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sexta-feira, 25 de outubro de 2002

Palhaço de aniversário

Com a proximidade do meu aniversário lembrei que tenho a triste sina de ser sacaneada por algum palhaço justo nesta época, quando a gente está mais sensível (me perdoem os que não acreditam em inferno astral) e espera ser paparicada por todos os lados.

Não lembro exatamente em que ano foi, mas lembro que estava saindo com um palhaço professor universitário e doutorando em Física (falando assim dá medo, mas o cara era novo e muito bonitinho). A gente tinha se afastado, mas ele ligou justo no meu aniversário. Fiquei sem graça de mandar a real e dizer que queria trepar até esfolar, então, marcamos de sair para um chope.

Estava rolando um bolinho na minha casa e quando terminou a “parada social” e vi que podia sair, liguei pro bruto.

– Ele saiu pra jantar.

Ãhn??? Como assim??? Ele marcou de sair comigo e foi jantar??? Antes de xingar a quinta geração da família dele, resolvi esperar seu retorno.

E nada do palhaço me ligar.

Já não me agüentava mais de tanta raiva e acabei ligando.

– Você foi jantar?
– Fui comprar um macarrão pra cozinhar porque estava com fome.
Ufa! Ele só estava com fome! Não é tão palhaço assim.
– Vamos sair?
– Ahhhhh, sabe o que é? Estou tão cansado...
Sim! Ele é palhaço! Ele é homem, portanto é palhaço!

Acabei saindo com minha prima e um casal de amigos. Fomos jogar boliche. Nunca tinha jogado boliche na minha vida e fiz vários strikes imaginado que o palhaço era cada um daqueles pinos.

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