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terça-feira, 22 de abril de 2003

Filho palhaço

A mãe chora as agruras de ter um filho palhaço. Ele parecia tão certinho, tão legal, era de fato um bom menino. Namorava uma menina há sete anos. Namoro colegial. Era fiel, fazia planos de casar, se dizia apaixonado. A família tinha medo até de que a menina engravidasse antes do casório.

Tudo muito perfeito, não é?

É. Mas é justamente aí que mora o perigo. Ele mudou de emprego, conheceu gente nova, se deixou levar pelos embalos de sábado à noite. Começou a sair com uma colego do serviço. Saída aqui, saída alí, comeu a moça. Castigo divino para ele, que pegou um tipo "Atração Fatal". A garota, depois de algumas saída, quis namorar o rapaz, só que ela não sabia que ele já tinha uma namorada.

Ele, sem querer perder a quase noiva, teve que mandar a real para a amante. Ela, enquanto amante, não aceitou o papel de puta de luxa e fico mesmo é puta da vida. Ele parou de sair com a vadia e achou que a vidinha voltaria ao normal. Fez a cagada, se arrependeu, e voltou para os braços da namorada.

Tolinho.

A amante, ainda não satisfeita com o fora, fuçou daqui, mexeu dali e descobriu quem era a namorada. Foi na casa dela e contou tudo.

O palhaço vacilão ficou sem as duas.

A namorada não quer vê-lo nem pintado de ouro. A amante está rindo à tôa da desgraça alheia e diz que pra ele não dá mais.

Esses palhaços e seus perus inquietos .. tá vendo, papudo?

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