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sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Número do desaparecimento com plus: "O retorno do palhaço"

Ele era o cara com o qual a moça sempre sonhou. Freqüentavam os mesmos lugares, mas ela achava que ele nunca chegaria nela. Eis que noite dessas, pistas dessas, o bruto chega, se apresenta e pede o meu dela, que receosa, fornece o número. Palhacinho liga, saem pra cinema, pizza umas cinco vezes. Na sexta vez, depois de dois meses, vão jantar fondue com vinho. Bingo, transaram (nesse ponto os holofotes se acendem pra começar o número do sumiço - mas até aí "morreu Neves", normal).

O bruto ainda ligou umas duas vezes só pra conversar (consolação). Bondosa, ela acha até legal. Ela confessa que, se ele tivesse sumido de vez, teria se sentido a última das últimas, afinal, foi o primeiro cara pra quem deu o meu tel depois da separação do primeiro marido.

Como tudo passa - até uva passa - umas 3 semanas depois ela começou a namorar outra pessoa. Bobagem! Cláááássico, ele liga de novo dizendo que tinha sumido porque estava trabalhando muito e perguntou como ela tava. Moça sincera, disse que a novidade era que estava namorando. Foi nessa hora que tudo mudou e o espetáculo principal começou. O garoto disse que não aceitaria perdê-la (Ahn?).

A vontade foi perguntar se não tinha passado da hora dele tomar o Prozac, mas moça educada (e um pouco cafona,) preferiu dizer que ele encontraria alguém legal porque ele tratava uma mulher igual a uma rainha (ok, ela é minha amiga mas pegou pesado). Mas o palhaço também não perdeu a deixa e completou: "Só as que merecem". Conclusão: ligou ainda duas vezes chamando pra jantar e depois acabou desistindo.

Como confidenciou a empresária circense ao me narrar o espetáculo "nunca vou esquecer dessas frases. Sensação de perda é foda mesmo. Ele nunca foi a fim de mim. E na verdade nunca tinha rolado química entre a gente. O beijo dele tinha sido o pior da minha vida (uma decepção prum gato daqueles)".

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