Palhaço provedor
Ontem como de costume fui dançar no meu circo favorito, a Casa da Matriz. Tava muito cheio e subimos pra pegar um ar. Távamos na lojinha batendo papo eu e AnaPaula. Tamos lá comentando o vietnã q foi conseguir comprar uma roupitcha nova pro reveillon, a merda q estavam os shoppings e talz. De repente chega um cara entre nós 2 e fala alguma coisa q não compreendi e perguntei "hein?".
Palhaço: Não querem levar nada?
Eu: Hoje não
Disse isso seca, porém educadamente e virei a cara. Era a senha pra ele vazar, se não fosse palhaço.
Ana (com cara de deboche): Ele é vendedor?
Palhaço: Podem escolher, eu tô pagando.
Constrangimento e incredulidade. Nem lembro bem o q respondi, ele ainda insistiu, apesar das nossas caras de repulsa e desprezo. Finalmente vazou.
Meu palhacinho privativo q olhava tudo enquanto folheava uma revista disse depois qndo comentávamos o ocorrido q eu deveria ter dito "então paga aquela revista ali pro meu namorado".
A AnaPaula achou q eu devia ter digo "ah, tá pagando? Então paga um boquete ali pro meu namorado".
Na hora não fiquei tão surpresa q apenas mandei o bruto vazar, afinal tb receava q meu namorado viesse falar alguma coisa e não tava a fim de confusão (nunca estou). Mas pra ser sincera não concordo com as saídas sugeridas por ele e pela Ana. Qndo algum palhaço chega em mim só aviso q estou acompanhada em último caso, qndo o bruto é muito sem loção e fica insistindo. Faço isso pq acho q os caras têm q entender q eu dizer não é motivo suficiente para ele ir embora, q não tá levando fora apenas pq estou acompanhada, mas sim pq eu não quero.
No final das contas concluí q deveria ter dito "Ah, tá pagando é? Então vem cá". Escolhido uma pulseira para mim e outra pra AnaPaula e depois q ele pagasse dito "agora vaza babaca".
domingo, 28 de dezembro de 2003
terça-feira, 23 de dezembro de 2003
O fim da viagem e da minha história com Bodão
Era o dia seguinte do Reveillon. O palhaço da minha amiga ia passar para nos pegar na casa do primo do Bodão e voltarmos para o Rio no final da madrugada. Bodão queria ficar mais alguns dias em Búzios hospedado na casa do primo, mas a mãe dele não achou uma boa idéia e resolveu alugar um carro para busca-lo e traze-lo de volta para o Rio pessoalmente (!!!).
No começo da noite, estávamos tomando umas cervejas, eu, Bodão, minha amiga, e o primo dele. Foi um dos melhores momentos da viagem, estávamos num barzinho descontraído, na mesma rua da casa, um lugar tranqüilo, com pessoas mais autênticas. Depois de algumas cervejas, já rolava um clima entre o primo e a minha amiga. Bodão, como sempre perspicaz, teve a brilhante idéia de buscar uns sanduíches naturais em casa. Isso, às quatro e pouco da manhã. Antes de dar tempo para que disséssemos qualquer coisa, Bodão já havia saído em disparado, tenaz do jeito que era. Claro que a mulher do primo acordou, e voltou junto com o Bodão para conferir o que estava acontecendo.
Minha amiga ficou puta, mas apesar da situação meio sem graça tudo transcorreu normalmente, afinal a mulher também era legal e segura de si. Já estava quase na hora de irmos embora, mas resolvemos experimentar a erva que o casal cultivava. Estávamos em rodinha no quintal. Bodão ficou um pouco chocado ao constatar que seu primo era um apreciador, pois, como já disse antes, ele era terminantemente contra drogas ilícitas. Mas, como também era um sujeito sem personalidade e maria-vai-com-as-outras, qual não foi a minha surpreso ao vê-lo pegar o baseado e, ao invés de passar adiante, dar um tragadão com toda a força que conseguiu dar a seus pulmões. Achei aquela cena incrível e hilária, todo mundo ria do palhaço.
Não deu muito tempo de curtir a onda. Já estava amanhecendo, eu e minha amiga pegamos nossas bolsas para irmos para a esquina esperar nossa carona redentora que nos levaria de volta para a vida normal no Rio. Bodão seguia conosco abraçando um travesseiro. No meio do caminho, ele parou e vomitou. Estava completamente alucinado. Tentava me convencer a não ir embora, queria que eu ficasse para voltarmos juntos no carro que a mãe dele tinha alugado e chegaria mais tarde. Minha amiga falou ao meu ouvido que se eu ficasse de novo com Bodão ela nunca mais falaria comigo. Eu não tinha dúvidas, quanto antes me livrasse dele, melhor. Entramos na caçamba da Fiorino. A porta se fechou. Vi através do vidro traseiro a imagem de Bodão correndo atrás do carro, gritando que me amava, ficando cada vez menor à medida que nos distanciávamos e a poeira levantada. Esta foi a última cena de minha história com Bodão. Como sempre, patética.
Era o dia seguinte do Reveillon. O palhaço da minha amiga ia passar para nos pegar na casa do primo do Bodão e voltarmos para o Rio no final da madrugada. Bodão queria ficar mais alguns dias em Búzios hospedado na casa do primo, mas a mãe dele não achou uma boa idéia e resolveu alugar um carro para busca-lo e traze-lo de volta para o Rio pessoalmente (!!!).
No começo da noite, estávamos tomando umas cervejas, eu, Bodão, minha amiga, e o primo dele. Foi um dos melhores momentos da viagem, estávamos num barzinho descontraído, na mesma rua da casa, um lugar tranqüilo, com pessoas mais autênticas. Depois de algumas cervejas, já rolava um clima entre o primo e a minha amiga. Bodão, como sempre perspicaz, teve a brilhante idéia de buscar uns sanduíches naturais em casa. Isso, às quatro e pouco da manhã. Antes de dar tempo para que disséssemos qualquer coisa, Bodão já havia saído em disparado, tenaz do jeito que era. Claro que a mulher do primo acordou, e voltou junto com o Bodão para conferir o que estava acontecendo.
Minha amiga ficou puta, mas apesar da situação meio sem graça tudo transcorreu normalmente, afinal a mulher também era legal e segura de si. Já estava quase na hora de irmos embora, mas resolvemos experimentar a erva que o casal cultivava. Estávamos em rodinha no quintal. Bodão ficou um pouco chocado ao constatar que seu primo era um apreciador, pois, como já disse antes, ele era terminantemente contra drogas ilícitas. Mas, como também era um sujeito sem personalidade e maria-vai-com-as-outras, qual não foi a minha surpreso ao vê-lo pegar o baseado e, ao invés de passar adiante, dar um tragadão com toda a força que conseguiu dar a seus pulmões. Achei aquela cena incrível e hilária, todo mundo ria do palhaço.
Não deu muito tempo de curtir a onda. Já estava amanhecendo, eu e minha amiga pegamos nossas bolsas para irmos para a esquina esperar nossa carona redentora que nos levaria de volta para a vida normal no Rio. Bodão seguia conosco abraçando um travesseiro. No meio do caminho, ele parou e vomitou. Estava completamente alucinado. Tentava me convencer a não ir embora, queria que eu ficasse para voltarmos juntos no carro que a mãe dele tinha alugado e chegaria mais tarde. Minha amiga falou ao meu ouvido que se eu ficasse de novo com Bodão ela nunca mais falaria comigo. Eu não tinha dúvidas, quanto antes me livrasse dele, melhor. Entramos na caçamba da Fiorino. A porta se fechou. Vi através do vidro traseiro a imagem de Bodão correndo atrás do carro, gritando que me amava, ficando cada vez menor à medida que nos distanciávamos e a poeira levantada. Esta foi a última cena de minha história com Bodão. Como sempre, patética.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2003
Capítulo V - Bodão recebe o santo
Largados à própria sorte, estávamos os três – eu, minha amiga, e Bodão – sem ter muito o quê fazer na noite de Ano Novo. Ficamos na praia de Geribá, uma multidão de gente de um lado para o outro, camelôs de bebidas, músicas variadas vindas dos alto-falantes dos carros e nada mais. Uma boa merda. Não tinha fogos, não tinha show, um aglomerado totalmente sem sentido. Mas eis que foi naquela ocasião, na virada de 1992, que eu acabei descobrindo o mistério do Bodão. E da maneira mais insólita possível.
Pelo que eu conhecia do palhaço, jurava que fosse católico tradicional, mas não é que Bodão era também um macumbeiro enrustido? Com as energias dos santos soltas no reveillon, baixou um espírito no Bodão. Sim, minha gente, ele recebeu um Crispim, um espírito de criança. E o Crispim era chato que nem ele, descia e voltava toda hora! Minha amiga que era mais chegada em ocultismo trocou uma idéia com o santo infantil. E foi ele que nos revelou a grande mágoa que a mãe do Bodão tinha: ele ainda não tinha concluído o segundo grau e estava fazendo supletivo! Era isso que ele fazia em Niterói, mas envergonhado escondia de todos. Afinal, o sonho da mãe dele era que o filho tivesse se formado no Colégio Militar.
E amanhã, o fim da viagem e da história de Bodão
Largados à própria sorte, estávamos os três – eu, minha amiga, e Bodão – sem ter muito o quê fazer na noite de Ano Novo. Ficamos na praia de Geribá, uma multidão de gente de um lado para o outro, camelôs de bebidas, músicas variadas vindas dos alto-falantes dos carros e nada mais. Uma boa merda. Não tinha fogos, não tinha show, um aglomerado totalmente sem sentido. Mas eis que foi naquela ocasião, na virada de 1992, que eu acabei descobrindo o mistério do Bodão. E da maneira mais insólita possível.
Pelo que eu conhecia do palhaço, jurava que fosse católico tradicional, mas não é que Bodão era também um macumbeiro enrustido? Com as energias dos santos soltas no reveillon, baixou um espírito no Bodão. Sim, minha gente, ele recebeu um Crispim, um espírito de criança. E o Crispim era chato que nem ele, descia e voltava toda hora! Minha amiga que era mais chegada em ocultismo trocou uma idéia com o santo infantil. E foi ele que nos revelou a grande mágoa que a mãe do Bodão tinha: ele ainda não tinha concluído o segundo grau e estava fazendo supletivo! Era isso que ele fazia em Niterói, mas envergonhado escondia de todos. Afinal, o sonho da mãe dele era que o filho tivesse se formado no Colégio Militar.
E amanhã, o fim da viagem e da história de Bodão
domingo, 21 de dezembro de 2003
Capítulo IV - O resgate do Bodão
Por sorte Bodão tinha um parente que morava em Búzios. Um quarentão tipo Evandro Mesquita que tinha um quiosque na praia e cultivava erva no quintal. Em suma, um cara super gente boa que vivia com a mulher e o filho pequeno e nos ofereceu abrigo para os poucos dias que ainda tínhamos em Búzios.
Antes de sermos linchados pelos amigos do Bodão, ele foi nos buscar na suíte. Foram necessárias duas viagens para levar toda a bagagem do palhaço. O cara, acho que era primo, vamos tratá-lo assim, pensou que Bodão estivesse planejando uma fuga para morar em Búzios.
Assim que chegamos à casa dele, dei uma relaxada. Pelo menos estava num local mais confortável e agradável agora. De repente, Bodão pula do sofá. Ele lembra que esqueceu um pertence muito importante na suíte, e deve imediatamente resgatá-lo. O primo diz para ele dar um tempo, que mais tarde ele pode ir lá buscar. Mas, como já disse antes, quando Bodão mete uma coisa na cabeça, não tem santo que a tire de lá. Antes que tivéssemos tempo de retrucar ele pegou uma bicicleta e saiu em disparada para recuperar o bem que sua mãe havia lhe conferido com ordens expressas para que trouxesse de volta sã e salvo: o pote do feijão.
A seqüência foi minha amiga que contou. Assim como eu, ela estava lá com o namorado super aliviada com o espaço recém-adquirido e a calma que se instalou no ambiente com a nossa saída. A suíte era no primeiro andar e tinha uma janela que dava para frente. Qual não foi a surpresa e o pânico de ambos quando avistam do lado de fora ele, Bodão, já tão cedo de volta, com o rosto encharcado de suor, montado na bicicleta e requisitando o pote de feijão. Para seu infortúnio, o pote tinha sido dado aos pobres junto com o feijão, e o palhaço voltou para casa com as mãos abanando e a cara de bundão.
Amanhã não percam:
Bodão recebe um santo e o mistério de Niterói é desvendado!
Por sorte Bodão tinha um parente que morava em Búzios. Um quarentão tipo Evandro Mesquita que tinha um quiosque na praia e cultivava erva no quintal. Em suma, um cara super gente boa que vivia com a mulher e o filho pequeno e nos ofereceu abrigo para os poucos dias que ainda tínhamos em Búzios.
Antes de sermos linchados pelos amigos do Bodão, ele foi nos buscar na suíte. Foram necessárias duas viagens para levar toda a bagagem do palhaço. O cara, acho que era primo, vamos tratá-lo assim, pensou que Bodão estivesse planejando uma fuga para morar em Búzios.
Assim que chegamos à casa dele, dei uma relaxada. Pelo menos estava num local mais confortável e agradável agora. De repente, Bodão pula do sofá. Ele lembra que esqueceu um pertence muito importante na suíte, e deve imediatamente resgatá-lo. O primo diz para ele dar um tempo, que mais tarde ele pode ir lá buscar. Mas, como já disse antes, quando Bodão mete uma coisa na cabeça, não tem santo que a tire de lá. Antes que tivéssemos tempo de retrucar ele pegou uma bicicleta e saiu em disparada para recuperar o bem que sua mãe havia lhe conferido com ordens expressas para que trouxesse de volta sã e salvo: o pote do feijão.
A seqüência foi minha amiga que contou. Assim como eu, ela estava lá com o namorado super aliviada com o espaço recém-adquirido e a calma que se instalou no ambiente com a nossa saída. A suíte era no primeiro andar e tinha uma janela que dava para frente. Qual não foi a surpresa e o pânico de ambos quando avistam do lado de fora ele, Bodão, já tão cedo de volta, com o rosto encharcado de suor, montado na bicicleta e requisitando o pote de feijão. Para seu infortúnio, o pote tinha sido dado aos pobres junto com o feijão, e o palhaço voltou para casa com as mãos abanando e a cara de bundão.
Amanhã não percam:
Bodão recebe um santo e o mistério de Niterói é desvendado!
sábado, 20 de dezembro de 2003
Capítulo III - Um reveillon fatídico
Neste meio tempo, uma amiga minha começou a sair com um amigo dele, este sim um verdadeiro palhaço no sentido mais abjeto do termo. Parecia o líder da turma de filhos de novos ricos da Barra, grupo do qual Bodão fazia questão de se aproximar. A época, coincidentemente, era a mesma em que estamos agora, as proximidades do Ano Novo. Foi aí que eu e minha amiga fizemos a grande besteira de aceitarmos o convite para passar o fim de ano em Búzios com os dois palhaços e mais outros três ou quatro agregados.
O palhaço da minha amiga havia alugado uma casa, que ao chegarmos lá descobrirmos se tratar de apenas uma suíte para oito pessoas. Nós três, eu, minha amiga e Bodão, que só para esclarecer não conhecia a casa e também foi de gaiato como nós, fomos de carona com ele. Como um bom palhaço-canalha, quando já estávamos em Búzios, freqüentemente o namorado da minha amiga a deixava na pista e saía sozinho com os amigos para zoar. Assim, passamos a maior parte da viagem os três juntos e sem carro, porque eles também queriam se livrar do Bodão.
Mas vamos voltar ao início da viagem, já que o palhaço em questão é o meu, e não o da minha amiga. Era a primeira vez que Bodão viajava sozinho. Nunca vou me esquecer da mãe dele se despedindo na calçada, os olhos marejados de emoção ao se despedir do rapazinho que partia para sua primeira aventura fora de casa. Como uma boa mãe, ela preparou algumas coisinhas que Bodão levava em sua bagagem: dois bolos, um pote de sorvete com feijão pronto, carne assada, arroz e um saco de uns dez quilos de laranja. Além de todos os tênis, roupas, toalhas, lençóis, colchonetes e travesseiros. Tivemos sorte de viajarmos numa Fiorino com caçamba fechada, onde conseguimos alojar toda a sorte de coisas que Bodão levava.
Já em Búzios, sua bagagem não ficou tão bem acomodada. Como lá só tínhamos uma suíte para ser dividia por oito pessoas, metade do quarto foi ocupada pelas malas do Bodão, despertando a antipatia inicial dos outros convivas. Para nos dividirmos melhor, a mala do Bodão teve que dormir no carro.
No dia seguinte, ninguém mais o agüentava. A convivência diária, e ainda por cima em espaço tão exíguo, se tornou uma tarefa de sobrevivência para todos. As comidas tiveram que ser rapidamente oferecidas aos mais carentes da redondeza, antes que apodrecessem tornando o ambiente ainda mais inóspito. E, sinceramente, não consigo me lembrar da razão para tantas laranjas.
No mesmo dia, ele pegou o carro do amigo emprestado para irmos até a cidade telefonar para as nossas mães, eu, ele e minha amiga. Bodão, que se achava um ás do volante, fez uma tremenda barbeiragem e quebrou o farol batendo em outro carro estacionado ao sair da vaga. O palhaço ficou com o cu na mão. Fomos ao orelhão. Eu e minha amiga ligamos e avisamos que estava tudo ok, até que chegou a vez do Bodão. Com todos esses problemas, o tempo e a distância fora de casa, ele precisou de cerca de 40 minutos ao telefone para contar tudinho para a mãe, enquanto nós esperávamos debaixo de um sol a pino e uma fila se formava cada vez maior e mais exaltada.
Amanhã: O imperdível resgate do Bodão
Neste meio tempo, uma amiga minha começou a sair com um amigo dele, este sim um verdadeiro palhaço no sentido mais abjeto do termo. Parecia o líder da turma de filhos de novos ricos da Barra, grupo do qual Bodão fazia questão de se aproximar. A época, coincidentemente, era a mesma em que estamos agora, as proximidades do Ano Novo. Foi aí que eu e minha amiga fizemos a grande besteira de aceitarmos o convite para passar o fim de ano em Búzios com os dois palhaços e mais outros três ou quatro agregados.
O palhaço da minha amiga havia alugado uma casa, que ao chegarmos lá descobrirmos se tratar de apenas uma suíte para oito pessoas. Nós três, eu, minha amiga e Bodão, que só para esclarecer não conhecia a casa e também foi de gaiato como nós, fomos de carona com ele. Como um bom palhaço-canalha, quando já estávamos em Búzios, freqüentemente o namorado da minha amiga a deixava na pista e saía sozinho com os amigos para zoar. Assim, passamos a maior parte da viagem os três juntos e sem carro, porque eles também queriam se livrar do Bodão.
Mas vamos voltar ao início da viagem, já que o palhaço em questão é o meu, e não o da minha amiga. Era a primeira vez que Bodão viajava sozinho. Nunca vou me esquecer da mãe dele se despedindo na calçada, os olhos marejados de emoção ao se despedir do rapazinho que partia para sua primeira aventura fora de casa. Como uma boa mãe, ela preparou algumas coisinhas que Bodão levava em sua bagagem: dois bolos, um pote de sorvete com feijão pronto, carne assada, arroz e um saco de uns dez quilos de laranja. Além de todos os tênis, roupas, toalhas, lençóis, colchonetes e travesseiros. Tivemos sorte de viajarmos numa Fiorino com caçamba fechada, onde conseguimos alojar toda a sorte de coisas que Bodão levava.
Já em Búzios, sua bagagem não ficou tão bem acomodada. Como lá só tínhamos uma suíte para ser dividia por oito pessoas, metade do quarto foi ocupada pelas malas do Bodão, despertando a antipatia inicial dos outros convivas. Para nos dividirmos melhor, a mala do Bodão teve que dormir no carro.
No dia seguinte, ninguém mais o agüentava. A convivência diária, e ainda por cima em espaço tão exíguo, se tornou uma tarefa de sobrevivência para todos. As comidas tiveram que ser rapidamente oferecidas aos mais carentes da redondeza, antes que apodrecessem tornando o ambiente ainda mais inóspito. E, sinceramente, não consigo me lembrar da razão para tantas laranjas.
No mesmo dia, ele pegou o carro do amigo emprestado para irmos até a cidade telefonar para as nossas mães, eu, ele e minha amiga. Bodão, que se achava um ás do volante, fez uma tremenda barbeiragem e quebrou o farol batendo em outro carro estacionado ao sair da vaga. O palhaço ficou com o cu na mão. Fomos ao orelhão. Eu e minha amiga ligamos e avisamos que estava tudo ok, até que chegou a vez do Bodão. Com todos esses problemas, o tempo e a distância fora de casa, ele precisou de cerca de 40 minutos ao telefone para contar tudinho para a mãe, enquanto nós esperávamos debaixo de um sol a pino e uma fila se formava cada vez maior e mais exaltada.
Amanhã: O imperdível resgate do Bodão
sexta-feira, 19 de dezembro de 2003
A saga - Capítulo II
Uma vida a dois com Bodão
Ele era bonitinho, fazia o meu tipo. Era amigo de infância de uma amiga minha, moravam na mesma rua. No começo, era simpático e divertido também. Depois do segundo ou terceiro encontro é que passei a me divertir DELE, e não mais COM ele. Acho que fui levando o namoro adiante por causa disto. Cada nova faceta cômica do Bodão me surpreendia ainda mais e eu comecei a discutir com ele sobre suas atitudes e pensamentos bizarros ao invés de simplesmente dar logo o fora.
Para início de conversa, ele era filho único de uma mãe viúva e tinha como único referencial masculino um tio obeso e solteirão que fazia todas as suas vontades. Ou seja, era o típico filhinho da mamãe. Outras características que fui percebendo aos poucos: tinha sonhos consumistas de grandeza, só dirigia rápido e cortava todo mundo, aliás, carro para ele era tudo. Tinha horror a maconha e achava que maconheiros eram maus elementos que deveriam ser presos, porém fumava e bebia como um porco. Sua brincadeira favorita era imitar veado perto dos amigos, que em sua maioria eram riquinhos moradores da Barra.
Quando Bodão queria uma coisa, era insuportável. Ele era o tipo de cara que insistia para você fazer o que ele queria, até que a pessoa acabasse cedendo porque não agüentava mais ouvir a sua voz. A grande ambição de sua vida era ter um telefone celular. Na época quase ninguém tinha, só os mais abonados já usavam. Uma vez, discutimos porque ele insistiu tanto para um de seus amigos lhe emprestar o celular, claramente para saciar por alguns minutos o desejo de ter em suas mãos um aparelhinho daqueles, a ponto de se humilhar para o tal amigo rico que não queria emprestar o brinquedo novo. Achei patético.
Entre quatro paredes, Bodão também era sui generis. Novidade total para mim naquele tempo, o rapaz só funcionava no fio terra. Se não ligasse, ele não conseguia gozar. Associei isto ao outro fato que já mencionei dele estar sempre puxando o saco e imitando gay perto dos amigos, e comecei a duvidar seriamente de sua masculinidade.
Como se não bastasse, havia um grande mistério em sua vida que o palhaço se negava a me revelar. Algumas vezes por semana, ele ia à noite para Niterói, e eu não conseguia descobrir o que ele tinha para fazer por lá.
Uma vida a dois com Bodão
Ele era bonitinho, fazia o meu tipo. Era amigo de infância de uma amiga minha, moravam na mesma rua. No começo, era simpático e divertido também. Depois do segundo ou terceiro encontro é que passei a me divertir DELE, e não mais COM ele. Acho que fui levando o namoro adiante por causa disto. Cada nova faceta cômica do Bodão me surpreendia ainda mais e eu comecei a discutir com ele sobre suas atitudes e pensamentos bizarros ao invés de simplesmente dar logo o fora.
Para início de conversa, ele era filho único de uma mãe viúva e tinha como único referencial masculino um tio obeso e solteirão que fazia todas as suas vontades. Ou seja, era o típico filhinho da mamãe. Outras características que fui percebendo aos poucos: tinha sonhos consumistas de grandeza, só dirigia rápido e cortava todo mundo, aliás, carro para ele era tudo. Tinha horror a maconha e achava que maconheiros eram maus elementos que deveriam ser presos, porém fumava e bebia como um porco. Sua brincadeira favorita era imitar veado perto dos amigos, que em sua maioria eram riquinhos moradores da Barra.
Quando Bodão queria uma coisa, era insuportável. Ele era o tipo de cara que insistia para você fazer o que ele queria, até que a pessoa acabasse cedendo porque não agüentava mais ouvir a sua voz. A grande ambição de sua vida era ter um telefone celular. Na época quase ninguém tinha, só os mais abonados já usavam. Uma vez, discutimos porque ele insistiu tanto para um de seus amigos lhe emprestar o celular, claramente para saciar por alguns minutos o desejo de ter em suas mãos um aparelhinho daqueles, a ponto de se humilhar para o tal amigo rico que não queria emprestar o brinquedo novo. Achei patético.
Entre quatro paredes, Bodão também era sui generis. Novidade total para mim naquele tempo, o rapaz só funcionava no fio terra. Se não ligasse, ele não conseguia gozar. Associei isto ao outro fato que já mencionei dele estar sempre puxando o saco e imitando gay perto dos amigos, e comecei a duvidar seriamente de sua masculinidade.
Como se não bastasse, havia um grande mistério em sua vida que o palhaço se negava a me revelar. Algumas vezes por semana, ele ia à noite para Niterói, e eu não conseguia descobrir o que ele tinha para fazer por lá.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2003
A saga do palhaço Bodão
Prólogo
Por falta de palhaçadas atuais (graças a deus!!!, bate na madeira, mangalô trêis veiz) há muito tempo não tenho tido inspiração para postar aqui. Roberta já havia me intimado mais de uma vez a recorrer a palhaçadas antigas, mas acho que não estava disposta a mergulhar em desagradáveis reminiscências. Eis que durante um chopinho no último sábado, - eu, Roberta e nossos respectivos não-palhaços - lembro daquele que foi o maior de todos os clowns da minha vida. Até me surpreendi de nunca ter falado sobre ele aqui. No ranking da APP (Associação de Palhaços Profissionais), Bodão certamente ocuparia o primeiro posto durante muitos e muitos anos. Sim, minha gente, Bodão era o apelido do sujeito. Como se vê, o palhaço já tinha até nome artístico, por sinal bem apropriado às suas bizarrices. Devo esclarecer que considero Bodão o número 1 não por alguma grande canalhice. Não, ele não era este tipo de palhaço. O que o levou a ocupar tal posto com toda honra e circunstância foi seu talento inato para a galhofaria. Nosso relacionamento foi breve – cerca de dois meses – mas durante muitos anos posteriores me proporcionou grandes divertimentos em mesas femininas de bares.
Como eu conheci Bodão
Eu tinha 18 anos e estava começando minha vida sexual. Só havia tido um relacionamento, que tinha sido muito legal. Durou cerca de um ano, mas eu o terminara porque não queria mais compromisso. Estava a fim de me divertir e conhecer gente nova. Cheguei a pensar que poderia ter sido castigo divino conhecer Bodão logo após o término, ou então praga do ex.
Mas vamos aos fatos: nos conhecemos na Ilha dos Pescadores, uma espécie de boate a céu aberto na Barra da Tijuca que sobrevive há anos tocando a última moda em cafonice da estação. A época era da música baiana. Depois de cachaça com catuaba e Assembléia de Deus aos domingos, acho que não tem nada que eu mais odeie do que axé-music. Porém, naquele tempo, eu ainda era uma pós-adolescente que costumava ir aos mesmos lugares que as minhas amigas da escola iam. E foi neste ambiente, com os bracinhos para o alto, rebolando o quadril, em cima de uma mesa, ao som do Asa de Águia, que eu fiquei pela primeira vez com Bodão.
(continua amanhã)
Prólogo
Por falta de palhaçadas atuais (graças a deus!!!, bate na madeira, mangalô trêis veiz) há muito tempo não tenho tido inspiração para postar aqui. Roberta já havia me intimado mais de uma vez a recorrer a palhaçadas antigas, mas acho que não estava disposta a mergulhar em desagradáveis reminiscências. Eis que durante um chopinho no último sábado, - eu, Roberta e nossos respectivos não-palhaços - lembro daquele que foi o maior de todos os clowns da minha vida. Até me surpreendi de nunca ter falado sobre ele aqui. No ranking da APP (Associação de Palhaços Profissionais), Bodão certamente ocuparia o primeiro posto durante muitos e muitos anos. Sim, minha gente, Bodão era o apelido do sujeito. Como se vê, o palhaço já tinha até nome artístico, por sinal bem apropriado às suas bizarrices. Devo esclarecer que considero Bodão o número 1 não por alguma grande canalhice. Não, ele não era este tipo de palhaço. O que o levou a ocupar tal posto com toda honra e circunstância foi seu talento inato para a galhofaria. Nosso relacionamento foi breve – cerca de dois meses – mas durante muitos anos posteriores me proporcionou grandes divertimentos em mesas femininas de bares.
Como eu conheci Bodão
Eu tinha 18 anos e estava começando minha vida sexual. Só havia tido um relacionamento, que tinha sido muito legal. Durou cerca de um ano, mas eu o terminara porque não queria mais compromisso. Estava a fim de me divertir e conhecer gente nova. Cheguei a pensar que poderia ter sido castigo divino conhecer Bodão logo após o término, ou então praga do ex.
Mas vamos aos fatos: nos conhecemos na Ilha dos Pescadores, uma espécie de boate a céu aberto na Barra da Tijuca que sobrevive há anos tocando a última moda em cafonice da estação. A época era da música baiana. Depois de cachaça com catuaba e Assembléia de Deus aos domingos, acho que não tem nada que eu mais odeie do que axé-music. Porém, naquele tempo, eu ainda era uma pós-adolescente que costumava ir aos mesmos lugares que as minhas amigas da escola iam. E foi neste ambiente, com os bracinhos para o alto, rebolando o quadril, em cima de uma mesa, ao som do Asa de Águia, que eu fiquei pela primeira vez com Bodão.
(continua amanhã)
quarta-feira, 17 de dezembro de 2003
Mais uma de Maria e o palhaço indeciso
Justo eu fui arranjar o único homem do mundo que adora discutir relação. Como podem ver, a amizade colorida da gente durou certo tempo. Pra render tanto...teve uma época que ele tava mais tranqüilo.
Sabia que ele gostava mais de mim do que queria admitir, mas não tava a fim de namoro, então não levantava o assunto. Deixava quieto. Ele tava aparecendo quase toda semana, dava presentes, enfim...
Um belo dia, tudo ótimo, ele resolve que precisa conversar. Me pega em casa, passa a tarde falando de bobagens, e na hora de me deixar em casa, diz que não pode mais sair comigo. Tava esperando isso, mas pedi pra ele cumprir o que me pedia.
Um mês depois, festa da tchurma e eu fui, como sempre ia. Ele, que é furão, apareceu. E me pagou bebidas. E passou a noite do meu lado, me contando todo o mês dele. E me pediu, pela undécima vez, pra ficar com ele. E a boba, que gostava dele, foi. E ele queria que eu fosse passar o aniversário dele, na semana seguinte, com ele. E....sumiu pela duodécima vez. E eu liguei, e ele, como sempre, tinha uma explicação ótima sobre um dos irmãos dele. E, pela milésima vez, eu disse que não ligava mais pra ele. Mas dessa vez, eu cumpri. Nunca mais liguei...
Justo eu fui arranjar o único homem do mundo que adora discutir relação. Como podem ver, a amizade colorida da gente durou certo tempo. Pra render tanto...teve uma época que ele tava mais tranqüilo.
Sabia que ele gostava mais de mim do que queria admitir, mas não tava a fim de namoro, então não levantava o assunto. Deixava quieto. Ele tava aparecendo quase toda semana, dava presentes, enfim...
Um belo dia, tudo ótimo, ele resolve que precisa conversar. Me pega em casa, passa a tarde falando de bobagens, e na hora de me deixar em casa, diz que não pode mais sair comigo. Tava esperando isso, mas pedi pra ele cumprir o que me pedia.
Um mês depois, festa da tchurma e eu fui, como sempre ia. Ele, que é furão, apareceu. E me pagou bebidas. E passou a noite do meu lado, me contando todo o mês dele. E me pediu, pela undécima vez, pra ficar com ele. E a boba, que gostava dele, foi. E ele queria que eu fosse passar o aniversário dele, na semana seguinte, com ele. E....sumiu pela duodécima vez. E eu liguei, e ele, como sempre, tinha uma explicação ótima sobre um dos irmãos dele. E, pela milésima vez, eu disse que não ligava mais pra ele. Mas dessa vez, eu cumpri. Nunca mais liguei...
terça-feira, 16 de dezembro de 2003
Palhaço sem classificação
Essa foi uma amiga q me contou na época da faculdade. Acho q é umas das piores q já contei aqui, um palhaço no pior sentido. Pra ser sincera ele foi tão palhaço, mas tão palhaço q não consegui achar uma classificação.
Minha amiga tendo um rolo com um cara da faculdade. Não tinham compromisso, não combinaram namorar, mas tava rolando um relacionamento legal. Como estudavam juntos se viam quase todos os dias e quase sempre saiam no fim de semana. Minha amiga não chegava a estar apaixonada, mas não tinha ficado com outros caras desde q começou a sair com o palhaço em questão.
Ele era o q podemos chamar de bonitinho mas ordinário. Se a natureza proporcionou um rosto e um corpo quase perfeitos ao bruto, economizou na inteligência e caráter. Mas ele se achava um cara muito gente boa e ainda era metidinho a intelectual.
Eles tavam saindo há uns 3 meses qndo a menstruação da minha amiga não veio. Ela fez um exame e confirmou a suspeita: tava grávida do bruto. Bom, ainda tavam estudando, nenhum dos 2 trabalhava, nem mesmo namoravam. Era uma situação chata e difícil, mas minha amiga acabou decidindo fazer um aborto. Falou com a família q a apoiou incondicionalmente. Agora tinha q falar com o palhaço. Os pais dela já tinham dado a grana e ela ia pedir ao co-autor q a acompanhasse na triste missão, afinal ele tinha carro e ela não.
Chegou de tarde na faculdade e chamou o bruto pra conversar. Tava com o resultado do exame na bolsa.
– Olha só, minha menstruação atrasou. Fiz um exame e estou grávida.
– Cadê o resultado do DNA?
– Hein? Como assim?
– Vc vem me dizer q está grávida, como vou saber q é meu?
– Pq não seria se a gente tem transado regularmente nos últimos 3 meses? Além do q vc vai saber pq estou dizendo e não preciso mentir.
– Só acredito vendo o exame.
– Não tô entendendo, não tô te pedindo nada, só tô te contando...não quero casar com vc, não quero dinheiro, não quero nada.
– Agora, se for meu não vou permitir q vc faça aborto pq sou contra. Vai ter q ter pq aborto é um crime, uma assassinato. E se tentar fazer eu te denuncio pra polícia!
– .......
Minha amiga viu q não adiantava falar nada com o palhaço. Emendou um "pois é, eu tava brincando pra ver com vc reagiria", enrolou um pouco e se mandou. No dia seguinte uma amiga foi com ela fazer o aborto e nunca mais ela quis ver o palhaço. Na verdade ver ela viu pq estudavam juntos, mas não quis mais assunto com ele. Um dia ele a procurou na saída da aula e ela sentenciou "desculpe, mas seu prazo de validade venceu. Vc não é mais beijável".
Essa foi uma amiga q me contou na época da faculdade. Acho q é umas das piores q já contei aqui, um palhaço no pior sentido. Pra ser sincera ele foi tão palhaço, mas tão palhaço q não consegui achar uma classificação.
Minha amiga tendo um rolo com um cara da faculdade. Não tinham compromisso, não combinaram namorar, mas tava rolando um relacionamento legal. Como estudavam juntos se viam quase todos os dias e quase sempre saiam no fim de semana. Minha amiga não chegava a estar apaixonada, mas não tinha ficado com outros caras desde q começou a sair com o palhaço em questão.
Ele era o q podemos chamar de bonitinho mas ordinário. Se a natureza proporcionou um rosto e um corpo quase perfeitos ao bruto, economizou na inteligência e caráter. Mas ele se achava um cara muito gente boa e ainda era metidinho a intelectual.
Eles tavam saindo há uns 3 meses qndo a menstruação da minha amiga não veio. Ela fez um exame e confirmou a suspeita: tava grávida do bruto. Bom, ainda tavam estudando, nenhum dos 2 trabalhava, nem mesmo namoravam. Era uma situação chata e difícil, mas minha amiga acabou decidindo fazer um aborto. Falou com a família q a apoiou incondicionalmente. Agora tinha q falar com o palhaço. Os pais dela já tinham dado a grana e ela ia pedir ao co-autor q a acompanhasse na triste missão, afinal ele tinha carro e ela não.
Chegou de tarde na faculdade e chamou o bruto pra conversar. Tava com o resultado do exame na bolsa.
– Olha só, minha menstruação atrasou. Fiz um exame e estou grávida.
– Cadê o resultado do DNA?
– Hein? Como assim?
– Vc vem me dizer q está grávida, como vou saber q é meu?
– Pq não seria se a gente tem transado regularmente nos últimos 3 meses? Além do q vc vai saber pq estou dizendo e não preciso mentir.
– Só acredito vendo o exame.
– Não tô entendendo, não tô te pedindo nada, só tô te contando...não quero casar com vc, não quero dinheiro, não quero nada.
– Agora, se for meu não vou permitir q vc faça aborto pq sou contra. Vai ter q ter pq aborto é um crime, uma assassinato. E se tentar fazer eu te denuncio pra polícia!
– .......
Minha amiga viu q não adiantava falar nada com o palhaço. Emendou um "pois é, eu tava brincando pra ver com vc reagiria", enrolou um pouco e se mandou. No dia seguinte uma amiga foi com ela fazer o aborto e nunca mais ela quis ver o palhaço. Na verdade ver ela viu pq estudavam juntos, mas não quis mais assunto com ele. Um dia ele a procurou na saída da aula e ela sentenciou "desculpe, mas seu prazo de validade venceu. Vc não é mais beijável".
sexta-feira, 12 de dezembro de 2003
Prêmio IBest 2004
Terminou ontem, dia 11, a pré-votação no Prêmio iBest 2004.
Valeu por terem votado e divulgado o HTP. Foi assim q ano passado chegamos à final.
Agora, nos resta torcer e esperar a divulgação dos sites TOP10 no dia 15 de janeiro.
Terminou ontem, dia 11, a pré-votação no Prêmio iBest 2004.
Valeu por terem votado e divulgado o HTP. Foi assim q ano passado chegamos à final.
Agora, nos resta torcer e esperar a divulgação dos sites TOP10 no dia 15 de janeiro.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2003
Corre q tá acabando!
Amanhã, dia 11, termina a pré-votação q vai escolher os sites TOP 10 do Prêmio Ibest 2004.
Como vcs sabem, estamos concorrendo e contamos com seu voto. Aliás, contamos com o seu voto, com o do seu vizinho, da sua família, dos amigos, inimigos....corram e mandem todo mundo votar no HTP!
Na última parcial estávamos entre os 5 mais votados, mas isso foi no dia 3/10 e não quer dizer q já estamos dentro, por isso é preciso q todos q lêem e gostam do HTP votem.
Clica aqui e resolve logo isso!
Amanhã, dia 11, termina a pré-votação q vai escolher os sites TOP 10 do Prêmio Ibest 2004.
Como vcs sabem, estamos concorrendo e contamos com seu voto. Aliás, contamos com o seu voto, com o do seu vizinho, da sua família, dos amigos, inimigos....corram e mandem todo mundo votar no HTP!
Na última parcial estávamos entre os 5 mais votados, mas isso foi no dia 3/10 e não quer dizer q já estamos dentro, por isso é preciso q todos q lêem e gostam do HTP votem.
Clica aqui e resolve logo isso!
Palhaço de Réveillon
Por falar em palhaços incomodados com nossas roupas, lembrei de uma antiga mas engraçada. Esse bruto já é conhecido aqui por outros espetáculos, mas prefiro não relacionar. Digamos apenas q é um ex-namorado palhaço meu.
Um grupo de amigos nossos ia alugar um sítio na serra pra passar o AnoNovo e resolvemos ir tb. Emendamos uns dias e fomos de carona com um amigo. Éramos 5 casais (1 casal pagou e não apareceu) e a casa era enorme, mas no meio do nada. Ok, ia ser um reveillon diferente.
Tudo divertido, churrasco, banho de cachoeira, cerveja e talz. No dia 31 brincamos o dia todo, preparamos uma 'ceia' e fomos nos arrumar. Tomei banho e botei a roupitcha q tinha comprado: um short amarelo claro e uma camiseta branca com florzinhas miúdas azuis e amarelas. Apesar de ter 6 quartos, a casa só tinha 1 chuveiro e fui uma das últimas a tomar banho. Qndo cheguei na sala a maioria já tava pronta. Qndo o palhacinho me viu fez uma cara de muito puto da vida e pedi pra falar comigo em particular. Fomos para nosso quarto, ele fechou a porta e deu um piti.
Como, como, eu pretendia passar a 'festa' de AnoNovo mal vestida daquele jeito? Eu queria envergonhá-lo na frente dos amigos? Não viu q uma das fulanas tava com um vestido branco lindo? Não viu q ele próprio tava de calça branca e camisa de botões?
Expliquei q era a roupa q eu tinha comprado, afinal, não era uma festa propriamente dita. Estávamos num sítio! Havia vacas do lado fora! Além do q fazia um calor do caralho! Fazia sentido eu me emperequetar toda, me pintar, levar vestido, botar salto pra passar o Reveillon com mais 11 pessoas minhas amigas no meio do nada? Pra mim eu tava vestida de maneira perfeitamente adequada e a moça de vestido de festa q tava over.
Nada demovia o palhaço. Deu um chilique total, gritou, esbravejou, chorou e fez vergonha. Com certeza todos ouviam o ataque do bruto na sala e qndo deu meia-noite ele ainda tava brigando comigo no quarto.
Eu, é claro, não troquei de roupa. Muito menos me dei ao trabalho de brigar, pq não brigo com namorados. Ele falou o q achava e eu disse considerava pertinente. Depois ele ficou de blábláblá e desliguei.
Ele repetia (gritando e dando chilique) q eu tinha q ser patricinha. Sempre vinha com essa lenga-lenga. Na opinião dele, eu não podia não ligar pra roupas, pq eu era bonita demais pra isso. Eu tinha q ser bem vestida e meio besta. Não se conformava q eu não ligasse muito pra isso. Não se conformava q logo a namorada dele não quisesse ser patricinha.
Como sempre digo, o mundo é estranho e homem é tudo palhaço.
Por falar em palhaços incomodados com nossas roupas, lembrei de uma antiga mas engraçada. Esse bruto já é conhecido aqui por outros espetáculos, mas prefiro não relacionar. Digamos apenas q é um ex-namorado palhaço meu.
Um grupo de amigos nossos ia alugar um sítio na serra pra passar o AnoNovo e resolvemos ir tb. Emendamos uns dias e fomos de carona com um amigo. Éramos 5 casais (1 casal pagou e não apareceu) e a casa era enorme, mas no meio do nada. Ok, ia ser um reveillon diferente.
Tudo divertido, churrasco, banho de cachoeira, cerveja e talz. No dia 31 brincamos o dia todo, preparamos uma 'ceia' e fomos nos arrumar. Tomei banho e botei a roupitcha q tinha comprado: um short amarelo claro e uma camiseta branca com florzinhas miúdas azuis e amarelas. Apesar de ter 6 quartos, a casa só tinha 1 chuveiro e fui uma das últimas a tomar banho. Qndo cheguei na sala a maioria já tava pronta. Qndo o palhacinho me viu fez uma cara de muito puto da vida e pedi pra falar comigo em particular. Fomos para nosso quarto, ele fechou a porta e deu um piti.
Como, como, eu pretendia passar a 'festa' de AnoNovo mal vestida daquele jeito? Eu queria envergonhá-lo na frente dos amigos? Não viu q uma das fulanas tava com um vestido branco lindo? Não viu q ele próprio tava de calça branca e camisa de botões?
Expliquei q era a roupa q eu tinha comprado, afinal, não era uma festa propriamente dita. Estávamos num sítio! Havia vacas do lado fora! Além do q fazia um calor do caralho! Fazia sentido eu me emperequetar toda, me pintar, levar vestido, botar salto pra passar o Reveillon com mais 11 pessoas minhas amigas no meio do nada? Pra mim eu tava vestida de maneira perfeitamente adequada e a moça de vestido de festa q tava over.
Nada demovia o palhaço. Deu um chilique total, gritou, esbravejou, chorou e fez vergonha. Com certeza todos ouviam o ataque do bruto na sala e qndo deu meia-noite ele ainda tava brigando comigo no quarto.
Eu, é claro, não troquei de roupa. Muito menos me dei ao trabalho de brigar, pq não brigo com namorados. Ele falou o q achava e eu disse considerava pertinente. Depois ele ficou de blábláblá e desliguei.
Ele repetia (gritando e dando chilique) q eu tinha q ser patricinha. Sempre vinha com essa lenga-lenga. Na opinião dele, eu não podia não ligar pra roupas, pq eu era bonita demais pra isso. Eu tinha q ser bem vestida e meio besta. Não se conformava q eu não ligasse muito pra isso. Não se conformava q logo a namorada dele não quisesse ser patricinha.
Como sempre digo, o mundo é estranho e homem é tudo palhaço.
terça-feira, 9 de dezembro de 2003
Melhores momentos de um espetáculo repetido
Nossa colaboradora Maria lembrou e selecionou algumas pérolas de seu palhacinho indeciso e pouco confiável. Alguns fatos já tinham sido postados aqui, mas por mim e de memória, agora ele conta com suas próprias palavras.
" O moço não gostava de compromisso, mas também não esquecia meu número. E como sou meio burrinha, mesmo, sempre saía com ele de novo. Pior q era pra ser só sexo e amizade, mas vez em quando o bruto tinha de discutir a relação, vinha com uns papos brabos pra cima de mim...
De uma das vezes, lembro bem, começou a conversa dizendo, muito seriamente, que estava querendo sair com outra menina. Não entendi nada. O cara me cobrava um relacionamento aberto, queria sair com outras pessoas (coisa que eu fazia, já que o bruto só aparecia uma vez por mês, no máximo), mas pedia minha permissão??? permissão concedida, oras".
Essa vcs já conhecem, mas aqui temos novos detalhes sórdidos
"A última dele foi resolver que eu sou a mulher da vida dele. Ótimo, só não sei se ele é o homem da minha vida, mas resolvi tentar. É sempre bom ouvir elogios. Da primeira vez que ia sair com o bruto ele arranjou outro compromisso. Iríamos juntos numa festa. Fui antes, ele chegou lá depois (bem depois) e me tratou meio distante (depois falou que tava com medo).
Fui tentar conversar, resolver de uma vez esse rame-rame. Ele vira pra mim e fala que eu tenho de estar com ele, porque ele me ama, mas não posso confiar nele, porque ele não é confiável... olhei pra cara dele, virei as costas e fui dançar. Tenho paciência pra louco, não."
Nossa colaboradora Maria lembrou e selecionou algumas pérolas de seu palhacinho indeciso e pouco confiável. Alguns fatos já tinham sido postados aqui, mas por mim e de memória, agora ele conta com suas próprias palavras.
" O moço não gostava de compromisso, mas também não esquecia meu número. E como sou meio burrinha, mesmo, sempre saía com ele de novo. Pior q era pra ser só sexo e amizade, mas vez em quando o bruto tinha de discutir a relação, vinha com uns papos brabos pra cima de mim...
De uma das vezes, lembro bem, começou a conversa dizendo, muito seriamente, que estava querendo sair com outra menina. Não entendi nada. O cara me cobrava um relacionamento aberto, queria sair com outras pessoas (coisa que eu fazia, já que o bruto só aparecia uma vez por mês, no máximo), mas pedia minha permissão??? permissão concedida, oras".
Essa vcs já conhecem, mas aqui temos novos detalhes sórdidos
"A última dele foi resolver que eu sou a mulher da vida dele. Ótimo, só não sei se ele é o homem da minha vida, mas resolvi tentar. É sempre bom ouvir elogios. Da primeira vez que ia sair com o bruto ele arranjou outro compromisso. Iríamos juntos numa festa. Fui antes, ele chegou lá depois (bem depois) e me tratou meio distante (depois falou que tava com medo).
Fui tentar conversar, resolver de uma vez esse rame-rame. Ele vira pra mim e fala que eu tenho de estar com ele, porque ele me ama, mas não posso confiar nele, porque ele não é confiável... olhei pra cara dele, virei as costas e fui dançar. Tenho paciência pra louco, não."
segunda-feira, 8 de dezembro de 2003
Prêmio Ibest 2004
Já votou no Homem é tudo palhaço?
A pré-votação pra apurar os sites Top10 termina quinta-feira!
Tá esperando o q? Clica aqui e resolve isso!
Se já votou trata de divulgar pra todo mundo q vc conhece, pros amigos e pros inimigos, pega o CPF do pai, da mãe, dos irmãos....
Já votou no Homem é tudo palhaço?
A pré-votação pra apurar os sites Top10 termina quinta-feira!
Tá esperando o q? Clica aqui e resolve isso!
Se já votou trata de divulgar pra todo mundo q vc conhece, pros amigos e pros inimigos, pega o CPF do pai, da mãe, dos irmãos....
O espetáculo do fim de semana
Qndo aconteceu essa q vou contar agora pensei "beleza! vou ter uma palhaçada novinha pra contar. Mal sabia eu q antes q eu tivesse tempo de postar o motoboy tarado ia me aprontar outra.
Sexta passada fui dançar na Casa da Matriz. Lá sempre foi um picadeiro fértil, mas como estava acompanhada e por isso achei q não ia render nenhum espetáculo. Humpf!
Foi só meu palhacinho privativo ir ao banheiro por alguns minutos pra um rapaz de indubitável talento circense e considerável teor alcoólico se aproximar.
– Oi, posso te fazer uma pergunta? Vc é menina, não é? Diz pra mim q é?
Eu já ia perguntar se parecia um menino, mas ele nem deixou, já foi atropelando...
– É q eu já cheguei em várias garotas aqui e todas elas me dizem a mesma coisa, q só beijam mulher! Q nojo! Nem precisa me beijar, não tô te cantando, só me diz q vc não é sapatão!
Quase disse, meu filho, pra te espantar eu diria até q transava cadáver, mas não tava a fim de arrumar polêmica.
– Olha, eu beijo homem sim, mas não vou te beijar pq estou acompanhada. E agora q já te disse o q vc queria, preferia q vc fosse embora pq meu namorado foi ao banheiro e já deve estar voltando.
Ele se animou e começou a tagarelar, tentar dançar comigo e se aproximar.
– Ufa! q bom ouvir isso. Ah, deixa eu dança aqui. Blábláblá....
Como o palhaço começou a querer falar no meu ouvido, delicadamente o empurrei e disse não ia rolar, q não ia dançar com ele, q não queria conversar muito menos beijá-lo.
– Ah, então é assim na lata? Puuuxa....
– É na lata sim. Circula por aí e tenta com outra.
O bruto ainda fez uns muxoxos mas rapidamente se virou pra uma menina de vestido branco sambando do meu lado e investiu na pobre, não se com a mesma cantada homofóbica. Ficou dançando como um pombo na frente da pobre q tava com cara de poucos amigos. Além de ser preconceituoso e usar uma camisa ridícula, o palhaço dançava como uma ave ciscando! imperdoável! Não demorou muito pra ela empurrá-lo tb. Fiquei só observando e me divertindo com o espetáculo.
Qndo aconteceu essa q vou contar agora pensei "beleza! vou ter uma palhaçada novinha pra contar. Mal sabia eu q antes q eu tivesse tempo de postar o motoboy tarado ia me aprontar outra.
Sexta passada fui dançar na Casa da Matriz. Lá sempre foi um picadeiro fértil, mas como estava acompanhada e por isso achei q não ia render nenhum espetáculo. Humpf!
Foi só meu palhacinho privativo ir ao banheiro por alguns minutos pra um rapaz de indubitável talento circense e considerável teor alcoólico se aproximar.
– Oi, posso te fazer uma pergunta? Vc é menina, não é? Diz pra mim q é?
Eu já ia perguntar se parecia um menino, mas ele nem deixou, já foi atropelando...
– É q eu já cheguei em várias garotas aqui e todas elas me dizem a mesma coisa, q só beijam mulher! Q nojo! Nem precisa me beijar, não tô te cantando, só me diz q vc não é sapatão!
Quase disse, meu filho, pra te espantar eu diria até q transava cadáver, mas não tava a fim de arrumar polêmica.
– Olha, eu beijo homem sim, mas não vou te beijar pq estou acompanhada. E agora q já te disse o q vc queria, preferia q vc fosse embora pq meu namorado foi ao banheiro e já deve estar voltando.
Ele se animou e começou a tagarelar, tentar dançar comigo e se aproximar.
– Ufa! q bom ouvir isso. Ah, deixa eu dança aqui. Blábláblá....
Como o palhaço começou a querer falar no meu ouvido, delicadamente o empurrei e disse não ia rolar, q não ia dançar com ele, q não queria conversar muito menos beijá-lo.
– Ah, então é assim na lata? Puuuxa....
– É na lata sim. Circula por aí e tenta com outra.
O bruto ainda fez uns muxoxos mas rapidamente se virou pra uma menina de vestido branco sambando do meu lado e investiu na pobre, não se com a mesma cantada homofóbica. Ficou dançando como um pombo na frente da pobre q tava com cara de poucos amigos. Além de ser preconceituoso e usar uma camisa ridícula, o palhaço dançava como uma ave ciscando! imperdoável! Não demorou muito pra ela empurrá-lo tb. Fiquei só observando e me divertindo com o espetáculo.
Palhaço Motoboy
Essa tá fresquinha, aconteceu hj.
Eu tava parada no ponto de ônibus, q fica numa calçada relativamente estreita, junto com algumas outras pessoas. Atrasada pro trabalho, olhava pra esquina de onde vinham o fluxo pra ver se o 435 aparecia. Qndo abriu o sinal vieram 2 motos. Uma delas começa a se aproximar da calçada e reparo q o motorista olha fixamente em nossa direção. Qndo chega perto do ponto o palhaço sobe o meio-fio, todo mundo q tá no ponto se assusta e tenta se afastar. Qndo passa entre as pessoas ele diz com olhar e voz de tarado "q loirinha linda!". Isso mesmo amigos, ele subiu na calçada e quase atropelou as pessoas para dizer "gracinhas" para uma moça q tava lá com um fichário e uns livros esperando a condução.
Essa tá fresquinha, aconteceu hj.
Eu tava parada no ponto de ônibus, q fica numa calçada relativamente estreita, junto com algumas outras pessoas. Atrasada pro trabalho, olhava pra esquina de onde vinham o fluxo pra ver se o 435 aparecia. Qndo abriu o sinal vieram 2 motos. Uma delas começa a se aproximar da calçada e reparo q o motorista olha fixamente em nossa direção. Qndo chega perto do ponto o palhaço sobe o meio-fio, todo mundo q tá no ponto se assusta e tenta se afastar. Qndo passa entre as pessoas ele diz com olhar e voz de tarado "q loirinha linda!". Isso mesmo amigos, ele subiu na calçada e quase atropelou as pessoas para dizer "gracinhas" para uma moça q tava lá com um fichário e uns livros esperando a condução.
domingo, 7 de dezembro de 2003
Nova enquete!
Demorou séculos, mas finalmente a nova enquete está no ar; e dessa vez as donas do circo querem saber :
Qual a maior palhaçada de 2003?
- Estragar a festa de aniversário da namorada
- Tirar uma foto da namorada no banheiro
- Dar chiliquinho avisando q se vier pro HTP não fala mais comigo
- Pedir pra reatar o relacionamento e sumir
Demorou séculos, mas finalmente a nova enquete está no ar; e dessa vez as donas do circo querem saber :
Qual a maior palhaçada de 2003?
- Estragar a festa de aniversário da namorada
- Tirar uma foto da namorada no banheiro
- Dar chiliquinho avisando q se vier pro HTP não fala mais comigo
- Pedir pra reatar o relacionamento e sumir
sábado, 6 de dezembro de 2003
Homem é tudo palhaço
Tava respondendo uma entrevista e fui ver qndo o blog foi lançado.
O primeiro post é a definição da palavra palhaço no dicionário. Isso me fez lembrar imediatamente os q não entendem o espírito do blog, por isso estou republicando.
No Aurério......
[Do it. pagliaccio] S.m.
1. Artista que, em espetáculos circenses ou em outros, se veste demaneira grotesca e fz pilhérias e momices par adivertir o público.
2. Fantasia de palhaço
3. Fig. Pessoa que por atos ou palavras faz que os outros riam
4. Pop. Pessoa que só diz tolices ou faz papel ridículo; pessoa sem importância, títere
5. Fig. V. fantoche (3) Não se pode confiar no que ele diz, é um palhaço.
Tava respondendo uma entrevista e fui ver qndo o blog foi lançado.
O primeiro post é a definição da palavra palhaço no dicionário. Isso me fez lembrar imediatamente os q não entendem o espírito do blog, por isso estou republicando.
No Aurério......
[Do it. pagliaccio] S.m.
1. Artista que, em espetáculos circenses ou em outros, se veste demaneira grotesca e fz pilhérias e momices par adivertir o público.
2. Fantasia de palhaço
3. Fig. Pessoa que por atos ou palavras faz que os outros riam
4. Pop. Pessoa que só diz tolices ou faz papel ridículo; pessoa sem importância, títere
5. Fig. V. fantoche (3) Não se pode confiar no que ele diz, é um palhaço.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2003
Eu e os palhaços de coletivo
Ô saga. Parecem me perseguir.
Dia desses eu estava no ônibus, a caminho do trabalho, sofrendo naquele trânsito lento de Copacabana, observando aquele tapete de ônibus deixando tudo ainda mais caótico. Resumindo: estava sofrendo aquele horror cotidiano do trânsito carioca.
Mas lá estava eu, coletivo vazio, eu lá pensando na vida ... eis que entra o malandro, fazendo barulho, roupa esfarrapa, aquele típico pedreiro de obra. Mas pedreiro de obra pequena, obra de casa. Ele senta do lado esquerdo do ônibus, se ajeita e se aquieta.
A passos de cágado avançamos pela Avenida Nossa Senhora de Copacana. Ali na altura do Lido, tudo parado. Uma mulher, nos seus 30 e poucos anos, meio gordinha, cafona toda vida, passa pela minha janela em direção à praça. O malandro, que estava do outro lado do coletivo, não sei como, viu a mulher, pulou de um banco para outro, abriu a janela, botou metade do corpo para fora e começou .. "gostosa .. coisa linda .. vai pra onde? .. olha pra mim, gostosa ..."
Ficamos nisso o que ... deixe-me ver .. uns 10 minutos ... "Gostosa, aqui .. olha pra mim .. psiu .. ô coisa linda .. vem aqui .." Blá, blá, blá .. chato pra caralho.
Bem ... tirando a visão de raio-x e a agilidade digna de um homem-mola, nosso amigo peão de obra é um mago, sei lá. Como diabos ele viu a mulher ainda me parece um mistério. Agora, o que dizer de alguém que sai de um lado do coletivo para atazanar um outro alguém que está na rua, do outro lado do veículo, andando calmamente rumo a sei lá onde.
Esses gritinhos de gostosa ou coisa que valham são o que de mais chato há na categoria vamos-fazer-palhaçada.
Ô saga. Parecem me perseguir.
Dia desses eu estava no ônibus, a caminho do trabalho, sofrendo naquele trânsito lento de Copacabana, observando aquele tapete de ônibus deixando tudo ainda mais caótico. Resumindo: estava sofrendo aquele horror cotidiano do trânsito carioca.
Mas lá estava eu, coletivo vazio, eu lá pensando na vida ... eis que entra o malandro, fazendo barulho, roupa esfarrapa, aquele típico pedreiro de obra. Mas pedreiro de obra pequena, obra de casa. Ele senta do lado esquerdo do ônibus, se ajeita e se aquieta.
A passos de cágado avançamos pela Avenida Nossa Senhora de Copacana. Ali na altura do Lido, tudo parado. Uma mulher, nos seus 30 e poucos anos, meio gordinha, cafona toda vida, passa pela minha janela em direção à praça. O malandro, que estava do outro lado do coletivo, não sei como, viu a mulher, pulou de um banco para outro, abriu a janela, botou metade do corpo para fora e começou .. "gostosa .. coisa linda .. vai pra onde? .. olha pra mim, gostosa ..."
Ficamos nisso o que ... deixe-me ver .. uns 10 minutos ... "Gostosa, aqui .. olha pra mim .. psiu .. ô coisa linda .. vem aqui .." Blá, blá, blá .. chato pra caralho.
Bem ... tirando a visão de raio-x e a agilidade digna de um homem-mola, nosso amigo peão de obra é um mago, sei lá. Como diabos ele viu a mulher ainda me parece um mistério. Agora, o que dizer de alguém que sai de um lado do coletivo para atazanar um outro alguém que está na rua, do outro lado do veículo, andando calmamente rumo a sei lá onde.
Esses gritinhos de gostosa ou coisa que valham são o que de mais chato há na categoria vamos-fazer-palhaçada.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2003
Prêmio IBest 2004
Como vcs sabem o Homem é tudo Palhaço está concorrendo ao Prêmio Ibest 2004. A pré-votação q vai escolher os Top 10 termina no dia 11 de dezembro.
Claro q conto com o voto de vcs, aliás, tenho certeza tb q, enquanto meus amigos, vcs vão pegar o CPF do pai, da mãe, do irmão, do vizinho, do porteiro e de todo mundo e votar de novo. E depois disso vão mandar mails pra todos os amigos e inimigos indicando o blog e dizendo pra votar na gente.
Sei q o formulário é meio mala, mas é por uma boa causa: ajudar sua amiga blogstar a ficar cada vez mais podre de famosa e chata! Quero ser uma blog celebridade!
Pra votar é só clicar aqui ou ir direto no endereço http://premio.ibest.com.br/prevoting/prevote.asp?IDSite=1136&IDCategoria=112&NomeSite=Homem%20é%20tudo%20palhaço&Selo=1
Como vcs sabem o Homem é tudo Palhaço está concorrendo ao Prêmio Ibest 2004. A pré-votação q vai escolher os Top 10 termina no dia 11 de dezembro.
Claro q conto com o voto de vcs, aliás, tenho certeza tb q, enquanto meus amigos, vcs vão pegar o CPF do pai, da mãe, do irmão, do vizinho, do porteiro e de todo mundo e votar de novo. E depois disso vão mandar mails pra todos os amigos e inimigos indicando o blog e dizendo pra votar na gente.
Sei q o formulário é meio mala, mas é por uma boa causa: ajudar sua amiga blogstar a ficar cada vez mais podre de famosa e chata! Quero ser uma blog celebridade!
Pra votar é só clicar aqui ou ir direto no endereço http://premio.ibest.com.br/prevoting/prevote.asp?IDSite=1136&IDCategoria=112&NomeSite=Homem%20é%20tudo%20palhaço&Selo=1
A escolha q não existe
Não vou nem discutir o delírio dele de dizer q uma garota de 15 anos escolheu a carreira no lugar do casamento. Escolhi simplesmente ter um namorado mala ou não. Apesar de na época eu ser até madura pra minha idade, era uma menina. Não tinha uma 'carreira' pra optar por ela.
Mas mesmo q tivesse, mesmo q isso fosse hj a idéia dele era totalmente estapafúrdia. Não existe a opção entre amor e trabalho, pq são coisas diferentes q não concorrem entre si. Se hj um homem dissesse pra eu escolher entre ele e o meu trabalho terminaria com ele. Não escolhendo o trabalho, mas optando por não ter ao meu lado um cara babaca, uma mala sem alça e sem loção.
Não vou nem discutir o delírio dele de dizer q uma garota de 15 anos escolheu a carreira no lugar do casamento. Escolhi simplesmente ter um namorado mala ou não. Apesar de na época eu ser até madura pra minha idade, era uma menina. Não tinha uma 'carreira' pra optar por ela.
Mas mesmo q tivesse, mesmo q isso fosse hj a idéia dele era totalmente estapafúrdia. Não existe a opção entre amor e trabalho, pq são coisas diferentes q não concorrem entre si. Se hj um homem dissesse pra eu escolher entre ele e o meu trabalho terminaria com ele. Não escolhendo o trabalho, mas optando por não ter ao meu lado um cara babaca, uma mala sem alça e sem loção.
Meu primeiro palhaço, quer dizer, namorado
Eu tinha 14 anos ou 15 anos e comecei a namorar um cara de 21. Claro q alguma coisa tava errada: um marmanjo desses com uma pirralha, boa coisa não podia ser. Mas obviamente eu era adolescente, e como todos eles, tinha merda na cabeça.
Claro q eu não era empenhada pelo sucesso da relação, aliás, nem pensava nisso. Namorava com ele e pronto, íamos ao cinema, ao baile, a praia. Beijávamos na boca e nos divertíamos juntos, e na época, isso era suficiente pra mim. Eu não pensava no futuro da 'relação' nem sei se queria algum futuro praquela relação.
O cara, q era divertido no começo, começou a se mostrar meio mala. Começou com um tal de "eu te amo, vc me ama?". Porra, isso não é coisa q se pergunte se a outra pessoa ainda não disse. Não se força ninguém a dizer q ama. Além do q, eu tinha 14 anos e tínhamos começado a namorar há pouco tempo.
Uma vez viajamos pra com nosso grupo de amigos pra uma praia. Quando íamos voltar arrumei minhas coisas, tomei banho e cheguei sorridente com minha mochila. Qndo ele viu minha roupa deu um chilique. Eu tava de bermuda e uma blusinha curta. Deu piti pq eu tava de umbigo de fora. Oras, q roupa ele achava q uma adolescente devia usar no verão? Mandou eu trocar de roupa. Não troquei, é claro, e ele veio pro Rio de cara emburrada.
Depois veio com um papo de 'vamos nos casar'. Avisei q não pretendia me casar nem tão cedo, q gostava dele, mas nem sabia se amava mesmo, q queria estudar e ter uma vida antes de pensar em me casar. Cara emburrada de novo.
Um outro dia comentei q queria estudar alemão. Ele fez uma cara de bunda. Perguntei qual o problema.
– É q não sei e vou ter dinheiro pra pagar todos os cursos q vc quer fazer.
– Ué? eu vou pagar. Vou estudar, vou trabalhar e pagar meus cursos oras.
Cara de bunda muito feia.
– Vc não vai trabalhar. Estudar tudo bem, mas não vou deixar vc trabalhar.
– Hein? como assim? Nem sei se vou casar com vc, mas qual o problema de trabalhar, sua mãe não trabalha? Sua irmã não trabalha?
Eu não pretendia me casar com ele, muto menos ser sustentada pelo bruto, mas não aceitei aquela afirmação. Como assim? A mãe dele era médica. A irmã era formada em adminstração e tinha um cargo legal em um grande banco, no qual inclusive, ela havia arrumado emprego pra ele como caixa. Aliás, além de morar na casa dela, ele adorava a irmã, era super fã dela.
Aí veio a pérola das pérolas.
– Se a minha irmã corneia o marido dela não é problema meu.
Então quer dizer q trabalhar é sinônimo de adultério? Então se ele ia trabalhar pra susentar o 'casal' tava implícito q ele ia me trair? Sem trabalha eu não ia ter mais tempo pra trair não?
Bom, nem lembro o q eu respondi. Disse q era um absurdo o q ele tava dizendo e tal. Na hora encerrei o assunto e deixei a poeira assentar. Uns dias depois terminei com ele. Porra, eu era adolescente, tinha 15 anos, queria me divertir, rir, ir à praia, dançar, beijar na boca, não tava a fim de me aborrecer com um machista bizarro.
Ele ficou sentando nas escadarias do meu prédio por uns tempos, disse q ia morrer, choramingou com minhas amigas. Mesmo sendo novinha vi q não rolava, melhor botar a fila pra andar.
15 anos depois
Um dia estou parada de tarde na Cinelândia esperando um táxi e vejo um parar, mas não era da cooperativa q eu usava. Qndo olho o motorista...era ele, o palhaço dos meus 15 anos! Tinha virado taxista! Disse q tava passando, me reconheceu e parou. Eu disse q não precisava, mas ele insistiu pra me levar no jornal. Então tá, já tinha tanto tempo, não fazia mais diferença e aceitei.
– E aí Roberta, como vc está, q faz da vida?
– Sou jornalista, trabalho no jornal tal.
– Vc não queria ser química?
– Cheguei a fazer faculdade de engenharia química, mas não gostei e troquei por jornalismo. Sou muito feliz, adoro minha profissão.
– Eu casei e tenho uma filha linda.
– Ah, tá. Legal.
– É, vc tem a carreira q queria. Conseguiu.
Faço cara de 'heeeein?'
– A gente se amava. Nosso amor era lindo, mas vc preferiu trocar tudo pela sua carreira. Então, vc tem a sua carreira, mas não tem uma família. Eu tenho uma família.
– Ah, é, né? O jornal é por ali.
Nos despedimos com um "então, tá. Foi legal te ver. Boa sorte pela vida".
Alow! Eu queria uma carreira? Eu tinha 15 anos, eu só não queria ninguém me enchendo o saco! Queria ser feliz. O nosso amor era lindo? A gente se amava muito?
Ok, não quis destruir as quimeras do bruto e nem falei nada. Deixa ele pensar assim então.
E pra falar a verdade, ele me mostrou a foto da filha e nem era bonita.
Eu tinha 14 anos ou 15 anos e comecei a namorar um cara de 21. Claro q alguma coisa tava errada: um marmanjo desses com uma pirralha, boa coisa não podia ser. Mas obviamente eu era adolescente, e como todos eles, tinha merda na cabeça.
Claro q eu não era empenhada pelo sucesso da relação, aliás, nem pensava nisso. Namorava com ele e pronto, íamos ao cinema, ao baile, a praia. Beijávamos na boca e nos divertíamos juntos, e na época, isso era suficiente pra mim. Eu não pensava no futuro da 'relação' nem sei se queria algum futuro praquela relação.
O cara, q era divertido no começo, começou a se mostrar meio mala. Começou com um tal de "eu te amo, vc me ama?". Porra, isso não é coisa q se pergunte se a outra pessoa ainda não disse. Não se força ninguém a dizer q ama. Além do q, eu tinha 14 anos e tínhamos começado a namorar há pouco tempo.
Uma vez viajamos pra com nosso grupo de amigos pra uma praia. Quando íamos voltar arrumei minhas coisas, tomei banho e cheguei sorridente com minha mochila. Qndo ele viu minha roupa deu um chilique. Eu tava de bermuda e uma blusinha curta. Deu piti pq eu tava de umbigo de fora. Oras, q roupa ele achava q uma adolescente devia usar no verão? Mandou eu trocar de roupa. Não troquei, é claro, e ele veio pro Rio de cara emburrada.
Depois veio com um papo de 'vamos nos casar'. Avisei q não pretendia me casar nem tão cedo, q gostava dele, mas nem sabia se amava mesmo, q queria estudar e ter uma vida antes de pensar em me casar. Cara emburrada de novo.
Um outro dia comentei q queria estudar alemão. Ele fez uma cara de bunda. Perguntei qual o problema.
– É q não sei e vou ter dinheiro pra pagar todos os cursos q vc quer fazer.
– Ué? eu vou pagar. Vou estudar, vou trabalhar e pagar meus cursos oras.
Cara de bunda muito feia.
– Vc não vai trabalhar. Estudar tudo bem, mas não vou deixar vc trabalhar.
– Hein? como assim? Nem sei se vou casar com vc, mas qual o problema de trabalhar, sua mãe não trabalha? Sua irmã não trabalha?
Eu não pretendia me casar com ele, muto menos ser sustentada pelo bruto, mas não aceitei aquela afirmação. Como assim? A mãe dele era médica. A irmã era formada em adminstração e tinha um cargo legal em um grande banco, no qual inclusive, ela havia arrumado emprego pra ele como caixa. Aliás, além de morar na casa dela, ele adorava a irmã, era super fã dela.
Aí veio a pérola das pérolas.
– Se a minha irmã corneia o marido dela não é problema meu.
Então quer dizer q trabalhar é sinônimo de adultério? Então se ele ia trabalhar pra susentar o 'casal' tava implícito q ele ia me trair? Sem trabalha eu não ia ter mais tempo pra trair não?
Bom, nem lembro o q eu respondi. Disse q era um absurdo o q ele tava dizendo e tal. Na hora encerrei o assunto e deixei a poeira assentar. Uns dias depois terminei com ele. Porra, eu era adolescente, tinha 15 anos, queria me divertir, rir, ir à praia, dançar, beijar na boca, não tava a fim de me aborrecer com um machista bizarro.
Ele ficou sentando nas escadarias do meu prédio por uns tempos, disse q ia morrer, choramingou com minhas amigas. Mesmo sendo novinha vi q não rolava, melhor botar a fila pra andar.
15 anos depois
Um dia estou parada de tarde na Cinelândia esperando um táxi e vejo um parar, mas não era da cooperativa q eu usava. Qndo olho o motorista...era ele, o palhaço dos meus 15 anos! Tinha virado taxista! Disse q tava passando, me reconheceu e parou. Eu disse q não precisava, mas ele insistiu pra me levar no jornal. Então tá, já tinha tanto tempo, não fazia mais diferença e aceitei.
– E aí Roberta, como vc está, q faz da vida?
– Sou jornalista, trabalho no jornal tal.
– Vc não queria ser química?
– Cheguei a fazer faculdade de engenharia química, mas não gostei e troquei por jornalismo. Sou muito feliz, adoro minha profissão.
– Eu casei e tenho uma filha linda.
– Ah, tá. Legal.
– É, vc tem a carreira q queria. Conseguiu.
Faço cara de 'heeeein?'
– A gente se amava. Nosso amor era lindo, mas vc preferiu trocar tudo pela sua carreira. Então, vc tem a sua carreira, mas não tem uma família. Eu tenho uma família.
– Ah, é, né? O jornal é por ali.
Nos despedimos com um "então, tá. Foi legal te ver. Boa sorte pela vida".
Alow! Eu queria uma carreira? Eu tinha 15 anos, eu só não queria ninguém me enchendo o saco! Queria ser feliz. O nosso amor era lindo? A gente se amava muito?
Ok, não quis destruir as quimeras do bruto e nem falei nada. Deixa ele pensar assim então.
E pra falar a verdade, ele me mostrou a foto da filha e nem era bonita.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2003
Contribuição de leitora
Fernanda, leitora amiga e interesseira porque escreveu pro HTP, mas condicionou a publicação do post à inserção do seu link para conseguir mais leitores para seu blog pessoal, presta um testemunho de fé e engrossa o coro das que professam em altos brados: "HOMEM É TUDO PALHAÇO!".
Palhaço criadoiro
Depois de ter espantado uns dois ou três apenas com os ratos mortos que
atirei neles com o olhar, porque eu queria só dançar, cagalho, e não dar
atenção pra nenhum desconhecido sem loção, um foi mais corajoso e eu não
tive como escapar. Ele veio vindo, veio vindo, veio vindo... até que chegou.
- Oi... posso te perguntar uma coisa?
E lá vamos nós...
- Olha... se for uma coisa assim fácil de responder, do tipo, sei lá, que
horas são, pode perguntar, se não, é melhor não.
- É algo mais complexo do que isso.
Então não pode. Vai embora?
Ele continua...
- Tinha necessidade de você ser tão linda?
Ah, NÃO.
- Ah, cara, sei lá... não.
Por favor, por favor, me deixa em paz.
- É porque você abusa do direito de ser linda.
Olha, eu vou te contar, viu... eu devo ter feito canga do Santo Sudário
pra merecer uma coisa dessas. Fico imaginando o palhaço tendo a grande idéia
dessa cantada e pensando: "Nossa, criei um negócio novo!". Pior que isso,
só "não sabia que boneca andava".
Fernanda, leitora amiga e interesseira porque escreveu pro HTP, mas condicionou a publicação do post à inserção do seu link para conseguir mais leitores para seu blog pessoal, presta um testemunho de fé e engrossa o coro das que professam em altos brados: "HOMEM É TUDO PALHAÇO!".
Palhaço criadoiro
Depois de ter espantado uns dois ou três apenas com os ratos mortos que
atirei neles com o olhar, porque eu queria só dançar, cagalho, e não dar
atenção pra nenhum desconhecido sem loção, um foi mais corajoso e eu não
tive como escapar. Ele veio vindo, veio vindo, veio vindo... até que chegou.
- Oi... posso te perguntar uma coisa?
E lá vamos nós...
- Olha... se for uma coisa assim fácil de responder, do tipo, sei lá, que
horas são, pode perguntar, se não, é melhor não.
- É algo mais complexo do que isso.
Então não pode. Vai embora?
Ele continua...
- Tinha necessidade de você ser tão linda?
Ah, NÃO.
- Ah, cara, sei lá... não.
Por favor, por favor, me deixa em paz.
- É porque você abusa do direito de ser linda.
Olha, eu vou te contar, viu... eu devo ter feito canga do Santo Sudário
pra merecer uma coisa dessas. Fico imaginando o palhaço tendo a grande idéia
dessa cantada e pensando: "Nossa, criei um negócio novo!". Pior que isso,
só "não sabia que boneca andava".
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