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domingo, 11 de maio de 2003

Palhaço pai
Meu pai é meu primeiro palhaço, minha maior referência no gênero, aquele ocupa meu picadeiro deste minha mais tenra infância. Vira e mexe ele dá um showzinho para a família. Hoje teve o especial de Dia das Mães.

Minha mãe, que chora até vendo comercial de sabonete, recebeu uma tele-mensagem de Dia das Mães da nossa faxineira. Ok, a parada é muito brega, ela jamais receberia um presente desses de mim, mas a velha gosta dessas coisas e ficou emocionada com a lembrança da empregada. Minha mãe chorava com o telefone na mão, quando meu pai chegou:

– O que foi?
– A Dalva... me mandou uma mensagem linda...
– Porra, Yara! Que palhaçada! E vai chorar por causa disso???

Minha mãe chorou mais ainda, agora toda sentida com a grosseria do Arrelia. Depois, ele veio todo manso, deu parabéns pelo Dia das Mães (que muito certamente ele tinha esquecido) e ainda ficou todo interessado ao saber que vamos fazer uma festinha de aniversário para ela mês que vem. Depois que dá o espetáculo, o palhaço fica doido por aplauso.

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