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terça-feira, 8 de abril de 2008

Das botas das Donas de Circo

Esse fim de semana foi chuvoso no Rio de Janeiro e aproveitei para sair de botas. Adoro andar com botas até o joelho, mas realmente, aqui no balneário, é quase extravagância. Daí aproveito qualquer chuvinha pra tirar as botas do armário e levar pra passear. A última vez que eu as tinha usado havia sido no aniversário do HTP, em janeiro. Antes disso, havia sido no feriadão de 15 de novembro.

Acho que botas atiçam o talendo circense da rapaziada, pois sempre ouço pérolas aludindo ao meu calçado. Desta últimas duas oportunidades, como estava acompanhada, os brutos se contiveram, mas no feriado foi diferente. Fui eu, toda serelepe, de vestidinho de bolinhas e botas fazer exposição da figura em certo inferninho da Lapa. Tava eu dançando e chega um caboclo. "Gatinha de botas?". Não me dei ao desfrute de responder comentário tão criativo.

O rapaz não se conteve e repetiu a graça. Êita criatividade. Nem lembro mais o que respondi, mas deve ter sido algo como "uau, como você é criativo e divertido", com uma cara de deboche. Claro, palhaço que é palhaço não pode ver um picadeiro armado. Ele não se intimidou.

- Sabia que você fica linda com esse vestido preto de bolas vermelhas?
- Você está enganado. Meu vestido é roxo com bolotas fúcsia.
- Que se dane a cor, o que interessa é que você fica muito amassável nele e quero te dar uns amassos.

Errrr.... obrigada, eu passo. Fui ao bar. E olha que nem eram botas de salto alto.

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