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quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Repercussão do palhaço bonzinho
O espetáculo do Palhaço Bonzinho causou. Outra leitora e amiga não resistiu e se animou a conta a história do seu ex-palhaço. Algumas idades e datas alteradas, pra proteger a privacidade dos a(u)tores, mas os fatos são rigorosamente reais. Divirtam-se:

"Quando li o post cheguei a pensar nele. Mas juro que esta mulher barbada não sou eu. Aliás, sou até filha de portugueses, mas nem barbada eu sou. E é como eu sempre digo, por trás de toda "mulher maluca", sempre tem um homem babaca.

Quando começamos a namorar eu tinha 14 anos e ele tinha 17. Quando terminamos, eu tinha 19 e ele ainda estava com 17. Ele não era de todo mau. Só que não crescia, então com o tempo isso foi dando no saco. Muito "bonzinho", muito sem atitude, muito dependente mesmo (e ainda por cima usava também a maldita camisa pólo da Taco pra dentro da calça, com os malditos tufos de pêlos saindo da gola). Nem sei como aguentei tanto tempo.

Resumo, um belo dia, enchi o saco e terminei. Ele assumiu aquela identidade de palhaço psicopata, começou a me procurar, ligar pra minha casa, "acidentalmente" encontrar comigo em locais próximos ao meu trabalho, ligar para os meus amigos, sempre perguntando o por quê, que queria voltar, que eu era a mulher da vida dele, que a gente podia tentar, blá, blá, blá...

Eu já estava de saco cheio quando, passados dois meses nessa inhanha, às vésperas do meu aniversário, ele bateu lá em casa pra me dar um presente e terminou expulso pela minha mãe quando quis me agarrar à força.

Claro que depois disso eu parei de atender as ligações do celular, passei a mudar de calçada quando via o bruto de longe e passei instruções expressas a todos lá em casa que, caso ele ligasse, era pra dizer que tinha ido prestar ajuda humanitária na Bósnia. No início do mês seguinte, um amigo me contou que ele começou a namorar a Fulana. "Bom pra ele, tomara que me esqueça".

E parecia que tinha esquecido mesmo: não ouvi mais falar dele por uns 10 anos. Soube que ia casar com a Fulana e fiquei feliz. Eu já estava em outra há muito tempo e torcia pra dar tudo certo pra ele. Mas um dia, tal e qual palhaço Fênix renascido das cinzas, ele ligou e me chamou pra tomar um chopp. "Não nos vemos há tanto tempo, vamos botar o papo em dia". Eu, criança ingênua neste mundo cruel, sabedora que ele já tinha até casado e decorridos 10 anos desde a última vez que o vi, achei que não tinha nada demais rever um velho conhecido.

Mas apenas entrar no bar já foi o suficiente pra perceber a dimensão do meu erro. Primeiro que em 5 minutos me lembrei de tudo que odiava nele. Aquele jeito meio mondrongo, meio "preciso de atenção", meio Don Juan dos trópicos. Nadinha a ver comigo. Nenhuma ambição. Ainda universitário. A maldita camisa pólo. E aqueles tufos nojentos saindo da gola da camisa. Não, não dava.

Mal cheguei ele começou com o papinho mole, que quando ele (!) terminou comigo foi muito doloroso pra mim (!!), que ele esperava que eu não estivesse ainda magoada com ele pelo jeito como nós terminamos (!!!), mas que naquela época ele sabia que não dava pra continuar (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)... Como mamãe me ensinou a não contrariar maluco, tentei cortar o assunto perguntando pela Fulana. E então chegou a cereja do bolo... "Estou me separando da Fulana". Como assim, criança? Ele namorou a menina por 10 anos, e tinha casado há 3 meses... e entrado com o pedido de separação há 1 mês? Depois de DEZ anos de namoro, MESES de preparação de casamento e DOIS meses de
casado ele "percebeu" que não queira ficar com ela? Se ela era praticamente a mulher barbada, como a criança não se apercebeu ANTES de casar, nos 10 anos anteriores? E como assim ele JÁ estava dando em cima de uma pessoa que ele não via há DEZ anos????

Ele chegou a perguntar se eu tinha casado e eu disse que sim. "E sou totalmente fiel!" Ele nunca mais me ligou, pelo menos isso."

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