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segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Palhaçadas brasilienses
Pois é amigos leitores, respeitável público, se minha ida a Brasília me afastou do meu amado circo também garantiu novos espetáculos. Eis que na capital federal fui alvo de algumas das piores cantadas do mundo. Vou contar uma por dia. Luzes no picadeiro:

Primeiro espetáculo
Tô eu na UNB, aquele fim de mundo no fim do mundo. A programação do dia já tinha terminado e a universidade começava a ficar vazia. Távamos sem carro nesse dia então tínhamos combinado de voltar com uma amiga, mas tava rolando um desencontro. Claro que eu estava empenhadíssima em encontrar minha carona.

Meu amigo foi ver se ela estava em alguma das salas. Eu me postei em um lugar estratégico de olho caso ela saísse do prédio ou passasse já no carro. Um palhaço vem andando na minha direção. Óbvio que ele não era bonito, interessante ou bem vestido. Ela mal ajambrado, meio careca e com cara de idiota. Na verdade eu nem tinha reparado nele até o bruto parar na minha frente e disparar "o que você procura no horizonte com esse olhar tão profundo?". Uau, um poeta.

A resposta pensada imediatamente foi "Puta que pariu. Claro que não é por você, né palhaço?". Como sou moça bem educada me limitei a fazer a cara mais feia que consegui e dizer entredentes "tô esperando minha carona" e virar a cara.

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