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sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Palhaços fora-da-lei

Como todos sabem, o metrô disponibiliza carros só para as mulheres nos horários de rush. E é claaaro que sempre tem um ou dois palhaços que entram nesses vagões nos intervalos proibidos.

Viajei em um desse carros pela primeira vez na semana passada. É impressionate como o ambiente parece muito mais civilizado. Na hora de saltar, por exemplo, não precisei atravessar uma parede humana antes de quase perder a estação. As mulheres não ficam paradas feito estátuas nas portas dos vagões como os homens. Já na plataforma, dei uma olhadinha em direção ao carro ao lado só para tirar a prova dos nove. A quantidade de pessoas era quase a mesma, mas no vagão dos homens, lá estavam eles, bloqueando a passagem como se fossem os donos do pedaço. Deve ser complexo de porteiro.

Mas voltando aos palhaços que insitem em andar no vagão que não lhes pertence. O que será que passa na cabeça deles? Sempre fico me questionando. Será que são tão retardados a ponto de não perceberem que estão no carro errado ou simplesmente intencionam impor sua presença como protesto a uma lei que acham desnecessária? Nas duas hipóteses, só provam uma coisa: são palhaços! Outro dia, um deles foi convidado a se retirar pelo segurança do metrô. Hahaha, adorei!

Na boa, se é lei tem que respeitar. Além do quê, não é uma lei idiota como tantas que existem por aí. A medida veio bem a calhar. Nada mais nojento do que andar espremida num coletivo feito sardinha em lata com um bando de caras xexelentos e muitas vezes tarados. Fiquei horrorizada com o relato de uma amiga que disse já ter saído do ônibus com uma gosma nas pernas quando era do ginásio e voltava da escola. Advinha o que era? Nem precisa dizer, né? Por essas e outras é que os homens merecem mesmo ser segregados. Quando eu virar política, penso até em estender a medida. Que tal horários reservados para as mulheres nos bancos? Ou então, um ônibus todo cor-de-rosa só para as mulheres? Nesse caso, acho que até abriria uma exceção: uma porcentagem pequena de homens poderia entrar, mas só os que fosse parecidos com o Gianecchini. Que luxo!

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