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domingo, 20 de outubro de 2002

Palhaço, palhaço mesmo

Ok, ok, desde o começo da história ele deu pinta de ser palhaço, mas eu não ia imaginar que o espetáculo seria digno do picadeiro principal.

O palhaço que me ligou na sexta depois de um mês, voltou a ligar no sábado. Eu estava de saída pro teatro.

– Ah, eu também não posso falar muito agora. (Eu, hein... O cara só me liga com pressa. Na sexta foi a mesma coisa.)Te ligo mais tarde.

E não é que ligou? Às 23h e pouco tocou meu celular. Era ele dizendo que ia pra Casa da Matriz.

– Pô, eu estou indo pra Casa Rosa.
– Onde é isso?

Dei o endereço e pensei: “Legal, o cara é enrolado mas parece que está a fim”.

Mais de uma hora depois, ele me liga novamente, confirma o endereço e diz que está indo.

Às 2h da manhã, vejo um cara percorrer a pista de dança olhando as mulheres, procurando alguém. O cara me olha fixamente e quase fala comigo. Eu confesso que na hora não pensei de ser o cara, que já tinha dado como perdido, só quando ele já estava um pouco longe é que lembrei que devia ser ele. (É, eu não lembrava da cara do palhaço, afinal trocamos apenas uns beijinhos num canto escuro da Matriz, mas ele também não lembrava muito de mim, né...)

Fiquei sem graça de procurá-lo e dizer “Oi, você é o André?” (O pior é que eu jurava que o nome dele era Marcelo...), mas, como quem não quer nada fui dar uma volta na casa pra ver se a gente se esbarrava de novo. E nos esbarramos!

Ele já estava dando em cima de outra mulher! Surreal! O cara marca de encontrar comigo e canta outra! Muito palhaço!

Eu não pedi pra ele me ligar (sequer peguei o telefone dele!), o cara trocou de programa pra ir me encontrar (ele ia pra Matriz e foi parar na Casa Rosa porque eu ia estar lá), me vê, não fala comigo e ainda cata uma mulher cinco minutos depois de chegar! Vai ser palhaço assim na putaquiopariu!

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