Até os clones são palhaços...
Contribuição de uma leitora que assina "Jade, a mulher do Clone". Eis o relato:
Fiquei com um palhaço no bar. Ele é caso antigo, ou seja, eu não tinha acabado de conhecer. Ele até se diz meu amigo - amigo "diferente", como ele mesmo também me chama. Enfim, depois que saímos do bar, ele foi me puxando e dizendo "Vamos para a minha casa, a gente nem precisa se despedir das pessoas". Fomos mesmo embora sem dizer tchau.
Adorei a ousadia! Ir para a casa do Clone depois de tanto tempo. E que se danem as pessoas, que se dane o mundo!
Após algumas horas muito boas, eu precisava ir para casa (a minha!). Eram quase três da manhã, uma rua àquela hora deserta em Botafogo. Eu disse a ele: “É fácil pegar táxi aqui?” Dando a deixa para ele dizer que me acompanhava até a rua. Mas o que ele disse foi: “Muito fácil, tem um ponto de táxi em frente ao metrô”. Então eu desci SOZINHA, ele não se ofereceu para ir esperar o táxi comigo. Ou seja, eu me desabalei para a casa dele, dei pra ele, ele não levou em casa e, ainda por cima, ainda me deixou na merda para conseguir um táxi.
E o pior não é isso. Não tinha táxi no ponto, nem ninguém, nem carros passando na rua. Tudo deserto, eu não sabia o que fazer. A sorte é que um anjo apareceu. Um senhor, devia ser segurança da rua, achou que eu estava só passando, mas deve ter notado que eu estava meio atordoada. Ele disse: “Pode ir tranqüila”. Aproveitei e perguntei: “Amigo, onde eu consigo um táxi aqui?” E ele chamou um que estava passando lá na putaqueopariu, quase se jogou em cima do táxi, me colocou dentro do carro.Homem é tudo palhaço, mas alguns se salvam. Se não era um anjo, vou largar o Clone e ficar com o velho.
segunda-feira, 11 de novembro de 2002
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