessoa e não consegue desgrudar desde o primeiro encontro? Quer ver, quer beijar, quer estar junto o tempo todo, sabe? Pois é. Tinham passado o fim de semana inteiro nisso.
Na semana seguinte ia ter festa no circo: era aniversário do palhaço no meio da semana e a comemoração seria no sábado. Antes mesmo deles terem ficado, ele já tinha convidado a moça, insistido pra ela ir. Tola, ela estava ansiosa pra comemorar o aniversário do bruto com ele. Respeitável público, vai começar o espetáculo!
Segunda-feira a moça chega no trabalho e encontra um e-mail do mancebo. Eis edificante troca de mensagens (editada, pois o palhaço não tem muito apreço pela língua portuguêsa) a qual tive acesso (é longa, mas vale a pena):
Palhaço: Ahhh... preciso falar com vc... uma assunto sério e chato... mas que indiretamente envolve vc... mas quero falar pessoalmente, sua opinião vai ser muito importante pra mim...
Dona de circo: Não existe você anunciar na segunda-feira que tem um assunto chato e sério que me envolve, mas só fala pessoalmente, sendo que a gente só vai ser ver na sexta. Pode ir falando! Se quiser liga pra cá e fala ou se preferir liga pra minha casa à noite.
Palhaço: Ligar agora não dá... trabalha muita gente aqui... e ficam ouvindo a conversa... chato... se vc quiser podemos nos falar por aqui mesmo...
Dona de circo: Mas então, desembucha o assunto. Você não sabe que mulheres são curiosas? Vc não sabe que jornalistas são curiosos? O que você acha que é a curiosidade de uma jornalista? Sou capaz de ter brotoejas de tanta curiosidade, já que o assunto me envolve e você tá fazendo mistério.
Palhaço: É um assunto relativamente chato... uma situação que sinceramente eu não sei, ou melhor não vou saber lidar... me sinto a vontade em conversar isso com vc... mas não queria que isso modificasse em nada a nossa relação Palhaço/Dona de circo... vamos lá...
Minha ex chegou dos EUA hoje... ou melhor ontem de madrugada... sei lá. Ela me ligou e disse que tava sabendo do meu aniversário e tals e que ia lá pra me dar os parabéns... eu sei que terminamos há mais de 6 meses... mas sou meio assim, tenho consideração com as pessoas e não gosto de criar relações desconfortáveis... quero muito que vc vá no meu aniversário, como quero que ela vá tb pelo respeito e carinho que tenho por ela... mas não sei como ela reagiria se me visse com outra mulher, não sei como eu reagiria... enfim... é uma situação chata... sei que não tenho mais nada com ela, que somos independentes... mas não sei o sentimento que ela ainda tem por mim... sei lá... não tô falando coisa com coisa... a verdade que eu quero que vc vá... mas não queria que ela nos visse juntos... pelo menos agora... não sei como vc vai interpretar isso... desculpas mas eu tinha que falar... queria sua opinião... mas sinceramente não estou sabendo lidar com isso ... :(
Pausa: eles tinham ficado juntos na sexta e no sábado, porque no domingo ele ligou dando uma desculpa e não apareceu. Curiosa e coincidentemente, no dia que a mulher barbada voltou dos quintos dos infernos.
Dona de circo (bancando a mulher superior, mas doida pra encher o bruto de porrada): Então não vou à festa, não quero causar constrangimento. Não vou dizer que gostei, mas fico "feliz" por sua sinceridade. Melhor do que eu chegar e lá e perceber que estou sobrando, que te causo constrangimento. Iria me magoar e eu ficaria puta com vc. Claro, vc me falou isso pra eu tomar a decisão de não ir, afinal vc não queria arcar com o ônus de me "desconvidar", mas entendo, realmente eu ficaria puta se vc dissesse "olha, prefiro que vc não vá pra não magoar minha ex". Também teria sido pior se vc deixasse pra me dizer isso na sexta-feira pessoalmente, provavelmente eu ficaria puta, te mandaria tomar no cu, viraria e iria embora. Mas sei que vc jamais teve essa intenção também: era lorota que só queria falar pessoalmente, foi só pra me deixar curiosa e eu insistir para que vc falasse, assim mais uma vez vc se exime da "culpa". Falou porque eu insisti.
Não posso dizer que gostei disso, mas não estou chateada com vc. Vou sentir sua falta no sábado, mas isso, pelo menos para mim, não muda nada entre a gente. Quando nos encontrarmos vou sorrir pra vc e te beijar normalmente. Tá, talvez te dê uns beliscões.
Palhaço: eu nunca ia fazer isso com vc!!! largar sua mão ou ter alguma atitude palhaça... eu não sou assim e não faço essas coisas... por isso estou conversando antes com vc... a parte do "não ir" é decisão sua. Eu coloquei uma questão, se vc acha que a melhor solução é essa vou respeitar. Não te falei isso pra vc tomar decisão nenhuma. Mais uma vez, não sou esse tipo de homem. Se não quisesse sua presença ou soubesse disso antes eu nem te convidaria. Eu nunca ia te "desconvidar". Eu não estou me eximindo da culpa, só que tem coisas que prefiro falar pessoalmente. Não faço esses tipos de joguinhos!!! Mas ainda vou conquistar vc e te provar que sou diferente... vc vai ver...
Eu quero te encontrar, quero estar com vc, quero sua presença, quero te apresentar pros meus amigos... só não contava com essa situação... mais uma vez... desculpas... assumo que realmente não soube lidar com isso... mas a parte dos beliscões eu vou gostar!!! Pode ter puxão no cabelo e mordida no pescoço tb?!?!?! :)
*******
Pois é, dileta audiência. O palhaço joga a responsabilidade da decisão pra cima da dona de circo, se faz de quase oprimido pela ex que volta sem aviso prévio e ainda quer sair de bom moço na foto. Num e-mail seguinte ele ainda disse que era pra "protegê-la", pois seria constrangedor se a ex chegasse e o beijasse na boca. Que gentil, hein? Que homem dedicado!
Curioso nem tenha passa pela cabeça do palhaço tão bem educado, tão dedicado, ligar para a ex, com quem ele afirma não ter nem querer mais nada, e avisar "olha só, vou gostar muito de te ver, quero que você vá no meu aniversário mas para evitar qualquer constrangimento, acho melhor te avisar que estou saindo com outra mulher e ela vai estar lá".
Obviamente, no lugar causar algum incômodo à ex, com quem ele não tem mais nada nem quer ter, preferiu magoar a outra, com quem está começando a sair e quer estar junto, quer a presença, quer apresentar pros amigos. Ela e o Coelhinho da Páscoa.
Que que ele merece?
Mais um casal que estava "se conhecendo". Sabe quando você conhece uma pessoa e não consegue desgrudar desde o primeiro encontro? Quer ver, quer beijar, quer estar junto o tempo todo, sabe? Pois é. Tinham passado o fim de semana inteiro nisso.
Na semana seguinte ia ter festa no circo: era aniversário do palhaço no meio da semana e a comemoração seria no sábado. Antes mesmo deles terem ficado, ele já tinha convidado a moça, insistido pra ela ir. Tola, ela estava ansiosa pra comemorar o aniversário do bruto com ele. Respeitável público, vai começar o espetáculo!
Segunda-feira a moça chega no trabalho e encontra um e-mail do mancebo. Eis edificante troca de mensagens (editada, pois o palhaço não tem muito apreço pela língua portuguêsa) a qual tive acesso (é longa, mas vale a pena):
Palhaço: Ahhh... preciso falar com vc... uma assunto sério e chato... mas que indiretamente envolve vc... mas quero falar pessoalmente, sua opinião vai ser muito importante pra mim...
Dona de circo: Não existe você anunciar na segunda-feira que tem um assunto chato e sério que me envolve, mas só fala pessoalmente, sendo que a gente só vai ser ver na sexta. Pode ir falando! Se quiser liga pra cá e fala ou se preferir liga pra minha casa à noite.
Palhaço: Ligar agora não dá... trabalha muita gente aqui... e ficam ouvindo a conversa... chato... se vc quiser podemos nos falar por aqui mesmo...
Dona de circo: Mas então, desembucha o assunto. Você não sabe que mulheres são curiosas? Vc não sabe que jornalistas são curiosos? O que você acha que é a curiosidade de uma jornalista? Sou capaz de ter brotoejas de tanta curiosidade, já que o assunto me envolve e você tá fazendo mistério.
Palhaço: É um assunto relativamente chato... uma situação que sinceramente eu não sei, ou melhor não vou saber lidar... me sinto a vontade em conversar isso com vc... mas não queria que isso modificasse em nada a nossa relação Palhaço/Dona de circo... vamos lá...
Minha ex chegou dos EUA hoje... ou melhor ontem de madrugada... sei lá. Ela me ligou e disse que tava sabendo do meu aniversário e tals e que ia lá pra me dar os parabéns... eu sei que terminamos há mais de 6 meses... mas sou meio assim, tenho consideração com as pessoas e não gosto de criar relações desconfortáveis... quero muito que vc vá no meu aniversário, como quero que ela vá tb pelo respeito e carinho que tenho por ela... mas não sei como ela reagiria se me visse com outra mulher, não sei como eu reagiria... enfim... é uma situação chata... sei que não tenho mais nada com ela, que somos independentes... mas não sei o sentimento que ela ainda tem por mim... sei lá... não tô falando coisa com coisa... a verdade que eu quero que vc vá... mas não queria que ela nos visse juntos... pelo menos agora... não sei como vc vai interpretar isso... desculpas mas eu tinha que falar... queria sua opinião... mas sinceramente não estou sabendo lidar com isso ... :(
Pausa: eles tinham ficado juntos na sexta e no sábado, porque no domingo ele ligou dando uma desculpa e não apareceu. Curiosa e coincidentemente, no dia que a mulher barbada voltou dos quintos dos infernos.
Dona de circo (bancando a mulher superior, mas doida pra encher o bruto de porrada): Então não vou à festa, não quero causar constrangimento. Não vou dizer que gostei, mas fico "feliz" por sua sinceridade. Melhor do que eu chegar e lá e perceber que estou sobrando, que te causo constrangimento. Iria me magoar e eu ficaria puta com vc. Claro, vc me falou isso pra eu tomar a decisão de não ir, afinal vc não queria arcar com o ônus de me "desconvidar", mas entendo, realmente eu ficaria puta se vc dissesse "olha, prefiro que vc não vá pra não magoar minha ex". Também teria sido pior se vc deixasse pra me dizer isso na sexta-feira pessoalmente, provavelmente eu ficaria puta, te mandaria tomar no cu, viraria e iria embora. Mas sei que vc jamais teve essa intenção também: era lorota que só queria falar pessoalmente, foi só pra me deixar curiosa e eu insistir para que vc falasse, assim mais uma vez vc se exime da "culpa". Falou porque eu insisti.
Não posso dizer que gostei disso, mas não estou chateada com vc. Vou sentir sua falta no sábado, mas isso, pelo menos para mim, não muda nada entre a gente. Quando nos encontrarmos vou sorrir pra vc e te beijar normalmente. Tá, talvez te dê uns beliscões.
Palhaço: eu nunca ia fazer isso com vc!!! largar sua mão ou ter alguma atitude palhaça... eu não sou assim e não faço essas coisas... por isso estou conversando antes com vc... a parte do "não ir" é decisão sua. Eu coloquei uma questão, se vc acha que a melhor solução é essa vou respeitar. Não te falei isso pra vc tomar decisão nenhuma. Mais uma vez, não sou esse tipo de homem. Se não quisesse sua presença ou soubesse disso antes eu nem te convidaria. Eu nunca ia te "desconvidar". Eu não estou me eximindo da culpa, só que tem coisas que prefiro falar pessoalmente. Não faço esses tipos de joguinhos!!! Mas ainda vou conquistar vc e te provar que sou diferente... vc vai ver...
Eu quero te encontrar, quero estar com vc, quero sua presença, quero te apresentar pros meus amigos... só não contava com essa situação... mais uma vez... desculpas... assumo que realmente não soube lidar com isso... mas a parte dos beliscões eu vou gostar!!! Pode ter puxão no cabelo e mordida no pescoço tb?!?!?! :)
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Pois é, dileta audiência. O palhaço joga a responsabilidade da decisão pra cima da dona de circo, se faz de quase oprimido pela ex que volta sem aviso prévio e ainda quer sair de bom moço na foto. Num e-mail seguinte ele ainda disse que era pra "protegê-la", pois seria constrangedor se a ex chegasse e o beijasse na boca. Que gentil, hein? Que homem dedicado!
Curioso nem tenha passa pela cabeça do palhaço tão bem educado, tão dedicado, ligar para a ex, com quem ele afirma não ter nem querer mais nada, e avisar "olha só, vou gostar muito de te ver, quero que você vá no meu aniversário mas para evitar qualquer constrangimento, acho melhor te avisar que estou saindo com outra mulher e ela vai estar lá".
Obviamente, no lugar causar algum incômodo à ex, com quem ele não tem mais nada nem quer ter, preferiu magoar a outra, com quem está começando a sair e quer estar junto, quer a presença, quer apresentar pros amigos. Ela e o Coelhinho da Páscoa.
Que que ele merece?
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Palhaço pirocudo
O casal, que ainda tava "se conhecendo", no maior amasso no sofá. A chapa esquentou, perna pra cá, outra pra lá, quase que alguém chuta o abajur. De repente a moça pede pra mudar de posição. Ele se faz de desentendido.
– Ei, tá desconfortável, vamos mudar.
– Ah, não, fica assim.
– Não, cara. Teu pau é muito grande pra essa posição, tá doendo.
– Meu pau não é grande, sua b* que é rasa.
Pois é, amigos de circo, pois é.
O casal, que ainda tava "se conhecendo", no maior amasso no sofá. A chapa esquentou, perna pra cá, outra pra lá, quase que alguém chuta o abajur. De repente a moça pede pra mudar de posição. Ele se faz de desentendido.
– Ei, tá desconfortável, vamos mudar.
– Ah, não, fica assim.
– Não, cara. Teu pau é muito grande pra essa posição, tá doendo.
– Meu pau não é grande, sua b* que é rasa.
Pois é, amigos de circo, pois é.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Eu, leitora e empresária circense....
A moça tinha acabado de terminar um relacionamento e estava triste... Nessa de se recuperar da dor, encontrei um palhacinho lindo! Não acreditei quando, depois de ficar com ele, recebi um telefonema me chamando pra sair de novo. Fiquei encantada e achei que tudo podia melhorar!
Bem, ele foi até a porta da minha casa e conversamos durante horas. Apesar de falar gracinhas, foi respeitador e não tentou entrar nem esticar a noite. Foi embora com a promessa de ligar novamente. E não é que ligou? Achei que estava apaixonada, tomei coragem e chamei ele pra curtir um cineminha. A noite foi maravilhosa! Saímos do filme e fomos para a praia, onde passamos a noite conversando sobre tudo e nada.
Um dia ele me telefonou me chamando pra ir jantar na casa dele. Não resisti (e pra quê?) e fui. Logo depois dele cozinhar um gororoba que acabei dispensando, ele veio com a desculpa que precisava tomar banho e ficou desfilando na minha frente de toalhinha apenas. Corpinho lindo, cheirosinho, beijo gostoso... Bem, não precisa contar a noite, né?
Começa a palhaçada.
Bem, ele tinha me adicionado pelo msn e começou com umas conversas de que queria me encontrar de novo, para gente se divertir e coisa e tal. Mas toda vez que eu falava em marcar mesmo, ele fugia. Dizia que ia me telefonar de novo e não dava notícias até o dia seguinte. Eu ficava puta, mas as desculpas dele acabavam me convencendo.. Burrinha, coitada...
Até que um dia, cansada das desculpas dele, resolvi retornar a ligação. Ao atender o telefone, foi muito simpático e atensioso (sic). Disse que não tinha me retornado ainda porque estava dirigindo, mas que iria sim sair comigo. Depois, em alguns minutos, mudou de idéia e disse que talvez não fosse porque ia ter que viajar no dia seguinte de manhã. "Mas você vai cedo?", perguntei. Ele ficou mudo, e então entrou totalmente diferente, querendo sair, perguntando que roupa eu estava usando. Não acreditei: ele tinha passado o telefone para outra pessoa falar comigo, que segundo o próprio, estava me "segurando na ligação enquanto o palhacinho tinha ido ao banheiro". Eu fiquei sem reação, não podia acreditar. Mas a palhaçada não acaba por aí. Quando ele voltou à ligação, disse que não queria mais sair comigo porque eu era chata (por ter chamado ele pra sair), e que estava muito stressado. Me mandou um beijo e desligou o telefone.
Isso foi há duas semanas. Só vim a ter notícias dele de novo na sexta-feira passada, porque sou repórter do jornal da cidade, e ele precisava que eu fizesse uma matéria pra ele. Dá para acreditar?
Leitora GRM
A moça tinha acabado de terminar um relacionamento e estava triste... Nessa de se recuperar da dor, encontrei um palhacinho lindo! Não acreditei quando, depois de ficar com ele, recebi um telefonema me chamando pra sair de novo. Fiquei encantada e achei que tudo podia melhorar!
Bem, ele foi até a porta da minha casa e conversamos durante horas. Apesar de falar gracinhas, foi respeitador e não tentou entrar nem esticar a noite. Foi embora com a promessa de ligar novamente. E não é que ligou? Achei que estava apaixonada, tomei coragem e chamei ele pra curtir um cineminha. A noite foi maravilhosa! Saímos do filme e fomos para a praia, onde passamos a noite conversando sobre tudo e nada.
Um dia ele me telefonou me chamando pra ir jantar na casa dele. Não resisti (e pra quê?) e fui. Logo depois dele cozinhar um gororoba que acabei dispensando, ele veio com a desculpa que precisava tomar banho e ficou desfilando na minha frente de toalhinha apenas. Corpinho lindo, cheirosinho, beijo gostoso... Bem, não precisa contar a noite, né?
Começa a palhaçada.
Bem, ele tinha me adicionado pelo msn e começou com umas conversas de que queria me encontrar de novo, para gente se divertir e coisa e tal. Mas toda vez que eu falava em marcar mesmo, ele fugia. Dizia que ia me telefonar de novo e não dava notícias até o dia seguinte. Eu ficava puta, mas as desculpas dele acabavam me convencendo.. Burrinha, coitada...
Até que um dia, cansada das desculpas dele, resolvi retornar a ligação. Ao atender o telefone, foi muito simpático e atensioso (sic). Disse que não tinha me retornado ainda porque estava dirigindo, mas que iria sim sair comigo. Depois, em alguns minutos, mudou de idéia e disse que talvez não fosse porque ia ter que viajar no dia seguinte de manhã. "Mas você vai cedo?", perguntei. Ele ficou mudo, e então entrou totalmente diferente, querendo sair, perguntando que roupa eu estava usando. Não acreditei: ele tinha passado o telefone para outra pessoa falar comigo, que segundo o próprio, estava me "segurando na ligação enquanto o palhacinho tinha ido ao banheiro". Eu fiquei sem reação, não podia acreditar. Mas a palhaçada não acaba por aí. Quando ele voltou à ligação, disse que não queria mais sair comigo porque eu era chata (por ter chamado ele pra sair), e que estava muito stressado. Me mandou um beijo e desligou o telefone.
Isso foi há duas semanas. Só vim a ter notícias dele de novo na sexta-feira passada, porque sou repórter do jornal da cidade, e ele precisava que eu fizesse uma matéria pra ele. Dá para acreditar?
Leitora GRM
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Fresquinhas
Como bem definiu uma das minhas amigas, o público estava "interativo" no Teatro Odisséia sábado passado. Logo na entrada um deles abordou a moça e perguntou se ela era argentina. Tá certo que ela mora fora do Rio há sete anos, sendo quatro em Brasília e três em São Paulo, mas e os 22 aninhos de pura travessura nas ruas da Tijuca? Ela olhou o bruto bem firme nem vacilou "tu tá de sacanagem, né?".
Mais um rolezinho e chega outro pândego, esse escolheu como algo outra integrante da gangue de mulheres loucas. Morena de 1,80m e longos cabelos negros como a asa da graúna, a moça é jornalista, como todas as outras do grupo.
– Você é atleta do pan?
– Sou medalha de ouro!
Pois é. O show tava bom, público animado... chega um artista circense de talento admirável. Sagaz toda a vida, ele escolhe uma das melhores maneiras de chamar a atenção de uma mulher: cutuca. Todo mundo sabe que não tem quem resista a um cutucão no ombro, né? Ô coisa agradável. Ela olha para o palhaço com cara de "que foi? te conheço?". Ele lança um olhar lânguido, levanta a manga esquerda da camisa e mostra a tatuagem que lhe fechava o braço. Ah, tá, bonito desenho, deixa eu voltar a dançar com as minhas amigas. Pista vai, pista vem, a noite passa e não é que ele volta? cutuca de novo e mostra o braço direito. Não era outra tatuagem, dessa vez era a exibição dos músculos. Ah, tá.
Como disse a tijuca argentina exilada em Brasília, interessante esse espetáculo cirsense interativo, né?
Como bem definiu uma das minhas amigas, o público estava "interativo" no Teatro Odisséia sábado passado. Logo na entrada um deles abordou a moça e perguntou se ela era argentina. Tá certo que ela mora fora do Rio há sete anos, sendo quatro em Brasília e três em São Paulo, mas e os 22 aninhos de pura travessura nas ruas da Tijuca? Ela olhou o bruto bem firme nem vacilou "tu tá de sacanagem, né?".
Mais um rolezinho e chega outro pândego, esse escolheu como algo outra integrante da gangue de mulheres loucas. Morena de 1,80m e longos cabelos negros como a asa da graúna, a moça é jornalista, como todas as outras do grupo.
– Você é atleta do pan?
– Sou medalha de ouro!
Pois é. O show tava bom, público animado... chega um artista circense de talento admirável. Sagaz toda a vida, ele escolhe uma das melhores maneiras de chamar a atenção de uma mulher: cutuca. Todo mundo sabe que não tem quem resista a um cutucão no ombro, né? Ô coisa agradável. Ela olha para o palhaço com cara de "que foi? te conheço?". Ele lança um olhar lânguido, levanta a manga esquerda da camisa e mostra a tatuagem que lhe fechava o braço. Ah, tá, bonito desenho, deixa eu voltar a dançar com as minhas amigas. Pista vai, pista vem, a noite passa e não é que ele volta? cutuca de novo e mostra o braço direito. Não era outra tatuagem, dessa vez era a exibição dos músculos. Ah, tá.
Como disse a tijuca argentina exilada em Brasília, interessante esse espetáculo cirsense interativo, né?
quinta-feira, 12 de julho de 2007
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Eu, leitora e empresária circense apresenta o "Palhaço Mitomaníaco"
Após um longo e tenebroso inverno, quando a dona de tal venerável botequim andou fodida de trabalho/estudo, logo sem tempo de gerenciar as atividades circenses de seu empreendimento, eis que nossa seção "Eu, leitora e empresária circense" está de volta!
A leitora V.T., quase uma correspondente em Recife, mandou como "Palhaço Lorota", se tivesse sidocomigo teria definido como "Palhaço Mitômano", porque esse aí já passou de mero loroteiro, não é apenas, como diríamos aqui no Rio, "mó caôzeiro".
Respeitável público, vamos ao espetáculo.
**********************
Estava eu de férias na Cidade Maravilhosa. Um mês para fazer nadaaaaa, só badalar pela cidade com minhas amigas, comer, bater perna nos shopping numa segunda a tarde, tirar fotos e mais fotos de tudo, acordar tarde, enfim. Eis que na minha primeira semana na cidade, as meninas me levam para uma boate DÚCA no Leblon. Eu só queria saber de funk, porque aqui em Recife não tem isso, não. Depois de me jogar na pista a noite toda, já até meio descabelada e borrada, eis que vejo do nada um dos sorrisos mais lindos da semana (da semana de férias). Meio gordinho – e eu gosto de gordinhos – simpático, uma voz bonita, me encantei. Ficamos e o carinha não quis mais me largar – confesso que nem eu dele. Ele, como era policial federal e morava longe pra caramba, não tinha a mesma disponibilidade que eu, jornalista de
férias, tinha. Nos vimos mais umas duas ou três vezes e ele, apaixonado, prometia ir me ver.
Como dona de circo experiente, sabia que essa viagem dele para Recife jamais se realizaria, então achei que merecia aproveitar e dar corda para ver até onde ia.
Voltei para Recife e nos falávamos uma vez por semana no máximo. Eu não tava fazendo nada mesmo, mas, como tudo nessa vida cansa, percebi um belo dia que fazia UM MÊS que não falava com o palhacinho. Ele, pelo visto, se ligou que eu tinha mais o que fazer e me poupou de inventar uma desculpa para meu sumiço. Mas, eu estava enganada.
Realmente, era mais um palhaço. Um mês depois do meu retorno à Veneza Brasileira, eis que o palhaço me manda um e-mail dizendo:
- Sei que vc me esqueceu, mas eu não. AMO VC!
Oi?! Quem? Quando? EEEEU?! Não, né? Morri de rir com essa e, curiosa como eu só, paguei pra ver. Respondi o e-mail e pronto, novo sumiço.
Vida que segue, Reveillon, um novo amor. Estou eu parecendo que tava num comercial da Claro – mas com corações no lugar das bolinhas – qdo o palhacinho me chama no MSN com umas histórias de outro mundo:
Palhaço Alien - To vendo sua foto aqui. É seu namorado.
Eu – É.
PA – eu sabia que vc ia acabar me esquecendo.
Eu (pagando pra ver) – vc me fez te esquecer, esqueceu? Sumiu, não deu notícias...
TCHAN, TCHAN, TCHAN, TCHAN!!!!
PREPAREM-SE QUE O ESPETÁCULO VAI COMEÇAR! PALHAÇO NO PICADEIRO:
PA – Qdo vc souber o q aconteceu, não vai pensar mal de mim.
Eu – Então conta, ué?
PA – No final do ano passado levei um tiro na perna numa das atividades da PF e matei um traficante. Tive que sumir por uns meses pq, além de estar machucado, eu estava jurado de morte (hein?). Me operei aqui e fui para a Califórnia, onde fiquei até o início deste ano.
Eu, morrendo de rir – MEU DEEEEEUS!!!! Que profissão cruel! Mas, pq vc não veio pra Recife?
PA – Pq eu poderia ser achado pela quadrilha – se ele não confia na PF, QUEM MAIS VAI, NÉ? – e estava sem dinheiro, pq gastei quase R$ 400 mil na cirurgia da perna. Tive que contratar o médico que operou Ronaldo, o Fenômeno para poder garantir que voltaria a andar um dia.
Silêncio meu. Saí para fazer xixi pq estava me urinando de tanto rir.
PA – Kd vc? Não acredita em mim?
Eu – Claro que sim!!! Poxa, to passada com tudo isso. Vc podia ter pedido para seu irmão me ligar... E pq não ligou qdo voltou pro Brasil?
PA – Pq descobri q tenho uma filha.
Eu, emocionada por estar falando com um verdadeiro palhaço – COMO É? COMO ASSIM!
PA – Qdo eu retornei uma ex-namorada minha me procurou dizendo q tinha tido uma filha minha. Ela está com 1 ano e é linda.
Eu – Sei...
PA – VC ACHA QUE EU ESTOU MENTINDO?
Ainda estiquei mais um pouco a conversa, mas, realmente, ele me surpreendeu. O bruto tem fôlego para mais histórias. Tive a impressão de que essa desgraça tava se divertindo com a minha cara, assim como eu, mas foi melhor achar que ele não uma intelectualidade de longo alcance para tal feito. De qualquer forma, foi a sessão de mentiras mais pesada e mais longa que já vi na vida e no htp, e olha que sou leitora de longa data!
Vejam o desempenho circense:
1. Sou PF e levei um tiro num confronto com traficantes: Quem sobe morro atrás de traficante é PM, não os gatinhos da PF;
2. Paguei quase R$ 400 mil pela cirurgia: A PF não dá plano de saúde?
Tudo bem, não paga, e ele desembolsa MEIO MILHÃO DE REAIS para tirar uma bala da perna? Nem sabe fazer conta.
3. Fugi para a Califórnia: pra quem não tinha dinheiro nem para ir até
Recife, ta bem, hein, fio?!
4. Descobri que tenho uma filha de 1 ano: Com um pai desses, eu tb esconderia. Por vergonha DELE!
Pois é, senhoras e senhores: ele entrou no picadeiro DISPOSTO! E não fez feio, não, hein?! Temos mais é que aplaudir! Infelizmente, como esse por aí tem uns 400 mil, por baixo! Aqui, aí, na Califórnia, na casa do caralho. Não tem como escapar. Vez por outra aparece um desses só pra fazer o mal e, convenhamos, acabam é fazendo a gente morrer de rir!
V.T.
jornalista
Recife/PE
Após um longo e tenebroso inverno, quando a dona de tal venerável botequim andou fodida de trabalho/estudo, logo sem tempo de gerenciar as atividades circenses de seu empreendimento, eis que nossa seção "Eu, leitora e empresária circense" está de volta!
A leitora V.T., quase uma correspondente em Recife, mandou como "Palhaço Lorota", se tivesse sidocomigo teria definido como "Palhaço Mitômano", porque esse aí já passou de mero loroteiro, não é apenas, como diríamos aqui no Rio, "mó caôzeiro".
Respeitável público, vamos ao espetáculo.
**********************
Estava eu de férias na Cidade Maravilhosa. Um mês para fazer nadaaaaa, só badalar pela cidade com minhas amigas, comer, bater perna nos shopping numa segunda a tarde, tirar fotos e mais fotos de tudo, acordar tarde, enfim. Eis que na minha primeira semana na cidade, as meninas me levam para uma boate DÚCA no Leblon. Eu só queria saber de funk, porque aqui em Recife não tem isso, não. Depois de me jogar na pista a noite toda, já até meio descabelada e borrada, eis que vejo do nada um dos sorrisos mais lindos da semana (da semana de férias). Meio gordinho – e eu gosto de gordinhos – simpático, uma voz bonita, me encantei. Ficamos e o carinha não quis mais me largar – confesso que nem eu dele. Ele, como era policial federal e morava longe pra caramba, não tinha a mesma disponibilidade que eu, jornalista de
férias, tinha. Nos vimos mais umas duas ou três vezes e ele, apaixonado, prometia ir me ver.
Como dona de circo experiente, sabia que essa viagem dele para Recife jamais se realizaria, então achei que merecia aproveitar e dar corda para ver até onde ia.
Voltei para Recife e nos falávamos uma vez por semana no máximo. Eu não tava fazendo nada mesmo, mas, como tudo nessa vida cansa, percebi um belo dia que fazia UM MÊS que não falava com o palhacinho. Ele, pelo visto, se ligou que eu tinha mais o que fazer e me poupou de inventar uma desculpa para meu sumiço. Mas, eu estava enganada.
Realmente, era mais um palhaço. Um mês depois do meu retorno à Veneza Brasileira, eis que o palhaço me manda um e-mail dizendo:
- Sei que vc me esqueceu, mas eu não. AMO VC!
Oi?! Quem? Quando? EEEEU?! Não, né? Morri de rir com essa e, curiosa como eu só, paguei pra ver. Respondi o e-mail e pronto, novo sumiço.
Vida que segue, Reveillon, um novo amor. Estou eu parecendo que tava num comercial da Claro – mas com corações no lugar das bolinhas – qdo o palhacinho me chama no MSN com umas histórias de outro mundo:
Palhaço Alien - To vendo sua foto aqui. É seu namorado.
Eu – É.
PA – eu sabia que vc ia acabar me esquecendo.
Eu (pagando pra ver) – vc me fez te esquecer, esqueceu? Sumiu, não deu notícias...
TCHAN, TCHAN, TCHAN, TCHAN!!!!
PREPAREM-SE QUE O ESPETÁCULO VAI COMEÇAR! PALHAÇO NO PICADEIRO:
PA – Qdo vc souber o q aconteceu, não vai pensar mal de mim.
Eu – Então conta, ué?
PA – No final do ano passado levei um tiro na perna numa das atividades da PF e matei um traficante. Tive que sumir por uns meses pq, além de estar machucado, eu estava jurado de morte (hein?). Me operei aqui e fui para a Califórnia, onde fiquei até o início deste ano.
Eu, morrendo de rir – MEU DEEEEEUS!!!! Que profissão cruel! Mas, pq vc não veio pra Recife?
PA – Pq eu poderia ser achado pela quadrilha – se ele não confia na PF, QUEM MAIS VAI, NÉ? – e estava sem dinheiro, pq gastei quase R$ 400 mil na cirurgia da perna. Tive que contratar o médico que operou Ronaldo, o Fenômeno para poder garantir que voltaria a andar um dia.
Silêncio meu. Saí para fazer xixi pq estava me urinando de tanto rir.
PA – Kd vc? Não acredita em mim?
Eu – Claro que sim!!! Poxa, to passada com tudo isso. Vc podia ter pedido para seu irmão me ligar... E pq não ligou qdo voltou pro Brasil?
PA – Pq descobri q tenho uma filha.
Eu, emocionada por estar falando com um verdadeiro palhaço – COMO É? COMO ASSIM!
PA – Qdo eu retornei uma ex-namorada minha me procurou dizendo q tinha tido uma filha minha. Ela está com 1 ano e é linda.
Eu – Sei...
PA – VC ACHA QUE EU ESTOU MENTINDO?
Ainda estiquei mais um pouco a conversa, mas, realmente, ele me surpreendeu. O bruto tem fôlego para mais histórias. Tive a impressão de que essa desgraça tava se divertindo com a minha cara, assim como eu, mas foi melhor achar que ele não uma intelectualidade de longo alcance para tal feito. De qualquer forma, foi a sessão de mentiras mais pesada e mais longa que já vi na vida e no htp, e olha que sou leitora de longa data!
Vejam o desempenho circense:
1. Sou PF e levei um tiro num confronto com traficantes: Quem sobe morro atrás de traficante é PM, não os gatinhos da PF;
2. Paguei quase R$ 400 mil pela cirurgia: A PF não dá plano de saúde?
Tudo bem, não paga, e ele desembolsa MEIO MILHÃO DE REAIS para tirar uma bala da perna? Nem sabe fazer conta.
3. Fugi para a Califórnia: pra quem não tinha dinheiro nem para ir até
Recife, ta bem, hein, fio?!
4. Descobri que tenho uma filha de 1 ano: Com um pai desses, eu tb esconderia. Por vergonha DELE!
Pois é, senhoras e senhores: ele entrou no picadeiro DISPOSTO! E não fez feio, não, hein?! Temos mais é que aplaudir! Infelizmente, como esse por aí tem uns 400 mil, por baixo! Aqui, aí, na Califórnia, na casa do caralho. Não tem como escapar. Vez por outra aparece um desses só pra fazer o mal e, convenhamos, acabam é fazendo a gente morrer de rir!
V.T.
jornalista
Recife/PE
segunda-feira, 9 de julho de 2007
Palhaço banca de vestibular
Sábado desses estava eu sacudindo este corpinho que parece um bife de picanha com capa de gordura numa badalada pista carioca quando um rapazinho – que já havia me abordado para me dizer que sou linda, como se eu não soubesse – fala ao meu ouvido:
- Você me transmite uma energia boa. Você tem cara de que sbrubles bem.
Cara, só pela primeira parte ele já foi desclassificado. "Você me transmite uma energia boa" é péssimo. Não sou Buda nem a Light pra transmitir energia boa. Mas a segunda parte foi enigmática. Ou ele fez de sacanagem ou precisa de uma fonoaudióloga urgentemente. Juro que não entendi o que ele disse que eu tenho cara de que faço bem.
Levantei alternativas e imaginei que ele ia voltar com a questão:
Marque a que você acha que melhor completa a sentença "Você tem cara de que ---------- bem".
(a) beija
(b) fode
(c) chupa
(d) dá o cu
(e) todas as alternativas acima
(f) nenhuma das alternativas acima
Ele voltou, mas pra tentar dançar comigo. Tolinho. Antes dançar só que mal acompanhada.
Sábado desses estava eu sacudindo este corpinho que parece um bife de picanha com capa de gordura numa badalada pista carioca quando um rapazinho – que já havia me abordado para me dizer que sou linda, como se eu não soubesse – fala ao meu ouvido:
- Você me transmite uma energia boa. Você tem cara de que sbrubles bem.
Cara, só pela primeira parte ele já foi desclassificado. "Você me transmite uma energia boa" é péssimo. Não sou Buda nem a Light pra transmitir energia boa. Mas a segunda parte foi enigmática. Ou ele fez de sacanagem ou precisa de uma fonoaudióloga urgentemente. Juro que não entendi o que ele disse que eu tenho cara de que faço bem.
Levantei alternativas e imaginei que ele ia voltar com a questão:
Marque a que você acha que melhor completa a sentença "Você tem cara de que ---------- bem".
(a) beija
(b) fode
(c) chupa
(d) dá o cu
(e) todas as alternativas acima
(f) nenhuma das alternativas acima
Ele voltou, mas pra tentar dançar comigo. Tolinho. Antes dançar só que mal acompanhada.
domingo, 8 de julho de 2007
Palhaço curioso
Uma amiga minha tava de de rolo com um palhacinho que parecia bem legal. Parecia. Já tavam saindo há algum tempo e um fim de semana desses ela dormiu na casa dele. De manhã, a moça levantou e foi ao banheiro, como a maioria dos mortais. Quando voltou o palhaço disparou "Você demorou!". Ai, caralho, agora tem tempo marcado pra se ir ao banheiro? Educada, ela respondeu "É?" e foi sentando pra tomar café.
– Demorou sim.
– É? Nem reparei.
– Normalmente você não demora assim.
– Pois é.
– Eu tava te esperando pra tomar café!
– Então vamos tomar café.
– Por que você demorou tanto?
– Porque eu fiz cocô, porra! Satisfeito?
Uma amiga minha tava de de rolo com um palhacinho que parecia bem legal. Parecia. Já tavam saindo há algum tempo e um fim de semana desses ela dormiu na casa dele. De manhã, a moça levantou e foi ao banheiro, como a maioria dos mortais. Quando voltou o palhaço disparou "Você demorou!". Ai, caralho, agora tem tempo marcado pra se ir ao banheiro? Educada, ela respondeu "É?" e foi sentando pra tomar café.
– Demorou sim.
– É? Nem reparei.
– Normalmente você não demora assim.
– Pois é.
– Eu tava te esperando pra tomar café!
– Então vamos tomar café.
– Por que você demorou tanto?
– Porque eu fiz cocô, porra! Satisfeito?
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Palhaço enigmático
Uma grande amiga minha mandou essa e até eu, dona de circo emérita, fiquei surpresa e tive uma crise de riso. Espetáculo inédito. Acho que o palhaço quis apenas bancar o maluco, e vocês?
*********************
Em dois anos de solteirice, já vi e vivi muita palhaçada. Ando mesmo desconfiada de que deve haver alguma promoção que garanta o nariz vermelho como brinde na compra do creme de barbear. Mas o tempo faz milagres e as palhaçadas vão se tornando parte do cotidiano... até que um palhaço, daqueles bem circenses, cruza o seu caminho.
Há umas três semanas fui a uma festa. Lá encontrei o palhaço, amigo de um amigo meu, com quem já tinha esbarrado e batido papo umas poucas vezes. O encontro inicial é breve, nada de especial. Apenas um "Quanto tempo!", seguido de dois beijinhos no rosto.
Enquanto o clima da festa não esquentava, tratei de aquecer meu corpo na base da cachaça mesmo. O povo que organizou o evento, colocou uma meia dúzia de rodelas de limão e açúcar ao lado da pinga. O palhaço supracitado se aproxima e eu peço uma ajuda no preparo da caipirinha.
Foi aí que reparamos na falta de qualquer utensílio para retirar suco daquelas rodelas de limão. Ele tem a brilhante idéia de misturar tudo passando de um copo pro outro. A estratégia mambembe não dá certo, mas a gente se diverte com a história. Entre uma gargalhada e outra, tenho o insight : "Vou pegar!"
A festa, enfim, começa a esquentar. Não demora meia hora e o presságio se cumpre: "Peguei!". É tudo ótimo: beijo delicioso, dança bem e é divertido. Até o nível de álcool no sangue do palhaço era adequado. O cara parece mesmo empolgado e gruda no meu pescoço a noite inteira. Uma delícia...
Na saída, ele pergunta como fazia para me encontrar de novo( típica pergunta de quem não vai fazer o menor esforço pra te encontrar de novo!). Como nós dois estávamos sem celular, eu digo apenas que o amigo dele tinha meus telefones e e-mail.
Ele não me liga. Mas, até aí, nada que não seja absolutamente normal para um palhaço.
Eu, que ando numa seca de dar dó, penso e decido adicionar o palhacinho no orkut. Só adiciono, sem scrap – pra não dar muita na vista. Ele me adiciona só uma semana depois. Eu sei que eu deveria ter parado por aí – uma semana pra adicionar é quase um não. Mas digo e repito: a seca é de dar dó!!!
Mando uma mensagem por depoimento, para manter o sigilo, com o seguinte conteúdo: "Apesar de quase ter quebrado seus óculos, acho que vale a pena a gente se encontrar de novo." A idéia da mensagem era ser direta, com um toque de humor. Ah, esqueci de contar: no fim da festa uma das lentes dos óculos do palhaço caiu e, com o breu que se instalava no local, não havia possibilidade de resgate.
Mais uma vez ele passa uma semana para responder. Aí, eu caio na real, entendo que não é não.
Já nem lembrava mais, quando, estupefata, recebo por depoimento a seguinte mensagem:
"rs. vou sair de casa, mas precisa pintar dinheiro. rs.
Então eu compro uma lente nova e começo a ver as coisas. rs.
Por enquanto a grana vai na análise... ficar cego acaba com qualquer um."
"Não" eu suporto. Juro. Mas bancar de enigmático, é palhaçada demais pra mim!!
L.R.
PS: se alguma leitora, ou leitor, conseguir decifrar a mensagem, ganha uma bala! Juro.
Uma grande amiga minha mandou essa e até eu, dona de circo emérita, fiquei surpresa e tive uma crise de riso. Espetáculo inédito. Acho que o palhaço quis apenas bancar o maluco, e vocês?
*********************
Em dois anos de solteirice, já vi e vivi muita palhaçada. Ando mesmo desconfiada de que deve haver alguma promoção que garanta o nariz vermelho como brinde na compra do creme de barbear. Mas o tempo faz milagres e as palhaçadas vão se tornando parte do cotidiano... até que um palhaço, daqueles bem circenses, cruza o seu caminho.
Há umas três semanas fui a uma festa. Lá encontrei o palhaço, amigo de um amigo meu, com quem já tinha esbarrado e batido papo umas poucas vezes. O encontro inicial é breve, nada de especial. Apenas um "Quanto tempo!", seguido de dois beijinhos no rosto.
Enquanto o clima da festa não esquentava, tratei de aquecer meu corpo na base da cachaça mesmo. O povo que organizou o evento, colocou uma meia dúzia de rodelas de limão e açúcar ao lado da pinga. O palhaço supracitado se aproxima e eu peço uma ajuda no preparo da caipirinha.
Foi aí que reparamos na falta de qualquer utensílio para retirar suco daquelas rodelas de limão. Ele tem a brilhante idéia de misturar tudo passando de um copo pro outro. A estratégia mambembe não dá certo, mas a gente se diverte com a história. Entre uma gargalhada e outra, tenho o insight : "Vou pegar!"
A festa, enfim, começa a esquentar. Não demora meia hora e o presságio se cumpre: "Peguei!". É tudo ótimo: beijo delicioso, dança bem e é divertido. Até o nível de álcool no sangue do palhaço era adequado. O cara parece mesmo empolgado e gruda no meu pescoço a noite inteira. Uma delícia...
Na saída, ele pergunta como fazia para me encontrar de novo( típica pergunta de quem não vai fazer o menor esforço pra te encontrar de novo!). Como nós dois estávamos sem celular, eu digo apenas que o amigo dele tinha meus telefones e e-mail.
Ele não me liga. Mas, até aí, nada que não seja absolutamente normal para um palhaço.
Eu, que ando numa seca de dar dó, penso e decido adicionar o palhacinho no orkut. Só adiciono, sem scrap – pra não dar muita na vista. Ele me adiciona só uma semana depois. Eu sei que eu deveria ter parado por aí – uma semana pra adicionar é quase um não. Mas digo e repito: a seca é de dar dó!!!
Mando uma mensagem por depoimento, para manter o sigilo, com o seguinte conteúdo: "Apesar de quase ter quebrado seus óculos, acho que vale a pena a gente se encontrar de novo." A idéia da mensagem era ser direta, com um toque de humor. Ah, esqueci de contar: no fim da festa uma das lentes dos óculos do palhaço caiu e, com o breu que se instalava no local, não havia possibilidade de resgate.
Mais uma vez ele passa uma semana para responder. Aí, eu caio na real, entendo que não é não.
Já nem lembrava mais, quando, estupefata, recebo por depoimento a seguinte mensagem:
"rs. vou sair de casa, mas precisa pintar dinheiro. rs.
Então eu compro uma lente nova e começo a ver as coisas. rs.
Por enquanto a grana vai na análise... ficar cego acaba com qualquer um."
"Não" eu suporto. Juro. Mas bancar de enigmático, é palhaçada demais pra mim!!
L.R.
PS: se alguma leitora, ou leitor, conseguir decifrar a mensagem, ganha uma bala! Juro.
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Palhaço telemóvel
Pois é, respeitável público, não bastasse eu ser uma dona de circo multitarefas e andar enroladíssima com outros projetos, confesso que não tenho assistido a espetáculos circenses. Acho que já tô manjada e os artistas regulam o talento perto de mim. Mas como o circo não pode parar minha amiga J.E. enviou hoje a continuação da saga do Palhacinho SMS. Afeito aos usos circenses das novas tecnologias, o rapaz protagonizou outra. Aliás, tira o celular de perto desse bruto, porque munido de telemóvel ele é um perigo!
****************
Dois meses depois da gente terminar me mudei para o Rio de Janeiro, capital, e dali a pouco, ele coincidentemente ele também. Recém-chegada ao Rio, não tinha nem amigos que dirá alguém pra ficar, beijar na boca, enfim, garantir uma manutenção básica. Como ele fazia o serviço direitinho, resolvi que pelo menos até que eu encontrasse um novo candidato a se apresentar no meu picadeiro, me faria muito bem tê-lo como PA. Eu não tava apaixonada mesmo... Resultado: vez por outra, a gente pegava uma praia juntos, tomava uns chopes e sempre, claro, acabávamos na cama - na minha porque sempre era ele quem dormia na minha casa.
Não é que um dia, depois da transa, távamos lá, ainda na cama, nus e enroscados um no outro jogando conversa fora quando o celular dele toca. Era uma garota. Palhaçada número um: naquele momento, naquela situação, não era nem pro cara ter atendido o telefone ainda mais de uma outra garota qualquer. Mas atendeu!!! Palhaçada número 2: não satisfeito, o bruto ficou um tempão falando com a tal!!!! Não, meus queridos, não era namorada dele. Nem a mãe, irmã ou sequer uma prima distante desesperada porque tinha acontecido alguma tragédia na família. Era uma garota que o palhacinho exibido tinha conhecido no avião em uma de suas idas a Porto Alegre, como ele me contou logo em seguida. Ou seja: uma ilustre desconhecida que àquela altura ou ele já estava pegando ou estava muito a fim de pegar. Agora, alguém por favor me explica: qual a necessidade que um cara que está nu, comigo, na minha cama porque acabou de transar comigo tem de atender o telefone e ficar jogando conversa fora com outra garota por uns quinze minutos???
O que eu fiz? Joguei ele e o celular pela janela, claro!!! Quer dizer, essa foi a reação que eu visualizei, com todos os detalhes mas ela ficou só na minha mente. Contive meus impulsos e "naturalmente" - até onde foi possível - levantei da cama, me vesti e fui fazer algo prático (tipo checar meus e-mails, guardar umas roupas que estavam espalhadas, algo do tipo, não me lembro).
Dali a pouco o telefonema acabou. Eu sequer perguntei quem era. Tinha nada a ver com aquilo. Não éramos namorados, não tínhamos compromisso nenhum. Não me interessava saber quem era a tal garota. Ele é que veio dar satisfação. Eu disse que não precisava, que ele não me devia nenhum explicação. "Se a gente estivesse namorando, eu tinha te jogado pela janela. Mas aí, acho que você não teria feito isso, né?"
Mas mesmo a gente não sendo mais namorados aquela atitude dele tinha sido desrespeitosa. Perguntei se ele gostaria que eu fizesse o mesmo e disse que tudo o que ele me devia era consideração e respeito.
Depois dessa, escalei outro titular e esse artista ficou no meu banco de reservas por uns quatro meses. E quando entrou em campo de novo, parecia ter perdido seu talento circense: não apresentou mais nenhum espetáculo.
J.E.
Pois é, respeitável público, não bastasse eu ser uma dona de circo multitarefas e andar enroladíssima com outros projetos, confesso que não tenho assistido a espetáculos circenses. Acho que já tô manjada e os artistas regulam o talento perto de mim. Mas como o circo não pode parar minha amiga J.E. enviou hoje a continuação da saga do Palhacinho SMS. Afeito aos usos circenses das novas tecnologias, o rapaz protagonizou outra. Aliás, tira o celular de perto desse bruto, porque munido de telemóvel ele é um perigo!
****************
Dois meses depois da gente terminar me mudei para o Rio de Janeiro, capital, e dali a pouco, ele coincidentemente ele também. Recém-chegada ao Rio, não tinha nem amigos que dirá alguém pra ficar, beijar na boca, enfim, garantir uma manutenção básica. Como ele fazia o serviço direitinho, resolvi que pelo menos até que eu encontrasse um novo candidato a se apresentar no meu picadeiro, me faria muito bem tê-lo como PA. Eu não tava apaixonada mesmo... Resultado: vez por outra, a gente pegava uma praia juntos, tomava uns chopes e sempre, claro, acabávamos na cama - na minha porque sempre era ele quem dormia na minha casa.
Não é que um dia, depois da transa, távamos lá, ainda na cama, nus e enroscados um no outro jogando conversa fora quando o celular dele toca. Era uma garota. Palhaçada número um: naquele momento, naquela situação, não era nem pro cara ter atendido o telefone ainda mais de uma outra garota qualquer. Mas atendeu!!! Palhaçada número 2: não satisfeito, o bruto ficou um tempão falando com a tal!!!! Não, meus queridos, não era namorada dele. Nem a mãe, irmã ou sequer uma prima distante desesperada porque tinha acontecido alguma tragédia na família. Era uma garota que o palhacinho exibido tinha conhecido no avião em uma de suas idas a Porto Alegre, como ele me contou logo em seguida. Ou seja: uma ilustre desconhecida que àquela altura ou ele já estava pegando ou estava muito a fim de pegar. Agora, alguém por favor me explica: qual a necessidade que um cara que está nu, comigo, na minha cama porque acabou de transar comigo tem de atender o telefone e ficar jogando conversa fora com outra garota por uns quinze minutos???
O que eu fiz? Joguei ele e o celular pela janela, claro!!! Quer dizer, essa foi a reação que eu visualizei, com todos os detalhes mas ela ficou só na minha mente. Contive meus impulsos e "naturalmente" - até onde foi possível - levantei da cama, me vesti e fui fazer algo prático (tipo checar meus e-mails, guardar umas roupas que estavam espalhadas, algo do tipo, não me lembro).
Dali a pouco o telefonema acabou. Eu sequer perguntei quem era. Tinha nada a ver com aquilo. Não éramos namorados, não tínhamos compromisso nenhum. Não me interessava saber quem era a tal garota. Ele é que veio dar satisfação. Eu disse que não precisava, que ele não me devia nenhum explicação. "Se a gente estivesse namorando, eu tinha te jogado pela janela. Mas aí, acho que você não teria feito isso, né?"
Mas mesmo a gente não sendo mais namorados aquela atitude dele tinha sido desrespeitosa. Perguntei se ele gostaria que eu fizesse o mesmo e disse que tudo o que ele me devia era consideração e respeito.
Depois dessa, escalei outro titular e esse artista ficou no meu banco de reservas por uns quatro meses. E quando entrou em campo de novo, parecia ter perdido seu talento circense: não apresentou mais nenhum espetáculo.
J.E.
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