Pai palhaço, filho palhaço
Estava chegando ao botequim onde compro comida aos domingos, quando um carro se aproxima. Ao volante, um moleque que mal tinha pentelho e ao seu lado um cara de cabelos e barba grisalhos, blusão aberto, exibindo a proeminente barriga e o cordão de ouro wanna be.
O pirralho saiu do carro cheio de moral e, sob os olhares curiosos dos fregueses do botequim, entrou no lugar rodando o chaveiro.
O homem, que deveria ser seu pai, seguia atrás, com um leve sorriso no rosto, certamente orgulhoso do seu pimpolho contraventor.
Contrariando aquele ditado que diz que “pau que nasce torto, morre torto”, eu sempre achei que “pau” não nasce torto, a gente que entorta. Este é só um exemplo. Depois não vale chorar quando o palhaço-mirim for preso por atropelar e matar alguém.
quarta-feira, 3 de maio de 2006
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